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CGU, PF e MPF deflagram

operação Vista Mar para combater


corrupção na SPU da Bahia
Servidores teriam recebido valores indevidos para
favorecer processos administrativos de avaliação
patrimonial de imóveis, incluindo empreendimentos
imobiliários de alto luxo.

Publicado por Controladoria-Geral da União

há 3 anos

A Controladoria Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF) e


o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) realizam na
manhã desta quinta-feira (08/05) operação conjunta a fim de
combater crime de corrupção praticado por servidores públicos
da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e
particulares. A investigação, que resultou na operação “Vista
Mar”, apura a ocorrência de irregularidades na avaliação
patrimonial de imóveis da União em Salvador e no litoral da
Bahia.

São executados mandados de prisão temporária de três


servidores da SPU e de busca e apreensão nas residências
destes, de seis particulares e de duas pessoas jurídicas. A
Justiça Federal determinou, ainda, a suspensão do exercício
das funções públicas ocupadas pelos servidores a fim de que
não dificultem ou atrapalhem as investigações e para coibir a
repetição dos atos criminosos.

As apurações conduzidas até o momento apontam que os


servidores teriam recebido valores indevidos para favorecer
processos administrativos de avaliação patrimonial de imóveis,
incluindo empreendimentos imobiliários de alto luxo, de
particulares e empresas. As práticas ilícitas consistiam na
redução de área nos cadastros de imóveis a fim de diminuir os
valores de taxas de ocupação, extorsão de particulares para
emissão de certidões, além da cobrança de valores para agilizar
procedimentos no órgão público.

Entre os crimes investigados, estão corrupção ativa


(caracteriza-se pela oferta ou promessa indevida a funcionário
público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
ofício) e passiva (quando é o próprio funcionário quem solicita
ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
vantagem indevida, ou aceita promessa de tal vantagem, desde
que tais fatos ocorrem em razão da função); concussão (exigir,
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida); prevaricação (retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal), advocacia administrativa e associação criminosa.

Os empreendimentos imobiliários beneficiados com as fraudes


estão localizados em terreno de Marinha principalmente em
Maraú/BA, Porto Seguro/BA e em diversos pontos do litoral
norte do estado. De acordo com o art. 2 do Decreto
Lei 9.760/46, “São terrenos de marinha, em uma profundidade
de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a
parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831:
a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens
dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés;
b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se façam
sentir a influência das marés.”.
A Justiça Federal decretou o sigilo dos nomes e de todos os
dados relativos aos investigados em face da proteção
constitucional da intimidade, vida privada, honra e imagem
das pessoas (art. 5º, X da Constituição Federal), e por conta do
princípio constitucional da presunção da não culpabilidade
(art. 5º, LVII da CF).

Assessoria de Comunicação Social


Controladoria-Geral da União
Responsável por assistir direta e imediatamente o Presidente da República quanto aos
assuntos que, no âmbito do Poder Executivo federal, sejam relativos à defesa do patrimônio
público e ao incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de controle
interno, auditoria pública, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.

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