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Resumo: O objetivo deste artigo é analisar em que medida certos recursos estilísticos, adotados em
determinados discursos jurídicos, podem vir a prejudicar a compreensão e a própria comunicação
no âmbito judicial. Neste intuito, tem-se como ponto de partida a matéria jornalística veiculada pela
Rede Globo de televisão, no Jornal Nacional do dia 22/12/2015, em que se tratou do “floreio
excessivo” e do uso de expressões em latim em alguns enunciados jurídicos, prática que, no dizer
do referido telejornal, ao invés de melhorar o conteúdo da enunciação, dificulta o entendimento
daqueles aos quais se destina. Contribui para a reflexão aqui proposta a noção de ethos, tanto a de
Aristóteles (2012) quanto a de Maingueneau (2011), inclusive para que se possa investigar, nos
limites desta publicação, a origem e os motivos que levam alguns profissionais do Direito a se
excederem no rebuscamento das suas manifestações. Por fim, tendo em vista os conceitos de orador
e de auditório, de Perelman (2014), propõe-se a adequação dos discursos jurídicos aos seus variados
destinatários, no intuito de que estes últimos, na medida das suas respectivas capacidades e
limitações, lhes possam prestar alguma atenção.
1. Introdução
Em meio a uma série de reportagens sobre o acordo ortográfico assinado por Brasil e outros
sete países de língua portuguesa, o Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculou, no dia 22/12/15,
matéria1 que, para além do excesso de formalismo praticado por um determinado cartório, tratou da
dificuldade de alguns entrevistados para a compreensão de texto elaborado por uma magistrada.
Tendo como foco a crítica ao floreio excessivo da língua e a utilização de termos pouco
conhecidos pelo grande público, a equipe do referido telejornal acompanhou uma aula oferecida aos
servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), ali orientados a adotarem, em suas
práticas cotidianas, uma linguagem mais acessível aos destinatários da enunciação.
1
Íntegra da matéria jornalística disponível no portal da Rede Globo: http://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2015/12/unificacao-da-lingua-portuguesa-nao-consegue-passar-por-barreiras-legais.html.
* Graduado em Direito e pós-graduado em Direito Médico-Hospitalar pela Universidade Católica do Salvador, pós-
graduado em Direito Processual Civil pela Universidade Federal da Bahia, com Mestrado em andamento em Letras:
Cultura, Educação e Linguagens pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, sob a orientação do Prof. Dr.
Marcus Antônio Assis Lima. Membro do Grupo de Pesquisa: Práticas, Escritas e Narrativas – GPPEN, Professor do
curso de Pós-Graduação em Direito Médico da UCSAL e advogado;
** Pós-doutorado em Media & Communications pelo Goldsmiths College/University of London (2013/2014), concluiu
o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais em
2008 (linha de pesquisa: Análise do Discurso) e o mestrado em Comunicação e Sociabilidade, pela mesma
universidade, em 2000; graduou-se em Jornalismo em 1991. Atualmente é Professor Titular, dedicação exclusiva, do
Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, e professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação
em Letras: Cultura, Educação e Linguagens, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Grupo de Pesquisa:
Práticas, Escritas e Narrativas - GPPEN.
No mesmo sentido, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) promoveu, no ano de
2005, uma “campanha pela simplificação da linguagem jurídica” 2, cujo principal objetivo foi a
reeducação linguística nos tribunais e nas faculdades de Direito, visando à mudança de alguns
hábitos por parte de juízes, advogados, promotores e outros profissionais da área jurídica, em prol
da utilização de uma linguagem mais direta e objetiva, a permitir uma aproximação maior entre o
Poder Judiciário e a população como um todo.
A partir da mencionada reportagem, veiculada por um importante meio de comunicação
brasileiro, assim como das iniciativas da AMB, no ano de 2005, e do TJRJ, com o oferecimento de
palestras aos seus servidores, no ano de 2015, é possível concluir, no nosso entendimento, que há
uma preocupação, inclusive da própria comunidade jurídica, em viabilizar, sempre que possível,
uma comunicação mais clara e objetiva com os diversos interlocutores que dialogam com a Justiça.
Acreditamos, também, tendo em vista a citada matéria do Jornal Nacional, assim como a
campanha da AMB e as mencionadas aulas do TJRJ, que existe uma inclinação, por parte de alguns
profissionais do Direito, para o rebuscamento excessivo da linguagem em suas manifestações. Daí
porque, partindo da premissa de que há certa predisposição ao floreio, às vezes excessivo, de alguns
discursos jurídicos, preocupa-nos, para além da provável incompreensão de tais enunciados, a
possibilidade da não concretização do ato comunicativo em si, inclusive entre os próprios
profissionais do Direito, como consequência de uma enunciação alheia ao esquema “orador-
auditório” (PERELMAN, 2014).
Corrobora a nossa inquietação, que não se restringe ao aspecto meramente acadêmico, a
decisão proferida no ano de 2015 pela Suprema Corte norte americana 3, cujos ministros, em
julgamento de processo disciplinar contra advogado que apresentou, à própria corte, uma petição
repleta de termos rebuscados, advertiram-no, como também aos demais advogados que ali atuam,
sobre o dever de adotarem, em suas peças, uma linguagem mais clara e objetiva.
No Brasil, Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal, em artigo que
escreveu para o jornal Folha de São Paulo 4, propôs aos enunciadores do discurso forense que evitem
submeter o mundo jurídico à “linguagem empolada e inacessível” e às falas e escritas prolixas, que
“consomem sem dó o tempo alheio”. Segundo Barroso, falar difícil, em outra época, era tido como
expressão de sabedoria. Nos dias atuais, porém, entende o ministro que a virtude está na capacidade
de se comunicar com clareza e simplicidade, de maneira a conquistar o maior número possível de
interlocutores.
2
Sobre a “campanha pela simplificação da linguagem jurídica”, promovida pela Associação dos Magistrados
Brasileiros, ver site: http://www.amb.com.br/novo/?p=2118. Acesso em 7 de abril de 2016;
3
Dito posicionamento da Suprema Corte dos EUA, no julgamento do processo disciplinar contra o advogado Howard
Shipley, encontra-se no site: http://www.conjur.com.br/2015-abr-05/suprema-corte-eua-exige-simplicidade-peticoes.
Acesso em 11 de abril de 2016;
4
O texto do ministro Luis Roberto Barroso encontra-se disponível no site:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1707200808.htm. Acesso em 13 de abril de 2016.
Ditas proposições institucionais de maior equilíbrio ao rebuscamento da linguagem jurídica
servem-nos, aqui, não só como estímulo para a investigação das origens e dos motivos que levam
alguns enunciadores a se excederem no floreio, mas, principalmente, para sugeri-los que atentem
para o tipo de auditório ao qual se dirigem, e para a logicidade do conteúdo que enunciam. Afinal,
“para que uma argumentação se desenvolva, é preciso, de fato, que aqueles a quem se destina lhe
prestem alguma atenção” (PERELMAN, 2014).
Desde Homero a Grécia é eloquente e se preocupa com a arte de bem falar. Tanto a
Ilíada como a Odisseia estão repletas de conselhos, assembleias, discursos; pois
falar bem era tão importante para o herói, para o rei, como combater bem 5.
Quintiliano admira sem reservas essa eloquência da Grécia heroica, reconhecendo
nela a própria perfeição da oratória já a desabrochar 6. É a oratória antes da retórica;
o que naturalmente supõe uma pré-retórica, uma “retórica avant la lettre” bem
anterior à sua definitiva configuração como ciência do discurso oratório 7
5
Essas eram as duas virtudes neles apreciadas. Fénix, por exemplo, acompanhou Aquiles por ordem de seu pai, Peleu,
para “o ensinar a falar bem e a realizar grandes feitos” (Ilíada, 9.443);
6
Instituto oratória, 10.1.4651;
7
Vide “Sobre los orígenes de la oratória (I)”, Minerva, Revista de Filología Clássica, 1, 1987, 17.
Ainda em sua introdução à Retórica aristotélica (2012: XVI), Júnior discorre sobre o que seria
a inspiração para “a criação de uma arte que pudesse ser ensinada nas escolas e habilitasse os
cidadãos a defenderem as suas causas e lutarem pelos seus direitos”. Segundo ele, a origem da
retórica, enquanto “metalinguagem do discurso oratório” (ARISTÓTELES, 2012: XVI), remonta ao
ano 485 a.C. A esse respeito, está dito:
Foi, porém, na Sicília que a retórica teve a sua origem como metalinguagem do
discurso oratório. Por volta de 485 a.C., dois tiranos sicilianos, Gélon e Híeron,
povoaram Siracusa e distribuíram terras pelos mercenários à custa de deportações,
transferências de população e expropriações. Quando foram destronados por efeito
de uma sublevação democrática, a reposição da ordem levou o povo à instauração
de inúmeros processos que mobilizaram grandes júris populares e obrigaram os
intervenientes a se socorrerem das suas faculdades orais de comunicação.
Com base nas referências acima, especificamente no que aqui se elege como prováveis
motivos e fontes de inspiração para a tendência ao floreio do discurso jurídico, é possível crer que,
dentre as qualidades atribuídas aos indivíduos historicamente legitimados para o ato da enunciação,
em especial no que se refere à capacidade de influenciar no posicionamento do julgador, a
eloquência, ainda hoje, goza de significativa importância.
Todavia, na visão de Aristóteles (2012, p. 6), qualquer outra qualidade que não o argumento,
especificamente o argumento lógico, não passa de mero acessório à retórica, afinal, segundo ele,
somente “os argumentos retóricos são próprios dela” (ARISTÓTELES, 2012, p. 6). Logo, atributos
como a mera capacidade de expressar-se com desenvoltura, assim como alguns sentimentos e
“paixões da alma”, quando destituídos de “prova lógica”, de nada servem, na concepção
aristotélica, para afetarem o assunto, uma vez que influenciam apenas o juiz.
Posiciona-se a teoria aristotélica, então, especificamente no que se refere à “arte do discurso
judicial”, com um olhar crítico frente aos que se ocupam, prioritariamente, com questões externas à
retórica, a exemplo daquelas voltadas ao que deveriam ou não “conter o proêmio ou a narração, e
cada uma das demais partes do discurso8”. Aliás, como já pontuado acima, ditas questões visam,
primordialmente, ao “modo como poderão criar no juiz certa disposição” (ARISTÓTELES, 2012, p.
8).
Colhemos em Aristóteles (2012), portanto, a premissa de que, nos discursos judiciais daquele
tempo, não bastava demonstrar-se a exatidão do que se afirmava, porquanto havia “toda a vantagem
em cativar o ouvinte” (ARISTÓTELES, 2012, p. 8). Deduz-se daí, pois, que a tendência ao
rebuscamento da linguagem forense, por parte de alguns dos seus enunciadores, talvez provenha, ao
que tudo indica, do desejo destes em ganharem a simpatia dos seus julgadores.
8
“Os manuais de retórica criticados por Aristóteles demoravam-se no tratamento de cada uma das partes do discurso: ou
seja, o proêmio, a narração, as provas e o epílogo” (ARISTÓTELES, 2012, p. 8).
Importante destacarmos, aqui, que a preponderância da estética e do estilo, na elocução 9 de
alguns oradores, vem de longa data. Afinal, segundo Júnior (ARISTÓTELES, 2012), Crisipo,
Cleantes e os estoicos, naquilo que contemplavam como a arte de bem falar, tendiam “para o
privilégio da componente estético-estilística, em detrimento da eficácia argumentativa”
(ARISTÓTELES, 2012:XXIV).
Aliás, sobre o cuidado dos enunciadores em assumirem determinados gestos, comportamentos
e outras características em suas elocuções, ao se pronunciarem perante os juízes de sua época, é
possível encontrar, na história, indícios mais longínquos, revelados através de antigas leis escritas.
Como exemplo, transcrevem-se, abaixo, os artigos 25º e 26º, do livro oitavo, do “Código de
Manu”10, juntamente com o seu artigo 23º, que determinava, por sua vez, a conduta dos que
deveriam julgar:
9
Parte da retórica que trata da seleção e disposição das palavras e frases (HOUAISS, 2009);
10
A Manu, descendente de Brahma (o criador do universo, para a religião hindu), atribui-se o título de um dos mais
antigos legisladores do mundo. A rigor, não há certeza quanto à data de promulgação do seu código, que remonta,
segundo se estima, ao período entre 1300 e 800 a.C;
11
Conteúdo acessado, em 13 de abril de 2016, através da Biblioteca jurídica virtual vinculada ao laboratório de
informática jurídica da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, no endereço eletrônico:
http://www.infojur.ufsc.br/aires/arquivos/CODIGo_%20MANU.pdf;
dignidade, na antiga Roma, estava reservado aos mais ilustres advogados, que se destacavam,
também, pela eloquência.
Outro aspecto que entendemos de suma importância, e que se extrai da dissertação de Méhész
(1969, p. 175), diz respeito à “filotimia” na Roma antiga, ou seja, ao apreço que os antigos
advogados romanos nutriam pela honra, pela fama e pela glória. No dizer dele, “o advogado na
antiga Roma, durante a sua defesa, necessitava do aplauso e da ovação” (MÉHÉSZ, 1969, p. 175).
Termina Méhész (1969, p. 181), pois, a sua dissertação, com a citação de um hino inspirado
por Ênio12, no qual são exaltadas as virtudes que deveriam compor o caráter do antigo advogado
romano, como transcrito abaixo:
Todas essas evidências, quando somadas, servem à proposta de se estabelecer, aqui, aquilo
que apontaria para uma possível origem, bem assim para uma das motivações de alguns
enunciadores optarem, na construção dos seus discursos, pela utilização de um linguajar mais
rebuscado. Aliás, tendemos a crer que a própria construção do “eu social” 14, por uma parcela dos
enunciadores do discurso jurídico, também se opera com pompa e circunstância.
O próprio código de ética e disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil 15, guiado por
princípios que “formam a consciência profissional” e “representam imperativos da conduta” dos
advogados, ao tempo em que trata do “dever de urbanidade”, a eles impõe o emprego de uma
linguagem “escorreita” e “polida” em suas enunciações.
Segundo Houaiss (2009), uma das definições do adjetivo “escorreito” aponta para algo que
apresenta bom aspecto. Já no que se refere ao adjetivo “polido”, diz-se tratar, por extensão de
sentido, daquilo que recebeu polimento, e, no sentido figurado, do que expressa fina educação e
cortesia (HOUAISS, 2009).
12
Ênio ou Enio (em grego, Ένυώ), seria, na mitologia grega, uma antiga deusa conhecida pelo epíteto “Destruidora de
Cidades”. Dizia-se que quando ela dava o golpe final, o seu corpo se transformava em fogo.
13
La gloria de un hombre es el ingenio / La luz del ingenio es la elocuencia / Al abogado elocuente y valiente com
razón le llaman Maestro de persuasión y Flor del Pueblo.
14
Segmento da personalidade que se objetiva em termos de tipificações socialmente válidas. O “eu social”, na visão de
Berger e Luckmann, na obra A construção social da realidade, é subjetivamente experimentado como distinto do eu em
sua totalidade, chegando mesmo a defrontar-se com este. BERGER, Peter L. A construção social da realidade: tratado
de sociologia do conhecimento |por| Peter L. Berger |e| Thomas Luckmann. 34. ed.; tradução de Floriano de Souza
Fernandes. Petrópolis, Vozes, 2012.
15
O código de ética e disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil impõe aos seus membros, no artigo 45, capítulo VI,
em que trata do dever de urbanidade, o emprego de linguagem escorreita e polida. Código disponível no site:
http://www.oab.org.br/visualizador/19/codigo-de-etica-e-disciplina. Acesso em 23 de abril de 2016.
Ditas exigências, relacionadas à conduta e à escrita, terminam por pautar, em nossa
concepção, a própria postura de alguns profissionais do direito, sobretudo em seu ambiente
cotidiano de atuação, a exemplo dos fóruns, das salas de audiência e dos tribunais, onde as
insígnias, os hábitos, os gestos e a retórica os identificam e os destacam dos demais indivíduos
presentes, como decorrência da conformação das suas atitudes a um padrão que, além de ético,
costuma ser estético.
Maingueneau (2011), ao tratar do ethos, chama a atenção para o fato de que este é “distinto
dos atributos ‘reais’ do locutor” (MAINGUENEAU, 2012. p. 4). Segundo ele, apesar de
estabelecida uma correspondência entre o ethos e o enunciador, a caracterização deste último, pelo
primeiro, ocorre externamente, ou seja, as características determinantes que os destinatários
atribuem aos enunciadores estão associadas, em última análise, à forma que estes se utilizam para
dizer, assim como aos “dados exteriores à fala propriamente dita”, como a postura, a aparência, os
gestos etc.
Houve, segundo Maingueneau (2011), frequente suspeição, na tradição retórica, em relação ao
ethos. Isto porque, considerando a possibilidade de o orador se utilizar de um “ethos mentiroso”,
também poderia haver, consequentemente, uma inversão de valores entre o ser e o parecer. Daí
porque, justamente como decorrência de tal possibilidade de inversão, é que nos filiamos à crítica –
de inspiração aristotélica, inclusive -, feita aos que priorizam, no discurso jurídico, a forma, em
detrimento do conteúdo.
Embora considere que “o ethos está crucialmente ligado ao ato de enunciação”, Maingueneau
(2011) destaca que os destinatários dos enunciados também constroem “representações do ethos do
enunciador antes mesmo que ele fale”, razão pela qual entende necessária a distinção entre “ethos
discursivo e ethos pré-discursivo”. Num ato comunicacional, portanto, na concepção de
Maingueneau (2011):
17
Nas palavras do advogado Luís Roberto Barroso, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, em um de seus artigos
publicados na Folha de São Paulo, intitulado “A revolução da brevidade”.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1707200808.htm. Acesso em 13 de abril de 2016.
Referências:
FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Direito, retórica e comunicação: subsídios para uma
pragmática do discurso jurídico / Tercio Sampaio Ferraz Junior – 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2015;
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da Esfera Pública: investigações sobre uma categoria
da sociedade burguesa / Jürgen Habermas; tradução Denilson Luís Werle. I. ed. – São Paulo:
Editora Unesp, 2014;
MÉHÉSZ, Kornél Zoltán. Carácter del Antiguo Abogado Romano. Disertación pronunciada en el
Instituto Popular de Conferencia el día 4 de julio de 1969. Disponível em:
http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/jurid/cont/3/art/art9.pdf. Acesso em: 22 abr. 2016.
PERELMAN, Chaïm. Lógica Jurídica: nova retórica / Chaïm Perelman; Tradução: Vergínia K.
Pupi; revisão da tradução Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão; revisão técnica Gildo Sá
Leitão Rios. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004;
ROSSI, João Baptista Prado. Reflexões sobre a advocacia e a magistratura. São Paulo: OAB-SP,
1990;