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FUNORTE

DIREITO TRIBUTÁRIO II – PROFESSORA: FERNANDA FAGUNDES VELOSO


LANA

EXERCÍCIO REVISÃO

TURMA: 09º TURNO: Noturno


Nas execuções judiciais para cobrança da Dívida Ativa da Fazenda Pública (JULGUE E JUSTIFIQUE
CADA UMA DAS ASSERTIVAS:
1) a petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa não poderão constituir um único documento, mas
poderão ser preparadas por processo eletrônico. A citação será feita pelo correio, com aviso de
recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra forma.( F )
Segundo o art. 6º, § 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir
um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico.
Porem, segundo o art. 8º, I - A citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a
Fazenda Pública não a requerer por outra forma.

2) o executado será citado para, no prazo de dez dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora
e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa ou garantir a execução. A Fazenda Pública, no
entanto, poderá requerer a substituição dos bens penhorados por outros, bem como o reforço da
penhora insuficiente. (F )

Segundo o Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a
dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução.
Porém, segundo o art. 15, II, à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por
outros, independentemente da ordem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da
penhora insuficiente.

3) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de


sessenta dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento. No entanto, não se
realizará audiência se os embargos versarem sobre matéria de direito, ou, sendo de direito e de
fato, a prova for exclusivamente documental.( F )

Segundo o Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para


impugná-los no prazo de 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução
e julgamento.
Porém, segundo o Parágrafo Único - Não se realizará audiência, se os embargos versarem
sobre matéria de direito, ou, sendo de direito e de fato, a prova for exclusivamente
documental

4) o executado, em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos
indicados na Certidão de Dívida Ativa, poderá efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em
estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária.
(V)

Segundo o Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora
e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito,
que assegure atualização monetária;

5) não haverá concurso de credores ou habilitação em falência, liquidação, inventário ou


arrolamento. No entanto, haverá concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público,
na seguinte ordem: Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata; Estados, Distrito
Federal e Territórios e suas autarquias; União e suas autarquias.
(F)
Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso
de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento
Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas
de direito público, na seguinte ordem:
I - União e suas autarquias;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata;
III - Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata.
6) a competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública
exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência, da recuperação judicial, da
liquidação, da insolvência ou do inventário. ( V )
Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda
Pública exclui a de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da
liquidação, da insolvência ou do inventário.

7) poderá ela ser promovida apenas contra o devedor, o espólio ou a massa falida. ( F )
Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou
pessoas jurídicas de direito privado; e
VI - os sucessores a qualquer título.

8) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez. ( V )


Segundo o Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e
liquidez.

9) não ocorrendo o pagamento na execução fiscal, nem estando ela garantida, a penhora poderá
recair em qualquer bem do executado, sem exceção. ( F )

Segundo o Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata
o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei
declare absolutamente impenhoráveis.

10) o executado será citado, sempre por Oficial de Justiça, para pagar a dívida em cinco dias, com
os acréscimos legais indicados na Certidão da Dívida Ativa, ou então para garantir a execução. ( F )
Segundo o Art. 8º , III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias
da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por
edital;

11) (CESPE_JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO_5ªR_2005) Na execução fiscal, o prazo de trinta dias para
oposição dos embargos do devedor conta-se da intimação pessoal do representante legal da
devedora, com expressa advertência quanto ao prazo, e não da juntada aos autos do respectivo
mandado.

CORRETA. Lei de Execução Fiscal Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30


(trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária;
III - da intimação da penhora.
12) (CESPE_JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO_5ªR_2005) Considere que determinada sociedade
empresária tenha gravado com hipoteca por cédula de crédito industrial um de seus bens e que,
posteriormente, tenha advindo execução fiscal motivada pelo não recolhimento de contribuições
sociais administradas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nessa situação, o bem
gravado com a cédula de crédito industrial não será passível de penhora, no curso da ação de
execução fiscal movida pelo INSS. Falsa

Art. 30 LEF - Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam
previstos em lei, responde pelo pagamento da Divida Ativa da Fazenda Pública a totalidade
dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua
massa, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados
unicamente os bens e rendas que a lei declara absolutamente impenhoráveis.
Art. 184 CTN. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam
previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das
rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida,
inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja
qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e
rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

13) (CESPE_NOTARIAL_TJ/MT_2005) Maria e sua família residem em um imóvel adquirido de José,


por meio de contrato particular de compromisso de compra e venda, em 30/1/2003. O instrumento
de alienação não foi levado a registro no cartório imobiliário. No entanto, para garantia do negócio,
José outorgou à adquirente uma procuração por instrumento público com poderes irrenunciáveis e
irretratáveis para, em nome do outorgante, transferir a propriedade do imóvel alienado.
Posteriormente, o bem adquirido por Maria foi penhorado em sede de execução fiscal proposta em
meados do ano passado contra aquele que lhe havia alienado o imóvel. Julgue o Item. Justifique.
O negócio jurídico entabulado entre Maria e José é ineficaz em face da credora, por caracterizar
fraude à execução, pois em sede de execução fiscal não há exigência do registro da penhora, sendo
suficiente a existência de dívida inscrita para presumir fraudulenta a alienação de bens de sujeito
passivo em débito com a Fazenda Pública.

14) (CESPE_FISCAL DE TRIBUTOS_PREF/RB_2007) Considere que a fazenda pública estadual


ajuizou execução fiscal em desfavor da Nobre Tapeçaria Ltda., pelo não pagamento de dívida no
importe de R$ 325.000,00. No curso do processo, foi alienado, em hasta pública um imóvel da
Nobre Tapeçaria Ltda., a fim de quitação dessa sua dívida tributária, no importe de R$ 312.000,00.
Nesse caso, o arrematante receberá o bem imóvel livre e desembaraçado de quaisquer ônus,
mesmo que o valor pago tenha sido insuficiente para quitar a importância devida pela Nobre
Tapeçaria Ltda.

Certo, conforme art 130 paragrafo único nos caso de arrematação de imóvel em hasta
publica todos os impostos incidentes sobre tal imóvel cujo o fator gerador seja a
propriedade deverão ser descontados do preço pago pelo arrematante do bem

15) Na ação de execução fiscal, o juiz, de ofício, indeferirá a petição inicial quando a certidão de
dívida ativa não indicar expressamente a lei embasadora da exigência e não apresentar a planilha
demonstrativa da dívida, com os critérios utilizados na elaboração do cálculo. Nessa hipótese, a
petição inicial será indeferida porque, além de o título executivo ser nulo por não preencher os
requisitos de liquidez e certeza, o credor não instruiu devidamente o processo.

Está incorreta pois segundo o STJ não haverá indeferimento da inicial NULIDADE DA CDA por
AUSÊNCIA DE DISCRIMINAÇÃO DOS
VALORES POR EXERCÍCIO E INDIVIDUALIZAÇÃO DO VEÍCULO -
OBRIGATORIEDADE DE OPORTUNIZAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO OU EMENDA DA CDA
ATÉ A PROLATAÇÃO DA SENTENÇA.
A Fazenda Pública pode substituir ou emendar a Certidão de Dívida
ativa até a prolação da sentença, a teor do disposto no § 8º do art.
2º da Lei 6.830/80.
5. Não é possível o indeferimento da inicial do processo executivo, por nulidade da CDA,
antes de se possibilitar à exequente a oportunidade de emenda ou substituição do título.
Acrescentaria, ainda, como justificativa para o erro do enunciado o disposto na LEF:

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:


I - o Juiz a quem é dirigida;
II - o pedido; e
III - o requerimento para a citação.
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte
integrante, como se estivesse transcrita.
§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento,
preparado inclusive por processo eletrônico.
§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição
inicial.
§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.

18) Na execução fiscal, o despacho que determinar a citação não interrompe a prescrição, mas
suspende o prazo prescricional até a citação válida do devedor. Se não houver a citação do devedor
no prazo de 180 dias, o juiz extinguirá a execução.

Está errada, pois mistura o despacho do juiz que ordena a citação, o qual interrompe a prescrição (art.
8º,§2º,LEF), com a inscrição do débito na Dívida Ativa, a qual suspende a prescrição por 180 dias (art.
2º,§3º,LEF).

19) Em ação de execução fiscal, a prescrição intercorrente pode ser alegada por meio de exceção de pré-
executividade ou ser decretada pelo juiz, de ofício, após ouvido o representante da fazenda pública.

Correta. A prescrição, inclusive a intercorrente, é matéria de ordem pública, cognitiva de ofício,


podendo ser ventilada pela EPE. No entanto, o juiz antes de decretá-la, deve ouvir a exequente, sob
pena de nulidade da decisão; nos moldes do art. 40, § 4º da LEF; Súmulas 314 e 393 do STJ; e agora
pelos art. 525, § 11 e art. 803, par. ún. do NCPC.

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