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Vénus (português europeu) ou Vênus (português brasileiro) (AO 1990: Vénus ou Vênus)[1] é o

segundo planeta do Sistema Solar em ordem de distância a partir do Sol, orbitando-o a cada
224,7 dias. Recebeu seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza Vénus,
equivalente a Afrodite. Depois da Lua, é o objeto mais brilhante do céu noturno, atingindo
uma magnitude aparente de -4,6, o suficiente para produzir sombras. A distância média da
Terra a Vênus é de 0,28 AU, sendo esta a menor distância entre qualquer par de planetas.[2]
Como Vénus se encontra mais próximo do Sol do que a Terra, ele pode ser visto
aproximadamente na mesma direção do Sol (sua maior elongação é de 47,8°). Vénus atinge
seu brilho máximo algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso, sendo por isso
conhecido como a estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (Vésper); também é
chamado Estrela do Pastor.

Vénus é considerado um planeta do tipo terrestre ou telúrico, chamado com frequência de


planeta irmão da Terra,[3] já que ambos são similares quanto ao tamanho, massa e
composição. Vénus é coberto por uma camada opaca de nuvens de ácido sulfúrico altamente
reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista do espaço na luz visível. Ele possui a mais
densa atmosfera entre todos os planetas terrestres do Sistema Solar, constituída
principalmente de dióxido de carbono. Vénus não possui um ciclo do carbono para fixar o
carbono em rochas ou outros componentes da superfície, nem parece ter qualquer vida
orgânica para absorvê-lo como biomassa. Acredita-se que no passado Vénus possuía oceanos
como os da Terra,[4] que se evaporaram quando a temperatura se elevou, restando uma
paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de placas. A água
provavelmente se dissociou e, devido à inexistência de um campo magnético, o hidrogênio foi
arrastado para o espaço interplanetário pelo vento solar.[5] A pressão atmosférica na
superfície do planeta é 92 vezes a da Terra.

A superfície venusiana foi objeto de especulação até que alguns dos seus segredos foram
revelados pela ciência planetária no século XX. Ele foi finalmente mapeado em detalhes pelo
Programa Magellan de 1990 a 1994. O solo apresenta evidências de extenso vulcanismo e o
enxofre na atmosfera pode indicar que houve algumas erupções recentes.[6][7] Entretanto, a
falta de evidência de fluxo de lava acompanhando algumas das caldeiras visíveis permanece
um enigma. O planeta possui poucas crateras de impacto, demonstrando que a superfície é
relativamente jovem, com idade de aproximadamente 300-600 milhões de anos.[8][9] Não há
evidência de placas tectônicas, possivelmente porque a crosta é muito forte para ser reduzida,
sem água para torná-la menos viscosa. Em vez disso, Vénus pode perder seu calor interno em
eventos periódicos de reposição da superfície.[8]

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