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FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO

Eduardo Quirino Santos

FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

PEDRO LEOPOLDO

2018
FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

A Fiscalização tributária constitui na união das leis da administração


tributária, com objetivo da arrecadação para o Estado de Tributos, selecionando os
sujeitos passivos no caso do não cumprimento da obrigação tributária.

O estudo da fiscalização tributária da legislação tributária desdobra-se


nos artigos 194 a 200 do CTN. Os poderes de fiscalização são necessários para
garantir a prevenção ou o combate de sonegação dos Tributos.

São de competência do agente a qual o órgão competente a


administração, lançamento, fiscalização e julgamento administrativo.

São de poderes as autoridades fiscais conforme Art. 194, caput, da CTN,


A legislação tributário observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou
especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e
os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua
aplicação.

O art. 194 do CTN Parágrafo único define a legislação a que se refere


este artigo aplicam-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não,
inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
Sendo assim qualquer pessoa física ou jurídica esta sujeita à fiscalização, mesmo
aquelas pessoas imunes ou isentos. As empresas ou instituições isentas ou imunes
são sujeitas a fiscalização para saber se as obrigações acessórias (declarações)
estão sendo enviado de forma correta e de acordo com atividade da mesma.

Para fiscalizar é de estrema importância observar o poder fiscalizatório e


a intimidade econômica dos particulares conforme Art. 195, CTN, afastando
quaisquer disposições legais que se limita do direito de averiguar mercadorias,
livros, papeis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes ou produtores, ou da
obrigação destes exibi-los. Com isso se unificar o poder do Executivo, na qual
abrange o governo federal, estadual na figura dos governadores e municipal
exercidos pelos prefeitos. E em seu Parágrafo único do artigo é de importância à
conservação dos documentos fiscais e da escrituração pelo prazo da prescrição dos
creditos tributário.
Quanto aos limites da fiscalização, o STF editou a sumula de n° 439 que
diz que “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros
comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”. O Fiscal só pode
analisar o objeto da investigação, não podendo fiscalizar o que o mesmo bem
entender.

O art. 197 arrola as pessoas ou entidades que, em razão do cargo,


função, profissão ou natureza da atividade, é obrigada a prestar às autoridades
administrativas informações de que disponham relativamente aos bens, negócios ou
atividades de terceiros. São elas:

I – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II – os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais


instituições financeiras;

III – as empresas de administração de bens;

IV – os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V – os inventariantes;

VI – os síndicos, comissários e liquidatários;

VII – quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em


razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Os cartórios têm informações sobre imóveis que são fatos geradores de


IPTU, ITBI e ITR. Essas informações são relevantes para que o fisco avalie se o
contribuinte na hora de pagar ou lançar a devida informação. Já os Bancos e demais
instituições financeiras onde existe sigilo fiscal de algumas informações das
atividades das pessoas, sendo assim só o juiz ou o tribunal poderia requisitar tais
informações bancarias.

LANÇAMENTO DO TRIBUTO

É através do lançamento do tributo que determina a forma de cobrança e


fiscalização da obrigação principal do tributo. Para que ocorra um credito tributário
depende do lançamento de um tributo na qual foi criado por Lei, de acordo com o
principio da legalidade.

Conforme Machado (2013), o crédito tributário e a obrigação são coisas


distintas. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (art. 139). A
lei descreve as hipóteses em que o tributo é devido, que são chamadas “hipóteses
de incidência”. A ocorrência do Fato Gerador concretiza a hipótese de incidência,
surgindo, então, a obrigação tributária. A obrigação tributária é o que vincula o
contribuinte à força pela qual o sujeita a ter contra si, um lançamento tributário.

Ainda segundo Machado (2013), a constituição do crédito tributário é de


competência privativa da autoridade administrativa. Somente ela pode fazer o
lançamento. Ainda que este seja apenas por homologação, como nos casos
previstos no art. 150 do CTN. Sem a homologação do crédito, o lançamento não terá
validade jurídica e, portanto, não terá constituído o crédito tributário.

Lançamento de Ofício independente da conduta do contribuinte para a


constituição do credito tributário. Ele ocorre, ordinariamente, nos casos onde a lei o
determina (art. 149, I do CTN). Portanto ele se aplica aos tributos cuja legislação não
obriga o contribuinte a declarar, ou a pagar antecipadamente. São tributos que
podem ser sujeitos ao lançamento de ofício: IPTU, IPVA, taxas, contribuição de
melhoria, contribuições corporativas, contribuição para o serviço de iluminação
pública.

Lançamento por declaração conforme a legislação tributária compete ao


sujeito passivo da obrigação correspondente a declaração. Ou seja, o sujeito
passivo, ou um terceiro, oferece à autoridade, as informações necessárias ao
lançamento do crédito tributário (art. 147 do CTN). No parágrafo primeiro, do art. 147
do CTN, aparecem uma importante observação, que trata da RETIFICAÇÃO, ou
seja, da correção das informações contidas na declaração original, que só será
admissível mediante a comprovação do erro que se funde, e desde que antes de
notificado o lançamento. Ele é utilizado em tributos de transmissão, como o ITCMD,
ITBI e Imposto de Importação na bagagem.

Lançamento por homologação de acordo com o tributo onde a


legislação determina ao sujeito passivo o dever de realizar a apuração do valor a
recolher e realizar o pagamento, antes mesmo de manifestação da autoridade
administrativa. Ele é utilizado em tributos de homologação como o ICMS, IPI E IR.

PRINCIPIO DA LEGALIDADE

O principio da legalidade começou a estar presente no inicio do século XI.


O principio esta previsto no artigo 150, I, CF é considerado um dos principais
balizamentos do sistema tributários como uma relevantissima limitação
constitucional. No comando constitucional verificar os seguintes dizeres, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir ou aumentar o
tributo sem uma Lei que se utilize isso significa é a fonte formal básica para o
fenômeno tributação. A lei deve ser utilizada para instituição da tributação e aumento
do mesmo. No Brasil, ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão
em virtude de lei. Pode se considerar um dos aspectos mais importante do principio
da legalidade a previsão em Lei do Fato gerador, ou seja, quando há a incidência do
tributo. Sendo assim o primeiro passo é a criação do tributo a partir da Lei.

DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DO TRIBUTO

Decadência e prescrição tributária extinguem o credito tributário de


acordo Art. 156, V, do CTN. O art.174 do CTN ordena a prescrição da ação de
cobrança do credito tributário, após o mesmo ser constituído pelo lançamento. Para
que ocorra a decadência, o mesmo deve acontecer antes do lançamento do tributo.
Após o lançamento Prescrição.
CONCLUSÃO

Para que não aconteça a fiscalização tributária, seria ideal que os


contribuintes seja ele Pessoa Jurídica ou Física de forma espontânea forneça as
informações, como acontece com alguns tributos de homolocação. Mas podem
acontecer do sujeito não cumprir com sua obrigação e ter eventualmente que
acionar o órgão público para que verifique o cumprimento da obrigação tributária por
parte do contribuinte, sendo então o objetivo da fiscalização arrecadar. Como se
trata de um poder do agente público no caso da autoridade fiscal ou agente fiscal se
uma vez verificado que o sujeito existiu a ocorrência do fato gerador e por
consequentemente o nascimento da obrigação tributária, ou seja, houve o
lançamento do tributo, nasceu através da constituição definitiva do credito tributário,
sendo assim a fazenda tributária pode exigir do contribuinte cumprimento de sua
obrigação. O Dever que o fiscal tem de buscar informações seja ela sobre os bens e
patrimônios do sujeito ou seus rendimentos é um poder da autoridade fiscal fiscalizar
em busca da arrecadação.
REFERÊNCIAS

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 34. ed. São Paulo:
Malheiros, 2013.
BRASIL. Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Brasília,
DF, 25 de outubro de 1966.
https://www.contabeis.com.br/artigos/3862/lancamento-do-credito-tributario-e-suas-
modalidades/ - acesso em 21/11/2018 as 16:28.

http://www.ricardovalente.adv.br/v2/2015/10/20/a-diferenca-entre-os-lancamentos-
de-oficio-por-declaracao-e-por-homologacao-frente-a-prescricao-e-decadencia/ -
acesso em 17/11/2018 as 20:11.
http://idg.receita.fazenda.gov.br/sobre/institucional/cadeia-de-valor-1/fiscalizacao-
tributaria-e-combate-a-ilicitos - acesso em 19/11/2018 as 19:43.
https://www.infoescola.com/administracao_/administracao-tributaria/ - acesso em
17/11/2018 as 21:44.
http://www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/processocivil/3197-exame-
dos-aspectos-relevantes-do-poder-fiscalizatorio-e-da-certidao-negativa - acesso em
21/11/2018 as 15:02.

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