Os sistemas de aterramento são apresentados em diversas geometrias e
configurações, podendo ser uma haste vertical, hastes em paralelo, hastes em triângulo, quadrado, circunferência e malha. Recomendam-se os mesmos espaçamentos entre hastes para otimização das configurações. Dentre estas configurações citadas, a mais eficiente é o sistema em malha. O material utilizado na haste não interfere na resistência de terra, devido à sua resistividade ser muito baixa em relação à resistividade do solo. Tampouco o aterramento com única haste fornecerá a resistência de aterramento desejada. Alguns fatores que podem influenciar na resistência de terra são: Resistividade do solo; Comprimento da haste; Diâmetro da haste; Tratamento químico; Geometria da malha.
Segundo Kinderman (1998), um solo com várias camadas apresenta
resistividade diferente para cada tipo de sistema de aterramento. A passagem de corrente para o solo depende da composição do solo, da geometria e das dimensões do sistema de aterramento. Portanto, faz-se importante calcular a resistividade aparente que representa a integração entre o sistema de aterramento em relação às suas dimensões. O tamanho do sistema de aterramento corresponde à profundidade de penetração da corrente escoada. Esta penetração determina as camadas do solo, e consequentemente a resistividade aparente. O aterramento elétrico cumpre uma função essencial em um sistema de distribuição de energia elétrica, devendo atender, dentre vários requisitos, aqueles estabelecidos quanto aos valores de tensão de passo e de toque. Entretanto, em locais onde o solo apresenta valores elevados de resistividade, surgem dificuldades que nem sempre são superadas no sentido de obedecer às exigências citadas nas normas técnicas e especificações (NR10). ELETRODO DE ATERRAMENTO
O eletrodo de aterramento é um condutor ou conjunto de condutores
enterrados no solo e eletricamente ligados à terra, por exemplo, barras de cobre ou placas de alumínio, ou outro tipo de material que seja bom condutor de eletricidade. O eletrodo pode ser natural ou convencional, segundo a norma NBR 14039 (2005).
Eletrodo Natural
O eletrodo natural são as armaduras de aço das fundações das
construções em alvenaria, que estão sendo aproveitadas como parte do aterramento elétrico. O eletrodo convencional foi desenvolvido para ser instalado especificamente para o sistema de aterramento, sendo constituído de condutores em anel, hastes verticais ou inclinadas e condutores horizontais radiais. Não devem ser usados como eletrodo de aterramento canalizações de fornecimento de água e outros serviços, segundo (NBR 14039, 2005) e (NBR 5410, 2004). O eletrodo natural mais utilizado é constituído pelas armaduras de aço embutidas em concreto das fundações da edificação. Para as edificações de concreto armado poderá ser implantado um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) com descidas externas ou, opcionalmente, poderão ser utilizados como descidas as armaduras do concreto, segundo a NBR 5419 (2005). Nas edificações em alvenaria, o aterramento pode ser constituído por fita, barra ou cabo de aço galvanizado imerso em concreto das fundações, formando um anel em todo o perímetro da edificação. A norma recomenda que a barra, fita ou cabo deve ser envolvido por uma camada de concreto de no mínimo 5 cm de espessura, a uma profundidade de no mínimo 0,5 m.