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C. S.

LEWIS
CLIVER STAPLES LEWIS, ou Jack, com preferia ser chamado, foi um homem de muitas faces. Filho de um
advogado galês e de uma dona de casa inglesa, ele teve uma infância tranquila na Irlanda do Norte e
pôde desfrutar da grande biblioteca da família. Mas a morte da mãe, quando o menino tinha apenas
nove anos, foi um duro golpe. Em Surpreendido pela alegria (Editora Mundo Cristão), sua autobiografia,
ele conta que os anos seguintes foram marcados pela tristeza e pela busca da alegria perdida.

Dono de uma mente ávida por conhecimento, Lewis formou-se em Literatura Inglesa, Grega e Latina,
Filosofia e História Antiga pela Universidade de Oxford. Aliás, fora o tempo em que serviu na primeira
guerra mundial, de lá só saíria em 1955, para ser professor em Cambridge. Como mestre e acadêmico,
especialista em Milton e Spencer, ele adquiriu grande respeito. Porém a carreira ilustre e a influência de
um autor ateu fizeram com que se afastasse da fé aprendida na infância.

Desde a adolescência, Lewis costumava divulgar e defender as idéias de Sigmund Freud e se declarava
ateu de carteirinha. Isso durou até 1929, quando já não conseguiu mais resistir e foi “surpreendido por
Deus”: “Aquilo que eu mais temia aconteceu. Finalmente decidi me render a admitir que Deus era Deus”,
escreveu. “Acabo de converter-me da crença em Deus a fé definitiva em Cristo”.

Lewis afirmava que a conversão trouxe a alegria de volta à sua vida. Mas não era apenas isso. O
cristianismo despertou sua veia de escritor. Desde então grande parte de sua obra teve relação direta
ou indireta com os valores do evangelho. Cartas do diabo ao seu aprendiz e O problema do sofrimento,
tornaram-se clássicos da apologia cristã. Mas nenhum deles fez tanto sucesso quanto Cristianismo puro
e simples (obra publicada no Brasil com o titulo Mero cristianismo, pela Editora Quadrante), livro que
nasceu a partir de várias mensagens que proferiu na rádio BBC.

Um dos temas recorrentes na obra de C.S. Lewis era o sofrimento. A morte da mulher, a poetisa norte-
americana Helen Joy Gresham, foi outra pancada que a vida lhe deu. Houve quem dissesse que sua
devoção a literatura infantil foi um refúgio para escapar à dor.

Lewis era anglicano, mas evitava contendas religiosas. Por isso muita gente defende que era ecumênico.
Difícil afirmar isso. De certo mesmo, apenas a realidade de sua conversão, que fez com que chegasse a
ser chamado de “o porta-voz do cristianismo”.

Lewis morreu em 1963, mas poucas vezes será tão justo dizer que sua obra está cada vez mais viva.

C. S. Lewis

FONTE: REVISTA ECLESIA

www.santovivo.net

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