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Disciplina:

MANUFATURA MECÂNICA
SOLDAGEM
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

1º semestre de 2017

23/04/2017 1
ESTRUTURA DA DISCIPLINA

UNIDADES DE ENSINO:
Fundamentos gerais, normas e qualificação em soldagem
• Terminologia e simbologia de soldagem.
• Princípio de segurança: choque elétrico, fumos e gases, incêndios e explosões,
radiação do arco elétrico, roupas de proteção e EPIs.
• Normas em soldagem.
• Registro e qualificação de procedimentos e de pessoal.

Elementos da metalurgia da soldagem


• Fluxo de calor.
• Macroestrutura de soldas por fusão.
• Características da zona fundida e ZTA.
• Descontinuidades comuns em solda.
• Fontes de Energia na Soldagem
• Insumos

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ESTRUTURA DA DISCIPLINA

UNIDADES DE ENSINO:
Processos de soldagem convencionais
• Soldagem a arco submerso (18 – 20/04)
• Soldagem a gás (25 – 27/04)
• Soldagem com eletrodo revestido (25 - 27/04)
• Soldagem MIG/MAG (02 - 04/05)
• Aula Prática (09 - 11/05)
• Soldagem TIG (16 - 18/05)

Demais processos de soldagem


• Soldagem a laser (23 - 25/05)
• Soldagem com feixe de elétrons (23 - 25/05)
• Soldagem e corte a plasma (23 - 25/05)
• Conceitos gerais sobre os demais processos de soldagem (soldagem a frio, por
aluminotermia, por explosão, por fricção convencional e por ultrassom) (30/05 –
01/06)

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos - SAER (Shielded Metal Arc


Welding - SMAW)

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Processo Tipo de Agente Outras Aplicações


Corrente e Protetor ou de características
Polaridade Corte

Soldagem com Contínua ou Escória e gases Manual. Vareta Soldagem de quase todos
Eletrodos alternada. gerados metálica os metais, exceto cobre
Revestidos Eletrodo + ou - recoberta por puro, metais preciosos,
camada de fluxo. reativos e de baixo ponto
de fusão. Usado na
soldagem em geral.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Processo de soldagem por fusão a arco elétrico que utiliza um eletrodo


consumível, no qual o calor necessário para a soldagem provem da
energia liberada pelo arco formado entre a peça a ser soldada e o referido
eletrodo. A proteção da poça de fusão é obtida por meio dos gases
gerados pela decomposição do revestimento do eletrodo, sendo que o
material de adição que é manuseado sem pressão provem do metal que
compõe o eletrodo.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

A SAER é usada na fabricação e montagem de diferentes equipamentos e


estruturas, tanto em oficina como no campo.

O processo é usado basicamente como uma operação manual.

O processo é adequado para unir materiais em uma ampla faixa de


espessura, sendo mais utilizado para juntas de 3 a 20mm. Encontra,
também, grande aplicação quando a soldagem precisa ser realizada no
campo.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

O processo SAER tende apresentar uma menor produtividade e uma


maior dependência de mão de obra que outros processos a arco (1,0 a
2,5 kg/h).

Outras limitações são:


• Necessidade de um soldador capacitado
• Cuidados especiais com os eletrodos
• Grande volume de gases e fumos gerados no processo.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Faixas típicas de espessuras para utilização da SAER em aço

Técnica de soldagem Faixa de espessuras (mm)


Um passe, sem preparação 1,0 a 3,2
Um passe, com preparação 3,2 a 6,4
Vários passes Acima de 3,2
Filete – passe único 1,5 a 7

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

ABERTURA, MANUTENÇÃO E EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO


A alma do eletrodo é que conduz a corrente elétrica e serve como metal
de adição. O arco elétrico é aberto tocando-se o eletrodo na peça a ser
soldada.

A manutenção do arco, por sua vez é uma mera questão de controlar a


velocidade de deposição e o comprimento do arco elétrico, uma vez
todas as outras variáveis estabelecidas.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

FONTES DE ENERGIA PARA SOLDAGEM A ARCO


A corrente que alimenta o arco elétrico provem de uma fonte geradora,
podendo ser corrente contínua ou corrente alternada. Os aparelhos que
servem de fontes convencionais dividem-se em três categorias:

• Máquinas de corrente contínua: grupos rotativos, grupos geradores,


retificadores.
• Máquinas de corrente alternada: transformadores e conversores de
frequência.
• Máquinas mistas: transformadores/retificadores.

Atualmente as formas mais conhecidas são as fontes tiristorizadas, as


fontes transistorizadas em série, as fontes transistorizadas chaveadas e
as fontes inversoras.
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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Equipamentos:

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Equipamentos:

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Características das fontes convencionais estáticas (transformadores e


transformadores-retificadores) e das fontes com controle eletrônico.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

VANTAGENS DA CORRENTE ALTERNADA


• A corrente alternada não é sensível ao fenômeno do sopro
magnético (fenômeno do desvio do arco devido a campos
magnéticos que atravessam a peça).
• Maior velocidade de solda (devido possivelmente à inversão do
sentido da corrente a todo instante).
• As máquinas de soldagem em corrente alternada são de menor
tamanho, custo e peso que as de corrente contínua, além de
exigirem menor manutenção.
• Menor consumo de energia.
• Maior refinamento no metal depositado, devido agitação do
banho de fusão.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

VANTAGENS DA CORRENTE CONTÍNUA


• Permite utilização de eletrodo com elementos pouco ionizantes no
revestimento. Melhor uso de eletrodos para ferro fundidos e aços
inoxidáveis.
• Mais recomendada para a soldagem de chapas finas e soldagem
fora da posição.
• A mudança de polaridade permite modificar certas características
do depósito, como por exemplo a penetração.
• A corrente contínua é independente de circuitos elétricos, pois
pode ser gerada pelos grupos geradores.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Importância da polaridade

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

CONSUMÍVEIS
Eletrodo Revestido
Os eletrodos revestidos são constituídos por uma alma metálica com
diâmetro de 1,5 a 8 mm e comprimento de 23 a 34 cm, recoberta por um
revestimento composto de matérias orgânicas e ou minerais de dosagem
bem definida.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

A composição do revestimento determina as características operacionais


dos eletrodos e pode influenciar a composição química e as propriedades
mecânicas da solda.

Funções básicas do revestimento são:


• Proteger o arco contra o Oxigênio e Nitrogênio do ar, através dos gases
gerados pela decomposição do revestimento em alta temperatura.
• Reduzir a velocidade de solidificação, proteger contra a ação da
atmosfera e permitir a desgazeificação do metal de solda através da
escória.
• Facilitar a abertura e estabilizar o arco.
• Introduzir elementos de liga no material depositado e desoxidar o
metal de solda.
• Constituir-se em isolante elétrico na soldagem em chanfros estreitos
ou de difícil acesso.
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PROCESSOS DE SOLDAGEM

No Brasil, normas da AWS são amplamente utilizadas para a


especificação de consumíveis soldagem.

Eletrodos para a soldagem são, em geral, especificados com base


• nas propriedades mecânicas do metal depositado,
• no tipo de revestimento e
• em suas características operacionais.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Para um maior domínio dos sistemas de classificação, recomenda-se uma


consulta direta às normas. Como as especificações AWS para eletrodos
de aço são as mais usadas, estas serão mais detalhadas à frente. Muitas
das observações que serão feitas para estes eletrodos se aplicam
também a outros tipos.

Os materiais mais comumente presentes no revestimento de eletrodos


de aço são:
Celulose e dextrina: substâncias orgânicas cuja queima no arco gera uma
atmosfera redutora, constituída principalmente por CO e H2, que protege
o arco.
Carbonatos (em particular o CaCO3): controlam a basicidade da escória e
fornecem atmosfera protetora com sua decomposição.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Dióxido de titânio (rutilo): reduz a viscosidade da escória e o seu


intervalo de solidificação, além de estabilizar o arco.
Ferro-manganês e ferro-silício: promovem a desoxidação da poça de
fusão e ajustam sua composição.
Pó de ferro: aumenta a taxa de deposição e o rendimento do eletrodo,
além de estabilizar o arco.

Outras adições metálicas: controlam a composição do metal depositado.


Argilas: formam escória e facilitam a fabricação do eletrodo por extrusão.
Fluoreto de cálcio: ajuda a controlar a basicidade da escória e diminui
sua viscosidade.
Silicatos: formam escória e os silicatos de potássio ou sódio agem como
ligante do revestimento e estabilizante do arco.
Óxidos de ferro e manganês: formam escória, controlam a sua
viscosidade e estabilizam o arco.
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PROCESSOS DE SOLDAGEM

TIPOS DE REVESTIMENTO
Em função de sua formulação e do caráter da escória, os revestimentos
dos eletrodos podem ser classificados em diferentes tipos.

Essa classificação varia bastante, de acordo com os diferentes autores e


da norma utilizada; utilizaremos a classificação dos tipos de revestimento
abaixo:

Revestimento oxidante: são os eletrodos que contém no revestimento


uma grande quantidade de óxido de ferro, com ou sem óxido de
manganês, dando uma escória oxidante, abundante e que se remove
com facilidade, e um metal depositado com baixa penetração e baixas
propriedades mecânicas; hoje em dia este tipo de eletrodo já está
superados pelos eletrodos rutílicos.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Revestimento básico: estes eletrodos tem um revestimento com altas


quantidades de carbonato de cálcio, que lhe confere uma escória de
caráter básico, pouco abundante e de rápida solidificação. A penetração é
média, porém o metal depositado é de elevada pureza, apresentando
ainda elevada resistência mecânica e resistência à fadiga. O grande
perigo para este tipo de eletrodo é sua alta higroscopicidade, que poderá
ocasionar porosidade e trincamento no cordão no caso de umidade,
exigindo, portanto grande cuidado na armazenagem.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Revestimento ácido: o revestimento é a base de óxido de ferro e óxido


de manganês ou de titânio ou de silício. A escória é de caráter ácido,
abundante, leve e que se destaca com facilidade; a penetração é
razoavelmente boa, a taxa de deposição é elevada, o que limita, portanto
a posição de soldagem à condição de plana e horizontal. É necessário que
o metal de base tenha baixo teor de Carbono e impurezas a fim de evitar
trincamento de solidificação.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Revestimento rutílico: são eletrodos com grande quantidade de rutilo


(TiO2) no revestimento, gerando uma escória abundante, leve e de fácil
remoção. A taxa de deposição é boa, o eletrodo é soldável em todas as
posições e a penetração é media; as propriedades mecânicas do metal
depositado são boas, porém são exigidos os mesmos cuidados que os
eletrodos de revestimento ácido no que diz respeito ao metal base.

Revestimento celulósico: estes eletrodos possuem revestimento com alto


teor de materiais orgânicos combustíveis, os quais geram um invólucro
de gases protetores quando se decompõem no arco. A escória é pouco
abundante, de média dificuldade de remoção, porém o arco é de alta
penetração, que é sua característica mais importante. O cordão de solda
possui um aspecto bastante medíocre e a perda por respingo é elevada,
porém as propriedades mecânicas são bastante boas, com o eletrodo
apresentando soldabilidade em todas as posições.
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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Obs.: É muito comum a utilização de pó de ferro incorporado aos diversos


tipos de revestimento, objetivando um aumento no rendimento de metal
depositado em relação ao tempo de soldagem.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS REVESTIDOS CONFORME AWS


Os eletrodos são classificados com base nas propriedades mecânicas e na
composição química do metal depositado, no tipo de revestimento,
posição de soldagem e tipo de corrente.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM
Classificação de eletrodos revestidos para aços carbono

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Exemplo:
E 6010 – Indica um eletrodo (E) com revestimento celulósico, com ligante
à base de silicato de sódio, indicado para soldagem em todas as posições,
devendo utilizar corrente contínua eletrodo positivo. O metal depositado
deve ter um limite de resistência à tração mínimo de 60.000 psi (60).

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Seleção do eletrodo adequado para aços carbono

Alguns itens a serem considerados são:


• Tipo do metal de base
• Posição de soldagem
• Equipamento disponível
• Espessura da chapa
• Montagem
• Custos da soldagem

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Usos típicos dos eletrodos pela sua classificação


E6010 e E6011 deveriam ser preferencialmente usados na soldagem de
juntas de aço doce na posição vertical com abertura de raiz.
E6012 ainda são muito utilizados nos dias atuais em reparos e na soldagem
de estruturas menos críticas. Pode também ser empregado no fechamento
de grandes aberturas.
E6013 foram originalmente desenvolvidos para apresentar baixa
penetração e cordões de solda planos. E6013 são empregados no lugar de
eletrodos E6012 graças ao arco mais suave, menos respingos e superfície
mais uniforme do cordão.
E7014, como indicado anteriormente, possuem pó de ferro adicionado à
formulação do revestimento dos eletrodos E6013. Possui uma taxa e
eficiência de deposição mais alta.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

E7016 são eletrodos básicos de baixo hidrogênio. Utilizado para soldar


alguns aços de maior teor de carbono e também alguns aços de baixa liga.
E7018 são de baixo hidrogênio com adição de pó de ferro. O arco mais
suave e a facilidade de soldagem do eletrodo E7018 tornam-no o favorito
dos soldadores. O eletrodo básico E7018 deposita o metal de solda de
melhor qualidade para a soldagem de aços de baixo carbono. Sua maior
desvantagem é que ele precisa ser mantido seco.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Taxas de deposição de eletrodos


A taxa de deposição de um determinado eletrodo revestido influência
substancialmente o custo total do metal de solda depositado. A taxa de
deposição é a massa de metal de solda depositado por unidade de tempo
(de arco aberto).

A eficiência de deposição de um determinado eletrodo revestido também


tem seu efeito nos custos da soldagem. Ela representa a massa de metal
de solda depositado comparada com a massa total de eletrodo consumido
e é expressa por um percentual:

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Eficiência de deposição de eletrodos revestidos para aços carbono.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Armazenagem e recondicionamento
• Quebra do revestimento em caso de choques (não devem ser
utilizados)
• Excesso de umidade – Um eletrodo úmido poderá causar inúmeros
defeitos na solda: porosidade no início ou mesmo em todo o cordão
de solda, trincas ao lado e sob o cordão, porosidade vermiforme, arco
instável, respingos abundantes e acabamento ruim.

Os eletrodos que não forem consumidos dentro de um determinado


intervalo de tempo, devem ser armazenados em uma estufa e mantidos a
temperatura constante.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Os eletrodos básicos de baixo teor de hidrogênio, que são muito


higroscópicos e necessitam de cuidados especiais para que suas
características não sejam afetadas.

As condições de armazenagem recomendadas para os eletrodos


revestidos:

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Esquema para manuseio de eletrodos de baixo hidrogênio

Forno

Estufas

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Os eletrodos celulósicos não são muito higroscópicos e, como admitem


teores mais elevados de umidade, dificilmente acarretam formação de
porosidades, razão pela qual raramente necessitam de ressecagem. É o
caso dos eletrodos celulósicos, cuja ressecagem deve ser evitada.

Os eletrodos básicos são os únicos que aceitam ressecagem em


temperaturas mais elevadas, permitindo redução drástica no teor de
umidade do revestimento devido à diminuição da água molecular de seus
componentes sem prejuízo de suas propriedades.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Sopro Magnético
Nas soldagens, com altas amperagens em corrente contínua, ocorre o
efeito chamado de sopro magnético. Este efeito provoca o desvio das
gotas de metal fundido para um dos lados da peça que está sendo
soldada. O desvio é feito para o lado onde for maior a força do campo
magnético, força esta, provocada pela falta de uniformidade da
distribuição desse campo. Este problema pode ser resolvido de várias
formas. Abaixo são listadas algumas formas:

• mudando o ângulo do eletrodo;


• deslocando a fixação terra;
• colocando um material de maior condutibilidade elétrica como terra
(cobre).

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

TÉCNICA OPERATÓRIA
As principais variáveis operatórias são:
• Tipo e diâmetro do eletrodo
• Tipo e polaridade e valor da corrente de soldagem
• Tensão e comprimento do arco
• Velocidade de soldagem
• Técnica de manipulação do eletrodo e sequência de deposição

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Tipo e diâmetro do eletrodo


O tipo e diâmetro determinam a faixa de corrente em que pode ser
utilizado. O diâmetro é baseado, entre outros fatores, na espessura do
metal a ser soldado, na posição de soldagem e no tipo de junta.

Tipo e polaridade e valor da corrente de soldagem


É o principal parâmetro que controla o volume da poça de fusão e a
penetração da solda no metal base. A penetração bem como a largura do
cordão tende aumentar com o aumento da corrente. O tipo de corrente
também influencia na profundidade e largura do cordão.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Tensão e comprimento do arco


A tensão pode variar de 17 a 36V, dependendo do diâmetro do eletrodo,
de seu revestimento, da corrente e do comprimento do arco. A tensão
aumenta com o aumento do diâmetro, da corrente e do comprimento do
arco. A manutenção do comprimento em uma faixa adequada é
importante para a obtenção de uma solda aceitável. Um comprimento
pequeno causa um arco intermitente, com interrupções frequentes e até
a sua extinção, quando o eletrodo “gruda” na peça. Um comprimento
grande pode causar mais respingos e favorece a formação de porosidade.

Velocidade de soldagem
Deve ser escolhida de forma que o arco fique ligeiramente à frente da
poça de fusão. Velocidades muito altas resulta em cordões estreitos e
rasos. Velocidades muito baixas causam um cordão mais largo e com
penetração excessiva.
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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Técnica de manipulação do eletrodo e sequência de deposição


A correta manipulação do eletrodo é importante em todas as etapas da
soldagem.

Abertura do arco

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Reinício de deposição

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Durante a execução da solda, o soldador deve fazer três movimento


principais:
Movimento de mergulho: movimento de avanço do eletrodo em direção
à poça de fusão, de modo a manter constante o comprimento do arco.
Movimento de translação: deslocamento do eletrodo e do arco ao longo
da junta a uma velocidade constante.
Movimento de tecimento: deslocamento lateral do eletrodo em relação
ao eixo da solda, utilizado para obter um cordão mais largo, fazer flutuar
a escória, garantir a fusão das paredes do chanfro e para controlar a poça
de fusão. O movimento não deve ser muito amplo (em geral não deve
exceder a três vezes o diâmetro do eletrodo).

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Exemplos de padrões de tecimento:

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Além do movimento, é importante a manutenção de um correto


posicionamento do eletrodo em relação à junta.

O posicionamento correto deve:


• Evitar que a escória flua à frente da poça (inclusões)
• Controlar a repartição do calor nas peças (diferentes espessuras)
• Facilitar a observação da poça
• Minimizar os efeitos do sopro magnético

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Posicionamento do eletrodo para a soldagem na posição plana

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Posicionamento do eletrodo para a soldagem na posição horizontal

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Posicionamento do eletrodo para a soldagem na posição vertical


ascendente (A) e descendente (B)

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

Posicionamento do eletrodo para a soldagem de filete em peças de: (A)


mesma espessura e (B) espessuras diferentes.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM

VANTAGENS, LIMITAÇÕES E APLICAÇÕES PRINCIPAIS DO PROCESSO

Vídeo

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