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IMAGINÁRIO COLONIAL NA LEITURA DE IMAGENS NOS MANUAIS DOS

ALUNOS DE BIOLOGIA EM TIMOR-LESTE


Alessandro Tomaz Barbosa (Depto. Biologia-UFT/Doutorando do PPGECT-UFSC)
Suzani Cassiani (Depto. Metodologia Ensino CED –UFSC)

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo compreender o imaginário colonial na leitura de imagens
nos manuais dos alunos de Biologia do Ensino Secundário Geral (ESG) em Timor-Leste.
Adotamos como referencial teórico e metodológico a Análise de Discurso – francesa,
assim como, teóricos do pensamento decolonial da América–Latina e dos estudos pós-
coloniais do sul asiático. Os resultados demonstram desencontros entre os contextos
apresentados nos manuais dos alunos e a realidade local do país. Esses desencontros
podem ser observados nos temas sobre aterro sanitário (manual do aluno do 10º ano); a
revolução verde (manual do aluno do 11º ano) e Técnicas de inseminação artificial
(manual do aluno do 12º ano). Ressaltamos que esses conteúdos programáticos presentes
nos manuais dos alunos são apresentados a partir de imagens estrangeiras, distantes da
realidade timorense. Consideramos importante promover uma leitura discursiva e
decolonial dos manuais dos alunos, associada a uma prática intercultural crítica capaz de
estimular um giro epistêmico que promova novos conhecimentos e outras interpretações
de mundo. A partir da leitura decolonial, destacamos as intepretações outras que não
sejam pertencentes a racionalidade eurocêntrica ocidental. Nessa perspectiva,
questionamos o universalismo etnocêntrico, o eurocentrismo teórico, o nacionalismo
metodológico, o positivismo epistemológico e o neoliberalismo científico.

Palavras-chave: Currículo do ESG; currículo imaginário, leitura discursiva e decolonial.

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