Você está na página 1de 48

Instrui o

menino
“Instrui o menino no caminho em que deve andar,
e até quando envelhecer não se desviará dele.”
Provérbios 22:6
A Jesus Cristo, meu Senhor e Salvador,
toda a honra e glória pelo privilégio de
conhecer e liberdade de divulgar a Sua
Palavra. Isto é um presente de Deus para
mim e para VOCÊ, pai.
Observe, Investigue, Ore e Aplique.

Dedico esta porção de ensinos aos meus


filhos Fábio e Danilo (futuros pais) e aos
meus sobrinhos, primos e a todos os pais
que amam a palavra de Deus.
“Há muitas bênçãos para o homem que ama e obedece ao Senhor
andando sempre nos seus caminhos.” Salmo 128:1

INTRODUÇÃO

Há vários meses, parei para pensar: como nossa família Amorim está
ficando numerosa! Comecei a contar os sobrinhos... são tantos! A cada ano
ganho mais um, dois... lembrei da promessa de Deus a Abraão (Gênesis 12:2-3).
Nestes tempos difíceis de criar e educar filhos, só a Palavra de Deus nos
orienta e fortalece. Dou graças a Deus pela família numerosa que tenho. Pensei
em como poderia ajudar não somente orando. E, assim, com carinho e muita
dedicação comecei a ler. Ler e meditar. Meditar e selecionar textos, mensagens,
depoimentos, versos bíblicos... porções da palavra de Deus que ajudam os pais
que deseja, criar seus filhos segundo o coração de Deus, fazendo deles bênção
para a sociedade.
Enquanto escrevo, abro a bíblia e vejo logo alguns versos grifados. São
ensinos de Jesus em Mateus 5:13-16. Você, pai, é sal, luz, e uma cidade situada
sobre um monte.
O sal é um importante conservante de alimentos e um bom tempero para
os mesmos. O sal puro não perde o seu sabor. O pai cristão conserva a moral, a
pureza, a decência e a retidão, sendo assim, exemplo para seus filhos e para o
mundo.
Como luz do mundo, você deve aparecer e brilhar; ser permanente e
constante. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de um cesto;
mas para ser vista por todos através de seus feitos, suas obras, seu testemunho,
sua vida. Viva em bondade e serviço diante de seus filhos e do mundo.
Pai, os filhos são herança do Senhor. Devemos cuidar deles enquanto
estiverem conosco. A criança é como se fosse um papel em branco, ou mais ainda,
um livro em branco. Cada dia vão se escrevendo nas páginas pequenas porções
da verdade eterna, e essas impressões permanecem por toda a vida.
Você pai, é espelho para seu filho.
Parabéns! Em suas mãos está a obra prima de Deus - seu filhinho.
Deus o abençoe.

Com carinho,
Janeiro/2010 tia Lydia.
SER CRIANÇA

Ser criança
É ver o mundo colorido
É ter em cada bichinho
Um amigo!

Ser criança
É querer abraçar o mundo
Com seus bracinhos.
É desenhar uma casa,
Toda cheia de lacinhos

Ser criança
É não querer crescer,
Por achar gente grande complicada
É sonhar toda noite
Com uma cidade encantada

Ser criança é não ver maldade em nada.


É gostar de fazer palhaçada
Ser criança
É querer saber o porquê de tudo
E por isso não conseguir ficar mudo

Ser criança
É acordar sorrindo
É ir para a cama dos pais
Quando eles estão dormindo

Enfim, criança é
C arinho
R enovo
I ngenuidade
A legria
N aturalidade
C uriosidade
A mor
É PRECISO

Pequeno, tão frágil,


Pedaço da gente tão bom de sentir,
De ver e de ouvir
Sua vida, um caminho...
É preciso descobrir...

Liberdade, segurança,
Equilíbrio, auto-estima,
Sua própria experiência
Por ele sorrir, chorar...
Tanta coisa pra aprender...
É preciso confiar...

O tempo que passa


E tanto foi dado.
E ele com pressa querendo partir,
Querendo crescer...
É preciso compreender...

Pedaço da gente continua ainda!


A vida é caminho
Que segue sem medo.
Torná-lo feliz,
Menino... um homem...
Tão bom conseguir,
Tão bom acertar.
É preciso amar...
A ORAÇÃO DE UM PAI

Pai eterno,
Nesta semana tão importante da minha vida,
Quero agradecer-te por este privilégio.
É tão bom ver meus filhos e saber que neles há um pouco do meu ser.
É maravilhoso saber que eles são presentes que tu me deste.
Eu me lembro do dia em que eles nasceram:
Ansiedade, temor, alegria gratidão, responsabilidade, marcaram aqueles
momentos.
Mas agora, Senhor, quero suplicar.
Dá-me sabedoria para ensinar aos meus filhos o Teu caminho
Coloca em meu coração dia após dia o amor que vem de ti.
Aquele amor que protege, mas não sufoca.
Que disciplina, mas não castiga.
Que ajuda, mas não cria uma eterna dependência.
Sei que é difícil,
Mas com tua ajuda é possível
Pai querido,
Não quero ser um pai perfeito porque ninguém o é.
Quero ser apenas bom o bastante.
Para mim, a melhor recompensa será contemplar aquele dia em que eles se
aproximem de Ti, com o coração aberto, sincero e consciente
E expressarem esta mensagem que sinto
Em chamar-te de Pai

Gilson Bifano
MINHA ORAÇÃO

Senhor,
faze com que minhas mãos tão frágeis,
apoiadas nas tuas divinas mãos,
Possam conduzir meu filho
nos teus retos caminhos.
Que eu possa embalar seu sono
Com uma canção de ninar,
que lhe transmita tranqüilidade.
Reveste meus ouvidos de amor,
A fim de que eu possa ouvir, com paciência
Aquela chuva de perguntas curiosas do meu filho
Quando estiver abrindo os olhos
para as coisas que o cercam.
Purifique meus lábios
Para que fale somente palavras sábias
que edifiquem meu filho.
Dá-me sabedoria
para que eu viva os ensinamentos
e o exemplo de Cristo,
de tal maneira que meu filho possa ver em mim
uma pessoa que se alegra com sua felicidade;
que chora em função de suas tristezas;
que está sempre disposta a ouvi-lo
que o ama com todas as suas virtudes e defeitos.
PAIS, ATENÇÃO!!!!!

Um filho a gente gera na exclusividade


Do matrimônio monogâmico,
Com fidelidade.
Um filho a gente gera numa hora de amor sincero,
Sem a mínima falsidade.
Um filho a gente gera porque quer
Com responsabilidade.

Um filho a gente cria para Deus,


Com verdade.
Um filho a gente cria para o mundo,
Com honestidade.
Um filho a gente cria para a igreja,
Com santidade.

Um filho a gente educa para servir ao próximo,


Com liberalidade.
Um filho a gente educa pelo exemplo,
Com probidade,
Um filho a gente educa pacientemente,
Com bondade.

Um filho a gente gera, a gente cria, a gente educa,


E envia, desprendidamente, para melhorar o mundo atual;
A gente gerou, educou, permanece só orando,
Longe dos filhos que com luta modelou.
Mas nesse afã misterioso e belo,
Onde o divino e o humano se misturam,
Reside um segredo que é verdade:
Depende de você, pai cristão, exemplar,
Encaminhar seu filho sem esmorecer.

Leontina Novaes
CONSELHO AOS PAIS

Tenha um profundo respeito por um menino. Sua vida é


grande em possibilidades. Ele pode fazer ou destruir reis, mudar linhas de
fronteiras entre estados, escrever livros que moldar caracteres ou inventar
máquinas que revolucionarão o comércio e o mundo. Todo homem já foi um dia
um simples menino.

Sê paciente com os meninos. Saúda-os quando passarem por


ti; quem sabe, amanhã tu poderias procurar um deles para prestar-te um favor,
ou para ouvi-lo pregar, ou para pedir-lhe que te defenda perante um tribunal; ou
quem sabe, estaria ao pé de ti com seu avental branco, auscultando teu pulso e
teu coração. Pronto para cumprir o seu dever, enquanto a máscara da anestesia é
colocada sobre teu rosto e a escuridão e a morte rondam tua vida.

Sê paciente com os meninos. Tu estás lidando com uma alma.


O mundo nos traz surpresas curiosas. Sê paciente com os meninos...
UM BOM PAI

* Toma tempo para cuidar dos seus filhos

* Brinca com seus filhos

* Deixa que os seus filhos o conheçam muito bem

* Aprende a dizer “sinto muito” e “desculpe”

* Disciplina com amor

* Promove alegria

* Demonstra amor

* É bondoso, cortês, atencioso

* É fiel à sua família

* Ama a mãe dos seus filhos


INCOMPARÁVEL PAPAI

Todas as noites e pequena Rita, menina de quatro anos, trazia


o livro de histórias a seu pai e pedia que lesse a história de Moisés. Finalmente o
pai teve uma grande idéia: fez uma fita gravando a história. Quando Rita pedia
que lesse sobre Moisés, ele simplesmente ligava o gravador.
Foi muito bom por várias noites, até que certa noite Rita
trouxe o livro mais uma vez para o pai.
“Meu amorzinho”, ele falou, “você sabe ligar o gravador”.
“Sim”, ela respondeu, “mas eu não posso sentar no colo dele”.
DECÁLOGO DE PAI

I. Constituirás família com amor, sustentando-a com seu trabalho e


dirigindo-a com energia e bondade.

II. Serás prudente nos negócios, pródigo no ensinar, zeloso em manter a


autoridade materna, ponderado ao decidir, mas irrevogável em tuas
decisões.

III. Terás para com tua esposa permanente solidariedade moral. Nela
buscarás, sem nunca desatender seus conselhos.

IV. Destruirás todos os erros em teu lar e qualquer desordem que nele
apareça.

V. Faze que haja sempre saldo, tanto nos afetos quanto nos negócios.

VI. Aja de tal maneira que teus filhos vejam em ti, quando crianças, força
que ampara; quando adolescentes, a inteligência que ensina; quando
homens, o amigo que aconselha.

VII. Jamais cometerás a loucura de por em conflito o poder paterno com o


materno.

VIII. Afasta o teu filho do caminho do vício, ensinando-lhes a vencer com


virilidade os males da vida.

IX. Estuda com atenção as aptidões do teu filho. Não lhes faça
compreender que pode ser mais que tu. Coloca silenciosamente a
caminho de sê-lo.

X. Vela para que ele seja tão robusto de corpo como são de inteligência.
Faze dele um “homem”, antes de fazê-lo “sábio”.
SUGESTÕES PARA BOAS RELAÇÕES ENTRE PAIS E FILHOS

Dai a cada criança o apoio do vosso amor e confiança,


manifestando vossa apreciação pela personalidade de cada uma.

Procurai providenciar horas alegres em conjunto, e tentai


lembrar-vos de como é que a criança encara e compreende a vida.

Dai a vossos filhos tarefas específicas no lar e criai neles um


senso de responsabilidade no cumprimento das mesmas.

Procurai nos vossos filhos mais o bem que se pode louvar, que
o mal que se precisa corrigir.

Daí valor à espécie de curiosidade que vossos filhos possuem.


Procurai estimular neles o amor por tudo quanto é verdadeiro e belo.

Levai os vossos filhos, por preceito e por exemplo, a converter


obstáculos em oportunidades.

Desenvolvei em vós mesmos as qualidades que desejais ver


em vossos filhos.

Fazei de vosso lar um centro, e um núcleo de amizade e de


hospitalidade.

Reparti com vossos filhos as bênçãos da comunhão e da


fraternidade de vossa igreja.

Conduzi os vossos filhos à fé em Deus por Cristo Jesus, para


que eles te tornem cooperadores com Deus em vencer o mal e em promover o
bem.
OS DEZ MANDAMENTOS PARA O PAI

I. Lembra-te que o lar foi formado por Deus, no início da raça, para que
nele o homem encontra toda a soma de felicidade possível na terra.

II. Lembra-te que o primeiro ataque de Satanás foi contra o lar, e que
através dos séculos ele tem feito todo esforço possível para destruí-lo.

III. Não te esqueças que Deus te colocou como cabeça do lar. Cumpre com
firmeza e alegria os deveres de chefe da casa.

IV. Coloca o lar em primeiro lugar em tuas prioridades. Ele deve ser mais
importante do que qualquer coisa desta vida.

V. Cumpre sua responsabilidade de providenciar o suprimento material,


moral, e espiritual par o teu lar.

VI. Sê pródigo em dispensar à tua esposa e a teus filhos o amor que eles
precisam, tanto por palavras como por ações.

VII. Considera sempre os filhos como pedras preciosas que precisam ser
lapidadas constantemente, a fim de que se tornem o adorno do qual
poderá se orgulhar sempre.

VIII. Procura viver de tal maneira que seus filhos possam seguir seus passos
seguros e confiantes.

IX. Mantém sempre aberta a linha de comunicação do lar, através da qual


desentendimentos que por ventura surjam, possam ser resolvidos
alegremente.

X. Lembra-te de que a tarefa que Deus te deu é pesada demais para te


desincumbirdes dela sozinho. Por isso, busca a orientação divina
através da oração e da palavra de Deus, que não é só mapa que nos
mostra como chegar ao céu, mas também é bússola para nos ensinar
como nos conduzir na terra.
DEZ SUGESTÕES PARA DESPERTAR NO SEU FILHO O GOSTO PELA LEITURA

1. Tenha livros em casa, para que desde cedo a criança conviva com eles.

2. Coloque livros infantis à disposição de seus filhos, ainda antes dele aprender a
ler.

3. Dê livros de presente.

4. Leia histórias para seus filhos.

5. Compre bons jornais e revistas, pelo menos de vez em quando.

6. Leia na frente de seus filhos – eles tendem a imitar os pais.

7. Quando estiver com eles na rua, entre em livrarias para que folheiem livros. Se
for possível, compre algum.

8. Valorize qualquer atividade de leitura de seu filho, ainda que seja tropeçada e
imperfeita.

9. No culto doméstico, deixe que ele também leia a Bíblia ou o comentário


devocional.

10. Adquira literaturas como revistas da EBD e das organizações missionárias e de


treinamento, incentivando seu filho a ler e estudar esse material.
CELEBRAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS

PAIS

1. Tentarei não disciplinar meu filho no momento de irritação ou raiva.

2. Farei o possível para ter certeza de que tenho comunicado a meu filho o
que quero e o que não quero.

3. Quando errar na disciplina ou numa decisão a respeito de meu filho,


procurarei sempre falar três frases a ele:
a. Estou errado
b. Por favor, me perdoe
c. Eu amo você

4. Comprometo-me a aceitar e amar meu filho e demonstrar isso a ele,


independente de sua atitude ou comportamento.

5. Reservarei tempo semanalmente para me relacionar e comunicar de uma


maneira significativa com cada um de meus filhos.

FILHOS

1. Procurarei, dentro dos padrões da Palavra de Deus, obedecer, respeitar e


honrar meus pais ou a pessoa no meu lar que é autoridade sobre mim.

2. Tentarei, com a graça de Deus, sempre procurar ser um pacificador no


relacionamento familiar.

3. Deixarei Deus desenvolver o espírito de mansidão em mim, isto é,


disposição em entregar meus direitos a Deus, não exigindo o cumprimento
dos mesmos.

4. Procurarei ver a vida do ponto de vista de meus pais e não somente do


meu.

5. Reservarei tempo para dedicar aos meus pais.


A CRIANÇA APRENDE CONFORME VIVE

Se a criança vive sob críticas...


Aprende a condenar.

Se vive num clima de hostilidade...


Aprende a agredir.

Se é humilhada...
Tornar-se há tímida.

Se a criança é menosprezada...
Sentir-se-á culpada.

Se é exposta ao ridículo...
Aprenderá a escarnecer.

Se vive em clima de tolerância...


Aprenderá a ser paciente.

Se ela se sentir apoiada...


Aprenderá a confiar em si mesma.

Se viver num clima de valorização...


Aprenderá a se valorizar.

Se a criança vive num clima de lealdade...


Aprenderá a ser justa.

Se lhe derem segurança...


Aprenderá a confiar.

Se a criança se sentir aceita como ela é...


Aceitará a si mesma, procurando realizar-se.

Se a criança viver num clima de amor e compreensão...


Encontrará razões de viver, descobrindo o amor no mundo.
PAI ESQUECIDO

Escute, meu filho: digo isto enquanto você dorme aí com a mão sob o
rosto, os cabelos colados na testa úmida. Entrei de mansinho e só no seu quarto.
Há poucos minutos, lendo mo meu jornal, fui tomado de um opressivo remorso.
Inquieto, vim para junto do seu leito

Eis o que pensava, meu filho: fui implicante com você; repreendi-o quando
se vestia para escola porque não lavara o rosto com cuidado. Falhei-lhe
asperamente por causa dos sapatos sujos. Gritei, zangado, enquanto deixou suas
coisas no chão.

Ao café da manhã, também achei pretexto para resmungar. Você


derramara leite na toalha; devorava em vez de comer; tinha os cotovelos sobre a
mesa; punha manteiga de mais no pão. E quando saía mos, você para brincar, eu
para tomar o bonde, você voltou-se, deu adeus com a mão e gritou: “até logo,
paizinho!” Fechei a cara e , como resposta, disse: endireite os ombros!

Depois, tudo recomeçou de tarde. Quando vinha pela rua, vi-o de joelhos
no chão, brincando; tinha as meias furadas; humilhei-o diante dos companheiros,
mandando que seguisse AA minha frente para dentro de casa. As meias são caras
e, se você tivesse que comprá-las, teria mais cuidado. Imagine, filho, ouvir isso de
um pai!

Lembra-se quando, mais tarde, eu lia na sala e você entrou timidamente,


com um brilho de mágoa no olhar? Levantei os olhos do jornal, impaciente pela
interrupção e você hesitou na porta. “Que é que você quer?”, rosnei.

Você não disse nada, mas correu pela sala e, num pulo rápido atirou-se
sobre mim, abraçou-me, beijou-me e os seus bracinhos me apertaram com amor
que Deus fez florescer no seu coração e que nem a minha negligência conseguia
reprimir. E então você subiu as escadas correndo.

Vem, filho, foi pouco tempo depois disso que o jornal me escapou das mãos
e meu espírito foi sacudido por uma preocupação terrível: que será de mim se me
escravizo a esse hábito de viver raiando, de estar sempre repreendendo? É a única
recompensa que lhe dou por ser um filho sadio? Não é que não o amasse; mas
exigia de mais: media a sua juventude pelo gabarito de minha idade.

E havia tanto de bom, de excelente e veraz no seu caráter! O seu pequeno


coração era tão amplo como a própria aurora descendo sobre os morros. A prova
estava naquele impulso espontâneo de vir correndo para me beijar e me dar boa
noite. Nada vale mais esta noite, meu filho. Vim para junto de sua cama na
escuridão, onde me ajoelhei, envergonhado. É uma pequena penitência; sei que
você não compreenderia essas coisas se lhas dissesse durante as suas horas de
vigília, mas amanhã serei um paizinho de verdade. Serei mais que amigo;
morderei a língua quando me brotarem palavras impacientes. Direi repetidas
vezes, como que orando: “ele é apenas um menino – uma criança!”

Receio muito tê-lo tomado por homem. Entretanto, meu filho,


contemplando-o agora, encolhido e cansado na cama, convenço-me de que é
ainda uma criancinha. Ontem você dormia nos braços da sua mãe, a cabeça no
ombro dela. Pedi demais, pedi demais.
FAÇA DE SEU FILHO UM DELINQUENTE

1. Satisfaça-lhe todos os caprichos. Negar-lhe alguma coisa pode produzir


frustrações que o prejudicarão no futuro. Desde a infância dê-lhe tudo que
quiser. Assim, ele crescerá pensando que os outros têm obrigação de lhe
dar tudo que ele deseja.
2. Não o corrija quando ele disser palavrões ou responder com maus modos a
alguém ou mesmo a você. Desse modo, o estará incentivando a optar por
essa interessante forma de expressão.
3. Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Até que ele atinja a
maioridade e possa “decidir por si mesmo”. (Por essa mesma ótica, nunca
lhe ensine os hábitos de higiene – talvez ele não queira ser higiênico! Nem
lhe ensine a língua pátria. Como poderá saber que ele deseja saber a
língua dos pais? Talvez ele queira aprender qualquer outro idioma
estrangeiro).
4. Elogie-o em sua presença para todos os vizinhos. Mostre o quanto ele é
mais inteligente do que os outros meninos do bairro. Isso fará com que
mais tarde, ele considere tolos e maçantes todos os que não apreciaram o
“seu talento”.
5. Nunca diga que ele errou. Isso poderá desenvolver nele um “complexo de
culpa” muito acentuado. Prepare-o para que, no futuro, quando for punido
por tráfico de drogas, ou qualquer outro crime, pense que a sociedade está
“contra”. Ele é que está sendo “perseguido”.
6. Deixe-o ler e assistir tudo o que quiser. Não se preocupe pelo que entra na
mente dele. Dê-lhe copos de cristal para os lábios, mas permita que o seu
cérebro bebe em qualquer recipiente sujo de palavras e idéias.
7. Apanhe tudo que ele deixar jogado – sapatos, livros, roupas, brinquedos...
faça tudo por ele, de modo que ele se acostume a esperar que os outros o
tratem desse mesmo modo.
8. Discuta e brigue frequentemente na presença dele. Desse modo, ele terá
um excelente modelo de relacionamento social.
9. Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser para gastar e não se irrite nem lhe
diga nada se descobrir que ele aprendeu a tirar dinheiro de sua carteira
sem lhe pedir permissão. Não o permita trabalhar para obter seu próprio
dinheiro. Caso contrário, ele poderá ser tentado a pensar que é preciso
esforçar-se para sobreviver.
10. Defenda-o sempre. Tome o partido dele contra vizinhos, professores,
policiais, o diretor do colégio... esteja sempre a favor dele. Todos os demais
têm preconceitos contra o seu “filhinho”.
FILHOS NO PODER:

A falta de limites
pode transformar os
pequenos “anjinhos”
em pequenos tiranos.
CARTA DE ADEUS DE UM JOVEM VICIADO

Acho que ninguém procurou descrever seu próprio cemitério.


Não sei como meu pai vai recebê-lo: mas preciso de todas as forças enquanto é
tempo.
Sinto muito, meu pai; acho que este diálogo é o ultimo que
tenho com o senhor. Sinto muito mesmo... Sabe, pai, está em tempo de o senhor
saber a verdade que nunca nem desconfiou. Vou ser breve e claro. Bastante
objetivo.
O Tóxico me matou. Travei conhecimento com meu assassino,
o tóxico, aos 15 ou 16 anos de idade. É horrível, não, pai? Sabe, pai, como nós
conhecemos isso? Através de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante
mesmo, e bem falante, que me apresentou meu futuro assassino: O TÓXICO.
Eu tentei recusar; tentei mesmo; mas o cidadão mexeu com
meu brio, dizendo que eu não era homem.
Não é preciso dizer mais nada, não é pai? Ingressei no mundo
do tóxico. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente; veio ao falta de ar,
o medo, as alucinações; e logo após veio a euforia do pico novamente. Eu me
sentia mais gente do que as outras pessoas. E o tóxico, meu amigo inseparável,
sorria, sorria...
Sabe, pai, a gente, quando começa, acha tudo ridículo e
engraçado. Até Deus eu achava ridículo, e hoje, em um leito de hospital, eu
reconheço que Deus é o mais importante de tudo neste mundo e que sem a ajuda
dele eu não estaria escrevendo esta carta. Pai, eu só tenho 19 anos, e sei que não
tenho a menor chance de viver. É muito grande para mim; mas para o senhor,
meu pai, tenho um último pedido a fazer:
Diga a todos os jovens que o senhor conhece e mostre a eles
esta carta. Diga a eles que em cada porta de escola, em cada cursinho de
faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem bem vestido e bem falante,
que irá mostrar-lhe o seu futuro assassino e destruidor de suas vidas; e que os
levará à loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor, faça isso meu pai,
antes que seja tarde para eles.
Perdoa-me, meu pai... já sofri demais. Perdoa-me também por
fazê-lo sofrer pelas minhas loucuras.
Adeus, meu pai!
COMO CAMINHAR E PARA ONDE CAMINHAR

Foi publicada há pouco tempo a história de uma assistente


social que conheceu uma criança aleijada numa favela. Ela se interessou muito
pelo pequeno, esforçando-se para vê-lo andar e identificou-se com as outras
crianças. Decidiu então consultar um famoso cirurgião ortopédico, o qual se
ofereceu para ajudar o pequeno. Ele o examinou e logo submeteu-o a uma
operação, que teve grande sucesso. Gradualmente a criança pôde andar, correr e,
eventualmente, jogar futebol, tornando-se igual às demais.
Anos depois essa mulher contou a história dessa criança em
uma conferência, declarando:
_ Agora ele é um homem. E eu quero que vocês adivinhem
onde ele está e o que está fazendo.
Houve várias conjecturas:
_ Ele é um médico.. É um grande benfeitor... É um evangelista
cristão... É em conselheiro social.
_ Não. Todos estão enganados. Ele está na prisão,
sentenciado a cadeia perpétua por assassinato.
E continuou:
_ Nós nos empenhamos totalmente em ensiná-lo como
caminhar, mas deixamos de ensiná-lo para onde caminhar.
Esta história enfatiza um dos grandes desafios que
enfrentamos atualmente: o de preparar nossos filhos como caminhar e também
para onde caminhar em sua vida. Em nossos lares falamos muito sobre a
educação escolar, emprego, sucesso financeiro e social, mas raramente
conversamos a respeito do sucesso perante Deus. O resultado é visto em termos
de vidas mal formadas, despreparadas para enfrentar a realidade.
“Amarás a Deus...” “Tu és pó, e ao pó tornarás...” “...cada um
de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Marcos 12:30, Gênesis 3:19, Romanos
14:12).
Nossa maior responsabilidade para com a próxima geração
não é apenas mostrar-lhe como caminhar, mas também indicar a direção certa
para onde caminhar.
É sempre oportuno lembrar o que a Bíblia diz: “Ensina o
menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará
dele.” (Provérbios 22:6)
EU VI PAPAI ORAR

Um escritor norte-americano conta que, quando menino, uma


noite viu seu pai de joelhos, à beira da cama, orando. E diz: “aquela cena
passageira fez em mim imorredoura impressão”. Havia evidências outras do
genuíno espírito cristão no lar, mas ver o pai de joelhos, orando, o convenceu de
que seu lar era verdadeiramente cristão. De fato, lar cristão significa o que a cena
à beira da cama demonstra: dependência de Deus para o viver diário.
CRIANÇA TAMBÉM ENSINA

Um dia desses estava em meu gabinete preparando-me para


o início do culto, quando alguém bateu à porta.
Era Ana Paula, uma viva menina de 4 anos de idade.
_ Pastor, poderia falar um instante com o senhor?
_ Pois não, senhorita, pode entrar, por favor!
Ela assentou-se numa cadeira em frente a mim.
_ Pastor, eu gostaria de dar ao senhor uma aula de sinais de
trânsito! Posso?
_ Sou todo ouvidos, senhorita, vamos lá!
_ Veja bem, pastor, quando o sinal estiver vermelho a gente
não ultrapassa. Quando estiver no amarelo a gente espera um pouco, mas
quando estiver no verde, aí a gente pode passar, entendeu, pastor?
_ Entendi sim, Ana Paula, muito obrigado pela aula, viu? Não
vou me esquecer!
Ela saiu irradiando felicidade, como alguém que cumpriu sua
missão. É que quinze dias antes eu havia batido com o carro, exatamente por não
atentar aos sinais de transito e Ana Paula ficou muito preocupada!
Passados alguns dias fiquei a meditar em quantas vezes temos
esquecido de observar certos sinais de trânsito em nossos relacionamentos uns
para com os outros! Eclesiastes 3.7 diz: “Há tempo de estar calado e há tempo de
falar”. Quantas e quantas vezes ultrapassamos o vermelho e os resultados são os
mais desastrosos possíveis!
Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele
tempo, porque o tempo será mau (Amós 5.13). Não será essa a hora do amarelo?
A hora da espera, a hora do nosso auto-controle? Ainda Tiago nos adverte que o
homem deve ser tardio em falar (Tiago 1.19).
O homem se alegra na resposta da sua boca e a palavra a seu
tempo quão boa é! (Provérbios 15.23). Como maçãs de ouro em salvas de prata,
assim é a palavra dita a seu tempo (Provérbios 25.11).
Que mansa preocupação da pequenina Ana Paula seja
também a nossa em termos de comunicação uns para com os outros. Que
sejamos sábios em não interferir, mas que tenhamos paciência em esperar pela
hora certa! Mas que no momento certo de falar, o façamos com determinação, é
a hora do verde. E que para tanto o Senhor Deus nos capacite.

Pr Edir Felix dos Santos, Goiânia, GO


DA BOCA DOS PEQUENINOS

Era hora do culto doméstico. Na época (1984), Rodrigo, meu


caçula, estava com 5 aninhos, Peterson, com 7 anos, Fabiane, 10 e Marcelo, 12.
Cada dia, depois da lição bíblica e do cântico, era um que falava com “Papai do
Céu”. Às vezes, Rodrigo pedia: “a mamãe ora e eu repito”.
Naquela ocasião, nosso pastor, Simão Horbaczyk, hoje com o
Senhor, encontrava-se enfermo. Sua esposa, irmã Erna, havia torcido o pé, que
estava enfaixado. Na oração, Rodrigo tudo repetia. Mas na hora dos pedidos
pelos enfermos, ele já não repetia e sim completava a oração. Foi assim “Papai do
céu, abençoe o pastor Simão.. que está doente, e abençoa, Senhor, a irmã Erna...
que está com o pé quebrado...”
A essa altura, vocês podem imaginar que as três crianças
estavam rindo sem parar. Eu tentava não rir, mas sem conseguir continuar,
Rodrigo foi em frente: “...cure Papai do Céu aquela irmã que está com o dente
estragado amém.” Ele não riu. Ficou bravo porque os irmãos riram.
Quando me lembro deste episódio, mais zelosa defendo a
atitude da fé das crianças. Elas têm corações ternos, consciências sensíveis, são
moldáveis e prontas a aprender o melhor – as Boas Novas. Elas chegam até a
perceber as necessidades, assim como Rodrigo percebeu a necessidade de cura
daquela irmã. Só sinto que muitos adultos duvidem que uma criança possa ser
salva por Jesus Cristo e deixam de dar-lhes o alimento espiritual necessário para o
crescimento através do culto doméstico.
E os pais estão encarregados desta tarefa! Vejam em Prov.
22:6; Deut. 11:18-19; 32:46 e Ef. 6:4
Em uma das reuniões da sociedade de Crianças, onde usamos
“O Pequeno Missionário”, na hora do apelo, várias crianças vieram à frente para
que orássemos por elas. Depois duas meninas, a Joyce e a Patrícia Ramires vieram
falar comigo. A Joyce disse: “Tia, sabe porque não levantei a minha mão e nem a
Patrícia? É porque nós já aceitamos Jesus dentro do carro do meu pai”. Fiquei
muito feliz porque este papai não perdeu tempo, não deixou para o professor este
privilégio.
Que bom seria se os pais se reocupassem e tivessem o
privilégio de ganhar seus filhos para Cristo, sem esperar que outra pessoa o
tivesse.
Pensem nisso, queridos pais! Como maçãs de ouro em salvas
de prata, assim é a palavra em seu tempo”. Provérbios 25:11
HISTÓRIA DE PAI

Era o dia do aniversário de José, nove anos. Seu pai lhe


prometera um passeio de carro ela cidade. De carro, naturalmente. Saíram pela
avenida Brasil, passam pelo Elevado, pelo Aterro, atravessam túneis, ganharam a
orla marinha e foram rodando devagar, Parando aqui ara um sorvete, ali para
uma pipoca, mas à frente para uma foto, chegaram ao Recreio dos Bandeirantes.
Voltaram pela praia de novo e subiram para o Alto da Boa Vista. Pararam na
Cascatinha para comer o farnel que a mãe tinha preparado, depois subiram o
Corcovado. De lá de cima o pai foi mostrando e explicando para o menino cada
detalhe da paisagem cá em baixo. Declinada o dia quando os dois chegaram de
volta. Depois de ouvir a narração do passeio pelo menino ainda excitado pela
aventura, a mãe pergunta:
“Do que foi que você mais gostou?”
E o menino sem vacilar:
“Do pai!”
Era como se tivesse ficado o tempo todo olhando para o pai,
sem prestar atenção em mais nada. Ele viu o mar, a montanha, as cachoeiras, o
Rio imenso espraiando aos pés do Cristo Redentor, mas, decididamente, o que
mais profunda emoção lhe causou na alma foi a presença do pai. Senti-lo ali, ao
seu lado, e sentir-se ao lado dele durante o dia, este fora o seu presente de
aniversário.
Felizes são os filhos que não têm no pai apenas um
progenitor, mas que têm no progenitor, um verdadeiro pai que ama, que se dá ao
filho, sem cobrar nada em troca senão que eles sejam felizes; que não pensem ser
sacrifício, mas privilégio, trocar por um dia de folga no trabalho para estar junto
do filho. Ah, se os pais pudessem saber o quanto os filhos precisam deles, da
presença deles, da atenção pessoal deles, muito mais que as coisas que eles
podem dar... poderia haver menos conflito e mais harmonia, menos revolta e
mais paz, menos frustrações e mais felicidade nos lares.
Pois esse é o pai que nos serve de exemplo: o Deus que não se
contenta em dar a terra, a lua, o sol, a flor, o vento, os passarinhos, o mar e as
ondas, mas que dá a si mesmo na cruz, por amor; somente por amor.
HISTÓRIA DE PAI

Papai Reginaldo com Danilo (esquerda) e Fábio (direita)


(1992)
PERFIL DO PAI CRISTÃO

SER PAI é receber de Deus a bênção de ter um filho! É viver


sob a perspectiva de um Deus soberano, para passar aos filhos o caminho de
sabedoria e obediência, treinando-o para toda boa obra.
SER PAI é sentir-se completo ao segurar hoje nos braços um
ser frágil, pequeno; e amanhã entregar à sociedade uma vida forte em todos os
aspectos.
PAI CRISTÃO é aquele que, se o filho já não caminha ao seu
lado, sabe que ele vem atrás, seguindo suas pegadas e por isso, tem cuidado por
onde se conduz.
PAI CRISTÃO não tem o filho como eterna criança, mas
consegue sentir o seu desenvolvimento em todas as áreas; não o sufoca em
exagero de carinho e atenção, mas também não lhe permite que lhe falte essa
porção tão necessária.
PAI CRISTÃO não exige do filho mais do que ele possa dar,
transmitir o exercer!
PAI CRISTÃO, mesmo batalhando o sustento do lar, reconhece
a necessidade de companhia ao filho, numa constante entrega.
PAI CRISTÃO não lança sobre o filho a cumplicidade de suas
frustrações, nem deseja que o filho veja como herói.
PAI CRISTÃO sabe discernir cada ansiedade do filho usando-a
para treinamento sadio em cada faixa etária.
PAI CRISTÃO percebe como o tempo voa e se esforça, e se
esmera, em passar para o filho exemplos de dinamismo, valor próprio em
equilíbrio.
PAI CRISTÃO apesar das intempéries e problemas, sabe
aproveitar o terreno das experiências plantando o amor, cultivando com
paciência para junto com o filho colher alegria e paz!
PAI CRISTÃO vê no filho sua imagem, mas permite-lhe ter
personalidade própria, e reserva-lhe o direito de arquitetar sua própria felicidade.
PAI CRISTÃO, bendito é aquele que se espelha em Deus, ama
cada filho como se fosse único e entrega-o ao mundo com sublime missão de
servir, fazendo-o reconhecer que é assim, guardador do seu irmão.
FILHO FELIZ é aquele mesmo fazendo-se ausente, guarda laços
de ternura que não se desfarão jamais.

Tereza Takahashi
O PAI: A COLUNA DO LAR

Se a mulher é a rosa que embala e aromatiza a vida, o homem


é a coluna forte que sustenta não apenas a rosa, mas a roseira toda: ramos,
botões e... até os espinhos. Se a mulher é sonho, pela sua fragilidade, o homem
terá que ser a mais viva realidade do mundo para poder vencê-lo.
Para que a felicidade brilhe no lar, opulento ou modesto, é
necessário que o homem seja trabalhador, tenha atingido a plena maturidade
física moral e espiritual. Seja submisso à vontade divina e viva de oração. Se foi
educado na igreja e em lar cristão, ele terá nos ensinamentos da Bíblia e no
convívio gostoso das orações domésticas seu meio de ação.

A família toda precisa sentir no pai o apoio nas horas das


dificuldades, a alegria, o otimismo, a honestidade, a bondade, o espírito de
compreensão, e ao mesmo tempo, o espírito inflexível no que diz respeito à vida
espiritual da família. Maravilhosos os versículos 5 a 7 do capítulo 6 de
Deuteronômio, que dizem: “Amarás, pois, o Senhor Teu Deus de todo coração, de
toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que hoje te ordeno estarão
no teu coração; tu as enculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua
casa e andando pelo caminho e ao deitar-te e ao levantar-te”.
Nos duros embates da existência, o homem que procura
identificar a sua personalidade com a de Jesus Cristo tem força para vencer. Essa
força nasce no seio da família, no culto doméstico, nas reuniões da igreja, no
amor entre os pais e filhos e familiares.
Permita Deus que os filhos demonstrem mais amor e carinho
aos seus progenitores. Permita Deus que cada pai cristão sinta, no seu dia-a-dia,
a responsabilidade adquirida na data do seu casamento com a mulher eleita, e
que procure transformar o seu lar no mais doce lar do mundo.

Maria Enercy Almeida


MENSAGEM AOS PAIS

O melhor presente que você pode dar aos seus filhos ainda é e
será sempre VOCÊ MESMO.
Dizem que as crianças de hoje são muito mais independentes
que as de antigamente. Baboseiras! Elas podem ter muito mais informações,
entretenimento, mas toda a emoção que o mundo de hoje pode oferecer não é,
nem de perto, tão maravilhoso quanto sentir o amor.

O maior divertimento ainda é a história contada no colo, não


a bicicleta. A maior delícia ainda é a beijoca na face, não um sundae especial.
O maior herói é o pai, não o Super-Homem. A mulher mais
sensacional é sem dúvida a mamãe, não a mulher-maravilha.
Os filhos da gente são exigentes. Eles querem mais do que
brinquedos e a televisão em cores. Eles querem cafuné, um sorriso e todo amor
que pudermos dar.
Será que há limites para esse amor? Nós, os adultos, o
estamos roubando de nossas crianças. Nós estamos roubando de nossas crianças
os nossos sentimentos.
Nossos filhos, negados no amor, na atenção que lhe devemos,
refugiam-se nos brinquedos que lhes ocupam o tempo, mas não acrescentam em
nada os seus anseios. Estamos querendo rotular uma fórmula para o amor:
presentes. Mera ilusão! Os brinquedos não respondem suas necessidades básicas.
Para seu filho, muito mais que qualquer brinquedo do mundo
é passar pelo menos uma boa parte de seu tempo ao seu lado.
Pense nisso! Ainda é tempo!
Ofereça-se a seu filho. Você sem dúvida é o melhor presente
que seu filho pode desejar.

Dulce Consuelo Lopes Purim


DISCIPULADO DOS FILHOS
(Três passos para o discipulado no lar)

Discipular nossos filhos é uma necessidade urgente, pois no mundo de hoje as


crianças estão em constante perigo.

Satanás, nosso adversário está usando a literatura e, especialmente, a televisão e


a internet, para levar as crianças à prática do mal. Ele reconhece o valor do
discipulado, tanto para o bem, quando para o mal.

Na esfera espiritual, o discipulado de uma criança em volve três passos:


Conhecimento, Tempo e Alimento.

* Conhecer os filhos. Em Provérbios 27:23 lemos: “Procura conhecer o estado das


tuas ovelhas...”

Se, como pais, acharmos que, tendo provido alimento, roupas e teto já
providenciamos tudo que nossos filhos necessitam, nos enganamos.

Não podemos ficar alheios às necessidades espirituais deles. O texto bíblico


citado é um constante desafio, pois não podemos discipular sem conhecer o
estado espiritual de nosso filhos. Este conhecimento vem da prática do ponto
seguinte.

* Tempo para as crianças. Em II Coríntios 2:15 está escrito: “Eu de muito boa
vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas...”

Nossa maior dificuldade para conhecer nossos filhos é gastar tempo, dispor
tempo e dedicar tempo a eles. Li, recentemente, uma reportagem sobre um grupo
de artistas-mirins da televisão brasileira. Ao explicar o sucesso do elenco, o
produtor afirmou que semanalmente envia para a residência daquelas crianças
(de 4 a 12 anos) instrutores para ajudá-las a decorar o texto.

Mais uma vez verificamos que o diabo, através dos seus agentes, sabe gastar
tempo par a orientação maléfica das crianças. Como seus pais crentes, estamos
dispostos, como disse o apóstolo Paulo, a nos gastar em prol das almas de nossos
filhos?

* Apascentar os filhos. Esta verdade está em I Pedro 5:2-4, onde diz:


“Apascentai ... espontaneamente... de boa vontade”.

Apascentar envolve alimentar, guiar e proteger. Para tal é necessário dispor de


tempo para ensiná-los.

Esta verdade e ampliada em Isaías 40:11 :”Como pastor apascentará o seu


rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu
regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.”

Os pais que se dedicam ao discipulado de seus filhos estão exercendo o


pastorado. Jesus Cristo disse a Simão Pedro, em João 21:15: “Apascenta os meus
cordeiros” e em Provérbios 27:23 acrescentou: “e cuida dos teus rebanhos”.

Uma característica da ovelha, e em particular do cordeiro, é que eles não sabem


escolher para si mesmos o pasto. O pastor tem de conduzi-los aos “pastos
verdejantes”. Assim também, nossos filhos precisam ser ajudados em suas
leituras para que tenham um alimento sólido da palavra de Deus. Outras áreas
onde necessitam de igual cuidado são: Obediência e entrega de suas vidas ao
Senhor, em submissão à vontade de Deus, vigilância quanto a vícios. E mais:
escolha de suas amizades, controle de dinheiro, interesse em ganhar almas,
participação e amor pelos trabalhos da igreja, amor pela obra missionária, e
outros.

Conhecer, gastar tempo e apascentar os filhos é a responsabilidade de prioritária


dos pais, se quiserem fazê-los discípulos de Cristo.

Reverendo Vassilios Constantinidis


AS DUAS JÓIAS

Narra uma antiga lenda árabe que um rabino, religioso,


dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos
queridos.
Certa vez, por imperativos da religião, o rabino empreendeu
uma longa viagem, ausentando-se do lar por vários dias. No período em que
esteve ausente, um grave acidente provocou a morte de seus filhos amados.
A mãe sentiu o coração dilacerado pela dor. No entanto, por
ser mulher forte, sustentada pela fé e pala confiança em Deus, suportou o choque
com bravura.
Todavia, uma preocupação que lhe vinha à mente: como dar
ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não
suportasse tamanha comoção. Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus
auxílio para resolver difícil questão.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabino retornou ao
lar. Abraçou a esposa longamente e perguntou pelos filhos. Ela pediu que não se
preocupasse. Que tomasse o seu banho e depois falaria dos moços.
Alguns minutos depois, estavam amos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre
a viagem e ele novamente lhe perguntou sobre os filhos. A esposa, numa atitude
um tanto embaraçada, respondeu ao marido: “Deixe os filhos. Primeiro quero que
me ajude a resolver um problema que considero grave.” O marido, um pouco
preocupado, perguntou: ”O que aconteceu? Notei você abatida. Fale!
Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.”
“Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e
deixou duas jóias de valo incalculável, para que as guardasse. São jóias muito
preciosas! Jamais vi algo tão belo! O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não
estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você diz?”
“Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento!
Você nunca cultivou a vaidade! Porque isso agora?”
“É que nunca tinha visto jóias assim! São maravilhosas!”
“Podem até ser, mas não lhe pertencem. Terá que devolvê-
las”
“Mas não consigo aceitar a idéia de perdê-las!”
E o rabino respondeu com firmeza: “Ninguém perde o que não possui. Retê-las
equivaleria ao roubo! Vamos devolvê-las, eu ajudarei. Faremos isso juntos hoje
mesmo.”
“Pois bem, querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será
devolvido. Na verdade, isso já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos. Deus
confiou-nos a nossa guarda, durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.”
O rabino compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa e
derramaram muitas lágrimas.
ENSINA... INSTRUI... EDUCA

Educar filho sé tarefa complexa: em cada fase do desenvolvimento da


criança, existe um desafio à criatividade dos pais.
Podemos afirmar que educar é um arte, quando os pais vislumbram a
possibilidade de crescerem junto com os filhos, respeitando e acompanhando o
desenvolvimento da criança, que vai da dependência total do bebê até a
autonomia do jovem. Para que isto ocorra, é preciso dar responsabilidade aos
filhos.

ENSINA A CRIANÇA A CONSTRUIR SUA PRÓPRIA IDENTIDADE.


Isto só pode ocorrer através do relacionamento que mantemos com eles,
visto que nós somos um “espelho psicológico” que nossos filhos utilizam para
construir sua própria identidade.
A criança, muito antes de compreender palavras, registra impressões
generalizadas sobre si mesma e o mundo. Como? Pela forma como a tratamos.
Ela percebe se é embalada com amor, ou sacudida como um saco de
batata. Percebe o aconchego dos braços que a envolvem ou a rudeza dos
mesmos. É através do grau de receptividade carinhosa que lhe proporcionamos,
que a criança poderá firmar as bases de uma futura visão positiva do “eu”.

ENSINA A CRIANÇA QUE ELA É DIGNA DE SER AMADA COM UM AMOR


INCONDICIONAL.
Esta é a base da saúde psicológica do ser humano: sentir-se amado e
digno. Existe uma diferença entre sentir-se amado e ser amado. Nossos filhos
sentir-se-ão amados, na medida em que nós, seus pais, sejamos capazes de
comunicar este amor.
A criança entende mais as ações que as palavras. Agindo com amor, vamos
fazer nossos filhos sentirem-se amados.
É importante que tenhamos encontros autênticos com a criança. Isto
significa atenção focalizada. Significa estar presente. O distanciamento impede
que nossos filhos sintam-se amados. A palavra mal dita leva a interpretações
erradas sobre o amor: “Mamãe não gosta de menino malcriado...” “Papai não
gosta de menina relaxada... ou mentirosa... ou desobediente”. Quanta mentira!
Cuidado! Nós não gostamos é dessas atitudes, mas amamos a criança,
exatamente como Deus nos ama! Ele odeia o pecado, mas ama o pecador. Nós
somos, para os nossos filhos, a imagem de Deus, sabia? “Papai do céu... papai da
terra...” Notaram a semelhança? A criança não tem formado um conceito sobre
Deus e imagina o “Papai do Céu” como o “pai da terra”. Que responsabilidade!
Precisamos investir tempo com nossos filhos. Às vezes, nós nos
concentramos tanto em fazer “coisas” para nossas crianças, que esquecemos de
nos concentrar nelas como pessoas. Corremos tanto para que nada lhes falte, que
às vezes perdemos de vista a maravilha que é simplesmente vê-las e observá-las,
acompanhando seu desenvolvimento.
Você pode repetir para uma criança mil vezes ao dia que a amam, mas
será a maneira pela qual convive com ela no dia-a-dia que promoverá este amor.

ENSINA A CRIANÇA A FALAR A VERDADE.


Quando a criança comete uma falta e fala a verdade, você deve elogiar a
atitude dela ao assumir a culpa. Ao invés de bater ou castigar, converse com ela
sobre o fato ocorrido e avise que ela deve tomar cuidado para que aquilo não se
repita. Acredite em seu filho, alertando-o sempre de que se você descobrir que ele
está mentindo alguma vez, você não terá mais como confiar nele. Isto lhe dará
responsabilidade por suas atitudes.

ENSINE A CRIANÇA O RESPEITO.


Respeito é algo recíproco. Eu respeito quem me respeita. Se nós somos
espelhos para nossos filhos, a tendência é ele repetir comigo atitudes que eu
tenho com ele. Se eu grito, ela grita. Se eu fico irado, ele também ficará. Se eu
ironizo, ele me ironizará. Se eu o respeito, ele me respeitará.
Respeite os limites dos seus filhos. Nunca exija dele além daquilo que ele
consegue dar. Não viva suas expectativas sobre seus filhos. Vocês são vocês. Eles
são eles. Deus nos fez pessoas únicas e não nos obriga a nada. Ele simplesmente
mostra o que é certo e o que é errado e quais as conseqüências, mas a escolha é
nossa. Esse é o modelo que Deus nos deixou. Sigamo-lo!

ENSINA A CRIANÇA PELO EXEMPLO


A tendência da criança é repetir o que vê. Se você sente prazer em ler a
Bíblia, em orar, em ir à igreja, em apreciar sinceramente os outros, seu filho
tenderá a estas atitudes. Agora, se você for incoerente, ou seja, na igreja uma
coisa e em casa outra... ah... logo a criança vai perceber que algo não vai muito
bem com essa “pseudo-fé”.
É muito grande a responsabilidade da educação. Não é só bater, castigar,
mas é principalmente “ensinar”! Ensinar para o futuro, não apenas para o
presente. Ensinar não é condicionar. Isso se faz com animais. Com as crianças a
coisa vai mais além. Gosto de usar a máxima bíblica: “Portanto, tudo o que vós
quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles...” (Mt. 7.12).
Lembrem-se: vocês, pais, já foram crianças. Procurem relembrar os sentimentos
que fluíam em vocês com o processo educativo que receberam de seus pais.
Ensinar à criança não significa deixar que ela faça o que quiser. NÃO.
Ensinar é impor limites, disciplina, é ter o domínio da situação pelo amor e
respeito mútuo.
Ensinar é mostrar a necessidade de ser obediente, é aprender a fazer
escolhas e reconhecer que o falar do pai é sim-sim, não-não. A palavra terá que
ter força para que seja atendida. Não podemos vacilar!
Enfim, você já percebeu que não e fácil e não é brincadeira, mas tudo
sempre pode ser resolvido com a sabedoria de Deus! “Quem quiser sabedoria,
peca-a a Deus, que a dá com liberalidade”(Tiago 1:5).
PAI, PAPAI,
PAIZINHO, PAIZÃO –
Qual o seu tipo?

Depoimentos de diversos filhos e filhas de diferentes classes sociais e níveis


culturais sobre influências positivas e negativas que esses filhos trazem de seus
pais. São relatos reais e sinceros.

“... As maiores lembranças são do amor e carinho que papai sempre teve
para com os seis filhos. Ele se desdobrava e fazia de tudo para atender a um
pedido de um filho. As maiores influências foram de levar Deus a sério em nossas
vidas. Papai se preocupou em levar os filhos, um a um a receber Jesus Cristo como
Senhor e Salvador. E exigia de nós mudança de atitudes, lembrando-nos sempre a
quem estávamos servindo.”

“... A única lembrança negativa, que depois de me tornar adulta


compreendi melhor, é que ele era muito ciumento com a mamãe e conosco.”

=========

“... Lembro-me de muitas noites acordar e perceber meu pai ajoelhado, às


vezes com os braços estendidos, orando por mim e pelo meu irmão, enquanto
dormíamos; asseguro que a maior influência que recebi de meu pai, além da
oração e fidelidade à Palavra, foi a sua autenticidade, aliada a uma vida de
gestos e atitudes simples, mas não simplórios. Chama-me a atenção ainda a
autonomia consciente e a independência de seus atos e atitudes.”

“... Por mais que tente não me lembro de nada desagradável as atitudes de
meu pai, mesmo sabendo que ele tem limitações como todo ser humano.”

=========

“... O exemplo vivo de um caráter sem jaça, a honradez e a honestidade,


atributos que têm impressionado a todos os componentes da família, mantendo-a
coesa em virtude dos princípios éticos e morais.”

=========

“... Homem temente a Deus, nunca deixou um vestígio de negatividade,


pelo contrário, sempre lutou com otimismo, levando-me a ver em sua pessoa a
grandeza de uma alma bem formada.”
========

“... O traço marcante da vida de meu pai foi o amor. Amor à família –
sempre me foi fácil aceitar a idéia do Senhor Deus como Pai, por causa do amor,
da bondade e da dedicação do meu pai. Amor ao Reino de Deus. Ele amava a
Igreja de Cristo, e para ele a vocação pastoral era realmente a carreira mais
excelente. Amor a Jesus – O que mais se destacou em meu pai foi seu grande e
profundo amor ao Senhor Jesus.”

========

“... Ele comemorou comigo, e a família toda o acompanhou, pequenas e


grandes vitórias minhas. Quando fui eleita secretária das Mensageiras do Rei aos
9 anos, ele nos levou para comer pizza. Quando me batizei, ele nos levou para um
jantar surpresa, depois do culto, dando o motivo: estamos comemorando o seu
batismo. Uma das melhores influências talvez seja esta: valorizar ganhos dos
outros, reconhecendo-os, principalmente dentro de casa.”

========

“... Deus sabe o quanto eu gostaria de encher as páginas com palavras de


elogios ao meu pai, mas não posso. A imagem que eu faço de um pai não é a
imagem que eu tenho do meu pai. Sei que vivi momentos agradáveis ao seu lado
e recebi influências positivas, mas as lembranças negativas e marcas deixadas
pelo seu mau exemplo de marido cristão são tão fortes que por mais que o ame e
seja amada por ele, a minha mente não consegue recordar, os meus olhos não
conseguem enxergar e o meu coração não consegue detectar os momentos
positivos do nosso relacionamento.”

========

“... A influência mais marcante que recebi do meu pai corresponde ao


exemplo de vida de servo do Senhor que ele é para mim. Vida autêntica e
transparente em todos os ambientes pelos quais circula, sejam eles seculares,
eclesiásticos, ou ainda o familiar. Vida pontuada na Palavra de Deus e na ética
que ela nos ensina.”

========

“... São profundas e amplas as marcas resultantes da convivência com meu


pai. Posso citar:
* Capacidade de não querer mal, nem guardar rancor. Era impressionante
sua capacidade de, após qualquer problema no lar, fazer retornar o clima de
amizade, cainho e amor. Sua ira não durava uma noite. Não guardava rancor e
logo estava a brincar e a beijar filhos e esposa, assim propondo a paz no lar.
* Honestidade no viver. A seriedade e a honestidade com que lidava com
os bens e a vida de seus influenciados jamais escorregaram para a criação de
oportunidades escusas.
* O gosto pelo estudo e pela boa leitura. Autodidata por excelência, papai
sempre foi um estudioso da língua pátria, o português. Seu amor pelo estudo a
nós todos estimulou a estudar mais e mais.
* Capacidade de fazer amizades. Viveu sempre cercado de amigos
verdadeiros, tanto na família, como fora dela. Seu círculo de amizades sempre se
renovava, tamanha era sua capacidade de fazer amigos.
* Capacidade de ajudar a terceiros e a parentes necessitados. Seu coração
estava permanentemente aberto a ajudar. Nossa casa era pequena, mas seu
coração era grande e sempre havia lugar para um parente que chegava.
Nada na lembrança de papai é negativo.”

=========

E de você. Que diriam seus filhos? Se seu filho fosse inquirido a seu respeito, qual
seria o seu depoimento? Dá pra pensar!
A BÍBLIA É A MAIOR FONTE DE SABEDORIA

PROVÉRBIOS 17:6b
“...e a glória dos filhos são seus pais.”

MARCOS 9:37
“Qualquer que em meu nome receber uma destas crianças, a mim me recebe.“

PROVÉRBIOS 4:1
“Ouvi, filhos, a correção do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência.”

SALMOS 119:9
“Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua
palavra.”

SALMOS 128
“Feliz o homem que teme e anda nos caminhos do Senhor... os seus filhos serão
plantas ao redor de sua mesa...” (leia todo o Salmo)

PROVÉRBIOS 1:7
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (ciência): os loucos desprezam a
sabedoria e a instrução.”

DEUTERONÔMIO 6:6,7
“E estas palavras que hoje te ordeno estarão em seu coração; e as ensinarás aos
teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te e levantando-te.”

SALMOS 127:3a
“Eis que os filhos são herança do Senhor...”

SALMOS 112:1-3
“Feliz o homem que teme ao Senhor... a sua descendência será abençoada nesta
terra ... riquezas haverá na sua casa...”
CONVERSANDO COM VOCÊ, PAI

Recordar a infância é uma das conversas prediletas em minha casa. Conto


aos meus filhos como meu pai me ensinou a ler. Lembro-me da primeira leitura
bíblica que fiz no culto doméstico ainda bem pequena. Tinha apenas meus seis
anos. Papai pediu para eu ler Romanos 12. Cantávamos e orávamos em família.
Era comum a participação de outras pessoas como vizinhos, trabalhadores rurais
com suas enxadas, foices, balaios... papai pedia que eles esperassem a leitura
bíblica e a oração antes de irem para a roça. Quando o culto não acontecia pela
manhã, era ao cair da noite, depois de um intenso trabalho na lavoura.
Agradeço a Deus pelo privilégio de também cultuar com meu esposo e os
filhos pequenos. Temos lembranças agradáveis da participação alegre deles:
cantando, falando versos bíblicos, orando...
Hoje fico a pensar: será que os filhos dos nossos filhos, as gerações futuras
da família Amorim terão essa experiência gratificante?
Como é importante a figura do pai, o chefe da família, na formação cristã
dos filhos!
Sua contribuição é essencial!
Escute, pai: Cante com seus filhos.
Conte histórias bíblicas.
Ore com eles.
Eles não esquecerão jamais!

Com amor, Lydia.

“Instrui o menino...”
Culto em Família com Vovô Sebastião Amorim
(Laranjeiras, Serra, ES)
Verão 1993-1994

Você também pode gostar