Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CONTROLE DE POTÊNCIA DIMMERIZADO COM TCA785 E


TRIAC EM UMA LÂMPADA

AMANDA BEYELER BARBIERI


MÁRCIO ROBERTO JUNIOR DOS SANTOS

DISCENTE: FABRÍCIO PARRA SANTÍLIO

CUIABÁ, MT – 2017
AMANDA BEYELER BARBIER
MÁRCIO ROBERTO JUNIOR DOS SANTOS I

CONTROLE DE POTÊNCIA DIMMERIZADO COM TCA785 E


TRIAC EM UMA LÂMPADA

Relatório apresentado à Universidade


Federal de Mato Grosso, Faculdade de
Arquitetura, Engenharia e Tecnologia,
Departamento de Engenharia Elétrica,
como requisito parcial para a avaliação
prática da disciplina de Eletrônica de
Potência.

CUIABÁ, MT – 2017
SUMÁRIO

1. O C.I. TCA 785 ............................................................................................ 5

1.1. DESCRIÇÃO DO SEU FUNCIONAMENTO .......................................... 5

1.2. DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DOS PINOS .................................................. 6

1.3. OPERAÇÃO DO TCA 785 PAR CONTROLE DE POTÊNCIA EM UMA


CARGA ........................................................................................................... 6

1.4. TENSÃO DE COMPARAÇÃO ............................................................... 8

1.5. OPTOACOPLADOR 4N25 .................................................................. 12

2. O TRIAC.................................................................................................... 13

2.1. FUNCIONAMENTO DO TRIAC .......................................................... 13

2.2. UTILIZAÇÃO DO TRIAC ..................................................................... 14

3. CIRCUÍTO DO PROJETO......................................................................... 14

3.1. FORMA DE ONDA DA ENTRADA VCA.............................................. 15

3.2. FORMA DE ONDA DA RAMPA DO PINO 10. .................................... 16

3.3. FORMA DE ONDA DE SAÍDA PINO 14 E 15 ..................................... 16

3.4. FORMA DE ONDA NA CARGA .......................................................... 17

4. CIRCUITO PARA CONFECÇÃO DA PLACA ............................................ 19

5. ANEXOS ................................................................................................... 20

6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 23
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pinagem TCA 785. ............................................................................. 6


Figura 2 - Função dos pinos do TCA 785. .......................................................... 6
Figura 3 - Diodos em Antiparalelo e Pulsos de Sincronismo com a rede. .......... 7
Figura 4 - Diagrama de blocos do TCA 785 ....................................................... 7
Figura 5 - Características para o sincronismo com a rede. ................................ 8
Figura 6 - Tensão no pino 10. ............................................................................ 9
Figura 7 - Tensão VCR no pino 10 e tensão VC no pino 11. ............................. 9
Figura 8 - Momento em que a tensão de controle VC no pino 11 e a tensão
VCR no pino 10 se igualam gerando um pulso de sincronismo com a rede. ... 10
Figura 9 - Fomas de onda em cada pino listado. ............................................. 10
Figura 10 - Tempo de largura dos pulsos devido a diferentes capacitores no
pino 12. ............................................................................................................ 11
Figura 11 - Porta OR com as saídas 14 e 15 do TCA 785. .............................. 11
Figura 12 - Tabela verdade Porta OR. ............................................................. 12
Figura 13 - Tabela verdade Porta NOR ............................................................ 12
Figura 14 - Optoacoplador 4N25. ..................................................................... 13
Figura 15 - Representação de um TRIAC interno. ........................................... 13
Figura 16 - Simulação do circuito do projeto no Proteus. ................................. 15
Figura 17 - Forma de onda senoidal de entrada Vca ....................................... 15
Figura 18 - Forma de onda da rampa de comparação do pino 10. .................. 16
Figura 19 - Pulsos de saída dos pinos 14 e 15 do TCA 785. ........................... 16
Figura 20 - Forma de onda na carga com 3% do potenciômetro. .................... 17
Figura 21 - Forma de onda na carga com 50% do potenciômetro. .................. 17
Figura 22 - - Forma de onda na carga com 71% do potenciômetro. ................ 18
Figura 23 - Forma de onda na carga com 84% do potenciômetro. .................. 18
Figura 24 - Circuito para a impressão da placa (PCB). .................................... 19
Figura 25 - Circuito para confeccção da placa (PCB). ..................................... 20
Figura 26 - Fonte 12Vdc para circuito de controle............................................ 21
Figura 27 - Foto do circuito de controle e potência. ......................................... 22
Figura 28. - Fonte 12Vdc para circuito de potência .......................................... 22
1. O C.I. TCA 785

O circuito integrado monolítico analógico TCA 785 com 16 pinos disponíveis


é fabricado pela Siemens e, entre várias aplicações gerais, é dedicado à
aplicação de controle de ângulo de disparo de tiristores (triacs) continuamente
de 0° a 180°. Sua configuração interna possibilita uma simplificada seleção de
componentes externos para chaveamento, sem tornar muito volumoso o
circuito final. Devido a sua versatilidade, permite inúmeras aplicações dentro
da eletrônica, apesar de ser um componente dedicado à construção de
circuitos de disparos para tiristores em geral.

1.1. DESCRIÇÃO DO SEU FUNCIONAMENTO

 Consumo interno de corrente em aproximadamente 10


miliampères;
 Possibilidades de inibição simultânea de todas as saídas;
 Operação em circuitos polifásicos, utilizando, mais de um TCA
ligados em paralelo;
 Duas saídas principais (corrente até 55 miliampéres) e duas em
coletor aberto (corrente até 1,5 miliampéres);
 Uma saída para controle de triacs;
 Duração dos pulsos de saída determinada pela colocação de um
capacitor externo;
 Opera com temperatura ambiente de 25°C a +85°C e frequências
de 10 a 500Hz;
 Saída de tensão regulada em 3,1V. Internamente, o integrado é
alimentado por uma tensão regulada de 3,1V, independente das
variações possíveis em sua alimentação externa, estimada entre
8 e 18V. Essa tensão de 3,1V pode ser obtida no pino 8. O
sincronismo é obtido através de um detector de zero (pino 5),
conectado a um registrador de sincronismo.
A figura 1 mostra a representação do CI TCA785 e a sua respectiva
pinagem.
Figura 1 - Pinagem TCA 785.

1.2. DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DOS PINOS

Figura 2 - Função dos pinos do TCA 785.

Observação: O pino 16 é responsável por receber a alimentação Vcc do


circuito integrado do TCA.

1.3. OPERAÇÃO DO TCA 785 PARA CONTROLE DE POTÊNCIA EM


UMA CARGA

O TCA 785 possui uma característica especial que faz como que ele seja
muito utilizado para controle de disparo de chaves: Sincronismo com a rede
elétrica de alimentação ao passar por zero devido aos pulsos disponibilizados
nos pinos 14 e 15 para que não haja disparo aleatório dos tiristores.
O circuito detector de passagem por zero (interno ao TCA 785) gera um
pulso de sincronismo toda vez que a tensão da rede passa por zero
(intervalados a cada 8,33ms em rede de 60Hz). A senóide da rede é aplicada
entre os pinos 5 e 1 do TCA 785 com dois diodos em antiparalelo conforme
circuito abaixo.

Figura 3 - Diodos em Antiparalelo e Pulsos de Sincronismo com a rede.

O sincronismo com a rede é realizado através de um resistor colocado


externamente no pino 9 cuja função é controlar a corrente gerada internamente
pela fonte de corrente constante IC que será injetada no capacitor externo
colocado no pino 10. A tensão neste capacitor crescerá de forma linear até o
tempo de 8,33ms (rede 60Hz), quando será descarregado pelo transistor
interno T1. O diagrama de blocos, a seguir, ilustra internamente o componente:

Figura 4 - Diagrama de blocos do TCA 785


Os valores mínimo e máximo da corrente constante I C é, respectivamente,
10mA e 1A. Para esses valores limites de corrente o valor da resistência
externa colocada no pino 9 deve estar entre 3KΩ e 300KΩ e o capacitor
colocado externamente no pino 10 para formar a rampa de tensão também tem
os seguintes valores limites: 500pF e 1µF. Uma elevada capacitância tornaria a
descarga muito lenta, comprometendo o novo ciclo de carga.

Figura 5 - Características para o sincronismo com a rede.

1.4. TENSÃO DE COMPARAÇÃO

A corrente constante da fonte interna controlada pela resistência do pino 9 é


dada pela seguinte expressão:
𝑰𝑪 = (𝟑, 𝟏 𝒙 𝑲)/𝑹𝑹
onde :
 K = 1,1 ± 20%;
 3,1V é a tensão regulada interna do TCA 785 (pino 8).

A tensão no capacitor de rampa CR cresce linearmente com o tempo de


acordo com a expressão:
𝑽𝑪𝑹 = (𝑰𝑪/𝑪𝑹). 𝒕
onde:
 t assume um valor máximo de 8,33ms para rede de 60Hz quando
o capacitor será descarregado através do transistor T1 e novo
ciclo de carga terá início.
A máxima tensão que o capacitor CR se carrega é limitada em:
𝑽𝑪𝑹𝑴Á𝑿 = (𝑽𝒔– 𝟐)
Onde:
 Vs é a tensão de alimentação do CI.

A tensão de rampa é comparada com a tensão de controle (V C) colocada


externamente no pino 11 do TCA 785. Quando estas tensões se igualam, ou
seja VCR=VC, haverá uma mudança no estado da saída do bloco comparador
de disparo B6. O sinal na saída deste bloco (VD) muda de estado, passando de
1 para zero informando que um pulso de disparo deve ser enviado para uma
das saídas.

Figura 6 - Tensão no pino 10.

Figura 7 - Tensão VCR no pino 10 e tensão VC no pino 11.


Figura 8 - Momento em que a tensão de controle VC no pino 11 e a tensão VCR no pino 10 se
igualam gerando um pulso de sincronismo com a rede.

Essas variações de estado lógico devido às comparações de tensão


proporcionarão as seguintes formas de ondas em cada um dos pinos listados a
seguir:

Figura 9 - Fomas de onda em cada pino listado.


Os pulsos de saída do pino 15 são positivos e sincronizados com o
semiciclo positivo da rede e os pulsos de saída positivos do pino 14 são
sincronizados com o semiciclo negativo da rede e a largura desses pulsos pode
ser controlada através do pino 12 do TCA 785 por meio das seguintes
situações:
 pino 12 aberto (pulsos de curta duração);
 pino 12 aterrado [pulsos de longa duração (180° - α)], onde α =
ângulo de disparo;
 pino 12 com capacitor ligado para terra (a duração do pulso
seguirá a tabela abaixo).

Figura 10 - Tempo de largura dos pulsos devido a diferentes capacitores no pino 12.

As saídas dos pinos 15 e 14 podem se juntar para fazerem uma porta OR


(OU), conforme esquema abaixo, e assim acionarem o gate de um TRIAC com
pulsos positivos nos semiciclos positivo e negativo.

Figura 11 - Porta OR com as saídas 14 e 15 do TCA 785.


Figura 12 - Tabela verdade Porta OR.

E a saída auxiliar QU é análoga à saída Q1 (pino 14), diferindo apenas


pelo fato de que, em QU a duração do pulso é constante e igual a 1800
(8,33ms em 60Hz). A outra saída auxiliar QZ é igual a uma associação lógica
NOR das saídas Q1 e Q2 (pinos 14 e 15 respectivamente). O pino 6 do TCA
785 bloqueia o seu funcionamento se a tensão neste pino for inferior a 2,5V. As
saídas ficam liberadas apenas se o pino 6 tiver tensão superior a 4V.

Figura 13 - Tabela verdade Porta NOR

1.5. OPTOACOPLADOR 4N25

O 4N25 é um acoplador largamente utilizado em projetos eletrônicos que


necessitam de isolação elétrica entre suas partes. Isso é conseguido pelo
acoplamento via luz entre os circuitos isolados. Os dispositivos que operam
utilizando luz ao invés de corrente para realizar sua operações de interface são
denominados como optoacopladores.
Figura 14 - Optoacoplador 4N25.

2. O TRIAC

O TRIAC (TRIode for Alternating Current) é um componente formado por


dois SCRs (Silicon Controled Rectifier) internos ligados em paralelo, um ao
contrário do outro. Tem três terminais:

Figura 15 - Representação de um TRIAC interno.

2.1. FUNCIONAMENTO DO TRIAC

O TRIAC é utilizado para comutar (chavear) corrente alternada. O TRIAC


pode ser disparado tanto por uma tensão positiva quanto negativa aplicada no
eletrodo de disparo (gate). Uma vez ativado, continua a conduzir até que a
corrente elétrica caia abaixo do valor de corte.
2.2. UTILIZAÇÃO DO TRIAC

Ele é utilizado para controlar dispositivos de corrente alternada, permitindo


um controle de ativação de potências elevadas a partir de correntes na ordem
dos miliampères. Substitui com grandes vantagens os relés na maior parte dos
casos. O TRIAC de baixa potência é utilizado em diversas aplicações como
controlo de potência para lâmpadas “dimmers”, controle de velocidade para
ventiladores, interruptor de comando de dispositivos de AC, entre outros.
Quando usado com cargas indutivas, como motores elétricos, tem de se
assegurar que o TRIAC desligue corretamente no final de cada semi-ciclo de
alimentação elétrica.

3. CIRCUÍTO DO PROJETO

Observação: Para implementar este projeto, foram necessárias duas fontes


Vdc com referenciais iguais, sendo: a primeira fonte disponibilizando 12V ao
circuito de controle, representado pelo TCA 785 e a segunda disponibilizando
12V para o circuito de potência, após a introdução do acoplador óptico.
Figura 16 - Simulação do circuito do projeto no Proteus.

3.1. FORMA DE ONDA DA ENTRADA VCA

Figura 17 - Forma de onda senoidal de entrada Vca


3.2. FORMA DE ONDA DA RAMPA DO PINO 10.

Figura 18 - Forma de onda da rampa de comparação do pino 10.

3.3. FORMA DE ONDA DE SAÍDA PINO 14 E 15

Figura 19 - Pulsos de saída dos pinos 14 e 15 do TCA 785.


3.4. FORMA DE ONDA NA CARGA

Figura 20 - Forma de onda na carga com 3% do potenciômetro.

Figura 21 - Forma de onda na carga com 50% do potenciômetro.


Figura 22 - - Forma de onda na carga com 71% do potenciômetro.

Figura 23 - Forma de onda na carga com 84% do potenciômetro.


4. CIRCUITO PARA CONFECÇÃO DA PLACA

Figura 24 - Circuito para a impressão da placa (PCB).


Figura 25 - Circuito para confeccção da placa (PCB).
5. ANEXOS
Figura 26 - Fonte 12Vdc para circuito de controle.
Figura 27 - Foto do circuito de controle e potência.

Figura 28. - Fonte 12Vdc para circuito de potência


6. CONCLUSÃO

Este projeto permitiu controlar o ângulo de disparo de uma alimentação


senoidal em uma carga luminosa à ponto de variar o seu brilho de acordo com
as variações de um potenciômetro responsável por disponibilizar no pino 11 do
TCA 785 uma tensão que será comparada com a rampa de tensão do pino 10
do TCA 785 e, então, a partir dos pulsos de saída dos pinos 14 e 15 que
alimentam o pino 1 do Optoacoplador 4N25, engatilhar o TRIAC via pino 4 do
optoacoplador. A execução obteve algumas dificuldades perante ao
funcionamento do circuito de controle, pois os TCA’s comprados estavam com
problemas desde o momento em que foram adquiridos. Portanto, o trabalho em
questão teve êxito na simulação computacional via software Proteus e a
implementação via placa de fenolite ficou incompleta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 TRIAC
<https://www.electronica-pt.com/triac-tiristor>
 Optoacopladores 4N25
< http://www.usinainfo.com.br/optoacopladores/optoacoplador-
4n25-para-projetos-3186.html>
 Roteiros de laboratório de Eletrônica de Potência
<www.fabricioparra.com.br>

Você também pode gostar