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FACULDADE DE ENGENHARIA

Disciplina: Sistemas Operativos e Programação Concorrente

Docente: dr. Inácio Ticongolo (Msc)


1. INTRODUÇÃO

Sistema Computacional = hardware + software

 Software:

 Programas do sistema: gerenciam a operação do computador

 Programas de aplicação: programas de usuário

 Sistema Operacional: principal programa do sistema, que controla todos os recursos do


computador (dispositivos físicos e funções de software).

Embora o Sistema Operativo possa ser executado imediatamente após a máquina ser ligada, a maioria
dos computadores pessoais de hoje o executa através de outro programa armazenado em uma memória
não-volátil, ROM chamado BIOS num processo chamado "bootstrapping", conceito em inglês usado para
designar processos auto-sustentáveis, ou seja, capazes de prosseguirem sem ajuda externa. Após executar
testes e iniciar os componentes da máquina (monitores, discos, etc), o BIOS procura pelo sistema
operativo em alguma unidade de armazenamento, geralmente o Disco Rígido, e a partir daí, o sistema
operativo "toma" o controle da máquina.

Sistema Operativo é um programa de controle do computador. O Sistema Operacional é responsável por


alocar recursos de hardware e escalonar tarefas. Ele também deve prover uma interface para o usuário -
ele fornece ao usuário uma maneira de acesso aos recursos do computador.

Definição Segundo Tanenbaum

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O sistema operativo é uma camada de software colocada sobre o hardware para gerir todos os
componentes do sistema (processadores, memória, discos, interface de rede, entre outros) de
maneira optimizada. O sistema operativo busca oferecer uma interface mais amigável aos usuários
em relação às operações associadas a cada componente da máquina.

O sistema operativo é um programa que actua como intermediário entre o utilizador e o


hardwarede um computador. O propósito de um sistema operativo é oferecer um ambiente na qual
os utilizadores possam executar programas.

Outra definição

É extensão a uma máquina


–Omite detalhes de baixo nível que têm de ser efectuados
–Disponibiliza ao utilizador uma máquina virtual mais facil de utilizar

É um gestor de recursos
–Cada programa tem o seu tempo para utilizar os recursos
–Cada programa tem o seu espaço de recursos

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USUÁRIOS

SISTEMA
OPERACIO
ANAL

HARDWAR
E

Figura1: SO como Gestor de Recursos

Figura 2: SO, interface entre Utilizador e o Hardware

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Funções dos Sistemas Operativos

- Oferecer ao utilizador um ambiente para executar programas no hardware do computador


de uma forma conveniente e eficiente.
- Alocar os recursos do computador para solucionar determinado problema de acordo com a
necessidade. O processo de alocação de recursos do computador deverá ser o mais justo e
eficiente possível.
- Como um programa de controlo, o sistema operativo tem duas funções principais: (1)
supervisão da execução dos programas do utilizador, para impedir erros e uso indevido do
hardware do computador, e (2) gestão das operações e controlo dos dispositivos de E/S.

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Serviços dos Sistemas Operativos
- Interface do utilizador: todos SO tem um interface do utilizador (UI). Este interface pode
tomar diferentes formas: Linha de comandos, Batch e Interface Grafico (GUI);
- Execução do Programa: o sistema deve ser capaz de carregar o programa da memória e
devolve-lo. O programa deve ser capaz de finalizar a sua execução de forma Normal ou
por erro.
- Operações de I/O: programa pode solicitar operações de I/O e o utilizador não possui o
previlégio para controlar essas operações. O SO deve dar o significado a essas operações.
- Manipulação do sistema de ficheiros: programas necessitam de ler, escrever , criar,
apagar
- Comunicação
- Detecção de erros

TIPOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS

Os tipos e sua evolução estão intimamente relacionados com a evolução do hardware e das
aplicações por ele suportadas.
A evolução dos S.O. para PCs popularizou vários conceitos e técnicas, antes só conhecidos em
ambientes de grande porte.

Tipos de Sistemas
Operacionais

Sistemas Sistemas Sistemas com


Monoprogramáveis Multiprogramáveis
/ / Múltiplos
Monotarefa
Figura 3: Tipos de SO
Multitarefa Processadores
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SISTEMAS MONOPROGRAMÁVEIS / MONOTAREFA

- Execução de um único programa (job);


- Qualquer outro programa, para ser executado, deveria aguardar o término do programa corrente;
- Tipicamente relacionado ao surgimento dos mainframes;

Programa /
Tarefa

UCP

Memória

Dispositivos
de E/S

Figura 4: SO Monotarefa

SISTEMAS MULTIPROGRAMÁVEIS / MULTITAREFA


- Mais complexos e mais eficientes;
- Vários programas dividem os mesmos recursos;
- Aumento da produtividade dos seus usuários e a redução de custos;

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Programa /
Tarefa

UCP
Programa /
Memória Tarefa

Dispositivos
de E/S

Programa / Programa /
Tarefa Tarefa
Figura 5: SO Multitarefa

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS MULTIPROGRAMÁEIS

Sistemas
Multiprogramáveis / Multitarefa

Sistema Sistemas de Sistemas


s Tempo Compartilhado de
Figura 6: Classificação dos SO Multitarefa
Batch Tempo
Real
7
SISTEMAS COM MÚLTIPLOS PROCESSADORES
- São caracterizados por possuir duas ou mais UCPs interligadas, trabalhando em conjunto;
- O factor chave neste tipo de S.O. é a forma de comunicação entre as UCPs e o grau de
compartilhamento da memória e dos dispositivos de I/O;

Sistemas com Múltiplos


Processadores

Sistemas Sistemas
Fortemente Fracamente
Acoplado Acoplado

Sistemas Sistemas Sistemas Sistemas


Simétricos Assimétricos OperacionaisOperacionais
de Rede Distribuídos
Figura 7: Classificação dos SO com múltiplos processadores

Sistemas Fortemente Acopulado


Existem dois ou mais processadores compartilhando uma única memória e controlados por apenas
um único SO.

– Sistemas Simétricos
todos os processadores tem a mesma função, podendo executar o SO independentemente.
A falha de um dos processadores, o sistema computacional nãp para, mas sim continua a
executar tarefas.

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– Sistemas Assimétricos
processador primário, responsável pelo controle dos demais processadores (secundários) e
pela execução do SO. A falha do processador primário todo o sistema computacional para.

Sistemas Fracamente Acoplado


Dois ou mais sistemas de computação interligados, sendo que cada sistema possui o seu
próprio SO.
– Sistemas Operacionais de Rede
Cada nó possui seu próprio HW, SW e SO.
Independente um do outro.

– Sistemas Operacionais Distribuídos


Para o usuário e suas aplicações, é como se não existisse uma rede de computadores, mas
sim um único sistema centralizado.

De forma agrupada os sistemas operativos podem ser classificados em:

i) Quanto à gestão de processos: Sistemas Monotarefa e Sistemas Multitarefa


ii) Quanto ao número de usuários: Sistemas monousuário e Sistemas multiusuário
iii) Quanto ao suporte de processadores: Sistemas monoprocessador e Sistemas
multiprocessador.
iv) Quanto à arquitectura: Monolítico e Microlítico.

2. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERATIVOS

Os sistemas operacionais estão historicamente amarrados à arquitectura dos computadores nos


quais eram instalados. Por isso, veremos como eles evoluiram nas sucessivas gerações de
computadores.

1 - A Primeira Geração (1945-1955): Válvulas e Painéis com Plugs

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Em torno de 1940, Howard Aiken em Harvard, John Von Neumann no Instituto para Estudos
Avançados em Princeton, John Presper Eckert e William Mauchley na Universidade de
Pennsylvania e Konrad Zuse na Alemanha, entre outros, tiveram sucesso na construção de
máquinas calculadoras usando válvulas. Essas máquinas eram enormes, ocupando salas completas,
com dezenas de milhares de válvulas, porém eram muito mais lentas do que os mais simples
computadores pessoais de hoje.

Naqueles dias primitivos, um pequeno grupo de pessoas construiu, programou, operou e deu
manutenção a cada máquina. Toda a programação era feita em linguagem de máquina, sempre se
conectando fios com plugs em painéis para controlar as funções básicas da máquina. As linguagens
de programação não eram conhecidas (nem a linguagem Assembly). Nem se ouvia falar em
sistemas operacionais. O modo usual de operação consistia no programador elaborar o programa
numa folha e então ir à sala de máquina, inserir os plugs nos painéis do computador e gastar as
próximas horas apelando que nenhuma das 20.000 ou mais válvulas se queime durante a execução
do programa. Todos os problemas eram inerentementes a cálculos numéricos tais como gerações
de tabelas de senos e cossenos.

Por volta dos anos 50, essa rotina teve uma pequena evolução com a introdução de cartões
perfurados. Era possível, a partir de então, se escrever programas em cartões e lê-los, em vez do
uso de plugs em painéis; os restantes procedimentos eram os mesmos.

2 - A Segunda Geração (1955 - 1965): Transistores e Sistemas Batch

A introdução do transistor em meados dos anos 50 mudou o quadro radicalmente. Os


computadores tornaram-se bastante confiáveis para que pudessem ser produzidos e vendidos
comercialmente na expectativa de que eles continuassem a funcionar por bastante tempo para
realizar algumas tarefas usuais. A princípio havia uma clara separação entre projetistas,
construtores, operadores, programadores e o pessoal de manutenção.

Essas máquinas eram alocadas em salas especialmente preparadas com refrigeração e com apoio
de operadores profissionais. Apenas grandes companhias, agências governamentais, ou
universidades, dispunham de condições para pagar um preço de multimilhões de dólares por essas
máquinas. Para rodar um job (isto é, um programa ou um conjunto de programas), primeiro o
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programador escrevia o programa no papel (em FORTRAN ou linguagem Assembly), e então
perfurava-o em cartões. Daí, ele levava o "deck" de cartões à sala de recepção e o entregava a um
dos operadores.

Quando o computador encerrava a execução de um job, um operador apanhava a saída na


impressora, a conduzia de volta à sala de recepção onde o programador poderia coletá-lo
posteriormente. Então ele tomava um dos decks de cartões que tinha sido trazido da sala de
recepção e produzia a sua leitura. Se o compilador FORTRAN era necessário, o operador tinha
que pegá-lo de uma sala de arquivos e produzir a sua leitura. Muito tempo de computador era
desperdiçado enquanto os operadores caminhavam pela sala da máquina para realizarem essas
tarefas.

Devido ao alto custo do equipamento, era de se esperar que as pessoas tentassem reduzir o tempo
desperdiçado. A solução geralmente adotada era o sistema em "batch". A idéia original era
colecionar uma bandeja completa de jobs na sala de recepção e então lê-los para uma fita magnética
usando um computador pequeno e relativamente barato, por exemplo o IBM 1401, que era muito
bom na leitura de cartões, na cópia de fitas e na impressão da saída, porém não era tão bom em
cálculo numérico. Outros computadores, máquinas mais caras, tais como o IBM 7094, eram usados
para a computação real. Essa situação é mostrada na figura 8.

Unidade Entrada Sistema Saída


da Fita de Fitas
de Fita de Fita

Leitora de Impressora
cartões

1401 7094 1401

(a) (b) (c) (d) (e) (f)

Figura 8 - Um sistema “batch” (Adaptado de Tanenbaum)

( a ) Programadores levam cartões ao 1401.

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( b ) 1401 lê o batch de jobs em fita.

( c ) A operadora acopla fita de entrada no 7094.

( d) O 7094 faz o processamento.

( e ) A operadora acopla fita de saída no 1401.

( f ) O 1401 imprime a saída.

Após cerca de uma hora coletando-se um lote de jobs, a fita era rebobinada e levada para a sala da
máquina onde era montada numa unidade de fita. O operador então carregava um programa
especial (o antecessor do sistema operacional de hoje), que lia o primeiro job da fita e o executava.
A saída era escrita numa segunda fita, em vez de ser impressa. Após o fim da execução de cada
job, o sistema operacional automaticamente lia o próximo job da fita e começava a executá-lo.
Quando todo o "batch" era feito, o operador removia as fitas de entrada e de saída, substituia a fita
de entrada pelo próximo "batch" e levava a fita de saída para um 1401 produzir a impressão "off-
line" (isto é, não conectada ao computador principal).

A estrutura de um job de entrada típico é mostrada na figura 9. Ele começa com um cartão $JOB,
especificando o tempo máximo de execução em minutos, o número da conta e o nome do
programador. A seguir vinha um cartão $FORTRAN, avisando ao sistema operacional para
carregar o compilador FORTRAN da fita do sistema. Em seguida vinha um programa a ser
compilado, acompanhado de um cartão $LOAD, informando ao sistema operacional para carregar
o programa objeto já compilado. (Programas compilados eram sempre escritos em fitas
selecionadas e tinham de ser carregadas explicitamente). A seguir vinha um cartão $RUN,
informando ao sistema operacional para executar o programa com os dados que vinham a seguir.
Finalmente o cartão $END marcava o fim do job. Esses cartões de controle foram os precurssores
das linguagens de controle de job (JCL) modernas e de interpretadores de comandos.

Muitos computadores da segunda geração foram usados principalmente para cálculos científicos e
de engenharia, tais como em solução de equações diferenciais parciais. Eles foram vastamente
programados em FORTRAN e em linguagem Assembly.

Sistemas operacionais típicos eram o FMS (Sistema Monitor FORTRAN) e IBSYS (Sistema
Operacional da IBM para o 7094).

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Figura 9: Estrutura de um típico job FMS (Adaptado de Tanenbaum)

3 - A Terceira Geração (1965 - 1980): Circuitos Integrados e Multiprogramação

Nos anos 60, muitos fabricantes de computadores tinham duas linhas de produto distintas e
totalmente incompatíveis, 7094 que era usado para cálculos numéricos em ciência e engenharia e
1401, que era usado para classificação em fita e impressão, por bancos e companhias de seguros.

O desenvolvimento e a manutenção de duas linhas de produto completamente diferentes era uma


proposta cara para os fabricantes. Além do mais, os clientes em potencial para aquisição de novos
computadores necessitavam inicialmente de uma máquina pequena, para mais tarde, com o
crescimento, terem uma máquina maior em que pudessem rodar todos os seus programas mais
rapidamente.

A IBM, no intuito de resolver ambos os problemas de uma só tacada, introduziu o sistema 360. O
360 era uma série de máquinas compatíveis por software, variando de tamanho a partir do 1401
até o mais potente 7094. As máquinas diferiam apenas em preço e performance (capacidade de
memória, velocidade do processador, número de periféricos I/O permitidos, e assim por diante).
Já que todas as máquinas tinham a mesma arquitectura e o mesmo conjunto de instruções, pelo
menos em teoria, programas escritos para uma máquina poderiam rodar em todas as outras. Além
disso, o 360 foi projectado para manusear tanto computação comercial como computação

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científica. Assim, uma única família de máquinas poderia satisfazer às necessidades de todos os
clientes.

Em anos subsequentes, a IBM apresentou os sucessores compatíveis com a linha 360, usando uma
tecnologia mais moderna, conhecidos como séries 370, 4300, 3080 e 3090.

O 360 foi a primeira linha de computadores a usar (em pequena escala) circuitos integrados (CIs),
fornecendo uma maior vantagem em preço/performance sobre as máquinas da segunda geração,
que eram construidas de transistores individuais. Isso foi um sucesso imediato e a idéia de uma
família de computadores compatíveis foi logo adotada por todos os outros fabricantes. Os
descendentes dessas máquinas ainda hoje estão em uso em grandes centros de computação.

A maior força da idéia de "uma família" foi simultaneamente a sua maior durabilidade. A intenção
era que todo o software, incluindo o sistema operacional, deveria trabalhar em todos os modelos.
Ele tinha de rodar em sistemas pequenos que muitas vezes já substituia 1401s para cópias de
cartões em fitas e em sistemas muito grandes, que muitas vezes substituia 7094s para fazer cálculos
demorados e outras computações pesadas. Ele deveria ser bom em sistemas com poucos periféricos
e em sistemas com muitos periféricos. Ele tinha de trabalhar em ambientes comerciais e em
ambientes científicos. Acima de tudo, ele tinha de ser eficiente em todos esses usos diferentes.

Não havia uma maneira através da qual a IBM (ou outra companhia) pudesse solucionar todas
essas exigências conflitantes. O resultado foi um sistema operacional enorme e
extraordinariamente complexo, provavelmente de dois ou três ordens de magnitude maior do que
o FMS. Ele consistia de milhares de linhas de linguagem assembly escritas por centenas de
programadores e continha centenas e centenas de depurações que necessitavam de contínuas
versões a fim de corrigí-los. Cada nova versão fixava algumas depurações e introduzia outras
novas, tal que o número de depurações provavelmente permanecia constante com o tempo.

A pesar de seu enorme tamanho e de seus problemas, o OS/360 e os sistemas operacionais


similares da terceira geração, produzidos por outros fabricantes, satisfizeram razoavelmente bem
a seus clientes. Eles também popularizaram várias técnicas ausentes nos sistemas operacionais da
segunda geração. Provavelmente, a mais importante dessas técnicas foi a multiprogramação. No
7094, quando o job que estava sendo executado tinha uma pausa esperando que uma operação em
fita ou em qualquer outro periférico I/O fosse completada, a CPU simplesmente ficava ociosa até
que a operação I/O fosse encerrada. Em cálculos científicos pesados, as operações de I/O não são

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frequentes, e essse tempo ocioso é insignificante. Em processamento de dados comerciais, as
operações de I/O consomem frequentemente entre 80 a 90 porcento do tempo total, exigindo
alguma providência sobre isso.

A solução foi particionar a memória em várias partes, com um job diferente em cada partição,
como mostrado na Figura 10. Enquanto um job estava esperando que uma operação I/O fosse
concluida, um outro job poderia usar a CPU. Se vários jobs pudessem ocupar a memória no mesmo
instante, a CPU estaria sempre ocupada quase que em 100% do tempo. Ter múltiplos jobs na
memória, por sua vez, requer hardware especial para proteger cada job contra danos. O 360 e
outros sistemas da terceira geração eram equipados com esse hardware.

Figura 10 - Um sistema de multiprogramação com três jobs na memória

Um outro grande aspecto presente nos sistemas operacionais da terceira geração era a habilidade
de ler jobs de cartões para o disco assim que eles eram trazidos à sala do computador. Assim,
sempre que um job tinha a sua execução encerrada, o sistema operacional poderia carregar um
novo job do disco numa nova partição vazia e executá-lo. Essa técnica é chamada de "spooling"
(de "Simultaneous Perifheral Operation On Line") e também era usada para a saída. Com o
"spooling", os 1401s não precisavam ser tão grandes e a utilização da fita diminuiu bastante.

Apesar dos sistemas operacionais da terceira geração terem sido bem apropriados para a execução
de programas envolvendo grandes cálculos científicos e de processamento de dados comerciais
compactos, eles eram ainda, basicamente, sistemas em "batch".

Nesta geração surgiu o Sistema Operativo UNICS (UNiplexed Information and Computing
Service), mas sua grafia foi mais tarde trocada para UNIX.

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UNIX foi transportado para mais computadores do que qualquer outro sistema operacional da
história e seu uso está ainda aumentando rapidamente.

4 - A Quarta Geração (1980-1990): Computadores Pessoais

Até aqui, os computadores usados eram mainframes que eram usados por grandes companhias
como Universidades e Bancos. Os mainframes eram máquinas gigantes e foram evoluindo de
geração em geração até aos dias de Hoje (reduzindo o seu tamanho, melhorando o desempenho e
baixando o preço de aquisição).

Com o desenvolvimento de circuitos LSI (Large Scale Integration), chips contendo milhares de
transistores em um centimetro quadrado de silício, a era do computador pessoal começava. Em
termos de arquitectura, os computadores pessoais não eram diferentes dos ultimos
minicomputadores terceira geração, mas tinham tamanho reduzido e baixo preço.

Nesta geração, a pessoa individualmente podia ter seu próprio computador.

Dois sistemas operacionais dominaram a utilização do computador pessoal: o MS-DOS, escrito


pela Microsoft para o IBM PC e para outras máquinas que usavam a CPU Intel 8088 e seus
sucessores, e UNIX, que é predominante em máquinas que usam a CPU da família Motorola
68000.

Apesar da primeira versão do MS-DOS ser primitiva, em versões subsequentes foram incluidas
diversas facilidades do UNIX.

Um interessante desenvolvimento que começou em meados dos anos 80 foi o crescimento de


redes de computadores pessoais rodando sistemas operacionais para rede e sistemas operacionais
distribuidos.

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Figura 11: Mainframe (1946)

com teclado integrado,


gráficos coloridos e sons

Figura 12: Apple-PC (1977)

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utilizava o PC-DOS e
possuia a BIOS como única
parte de produção exclusiva
da IBM.

Figura 13: IBM-PC (1980)

A aposta Apple para se


manter no topo do mercado:
o Macintosh. Sua interface
gráfica deixava a IBM
décadas atrás.

Figura 14: Apple: Macintosh-PC (1984)

Evolução do Windows (1985 a 2009)

Windows 1.0x (1985)

O Windows 1.01 era uma interface gráfica bidimensional para o MS-DOS e foi lançado em 20 de
Novembro de 1985. Era necessário o MS-DOS 2.0, 256 KB RAM e um disco rígido. Naquela
altura, o MS-DOS só conseguia suportar 1 MB de aplicações. Foi a primeira tentativa de criar um
sistema multitarefa. O Windows 1.01 não foi um grande sucesso comparado com seus sucessores

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na década de 1990, devido à limitação do hardware da época. Inicialmente, ele foi lançado em
quatro disquetes de 5.25 polegadas de 360 KB cada um. Continha o Reversi (jogo), um calendário,
bloco de notas, calculadora, relógio, prompt de comando (DOS), Write, Control Painel, Paint e
programas de comunicação. Permite a utilização do rato, janelas e ícones. Nesta versão ainda não
havia a sobreposição de janelas.

Figura 15: Windows 1.0

Windows 2.0x (1987)

O Windows 2.03 foi lançado em 1 de Novembro de 1987 e tem praticamente a mesma interface do
Windows 1.0x, com a diferença de apresentar mais recursos, ferramentas e uma maior escolha de
cores. Permite a sobreposição de janelas e estas podem maximizar e minimizar. O Windows 2.03
era gravado em oito disquetes de alta densidade de 5,25" de 360 KB cada um.

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Em 27 de Maio de 1988, foi lançado o Windows 2.10, que era apresentado em sete disquetes de
dupla densidade de 3,5" de 720 KB cada um, e era nada mais do que o Windows 2.03 remodelado.
Existem duas versões especiais do Windows 2.10:
· Windows 2.10/286 foi lançada para aproveitar todos os recursos dos microprocessadores 286;
· Windows 2.10/386 foi lançada para aproveitar todo o potencial dos microprocessadores 386.
Existe uma outra versão da família Windows 2.xx, o Windows 2.11, que foi lançado em Março de
1989 com pequenas mudanças de gestão de memória, melhor impressão e drivers Postscript.

Figura 16: Windows 2.0

Windows 3.0x (1990)

O Windows 3.00 foi o primeiro sucesso amplo da Microsoft e foi lançado em 22 de Maio de 1990.
Ao contrário das versões anteriores, era um Windows completamente novo. Tecnicamente hoje,
esta versão é considerada o primeiro sistema gráfico da Microsoft. Era um sistema gráfico de 16
bits, mas ainda precisava de activar o MS-DOS para activar o Windows. Substituiu o MS-DOS
Executive pelo Gestor de Programas e o Gestor de Arquivos que simplificavam as aplicações e
tornava o sistema mais prático. Melhorou bastante a interface, o gestor de memória e o sistema
multitarefa e incluiu suporte às fontes True Type. Conseguiu ultrapassar o limite de 1 MB do MS-

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DOS e permitiu a utilização máxima de 16 MB de aplicações. Naquela época era o único possível
de compatibilizar todos os programas das versões anteriores. Utilizava o CPU
Intel 80286 e Intel 80386. Também existiu a versão 3.00a, que foi lançado em 31 de Outubro de
1990. Pode ter sido o responsável pela saída do mercado de empresas como a Novell e a
Lantastic, que dominavam como fornecedoras de NOSes (sistemas operativos para redes) em
plataformas cliente-servidor e ponto por ponto, respectivamente. Existem cinco versões especiais
do Windows 3.00: · Windows with Multimedia Extensions - foi lançado por vários fabricantes de
periféricos multimédia, por isso ele não tinha uma certa data de lançamento. Tinha recursos
multimédia (semelhantes aos do Windows 3.10) e era um pouco mais estável.
· Windows 3.10 - foi lançada em 6 de Abril de 1992 e tinha softwares para multimédia e fontes
True Type (aumenta muito o número de tipos de letras disponíveis) e era mais estável do que o
Windows 3.00. Ele era apresentado em oito disquetes de alta densidade de 3,5" de 1,44 MB cada
um. Nesta versão permitiu o uso de um maior número de línguas de trabalho, incluindo o Cirílico
e o Japonês. O Minesweeper substituiu o Reversi.
· Windows for Workgroups 3.10 - foi lançada 28 de Outubro de 1992, e era praticamente o
Windows 3.10 com suporte a rede, Fax modem e correio electrónico. Era gravado em nove
disquetes de alta densidade de 3,5" de 1,44 MB cada um.
· Windows 3.20 - nesta versão limitou-se em acrescentar o Chinês como uma língua de trabalho.
· Windows for Workgroups 3.11 - foi lançada 8 de Novembro de 1993 e era praticamente a revisão
da versão anterior.
· Windows for Pen Computing - foi lançado em Abril de 1994 e tinha todos os recursos do
Windows for Workgroups 3.11 mais o suporte a canetas para computadores.

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Figura 17: Windows 3.0

Windows NT (1993)

O Windows NT foi lançado pela primeira vez pela Microsoft em 1993, tinha como objectivo
principal fornecer mais segurança e comodidade aos utilizadores de empresas e lojas (meio
corporativo), pois as versões do Windows disponíveis até então não eram suficientemente estáveis
e confiáveis. Foi um sistema operativo de 32 bits, multitarefa e multiutilizador. A sigla NT
significa New Technology (nova tecnologia em inglês). Trazia a funcionalidade de trabalhar como
um servidor de arquivos. Os NT têm uma grande estabilidade e têm a vantagem de não ter o MS-
DOS. A arquitectura desta versão é fortemente baseada no micro Kernel. Assim, em teoria, pode-
se remover, actualizar ou substituir qualquer módulo sem a necessidade de alterar o resto do
sistema. Cogita-se que boa parte do código fonte do Windows NT seja baseada no
OS/2, um sistema operativo desenvolvido em conjunto pela Microsoft e IBM. Desentendimentos
entre as duas companhias levaram ao fim da parceria e a IBM passou a se dedicar sozinha ao OS/2

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e a Microsoft ao Windows. O Windows NT também tinha elementos dos sistemas VMS e Lan
Manager. Não era muito popularizado até ao aparecimento do Windows 2000 (NT 5.0).
O Windows NT aceita três tipos de sistemas de arquivos: FAT (Windows NT 3.xx e Windows NT
4.0); FAT32 (Windows 2000, Windows XP e Windows 2003) e NTFS (Windows NT 4.0,
Windows 2000, Windows XP, Windows 2003, Windows Vista e Windows 7).
Existem edições especiais:
- NT 3.1 era muito semelhante ao Windows 3.1. Foi lançado em 1993. Pode ser utilizado no
Intel X86, DEC Alpha e MIPS CPUs.
- NT 3.5 foi lançado em 1994 e era semelhante ao NT 3.1.
- ·NT 3.51 foi lançado em 1995 e tinha uma interface semelhante ao Windows 3.1 e trouxe
algumas inovações nas áreas de gestão e distribuição de energia, podia executar um grande
número de aplicações Win32 do Windows 95. Mas foi rapidamente ultrapassado porque
não oferecia bons serviços de Internet.
- NT 4.0 foi lançado em 1996, tinha uma interface semelhante ao Windows 95 e era mais
estável mas menos flexível do que o Windows 95. Introduziu o Web Server, o Microsoft
Front Page, softwares de criação e gestão de web sites, o Microsoft Transaction Server e o
Microsoft Message Queuing (o MSMQ melhora a comunicação).
- NT 5.0 só foi produzido em versão Beta e posteriormente foi mudado para Windows 2000.
Tinha uma interface semelhante ao Windows 98. Este Windows permaneceu sem
popularidade até o fim da era 9x/ME, quando lançaram o Windows 2000. Nesta edição
também foi implementada a ideia de Serviços (ou Processos), no qual o sistema operativo
trabalha a partir de serviços, assim tinha menor chance de travar, pois era possível
reinicializar apenas um serviço ao invés da máquina por inteiro.
Estas versões do Windows aceitam quatro tipos de sistemas de arquivos:
- FAT 12 e 16 - Windows 1.0x, Windows 2.xx, Windows 3.xx, Windows 95, Windows 98,
Windows ME, Windows NT 3.xx e Windows NT 4.0;
- FAT 32 - Windows NT 3.51 (com o PowerPack), Windows 95 OSR 2.x, Windows 98,
Windows 2000, Windows XP e Windows Server 2003;
- NTFS - Windows NT 3.xx, Windows NT 4.0, Windows 2000, Windows XP , Windows
Server 2003 e o Windows Vista (actualmente).

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Figura 18: Windows NT 3.1

Windows 95 (1995)

Lançado em 24 de Agosto de 1995. Era um Windows completamente novo, mudou radicalmente


a interface gráfica, introduziu o menu Iniciar e a Barra de tarefas. Nesta versão o MS-DOS perdeu
parte da sua importância. Como arquitectura multitarefa (32 bits) na versão anterior só trabalhava
com apenas 16 bits o que quer dizer que só podia fazer uma tarefa de cada vez, o que não acontece
agora com o Windows 95 onde se pode manipular com vários programas ao mesmo
tempo, permite-nos uma maior rapidez na gravação e impressão de arquivos. Através da tecnologia
Plug and Play podemos actualizar o equipamento com muito mais facilidade, o Windows 95
reconhece e configura automaticamente qualquer placa de hardware que possamos introduzir no
nosso computador.

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Figura 19: Windows 95

Windows 98 (1998)

Esta versão foi lançada em 25 de Junho de 1998. Foram corrigidas muitas das falhas do seu
antecessor. A maior novidade desta versão era a completa integração do S.O. com a Internet.
Utilizava o Internet Explorer 4. Introduziu o sistema de arquivos FAT 32 e começou a introduzir
o teletrabalho (só foi possível devido à integração da Web).
Melhorou bastante a interface gráfica. Incluiu o suporte a muitos monitores e ao USB (Universal
Serial Bus). Mas, por ser maior do que o Windows 95 e possuir mais funções, era também mais
lento e mais instável. Nesta versão, nasce a restauração do sistema via MS-DOS
(Scanreg.exe/restore). A restauração do sistema visava corrigir problemas, voltando o computador
a um estado anteriormente (ontem, antes de ontem, etc.).
Existe uma versão especial, conhecida como Windows 98 Segunda Edição (Windows 98 SE). Foi
lançado em 1999, e esta versão visava corrigir as falhas (bugs) e resolver os problemas de

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instabilidade do Windows 98. Incluía drivers e programas novos. Substituiu o Internet Explorer 4
pela versão 5, que era mais rápida, e introduziu a Internet Connection Sharing, que permitia a
partilha de uma “rede de internet” para muitos computadores. Acrescentou também o NetMeeting
3 e suporte a DVD. Muitos utilizadores classificam este sistema como um dos melhores da
Microsoft, apesar de ser tratar de um sistema operativo sem suporte a multitarefa real, e ainda
tendo o DOS como o seu núcleo principal.

Figura 20: Windows 98

Windows 2000 (2000)

O lançado em Fevereiro de 2000 (apesar do sistema ter a data de 1999), que também era chamado
de Windows NT 5.0 na sua fase Beta, marcou o começo da era NT (Nova Tecnologia) para
utilizadores comuns. Teve problemas de aceitação no mercado, devido a falhas de

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segurança, como, por exemplo, o armazenamento de palavras-chave num arquivo próprio e visível,
o que facilitava a acção de crackers e invasores. Em relação aos Windows anteriores, sua interface
gráfica apresentava subtis diferenças nos menus e na barra de tarefas e ícones redesenhado, o
mesmo que o ME usaria tempos depois. Apesar dos problemas iniciais, trata-se
de um sistema operativo bastante estável em 16 bits, multiutilizador e multitarefa real. E por um
bom tempo muitos o preferiram em relação ao seu sucessor, o XP. Nesta versão foi iniciada a
criação e utilização de um novo sistema de gestão, baseado em LDAP, chamado pela Microsoft de
Active Directory, o que trazia diversas funções, como suporte a administração de utilizadores e
grupos (como no NT 3.51 e 4.0) além das novas opções como computadores, periféricos
(impressoras, etc...) e OU (Organization Unit).
Versões: Professional, Server, Advanced Server, Datacenter Server e Small Business Server.

Figura 21: Windows 2000

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Windows Me (2000)

Foi lançado pela Microsoft em 14 de Setembro de 2000, sendo esta a última tentativa de
disponibilizar um sistema baseado, ainda, no antigo Windows 95. Essa versão trouxe algumas
inovações, como o suporte às máquinas fotográficas digitais, aos jogos multi-jogador na Internet
e à criação de redes domésticas (home networking). Introduziu o Movie Maker e o Windows Media
Player 7 (para competir com o Real Player) e actualizou alguns programas. Introduzia o recurso
"Restauro de Sistema" (que guardava o estado do sistema numa determinada data, útil para
desfazer mudanças mal sucedidas) e o Internet Explorer 5.5. Algumas pessoas crêem que este foi
apenas uma terceira edição do Windows 98 e que foi apenas um produto para dar resposta aos
clientes que esperavam por uma nova versão. Muitas pessoas achavam-no defeituoso e instável, o
que seria mais tarde comprovado pelo abandono deste segmento em função da linha OS/2-NT4-
2000-XP. Na mesma época, foi lançada uma nova versão do Mac OS X e a Microsoft, com receio
de perder clientes, lançou o Windows ME para que os seus fãs aguardassem o lançamento do
Windows XP.

Figura 22: Windows Me

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Windows XP (2001)

O Windows XP é um sistema operativo bastante mais aperfeiçoado em relação as versões


anteriores. Permite a partilha de ficheiros em rede, o que se torna uma vantagem quando há muitos
utilizadores a trabalharem em conjunto. Já vem com uma pré-instalação de drivers, algo que não
acontecia com o Windows 98 onde a sua instalação não era das mais fáceis.
O Windows XP vem com o NTFS, que é um tipo de partição para escrita e leitura em discos
utilizados em sistemas operativos Windows. Oferece melhor segurança e recuperação de dados e
também oferece um nível de armazenamento maior que a FAT32, utilizada pelo Windows 98.
Esta versão do Windows foi considerada como a melhor versão já lançada pela Microsoft para os
utilizadores domésticos, possui uma interface totalmente simples e inovadora. Um dos problemas
é o seu consumo de memória RAM, só pode ser instalado em estações com mais de 128Mb de
memória, e cada vez que a Microsoft lança uma nova versão, requer um upgrade ou hardware
novo. Versões: Home, Professional, Tablet PC Edition, Media Center Edition, Embedded,
Starter Edition e 64-bit Edition O nome de código desta versão, antes do lançamento era Whistler.

Figura 23: Windows XP

Windows Server 2003 (2003)

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Versão do Windows lançada em 24 de Abril de 2003, e é também conhecida como Windows NT
5.2, e é o sucessor do Windows XP para o ambiente corporativo. Novidades na área administrativa,
Active Directory, e automatização de operações. Esta versão do Windows é voltada principalmente
para servidores e empresas de grande porte, possui recursos de servidores na activa e garante a
segurança de dados. Versões: Web Edition, Standard Edition, Enterprise Edition, Data Center
Edition e Small Business Server (32 e 64 bits).

Figura 24: Windows Server 2003

Windows Vista (2007)

Também conhecido como Windows NT 6.0, pelo nome de código Longhorn e pelo próprio nome
oficial Vista, é o mais novo S.O da Microsoft, e que tem seis versões, uma das versões é
simplificada e destinada aos países em desenvolvimento. O Windows Vista começou a ser vendido
em 30 de Janeiro de 2007. As seis edições diferentes do Windows Vista foram projectadas para se
ajustar ao modo como se pretende usar o seu PC. Têm uma interface intitulada Aero, com recursos
de transparência, que não existe nas Versões Starter e Basic, um sistema de alternância 3D de
janelas chamado Flip 3D (apenas disponível a partir da versão Vista
Home Premium), que é activado pelo atalho Logotipo do Windows + Tab. Alem das inovações
gráficas, esta versão do Windows possui inovador “Windows Media Center” como um "centro"
de entretenimento digital em todas as suas versões partir do Vista Home Premium. Também trouxe
diversas ferramentas integradas para segurança, como o Windows Defender e o Windows Firewall
(presente a partir do Windows XP Service Pack 2). Além disso, veio preparado para o mundo da
alta definição. Depois de tantas inovações e melhorias na interface e utilização do Sistema
Operativo (SO), este sistema não corre em qualquer tipo de Hardware. Esta é uma das razões
porque muitos dos utilizadores preferiram utilizar o Windows XP. O Windows Vista

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Ultimate Edition é a versão do Windows Vista que mais requer recursos do computador. Para que
o desempenho seja razoável, a Microsoft recomenda um processador de 1.8Ghz (de preferência
Dual-Core) e 1GB de memória RAM, sendo necessária uma placa de vídeo compatível com o
DirectX 9.0, pixel shader 2.0 e 128mb de memoria de vídeo para usufruir da transparência das
janelas d Flip 3D (Windows Aero).
Também devidas as transformações no Kernel e no código feitas, o Windows Vista apresentou no
princípio uma grande incompatibilidade com os drivers de diversos hardwares.
Acredita-se que ocorra uma melhora de performance no sistema com o lançamento do seu Service
Pack 2. Versões do Windows Vista: Starter, Basic, Home Premium, Enterprise, Business e o
Ultimate.

Figura 25: Windows Vista

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Windows Server 2008 (2008)

Versão mais recente do Windows Server, lançado em 27 de Fevereiro de 2008. Windows Server
2008 Standard Edition. Esta versão, substitui o Windows Server 2003, foi projectado para fornecer
serviços e recursos para outros sistemas numa rede. O sistema operativo tem um abundante
conjunto de recursos e opções de configuração. O Windows Server 2008 Standard Edition dá
suporte a 2-way e 4-way SMP (multiprocessamento simétrico) e a até 4 gigabytes de memória em
sistemas de 32 bits e 32 GB em sistemas de 64 bits. Windows Server Enterprise Edition, estende
os recursos fornecidos no Windows Server 2008 Standard Edition para proporcionar uma
maior escalabilidade e disponibilidade e dar suporte a serviços adicionais, como o Cluster e o
Serviço de Federação do Active Directory. Também dá suporte aos sistemas de 64 bits, memória
RAM hot-swap e non-uniform memory access (NUMA). Os servidores Enterprise podem ter até
32 GB de RAM em sistemas x86 e dois terabytes (TB) de RAM em sistemas de 64 bits e 8 CPUs.
Windows Server 2008 Datacenter Edition, é o servidor Windows mais robusto.
Aperfeiçoou os recursos de cluster e dá suporte a configurações de memória muito amplas, até 64
GB de RAM em sistemas x86 e dois TB RAM em sistemas de 64 bits. Tem requisito mínimo de
CPU e pode dar suporte a até 64 CPUs. Windows Web Server 2008 é a Web Edition do Windows
Server 2008. Foi projectado para fornecer services Web para a implantação de sites e aplicativos
baseados na Web, essa versão do servidor só dá suporte a recursos relacionados. Inclui o
Microsoft.NET Frameworks, o Microsoft Internet Information Services (IIS), o ASP.NET, o
servidor de aplicativos e recursos de balanceamento de carga de rede. No entanto, não possui vários
outros recursos, incluindo o Active Directory.

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Figura 26: Windows Server 2008

Windows 7 (2009)

Anteriormente com o codename Vienna, este será o sucessor do Windows Vista, onde serão
incluídos vários recursos que não se encontram no Vista. Uma versão Beta já foi lançada para
pessoas que queiram testá-lo (conhecidos como Beta-Testers), sendo distribuído gratuitamente
pela Microsoft no seu site (versão em inglês). Na versão Beta já se pode perceber pequenas
mudanças, como uma maior integração aos processadores de Múltiplos Núcleos e inicialização
mais rápida. Um teste realizado pela Microsoft, constatou que o Windows 7 inicia mais rápido que
o Windows Vista, e á mesma velocidade do Windows XP. Os desenvolvedores da Microsoft já
anunciaram que pretendem fazer com que a inicialização/Boot do sistema seja muito mais rápida
(por volta de 90 segundos). O Windows 7 já tem data de lançamento oficial, previsto
para o dia 22 de Outubro de 2009. Percebem-se também inovações na interface, utilizando ícones
maiores na barra de tarefas (taskbar), quase como se fossem miniaturas, semelhante ao Mac OS

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(dockstation), embora a barra de tarefas semelhante à do Windows 7, já existiu no Windows 3.0
(sendo que assim o dock existiu somente 15 anos após seu lançamento no Windows 3.0),
facilitando a utilização. Percebe-se também que esta barra está mais transparente do que no Vista.
Nesta versão, inova-se com o Windows Aero Shake, sendo uma "ferramenta" para minimizar todas
as janelas ou maximizá-las, clicando na parte superior da janela (parte transparente) e
chocalhando-a para os lados rapidamente, minimizando ou maximizando, deixando a janela actual
em evidência. A maximização da janela para tela cheia também ganhou inovação, bastando para
isso clicar na barra superior da janela e arrastá-la para o topo ou qualquer lateral da tela para
maximizá-la totalmente. Já está disponível uma versão RC (Release Candidate, ou "candidata a
lançamento" em português), ou seja uma versão (mais) provável de ser a lançada (oficial).

Figura 27: Windows 7

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Sistema Operativo Linux
Com o surgimento do UNIX na terceira geração dos computadores, muitos sistemas que
construidos posteriormente são baseados no Unix.
Minix é uma das versões do UNIX construido por m renomado professor de computação Andrew S.
Tanenbaum em 1987.

Dadas as suas finalidades acadêmicas, não só o MINIX foi disponibilizado de maneira gratuita e
livre, como também o seu código-fonte completo. Assim, os estudantes de computação podiam -
e podem - estudá-lo inteiramente para desenvolver suas habilidades ou mesmo para criar projetos
derivados. Foi assim que Linus Torvalds entrou nesta história.

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