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o o
Comitê de Elaboração/Revisão (2015): Eng Civil Marcio Soares da Rocha, Eng Civil Ernesto
o o
Ferreira Nobre Júnior, Eng Civil Francisco Alves de Aguiar, Eng Civil Jorge Luiz Rodrigues Cursino
o o o a
de Sena, Eng Civil, Eng Eletricista e Eng de Segurança do Trabalho José de Montier Barroso, Eng
o
Civil Christina Bianchi Brandão, Eng Civil Elismar de Oliveira Sá.
Palavras-Chaves: edificações, inspeção predial, auditoria técnica. 19 páginas
Sumário
PREFÁCIO........................................................................................................................................ 2
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 2
1 OBJETIVO..................................................................................................................................... 2
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E TÉCNICAS.............................................................................. 3
3 DEFINIÇÕES................................................................................................................................. 3
4 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL.................................................................................................... 5
5 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES........................................................................................ 6
6 CLASSIFICAÇÃO DAS INSPEÇÕES PREDIAIS.......................................................................... 7
7 CARACTERIZAÇÃO DA AUDITORIA TÉCNICA PREDIAL.......................................................... 8
8 METODOLOGIA DA INSPEÇÃO PREDIAL E DA AUDITORIA TÉCNICA PREDIAL................... 8
9 DOCUMENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO INSPECIONADA OU AUDITADA..................................... 9
10 PLANEJAMENTO DA VISTORIA TÉCNICA E ELABORAÇÃO DE LISTAS DE
VERIFICAÇÃO (CHECKLISTS).................................................................................................. 10
11 VISTORIA TÉCNICA................................................................................................................... 10
12 INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÚTEIS À INSPEÇÃO PREDIAL OU À AUDITORIA TÉCNICA
PREDIAL..................................................................................................................................... 11
13 CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS.......................................................................................... 11
14 CLASSIFICAÇÃO DAS FALHAS................................................................................................. 12
15 CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO DAS ANOMALIAS E FALHAS................................... 12
16 DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES COM RELAÇÃO AO SANEAMENTO DE ANOMALIAS E À
CORREÇÃO DE FALHAS........................................................................................................... 13
2
Orientação Técnica OT-003/2015-IBRAENG – Inspeção Predial e Auditoria Técnica Predial
PREFÁCIO
O IBRAENG – Instituto Brasileiro de Auditoria de Engenharia é a entidade de classe homologada pelo
sistema Confea-Crea que objetiva o desenvolvimento e a padronização de métodos e técnicas
científicas de auditoria, aplicáveis aos trabalhos de Engenharia. O IBRAENG possui registro regional
no Crea-CE, tem atuação nacional e possui como associados profissionais de Engenharia e
Arquitetura de nível superior de todo o Brasil.
A impressão deste documento para uso pessoal é permitida; todavia, a impressão em grande escala
e para uso coletivo só pode ser feita com permissão do IBRAENG. As citações desta Orientação
Técnica devem ser feitas conforme apresentado no item 21 desta Orientação Técnica.
INTRODUÇÃO
Nos últimos 10 anos diversas leis e/ou decretos municipais instituindo a obrigatoriedade de inspeções
prediais em edificações em funcionamento têm sido projetados, sancionados e/ou regulamentados no
Brasil. Tais projetos, leis e decretos determinam que a competência para a realização de vistorias
técnicas e emissão de laudos de inspeções prediais em edificações compete aos profissionais de
nível superior devidamente registrados e habilitados nos conselhos profissionais regionais de
Engenharia e Agronomia (Crea) e nos conselhos profissionais regionais de Arquitetura e Urbanismo
(CAU), entretanto, não trazem orientações metodológicas que possibilitem a efetiva e competente
realização dessas inspeções prediais. Tal situação pode provocar a realização de inspeções prediais
de má qualidade que não atendam ao objetivo maior de proteger a sociedade contra acidentes e
incidentes provocados por defeitos construtivos, uso inadequado ou falta de manutenção das
edificações e de seus sistemas e equipamentos.
O IBRAENG, portanto, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do país e para a proteção
da sociedade brasileira, disponibiliza aos profissionais de Engenharia e Arquitetura em geral, aos
Conselhos Profissionais de Engenharia e Arquitetura, às entidades de classe e aos órgãos públicos
(contratantes, controladores e reguladores) esta Orientação Técnica que visa contribuir para
uniformizar o entendimento sobre as definições de “inspeção predial” e “auditoria técnica predial”,
bem como para padronizar a metodologia referencial para a realização de inspeções prediais e
auditorias técnicas prediais.
1 OBJETIVO
Esta Orientação Técnica objetiva contribuir para:
Lei Federal Nº 5.194, DE 24 DEZ 1966 (Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e
Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências).
3 DEFINIÇÕES
Anomalias: desconformidades técnicas construtivas ou de uso de uma edificação ou de seus
equipamentos e sistemas, que implicam na perda de desempenho da edificação ou de suas partes
(equipamentos e sistemas) e na redução de sua vida útil. Podem comprometer a segurança, a
estabilidade e a funcionalidade da edificação, a saúde dos usuários, o conforto térmico, acústico e
lumínico, a estética, a acessibilidade, a durabilidade, a vida útil, e outros aspectos de desempenho
constantes na NBR 15.575/ABNT.
Documentos técnicos: desenhos técnicos e/ou textos descritivos que caracterizam e registram os
diversos elementos e sistemas componentes dos projetos e obras de engenharia.
Grau de risco de anomalias e falhas: “Critério de classificação das anomalias e falhas existentes
na edificação e constatadas em uma inspeção predial, considerado o risco oferecido aos usuários, ao
meio ambiente e ao patrimônio, dentro dos limites da inspeção predial.” (definição da Norma de
Inspeção predial do IBAPE Nacional. 2012. Item 4.4)
O grau de risco das anomalias e falhas de uma edificação é classificado em: crítico, médio e mínimo,
de acordo com os critérios definidos no corpo desta OT.
Inspeção predial: análise diagnóstica de uma edificação, quanto aos seus aspectos técnicos, de uso
e de manutenção, que resulta num laudo. A inspeção predial, a depender do seu nível, pode ser
realizada por um profissional ou por uma equipe multidisciplinar e pode fundamentar as suas
conclusões em observações visuais ou em resultados de exames laboratoriais ou de medições
realizadas com o uso de equipamentos.
Listas de verificação (ou checklists): formulários elaborados pelos inspetores e/ou auditores para
verificação e anotação in loco das características técnicas, de uso e de manutenção de uma
edificação inspecionada ou auditada. São documentos imprescindíveis nas vistorias técnicas, onde os
inspetores e auditores registrarão as características dos diversos sistemas construtivos da edificação
e das práticas de uso e manutenção adotadas pelos seus usuários e administradores, além das
anomalias e falhas porventura constatadas.
Nível de inspeção predial: classificação da inspeção predial quanto a sua complexidade, em função
das características técnicas, da manutenção e do uso observado na edificação inspecionada, e da
necessidade ou não de formação de equipe multidisciplinar para execução dos trabalhos. Os níveis
de inspeção predial podem ser classificados em nível 1, nível 2 e nível 3 (conforme definidos no corpo
desta OT). A inspeção predial de nível 3 é a auditoria técnica predial.
Projeto executivo (Lei 8.666/93, art. 6º, X) : “X – Projeto Executivo – o conjunto dos elementos
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”.
Projeto as built: documento técnico que registra, descreve e retrata a edificação exatamente como
foi (e está) construída, considerando as alterações porventura realizadas com relação ao seu projeto
executivo.
Serviço de engenharia: toda atividade, cuja execução seja de competência restrita aos profissionais
de engenharia.
naturais de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades
humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir.
Vistoria: visita técnica realizada por um profissional de Engenharia ou Arquitetura para caracterizar
uma obra em andamento ou uma edificação concluída quanto aos seus diversos aspectos físicos, ao
seu uso e manutenção.
4 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL
As Inspeções Prediais e as Auditorias Técnicas Prediais deverão ser realizadas apenas por
engenheiros e arquitetos devidamente registrados e regulares com o CREA e CAU e em
conformidade com as respectivas atribuições de cada modalidade profissional, conforme resoluções
do CONFEA e CAU-BR, preferencialmente treinados e capacitados mediante cursos específicos
promovidos por entidades de classe da Engenharia e da Arquitetura ou por profissionais experientes,
por meio de empresas especializadas.
Cada modalidade profissional possui as suas atribuições definidas por leis e resoluções dos
respectivos conselhos profissionais federais de Engenheiros e Arquitetos (Confea e Cau-BR). A
tabela 4.1 informa quais são os profissionais habilitados para inspecionar/auditar cada tipo de sistema
predial, com base nas Leis e Resoluções indicadas.
Tabela 4.1 - Profissionais habilitados legalmente para inspeção predial e auditoria técnica predial, por
sistema predial, conforme Leis e Resoluções do Confea e Cau-BR
SISTEMA PREDIAL PROFISSIONAL HABILITADO FUNDAMENTO
Lei Federal 5.194/1964;
Estrutura (fundações, pilares, Engenheiro Civil
Resolução 218/1977/Confea
vigas, lajes etc.) Arquiteto/Urbanista
Lei Federal 12.378/2010;
Alvenaria, Vedação (paredes e Lei Federal 5.194/1964;
Engenheiro Civil
divisórias), Revestimentos e Resolução 218/1977/Confea;
Arquiteto/Urbanista
Esquadrias Lei Federal 12.378/2010;
Lei Federal 5.194/1964;
Engenheiro Civil
Cobertura Resolução 218/1977/Confea
Arquiteto/Urbanista
Lei Federal 12.378/2010;
Trabalhos em solos Engenheiro Civil Lei Federal 5.194/1964;
(aterramentos, contenções etc.) Arquiteto/Urbanista Resolução 218/1977/Confea
Lei Federal 5.194/1964;
Instalações hidráulicas e Engenheiro Civil
Resolução 218/1977/Confea
sanitárias Arquiteto/Urbanista
Lei Federal 12.378/2010;
Engenheiro Civil
Lei Federal 5.194/1964;
Arquiteto/Urbanista
Resolução 218/1977/Confea;
Instalações de gás Eng. Mecânico
Resolução 288/1983/Confea;
Engenheiro de Produção
Lei Federal 12.378/2010.
Mecânica
Engenheiro Civil Lei Federal 5.194/1964;
Instalações de comunicação
Arquiteto/Urbanista Resolução 218/1977/Confea
(telefonia e informática)
Engenheiro Eletricista Lei Federal 12.378/2010.
Instalações elétricas de baixa Engenheiro Civil Lei Federal 5.194/1964;
tensão (conforme classificação Arquiteto/Urbanista Resolução 218/1977/Confea
da NBR 5410/ABNT, item 1.2.2) Engenheiro Eletricista Lei Federal 12.378/2010.
Tabela 4.1 - Profissionais habilitados legalmente para inspeção predial e auditoria técnica predial, por
sistema predial, conforme Leis e Resoluções do Confea e Cau-BR (conclusão)
SISTEMA PREDIAL PROFISSIONAL HABILITADO FUNDAMENTO
Lei Federal 5.194/1964;
Instalações elétricas de alta Engenheiro Eletricista
Resolução 218/1977/Confea
tensão
Lei Federal 12.378/2010
Elevadores e demais máquinas Engenheiro Mecânico
Lei Federal 5.194/1964;
e equipamentos eletro- Engenheiro Mecatrônico
Resolução 218/1977/Confea;
mecânicos (geradores, Engenheiro de Produção
Resolução 288/1983/Confea
exaustores etc.) Mecânica
Engenheiro Mecânico Lei Federal 5.194/1964;
Climatização Engenheiro de Produção Resolução 218/1977/Confea;
Mecânica Resolução 288/1983/Confea
Engenheiro Civil
Arquiteto/Urbanista Lei Federal 5.194/1964;
Bombas dos sistemas
Engenheiro Mecânico Resolução 218/1977/Confea;
hidrossanitários
Engenheiro de Produção Resolução 288/1983/Confea
Mecânica
Engenheiro Civil
Arquiteto/Urbanista Lei Federal 5.194/1964;
Combate a incêndio
Engenheiro de Segurança do Resolução 218/1977/Confea
Trabalho
Proteção Contra Descargas Engenheiro Eletricista Lei Federal 5.194/1964;
Atmosféricas Engenheiro Civil Resolução 218/1977/Confea
Engenheiro Mecânico Lei Federal 5.194/1964;
Climatização Engenheiro de Produção Resolução 218/1977/Confea;
Mecânica Resolução 288/1983/Confea
Engenheiro Eletricista Lei Federal 5.194/1964;
Automação Engenheiro Eletrônico Resolução 218/1977/Confea
Engenheiro Mecatrônico
Engenheiro Eletricista Lei Federal 5.194/1964;
Segurança (câmeras, alarmes
Engenheiro Eletrônico Resolução 218/1977/Confea
etc.)
Engenheiro Mecatrônico
Engenheiro Eletricista Lei Federal 5.194/1964;
Engenheiro Mecânico Resolução 218/1977/Confea;
Energias Renováveis
Engenheiro de Produção Resolução 288/1983/Confea
Mecânica
Os tipos das edificações, para efeito desta Orientação Técnica, são: residenciais; comerciais;
industriais; rurais; portuárias; aeroportuárias; ferroviárias; de saúde; públicas; recreativas;
educacionais; religiosas; rodoviárias; temporárias ou efêmeras (estandes, coberturas etc.);
subterrâneas; aquáticas; de comunicações; de energia; de transporte urbano; monumentos.
Para fins de classificação das inspeções e auditorias técnicas prediais, as edificações podem ser
classificadas quanto ao padrão e complexidade construtiva em:
As edificações, para efeito desta Orientação Técnica, são classificadas também conforme o número
de pavimentos ou andares. A classificação, quanto a este aspecto, é quantitativa.
As edificações, para efeito desta Orientação Técnica, são classificadas também conforme as suas
respectivas áreas construídas (áreas pavimentadas), A classificação, quanto a este aspecto, é
quantitativa e as áreas são descritas em metros quadrados.
Exemplo de classificação de edificação: (1) residencial; (2) padrão normal; (3) 15 pavimentos; (4)
2
Área Construída de 7.000 m .
Nota: independente da classificação da edificação conforme este item, cabe aos inspetores e auditores
apresentar no laudo a descrição da edificação, apontando a sua localização, sua idade e os sistemas
construtivos que a compõem.
Inspeção Predial realizada em edificação com padrão e complexidade construtiva do tipo baixo (ver
5.2.a), que possui até três pavimentos, sem elevadores, e que apresenta simplicidade na manutenção
e na operação de seus elementos e sistemas construtivos.
A Inspeção Predial nesse nível pode ser realizada por um ou mais profissionais habilitados em
apenas uma especialidade (engenheiro civil ou arquiteto) e suas conclusões são fundamentadas nas
observações visuais e/ou em medições realizadas pelos próprios inspetores prediais.
Consoante a Lei Municipal específica, o laudo de inspeção predial neste nível deverá apontar as
medidas saneadoras das anomalias e falhas porventura constatadas.
Inspeção Predial realizada em edificação com padrão e complexidade construtiva normal (ver 5.2.b),
com um ou mais elevadores, cujas manutenções de seus equipamentos e sistemas construtivos (tais
como elevadores, bombas hidráulicas e sanitárias, portões automáticos, reservatórios de água etc.)
sejam feitas por empresas especializadas terceirizadas, registradas e regulares no Crea.
A Inspeção Predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em mais de uma
especialidade, de acordo com as respectivas habilitações e atribuições profissionais de cada
especialidade profissional (ver Tabela 4.1), e suas conclusões são fundamentadas principalmente na
observação visual e nas medições feitas pelos próprios inspetores, podendo contar com resultados de
ensaios e ensaios tecnológicos, conforme o caso.
Dependendo da legislação municipal específica, o laudo de inspeção predial neste nível deverá
apontar as medidas saneadoras das anomalias e falhas porventura constatadas pelos inspetores,
bem como os prazos para as medidas corretivas que devem ser executadas.
A nota do item 4.0 também se aplica às inspeções prediais deste nível.
Inspeção Predial realizada em edificações com alto padrão e alta complexidade construtiva (ver
5.2.c), com vários pavimentos, com mais de um elevador, cujas manutenções de seus equipamentos
e sistemas construtivos (tais como elevadores, bombas hidráulicas e sanitárias, portões automáticos,
reservatórios de água etc.) sejam feitas por empresas especializadas terceirizadas, registradas no
Crea.
A Inspeção Predial nesse nível é elaborada necessariamente por profissionais habilitados em mais de
uma especialidade, de acordo com as respectivas habilitações e atribuições profissionais de cada
especialidade profissional (ver Tabela 4.1) e suas conclusões são fundamentadas conjuntamente na
observação visual, nas medições feitas pelos próprios inspetores e nos resultados de ensaios e
exames laboratoriais. Nas inspeções prediais de nível 3 os inspetores podem contratar ou indicar ao
contratante peritos/especialistas externos à equipe de inspetores prediais para embasar conclusões
do laudo, conforme o caso.
“Nesse nível de inspeção, o trabalho poderá ser intitulado como de Auditoria Técnica.” (Norma de
Inspeção Predial do IBAPE Nacional/2012. Item 6.1.3).
O laudo de uma Inspeção Predial de nível 3 (Auditoria Técnica Predial) deve apresentar prescrições e
recomendações para saneamento de anomalias e correções de falhas porventura constatadas pela
equipe de inspetores, bem como os prazos para as medidas corretivas que devem ser executadas
pelos proprietários ou administradores dos prédios inspecionados.
É realizada por uma equipe de profissionais de nível superior, geralmente de mais de uma
especialidade, de acordo com as respectivas atribuições profissionais de cada modalidade
profissional (ver Tabela 4.1) e com o grau de complexidade dos equipamentos e sistemas auditados.
As conclusões apresentadas nos laudos das Auditorias Técnicas Prediais são fundamentadas
conjuntamente na observação visual e nas medições feitas pelos próprios auditores, e nos resultados
de ensaios e exames laboratoriais. Nas auditorias técnicas prediais os auditores podem contratar ou
indicar ao contratante peritos especialistas externos à equipe de auditores prediais para embasar
conclusões do laudo, conforme o caso.
O laudo de uma Auditoria Técnica Predial deve indicar prescrições e recomendações para correções
e saneamento de anomalias e correções de falhas porventura constatadas pela equipe durante a
auditoria, bem como os prazos para as medidas corretivas que devem ser executadas pelos
proprietários ou administradores dos prédios auditados.
Vistoria da edificação, preenchimento das listas de verificação (ver item 11), registro técnico
fotográfico e obtenção de informações complementares dos usuários, responsáveis,
proprietários e gestores das edificações (ver item 12);
Classificação das anomalias e falhas constatadas nos itens vistoriados e das não
conformidades com a documentação examinada (ver itens 13 e 14);
Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco (ver item 15);
Definição de prioridades com relação às anomalias e falhas (ver item 16);
Avaliação da manutenção e uso (ver item 17);
Avaliação das Condições de Estabilidade e Segurança (ver item 18)
Prescrições e recomendações técnicas para saneamento de anomalias e correções de falhas
(ver item 19);
Elaboração e entrega do laudo (ver item 20).
A lista constante neste item não é exaustiva e deve ser adaptada pelos inspetores e auditores
prediais conforme o tipo e a complexidade da edificação e suas instalações e sistemas construtivos a
serem inspecionados.
As listas de verificação (checklists) devem ser elaboradas de modo a permitir ainda a classificação
das anomalias e desconformidades porventura constatas, quanto ao grau de risco e a definição de
prioridades quanto às medidas saneadoras a serem recomendadas no laudo, se existirem.
11 VISTORIA TÉCNICA
A vistoria técnica presencial é obrigatória nas inspeções prediais e nas auditorias técnicas prediais.
Nas vistorias, os inspetores e auditores coletarão todos os dados e amostras de materiais e
equipamentos (se necessários) relativos às edificações inspecionadas e/ou auditadas, relevantes aos
objetivos do trabalho em pauta.
Durante a vistoria, serão preenchidas as listas de verificação, os questionários e entrevistas e
também se fará o registro técnico fotográfico da edificação. Recomenda-se que as vistorias sejam
Recomenda-se que a vistoria da inspeção predial abranja todos os sistemas construtivos prediais e
seus elementos, tais como: estrutura, impermeabilização, instalações (hidráulicas, sanitárias,
elétricas, de comunicação e outras), revestimentos em geral, esquadrias, elevadores, climatização,
exaustão mecânica, ventilação, coberturas e telhados, combate a incêndio e SPDA.
13.1 Endógenas
13.2 Exógenas
13.3 Naturais
13.4 Funcionais
A relação a seguir contém algumas das anomalias que podem ser encontradas nas edificações.
Fissuras;
Manchas;
Afundamentos e abaulamentos;
Furos;
Oxidações;
Corrosões;
Quebraduras;
Descolamentos;
Deslocamentos;
Umidades;
Infiltrações;
Descascamentos;
Flexões;
Desgastes;
Descobrimentos;
Vazamentos;
Pontos quentes.
Nas inspeções e auditorias prediais, os profissionais responsáveis devem indicar as causas prováveis
das anomalias porventura constatadas e recomendar as medidas saneadoras adequadas (ver item
19).
14.1 De Planejamento
14.2 De Execução
14.3 Operacionais
14.4 Gerenciais
Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção, bem como da falta de
acompanhamento de custos da mesma.
Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente; perda
excessiva de desempenho e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento excessivo de
custo de manutenção e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.
Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência
ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário da edificação.
A manutenção da edificação inspecionada ou auditada será avaliada com base na conformidade dos
procedimentos adotados com a NBR 5674:1999/ABNT e com os manuais de manutenção da
edificação e dos seus sistemas e equipamentos porventura existentes, e será classificada em:
a) Conforme
b) Desconforme
c) Inexistente
Quanto ao uso, os inspetores prediais ou auditores prediais deverão classificar a edificação em:
Quando a edificação inspecionada encontra-se ocupada e utilizada de acordo com o uso previsto no
projeto.
Projeto estrutural – elaboração por profissional habilitado; conformidade ou não com a norma
técnica da ABNT (NBR 6118) e adequação ou não ao tipo de edificação;
Execução da obra – realização por empresa de engenharia ou arquitetura registrada no Crea
ou CAU ou por empresa ou pessoas não habilitadas;
Uso da estrutura – em conformidade ou em desconformidade com o projeto;
Anomalias construtivas – presença ou ausência na estrutura, nas vedações e coberturas da
edificação.
Recuperações estruturais e/ou reformas – realizadas por empresas de engenharia ou
arquitetura registradas no Crea ou CAU ou por empresa ou pessoas não habilitadas; não
realizadas.
Edificação com Estabilidade e Segurança Estrutural Regular: (1) projeto estrutural elaborado por
profissional habilitado, aprovado pela autoridade municipal competente e contendo a respectiva ART
ou RRT; (2) edificação construída por empresa de engenharia ou arquitetura registrada no Crea ou
CAU; (3) uso em conformidade com o projeto estrutural; (4) ausência de anomalias construtivas
visíveis a olho nu na estrutura, nas vedações e coberturas e/ou ausência de deformações excessivas
nas peças estruturais da edificação.
Nota: além dos aspectos e critérios anteriores, a edificação pode ser classificada como regular se a sua
estrutura tiver sido recuperada ou atestada em perícia realizada nos últimos 5 (cinco) anos por empresa
ou profissional habilitado.
Edificação com Estabilidade e Segurança Estrutural Irregular: (1) projeto estrutural inexistente e/ou
não aprovado pela autoridade municipal competente e/ou não contendo a respectiva ART ou RRT; (2)
edificação construída por empresa ou pessoa física não registrada no Crea ou CAU; (3) uso em
desconformidade com o projeto estrutural; (4) presença de anomalias construtivas visíveis a olho nu
na estrutura e/ou nas vedações e/ou nas coberturas e/ou presença de deformações excessivas nas
peças estruturais da edificação.
Edificação com Estabilidade e Segurança Estrutural Regular: (1) projeto estrutural elaborado por
profissional habilitado, aprovado pela autoridade municipal competente e contendo a respectiva ART
ou RRT; (2) edificação construída por empresa de engenharia ou arquitetura registrada no Crea ou
CAU; (3) uso em conformidade com o projeto estrutural; (4) ausência de anomalias construtivas
visíveis a olho nu e/ou não detectadas por meio de ensaios tecnológicos ou equipamentos
diagnósticos, na estrutura, nas vedações e coberturas e/ou ausência de deformações excessivas nas
peças estruturais da edificação.
Nota: além dos aspectos e critérios anteriores, a edificação pode ser classificada como regular se a sua
estrutura tiver sido recuperada ou atestada em perícia realizada nos últimos 5 (cinco) anos por empresa
ou profissional habilitado.
Edificação com Estabilidade e Segurança Estrutural Irregular: (1) projeto estrutural inexistente e/ou
não aprovado pela autoridade municipal competente e/ou não contendo a respectiva ART ou RRT; (2)
edificação construída por empresa ou pessoa física não registrada no Crea ou CAU; (3) uso em
desconformidade com o projeto estrutural; (4) presença de anomalias construtivas visíveis a olho nu
e/ou detectadas por meio de ensaios tecnológicos ou equipamentos diagnósticos, na estrutura e/ou
nas vedações e/ou nas coberturas, e/ou detectadas por meio de ensaios tecnológicos ou
equipamentos diagnósticos e/ou presença de deformações excessivas nas peças estruturais da
edificação.
Edificação com Estabilidade e Segurança Estrutural Regular: (1) projeto estrutural elaborado por
profissional habilitado, aprovado pela autoridade municipal competente, contendo a respectiva ART
ou RRT e em conformidade com a norma técnica da ABNT; (2) edificação construída por empresa de
engenharia ou arquitetura registrada no Crea ou CAU; (3) uso em conformidade com o projeto
estrutural; (4) ausência de anomalias construtivas visíveis a olho nu e não detectadas em ensaios
tecnológicos e/ou por meio de equipamentos diagnósticos, na estrutura, nas vedações e coberturas
e/ou ausência de deformações excessivas nas peças estruturais da edificação.
Nota: além dos aspectos e critérios anteriores, a edificação pode ser classificada como regular se a sua
estrutura tiver sido recuperada ou atestada em perícia realizada nos últimos 5 (cinco) anos por empresa
ou profissional habilitado.
Edificação com Estabilidade e Segurança Estrutural Irregular: (1) projeto estrutural inexistente ou em
desconformidade com a norma técnica da ABNT; (2) edificação construída por empresa ou pessoa
física não registrada no Crea ou CAU; (3) uso em desconformidade com o projeto estrutural; (4)
presença de anomalias construtivas visíveis a olho nu e/ou detectadas por meio de ensaios
tecnológicos ou equipamentos diagnósticos, na estrutura e/ou nas vedações e/ou nas coberturas e/ou
presença de deformações excessivas nas peças estruturais da edificação.
Nota: em qualquer nível de inspeção predial, se os inspetores ou auditores constatarem que o projeto
estrutural da edificação não existe e/ou está em desconformidade com a norma técnica da ABNT e/ou
inadequado ao tipo de edificação e que a mesma foi construída por empresa ou pessoa física não
registrada no Crea ou CAU, ou que a edificação está sendo usada em desconformidade com o seu
projeto estrutural, deverá ser recomendada uma perícia estrutural.
Os objetos desta avaliação são os sistemas e equipamentos de proteção contra incêndio (extintores,
hidrantes, para raios, sprinklers, iluminação de emergência, saídas de emergência e portas corta-
fogo) e as instalações elétricas.
Regulares ou
Irregulares.
1. As instalações elétricas estiverem em conformidade com a norma técnica da ABNT que trata
sobre segurança em instalações e serviços em eletricidade;
2. As instalações e equipamentos de proteção contra incêndio estiverem de acordo com as
normas técnicas da ABNT que tratam sobre: proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas; chuveiros automáticos para extinção de incêndio (sprinklers); extintores de
incêndio; saídas de emergência; iluminação de emergência; portas corta-fogo; programa de
brigada de incêndio.
Os inspetores e auditores prediais devem recomendar aos responsáveis pela edificação inspecionada
que todos os serviços de engenharia (inclusive de manutenção) e arquitetura sejam acompanhados
da devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e/ou Registro de Responsabilidade Técnica
(RRT).
É importante que as medidas de correção e melhoria da edificação que possam favorecer a sua
sustentabilidade e habitabilidade sejam consignadas no laudo.
construída)
Idade da edificação
Sistemas componentes (estrutura, vedações, instalações, revestimentos etc.)
Nível da Inspeção Predial
Documentação solicitada, entregue e analisada
Descrição do Critério e Método da Inspeção Predial
Informações adicionais (se necessárias)
Lista de verificação dos elementos construtivos e equipamentos vistoriados, descrição e
localização das respectivas anomalias e falhas, caso constatadas e indicação das possíveis
causas
Classificação e análise das anomalias e falhas (caso constatadas) quanto ao grau de risco
Prescrição das medidas saneadoras para cada anomalia (caso exigida pela legislação
municipal)
Indicação de prioridades e prazos para as medidas saneadoras (caso exigida pela legislação
municipal)
Avaliação da manutenção e condições de uso da edificação e dos sistemas construtivos
Avaliação das Condições de Estabilidade e Segurança da edificação (estrutural; contra o
fogo; do uso e operação; contra desabamentos), caso seja exigida pela legislação municipal
Recomendações gerais e de sustentabilidade
Relatório Fotográfico
Recomendação do prazo para nova Inspeção Predial
Data do laudo
Assinatura do(s) profissional (ais) responsável (eis), acompanhado do nº do Crea ou do CAU
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica
(RRT)
NBR – 12727 – Medidor de gás tipo diafragma, para instalações residenciais - Dimensões
(12/1993);
NBR – 12912 – Rosca NPT para Tubos – Dimensões (06/1993);
NBR – 12962 – Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio (02/1998);
NBR – 13103 – Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que
utilizam gás combustível (12/2000);
NBR – 13127 – Medidor de gás tipo diafragma, para instalações residenciais (04/1994);
NBR – 13206 – Tubo de cobre leve, médio e pesado sem costura, para condução de água e
outros fluidos (10/1994);
NBR – 13523 – Central predial de Gás Liquefeito de petróleo (GLP) - Projeto e execução
(10/1995);
NBR 13.752 – Perícias de Engenharia na Construção Civil;
NBR – 13932 – Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) - Projeto e execução
(08/1997);
NBR – 13933 – Instalações internas de gás natural (GN) - Projeto e execução (08/1997);
NBR– 13971 – Sistemas de Refrigeração, Condicionamento de Ar e Ventilação – Manutenção
Programada, 1986;
NBR- 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Sistema de
abastecimento a granel (12/1997);
NBR – 14037 – Manual de Operação Uso e Manutenção das Edificações (08/1998);
NBR – 14276 – Programa de brigada de incêndio
NBR –14712 – Elevadores Elétricos – Elevadores de carga, monta cargas e elevadores de
marca – Requisitos de segurança para projeto, fabricação e instalação.
NBR 14718 – Guarda-corpo para edificação
NBR 15.575 – Desempenho das edificações habitacionais
NBR 16280/2014 – Reforma em edificações – sistema de gestão de reformas – requisitos
NR10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade (12/2004)
NR 18 – Segurança da Construção Civil
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