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Descrição:

SANTOS, JÚLIO CESAR DOS. A produção dos sentidos intergeracional de homens


sobre o planejamento familiar. Tese (Doutorado em Processos de Desenvolvimento
Humano e Saúde) – Universidade de Brasília, 2015.

Este resumo cujo tema é “O Tempo na família e consigo mesmo” tem por objetivo a
análise da produção de sentidos individual e intergeracional dos homens em relação ao
planejamento familiar, tendo como base o texto de JULIO CESAR DOS SANTOS
(2015). O método usado foi qualitativo. Nesse contexto, faz-se importante a definição
do que seja Aiôn, Kairós e Chrónos. Aiôn seria o tempo da experiência, um tempo
cíclico e imensurável.
Kairós é um tempo indeterminado, é o tempo em que algo especial acontece,
uma ocasião adequada ou uma oportunidade; a estação da sua fruta predileta, o tempo
das chuvas, o período da adolescência ou a hora certa para pedir alguém em casamento.
Kairós exige atenção e prontidão, pois tal é a oportunidade como um cometa que passa
em velocidade atroz: quem piscou, perdeu o espetáculo. Não há espaço para protelação,
procrastinação e displicência. Kairós exige sabedoria. Recomenda remir o tempo, isto é,
aproveitar a oportunidade para que não se ouça "não adianta mais, agora é tarde, passou
o tempo, deixamos escapar o Kairós". O Kairós tem o poder de nos tirar da rotina e
fazer da nossa vida uma grande aventura.
Kronos é o tempo medido pelo relógio: segundos, minutos e horas. É o tempo
linear, que cobramos aos outros e do qual dizemos que «tempo é dinheiro». É o que
entendemos o passado, presente e futuro. Assim, Chronos é o tempo do relógio, linear,
que se vive no dia a dia. Kairós é o tempo próprio, totalmente presente, um momento de
plenitude.
Da leitura dos extratos, é possível concluir que o tempo na família e consigo mesmo
engloba passagem concomitante nessas três esferas. De todos os tempos elencados,
Kronos é o mais cruel. Ele é implacável pois corre sem parar nos empurrando para perto
e cada vez mais perto da morte. É compassado, medido, e cada pessoa terá a sua. Nesse
contexto, tanto na família quanto na psicologia encontramos o problema da dialética: a
socialização dos membros da família, concomitante a suas posições sociais. Essa
dualidade está presente na manutenção da intimidade da relação amorosa, que requer o
indivíduo consciente de si, em conflito com a fusão de si no outro.

Palavras-chave: Tempo – Família – Aiôn - Kairós - Chrónos

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