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Seção: Tutoriais Telefonia Celular

Redes 4G I: Introdução

A tecnologia móvel de comunicação evoluiu rapidamente nos últimos anos devido à


crescente demanda, tais como acesso aos serviços de internet em telefones celulares
com uma melhor qualidade dos serviços oferecidos. Para cumprir isso, a indústria de
telecomunicações sem fio trabalhou duro e definiu uma nova interface aérea para
comunicações móveis, que melhora o desempenho geral do sistema, aumentando a
capacidade do sistema, juntamente com a melhoria da eficiência espectral enquanto
reduz as latências.

Desta forma, duas tecnologias, chamadas Interoperabilidade Mundial para Acesso de


Microondas - WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access) e 3GPP
LTE (Third Generation Partnership Project Long Term Evolution ), surgiram com o
objetivo de oferecer voz, dados, vídeo e serviços multimídia em telefones móveis em
alta velocidade e baixo custo final.

Neste trabalho é feita uma breve abordagem dos principais pontos que envolvem essas
tecnologias para efeito comparativo entre ambas, demonstrando alguns pontos
vantajosos e outros contrários, para oferecer uma visão rápida sobre as possibilidades de
uso dessas tecnologias no futuro imediato.

Tutoriais

Este tutorial parte I apresenta inicialmente a fundamentação teórica acerca do WIMAX


e do LTE, e a seguir detalha cada uma das tecnologias de acesso móvel sem fio.

O tutorial parte II abordará a comparação entre as tecnologias WIMAX e LTE, focando


os aspectos de arquitetura de rede, faixas de frequências utilizadas, uso de antenas
múltiplas, modulação e mobilidade. As considerações finais apresentam as conclusões
do estudo realizado.

Redes 4G I: Fundamentação
Teórica

O WiMAX (Worldwire Interoperability for Microwave Access) é o


aprimoramento da tecnologia Wi-Fi (Wireless Fidelity), e é conhecido como
padrão IEEE 802.16. Sua tecnologia de acesso é transmissão de dados com o
uso sem fio (não guiados), a rede WMAN (Wireless Metropolitan Area
Network), sendo uma rede macro, ou seja consegue atingir um raio de
aproximadamente 50Km com uma taxa de dados em até 75 Mbps. Ao
contrário de outras tecnologias sem fio, como IEEE 802.11, o WiMAX cobre
várias faixas de frequência diferentes utilizando faixas de freqüência de 10 -
66 GHz, que atinge uma vasta área geográfica, usando espectro licenciado ou
sem licença. O WiMAX usa técnicas multiplexação em
direções uplink e downlink OFDMA (Orthogonal Frequency Division
Multiple Access), apesar do, 802.16A, ter sido incorporada para operar dentro
da faixa de 2-11 GHz, a forma de comunicação utilizado para varias estações
é o ponto multiponto (PMP), os sistemas ponto-a-multiponto são
caracterizados pela presença de um ponto central de acesso interligado com
diversos outros pontos em ambientes distintos, criando uma rede eficiente e
ampla de transmissão de dados, controlada por uma estação principal,
enquanto que o modo de operação utilizado entre duas estações de base é
ponto a ponto (PTP).

Outras versões que incluem WiMAX são: IEEE 802.16-2004 e IEEE 802.16-
2005.

O IEEE 802.16-2004 foi chamado de WiMAX fixo, significa que não há


mobilidade e os aparelhos não poderão sair de sua região, esse padrão não se
utiliza. O IEEE 802.16-2005 é conhecido como WiMAX móvel, que é uma
extensão do WiMAX fixo, no entanto sem a necessidade de visada direta com
uma estação base. Num cenário típico, a distâncias de 3 a 10 quilômetros, um
produto com certificado WiMAX deve ter uma capacidade de 40 à 75 Mbps
por canal, possibilitando milhares conexões a velocidade de DSL. uma
introdução de vários recursos para suporte avançado de Qualidade de Serviço
- QoS (Quality of Service) para proporcionar alta mobilidade.

O LTE (Long Term Evolution) é uma evolução da tecnologia de terceira


geração com base em WCDMA (Wideband Code Division Multiple Access).
O LTE utiliza OFDM para downlink, ou seja, a partir da estação de base para
o terminal. Existem três canais físicos, tais como PDSCH (Physics Downlink
Shared Channel), PMCH (Physics Multicast Channel), PBCH (Physics
Broadcast Channel) no downlink utilizado para transmissão de dados,
transmissão de programas e sistema de informação dentro de uma célula. Os
esquemas de modulação usados são QPSK (Quadrature Phase Shift Keying),
16 - QAM e 64-QAM. O LTE utiliza uma versão pré-codificada de OFDM
(Orthogonal Frequency Division Multiplexing) utilizando uma única
portadora para uplink chamado SC-FDMA (Single Carrier Frequency
Division Multiplexing). O SC-FDMA é usada para minimizar o pico de média
potência (PAPR) causada pelo OFDM. O PAPR é a razão da potência do sinal
de pico para a potência média do sinal. Existem dois canais físicos: PRACH
(Physics Random Access Channel)e PUSCH (Physics Uplink Synchronization
Channel), usado no uplink LTE. Para o acesso inicial PRACH é usado
enquanto o equipamento utilizador não está sincronizado e enviar os dados
sobre PUSCH. Os esquemas de modulação usada para uplink LTE são QPSK,
16-QAM, 64-QAM.

Redes 4G I: Introdução ao WiMAX

WiMAX - Desenvolvida como padrão IEEE 802.16, disponibiliza serviços


sem fio conhecido também como não guiados, sua faixa de frequência de 10 à
66 GHz, possibilitando a visada direta, que nesse caso é muito importante para
viabilizar a comunicação de sistema sem fio em ambientes abertos mesmo em
regiões com obstáculos como por exemplos as vegetações. O Wimax tem suas
taxa de transmissão até 70Mbps e um alcance no máximo de 50 km, e seu
padrão poderá usar o espectro licenciado ou não, com isso podendo fornecer
serviços de Internet não guiado para usuários que utilizem altas taxas
transmissões de dados.

Sua estrutura é baseada na WMAN, mas também fornece serviços de banda


larga sem fio dentro de um edifício e pode ser compartilhado a várias redes
Wi-Fi em diferentes locais, regiões ou ate mesmo cidades

O WiMAX tem seu funcionamento semelhante a tecnologia celular, é


composta por um (EM) estação de base que serve para estabilizar a conexão
sem fio para o assinante, como a tecnologia UMTS (Universal Mobile
Telecommunication Systems). A comunicação entre duas ou mais (ERB)
estações rádio-base. Sendo assim WiMAX pode ser ponto a ponto, LOS (Line
of Sight - linha de visada), enquanto entre a estação base e o assinante pode
ser ponto a Multi ponto ou NLOS (Non Line of Sight) [1, 8].

Padrões IEEE 802.16

Os fabricantes de equipamentos de telecomunicações começaram a introduzir


produtos para BWA (Broadband Wireless Access), no final da década de 90.
Mas eles ainda estavam à procura de padrões de interoperabilidade.
O Wireless National Electronics Systems Testbed (N-Oeste) convocou uma
reunião em 1998, sobre a necessidade de um padrão de interoperabilidade que
resultou na norma IEEE 802. Muitos esforços foram feitos nesse sentido, que
mais tarde resultou na formação do padrão IEEE 802.16. Inicialmente, o foco
principal deste grupo era desenvolver a interface de rádio para o BWA, que
usou o espectro da faixa 10-66 GHz. Ele também suporta a base LOS ponto a
multiponto (PMP) de banda larga sem fio do sistema.

IEEE 802.16-2001

O padrão foi desenvolvido em dezembro de 2001. Ele usa a faixa do espectro


de 10-66 GHz para fornecer conectividade de banda larga fixa sem fio e de
técnicas de modulação de portadora única, como 16-QAM, 64-QAM e QPSK
na camada física e divisão de tempo multiplexado (TDM) técnicas na camada
MAC. A norma inclui técnicas de diferencial de QoS para a melhoria das
condições LOS base. O padrão utiliza TDD (Time Division Duplex) e FDD
(Frequency Division Duplex), como técnicas de duplexação.

IEEE 802.16a-2003

A norma alterou a base IEEE 802.16, usando uma faixa de freqüência de 2-11
GHz, que inclui ambos licenciados e bandas de freqüência de licença livre.
Devido à inclusão das freqüências baixas, inferiores a 11 GHz, a comunicação
NLOS é possível. As operações NLOS introduziram os efeitos de
propagação multipath, que foram superados através da adaptação das técnicas
de modulação multiportadora na camada física. A OFDM foi escolhida como
técnica de modulação. O padrão melhorou também questões de segurança,
tornando as características da camada de privacidade obrigatórias.

IEEE 802.16c

O padrão desenvolveu os detalhes do perfil de 10 - 66 GHz e corrigiu as


inconsistências envolvidas na norma anterior.

IEEE 802.16d-2004

Alteração do padrão IEEE 802.16a. Ele foi inicialmente considerado como a


revisão do padrão IEEE 802.16 e IEEE 802.16 foi nomeado rev d. Mas em
setembro de 2004, devido à credibilidade das alterações, foi nomeado IEEE
802.16d. O padrão foi desenvolvido para usuários fixos, nômades e móveis de
modo a proporcionar fixo BWA. Ele suporta ambos os modos de transmissão
TDD e FDD. A característica mais importante dessa norma é a prestação de
apoio aos sistemas avançados de antena e modulação adaptativas e técnicas de
codificação.

IEEE 802.16e-2005

O IEEE 802.16e-2005 é a alteração do padrão IEEE 802.16d-2004 e fornece


suporte para a mobilidade dos assinantes, que podem se mover a uma
velocidade de veículos e oferece serviços como de alta
velocidade handoffs devido a seus avanços tecnológicos. Ele aumenta o
desempenho geral do sistema devido ao apoio da AAS (Adaptive Antenna
Systems) e MIMO. Facilita aos usuários móveis, fixos e portáteis. O padrão
atualizou o recurso de segurança incluindo a subcamada de privacidade.

WiMAX Fixo x Móvel

IEEE 802.16-2004 chamado de WiMAX fixo, ou seja, não faz nenhum tipo de
handover, sair de uma celular para outra. Esse padrão foi desenvolvido como
uma extensão sem fio para a infraestrutura cabeada (com fio). A técnica
utilizada nesse padrão Wimax é a OFDM com ela é possível diminuir alguns
efeitos como por exemplo múltiplos caminhos e melhora a propagação de
sinais em NLOS( sem linha de visão ).

Já o IEEE 802.16-2005, chamado de WiMAX móvel, que utiliza a técnica


SOFDMA (Scalable Orthogonal Frequency Division Multiplexing Access),
sua transportadora e divida em até 2048 sub-portadoras. Esse processo
melhora e possibilita a entrada de sinais em prédios e como consequência seus
produtos fica acessível para o assinante final, como exemplos as placas de PC
e USB.

A particularidade básica do WiMAX móvel para fixa . É a sua flexibilidade, o


móvel oferece estrutura aos usuários em movimento em uma velocidade de
120 km / h, e ativa o mecanismo de entrega, quando um usuário se desloca de
uma estação radio base para outra. A principal diferença entre os padrões
WiMAX fixa e móvel são mostrados na Tabela 1.

Tabela 1: Comparativo entre WiMAX fixo e móvel


PADRÃO
CARACTERÍSTICAS
IEEE 802.16 IEEE 802.16-2004 IEEE 802.16E

Ratificação Dezembro/2001 Junho/2004 Dezembro/2005

Fixo: 2- 11 GHz
Espectro de Frequência 10 - 66 GHz 2-11 GHz
Móvel: 2 - 6 GHz

Canal de propagação LOS NLOS NLOS

1,25-28 MHz 1,25-20 MHz


Largura de banda 20,25 e 28 MHz
(até 16 sub-canais) (até 16 sub-canais)

QPSK, I6QAM, BPSK, QPSK, BPSK, QPSK,


Modulação
64QAM 16QAM, 64QAM 16QAM. 64QAM

33- 134 Mbps Até 75 Mbps Até 15 Mbps


Taxa de transmissão
(canal de 28 MHz) (canal de 20 MHz) (canal de 5 MHz)

TDM, OFDM, TDM, OFDM,


Multiplexação TDM
OFDMA OFDMA, SOFDMA

Arquitetura de rede PTP, PMP PTP. PMP, mesh PTP. PMP, mesh

5 - 8 km
Raio da célula típico 2 - 5 km 1,5 - 5 km
(máximo de 50 km)

Potência de transmissão Alta Média Baixa

Portabilidade Mobilidade
Mobilidade Fixo
(nomadismo) (roaming)

WiMAX Fixo WiMAX Móvel


Implementação WiMAX N/A
256-OFDM SOFDMA

Fonte: [1]

IEEE 802.16 Camadas de Protocolo


O modelo de referência de protocolos da norma IEEE 802.16 possui três
planos: plano do usuário, plano de controle e plano de gerência, conforme a
Figura 1. A camada MAC (Medium Access Control – Controle de Acesso ao
Meio) é dividida em três subcamadas: CS (Service-Specific Convergence
Sublayer – Sub-camada de Convergência Específica), CPS (Common Part
Sublayer – Sub-camada de Convergência Comum) e Sub-camada de
Segurança (Security Sublayer). Abaixo da camada MAC, existe a camada
PHY (Physical Layer – Camada Física).

Figura 1: pilha de protocolos da tecnologia WiMAX


Fonte: 2

A camada física do WiMAX alem de ser responsável pela interconexão entre


dispositivos de comunicação, mas por sua vez defini o tipo de modulação e
demodulação, forma de envio das sequencias de bits de entrada. Para garantir
sua faixa de frequência entre 2-11GHz, usa OFDM e OFDMA como
esquemas de transmissão.Frequência abaixo de 11 GHz torna a comunicação
sem fio e NLOS possível o uso de OFDM, diminui os efeitos (multipath)
varios caminhose Interferência Inter Simbólica (ISI) ou seja interferência
causada pela resposta no tempo do canal que causa uma modificação no
formato de um símbolo devido a outro. A camada física usa FDD (Frequency
Division Duplex) e TDD (Time Division Duplex) como técnicas de
duplexação.

Camada MAC proporciona uma interface entre as camadas de transporte mais


elevados e a camada física. A camada MAC leva pacotes da camada superior,
estes pacotes são chamados MAC unidades de dados de serviço (MSDUs) e
organiza-os em unidades de dados de protocolo MAC (MPDUs) para
transmissão através do ar. Para transmissões recebidas, a camada MAC faz o
inverso.

Controlo QoS forte é conseguido através de uma arquitetura de MAC


orientado para ligações, em que todas as ligações de downlink e uplink são
controlados pela BS que serve. A SC da camada MAC pode fazer interface
com os protocolos das camadas superiores. Portanto, o WiMAX suporta tanto
protocolo IP e Ethernet. O CPS MAC é a parte central da camada MAC e é
responsável pela manutenção da conexão, a alocação de largura de banda,
enquadrando PDU, duplex e canalização. A subcamada de segurança liga o
CPS da camada MAC e física e disponibiliza formas necessários para
criptografia e descriptografia de dados. Com segurança também é usada para
autenticação e troca segura de senhas.

Camadas Físicas do Padrão IEEE 802.16


WiMAX suporta cinco tipos de interfaces físicas devido ao uso de vários tipos
de técnicas de modulação. Nesta seção, serão definidas as interfaces com a
camada Física, que podem ser vistas na Tabela 2.

 Wireless MAN-SC: Utiliza técnicas de modulação de portadora única


para a transmissão LOS dentro 10-66 GHz.
 Wireless MAN-SCA: Utiliza técnicas de modulação de portadora
única para a transmissão NLOS na banda de freqüência de 2-11 GHz.
 Wireless MAN-OFDM: É baseado em OFDM e está fornecendo a
transmissão NLOS na banda de frequência de 2-11 GHz.
 Wireless MAN-OFDMA: Utiliza a faixa de freqüência licenciada de
2-11 GHz e suporta a operação NLOS usando o esquema de 2048 sub-
portadoras OFDM.
 Wireless HUMAN: Baseia-se na faixa de freqüência de licença livre
abaixo de 11 GHz. Pode usar qualquer uma das interfaces aéreas que
utilizam 2-11 GHz. Ele usa como técnica de duplexação TDD.[3].

A descrição das interfaces das camadas físicas é mostrada na tabela 2 [3].

Tabela 2: Interfaces da Camada Física IEEE 802.16


DESIGNAÇÃO BANDAS DE MÉTODO DE CONDIÇÃO
MODULAÇÃO
DA INTERFACE FREQÜÊNCIA DUPLEXAÇÃO DE VISADA

WirelessMAN- Portadora 10 ~ 66 GHz


TDD, FDD LOS
SC única (SC) Licenciada ou não

WirelessMAN- Portadora 2 ~ 11GHz


TDD, FDD NLOS
SCa única (SC) Licenciada

WirelessMAN- 2 ~ 11GHz
OFDM TDD, FDD NLOS
OFDM Licenciada
WirelessMAN- OFDMA, 2 ~ 6 GHz
TDD, FDD NLOS
OFDMA SOFDMA Licenciada

SC, OFDM, 5 ~ 6 GHz


WirelessHUMAN TDD NLOS
OFDMA Não licenciada

Fonte: 3

Wireless MAN OFDM Camada Física

Usa OFDM que permite serviços de dados de alta velocidade e comunicação


multimídia em ambientes NLOS. Pode reduzir os efeitos multipercurso em
NLOS e oferece taxas de dados eficientes para a transmissão.

Resumo de OFDM
OFDM é um método de codificação de dados digitais em várias frequências
portadoras. Tendo também uma técnica de modulação multiportadora que tem
por sua vez o conceito de divisão de fluxos de dados de entrada de altas taxas
de bits. Esta técnica vem desde então sendo particularmente considerada para
ser empregada em radiodifusão, em transmissão digital sobre linhas de
telefone e em redes locais sem fio.

A técnica traz como vantagem trabalhar-se com uma segunda dimensão, que
no caso seria o domínio da frequência, no qual permite obter ganhos
adicionais na utilização de técnicas de melhoria do sinal entrelaçamento e
códigos corretores de erro, relativamente aos obtidos pela utilização destas
técnicas no domínio do tempo.

Que por sua vez, o ICI (Inter Carrier Interference) é reduzida e a largura de
banda disponível é utilizada de forma mais eficiente.
Figura 2: Comparação entre FDM convencional e OFDM
Fonte: [4]

Como visto na figura 2 acima, o FDM economiza largura de banda em relação


à multiplexação por divisão de frequência (FDM),. A natureza ortogonal da
sobreposição de sub-portadoras OFDM não só reduz o ISI, mas também
economiza a largura de banda.

OFDM Domínio do Tempo


O prefixo cíclico (CP) poderá ser adicionado no início do símbolo OFDM
antes da transmissão. A adição de CP mantém ortogonalidade e, mas torna
esses atrasos mais suportáveis, mais tolerados. O tempo ocupado pela CP é
chamado Tempo de Guarda (TG) é usado no cálculo das várias taxas de
dados. O tempo ocupado pelos dados é chamado de Td. Em WiMAX a
proporção de TG / Td é conhecido como tempo de guarda (G). A escolha de G
depende das condições do canal de rádio. Os valores de G são 04/01, 08/01,
16/01, 1 / 32. A descrição do domínio do tempo de PB é mostrada na figura 3.

Figura 3: Prefixo cíclico no Domínio do Tempo


OFDM Domínio da Frequência

Dados úteis não são transportados por todas as sub-portadoras de um símbolo


OFDM. Quatro tipos de sub-portadoras são utilizados em WiMAX OFDM:

 Sub-portadoras de dados: Transporta dados úteis para a transmissão.


 Sub-portadoras piloto: Utilizadas para sincronização e estimativa de
canal.
 Sub-portadora nula: Sem dados para a transmissão, conhecida como
bandas de guarda de freqüência.
 Sub-portadora de corrente continua: Sub-portadora DC é chamada
sub-portadora nula, uma vez que corresponde à frequência zero se o
sinal (FFT) Transformada Rápida de Fourier não é modulado. O sinal
de FFT é obtido tomando a transformação do sinal discreto no domínio
da frequência discreta. Normalmente, a sub-portadora DC tem uma
freqüência igual ao centro da frequência de RF da estação transmissora.

Figura 4: WiMAX OFDM - Símbolo no domínio da frequência

Vantagens e Desvantagens do OFDM

OFDM traz muitas vantagens quando comparada com um sistema de


portadora única de modulação.

Vantagens do OFDM:

 Alta eficiência espectral;


 Implementação simples por FFT (Fourier rápido transformam);
 Baixa complexidade de recepção
 Capacidade robusta para transmissão com alta taxa de dados ao longo
do canal;
 Alta flexibilidade em termos de adaptação de ligação;
 Baixa complexidade esquemas de acesso múltiplos como divisão de
frequência ortogonal acesso múltiplo [5].

Desvantagens do OFDM:

 Sensível a deslocamentos de frequência, erros em sincronização e ruído


de fase.
 Relativamente maior relação de potência de pico a média em
comparação com sistema de transporte único e tende a reduzir a
eficiência da potência do amplificador de RF.

Arquitetura de Rede WiMAX

A arquitetura de rede especificada pelo IEEE 802.16 A esta compostas pelos


itens abaixo:

 BS (Estação Base) permite a interação entre a rede sem fio e a rede-


núcleo (Core Network);
 IP (Protocolo de internet) é único meio em que as máquinas e
dispositivos moveis usam para se comunicarem na Internet;
 ATM (Modo de transferência Assíncrono) é uma tecnologia de rede
baseada na transferência de pacotes relativamente pequenos, com isso
suas células já são pré-definidas conhecida como células de tamanho
definido. Devido seu tamanho reduzido é possível a transmissão de
áudio, vídeo e dados pela mesma rede.
 A Estação de assinantes (SS) permite ao usuário acessar a rede, por
intermédio de ligações entre dispositivos à ligação entre dispositivos de
comunicação em dois ou mais locais, que possibilita transmitir e
receber informações.

Sua arquitetura também e conhecida como SOHO (Escritório em casa


pequeno escritório).
Figura 5: Topologia e arquitetura de rede da tecnologia WiMAX

Redes 4G I: Introdução ao LTE

A 3º Geração de Projetos de Parceria (3GPP) começou a trabalhar na evolução


do sistema de celulares 3G em novembro de 2004. O 3GPP é o acordo de
colaboração para a promoção de normas para celulares para fazer frente às
necessidades futuras (altas taxas de dados, a eficiência espectral, etc.) O LTE
3GPP foi desenvolvido para proporcionar maiores taxas de dados, latências
mais baixas, espectro mais largo e pacotes otimizados de tecnologia de rádio.

Como outras tecnologias celulares, LTE utiliza OFDM como técnica de


multiplexação. LTE utiliza OFDMA como downlink e Single CarrierFDMA
(SC FDMA) como técnica de transmissão de uplink. A utilização de SC
FDMA em LTE reduz o pico de potência média, que é a principal
desvantagem de OFDM.

O LTE utiliza um espectro mais amplo, até 20 MHz, para oferecer


compatibilidade com as tecnologias celulares como UMTS e HSPA e aumenta
a capacidade do sistema. LTE utiliza o espectro flexível que torna possível ser
implantada em todas as combinações de largura de banda. Isso torna o LTE
apropriado para vários tipos de recursos de espectro. LTE utiliza FDD e TDD
duplex como técnicas para acomodar todos os tipos de recursos de espectro.

Desempenho E Metas do LTE

A tabela a seguir apresenta o desempenho e as metas do LTE.

Tabela 3: Desempenho LTE, Downlink, Uplink e Sistema


CARACTERÍSTICA REQUISITOS COMENTÁRIOS

Taxa de transmissão de LTE largura de Banda=20 MHz


> 100 Mbps
dados de pico

Modo de Demutiplexação = FDD


Eficiência espectral de
> 5 b/s/Hz
pico
Multiplexação Espacial = 2x2

Eficiência espectral > 0,04 - 0,06


Simulação de 10 usuário / célula
celular bps/Hz/usuários

DOWNLINK
Multiplexação espacial = 2x2

Média eficiência > 1,6 - 2,1 Destinatário=IRC


espectral celular bps/Hz/celular

(Interferência de rejeição
combinada)

Eficiência espectral Portadora dedicada para o modo


1 bps/Hz
transmitida de transmissão

Taxa de transmissão de Largura de Banda LTE = 20 MHz


> 50 Mbps
dados de pico

Eficiência espectral de Modo de Demutiplexacão = FDD


> 2,5 bps/Hz Transmissão = Antena Única
pico

UPLINK Antena de Transmissão Única


Eficiência espectral > 0,02 - 0,03
celular Edge bps/Hz/usuários
Destinatário=IRC

Média eficiência > 0,66 -1,0


Simulação de 10 usuários/célula
espectral celular bps/Hz/celular
Largura de banda 1,4 MHz para 20
operacional MHZ
Começa inicialmente em 1,25
MHz
Utilização do plano de
SISTEMA < 10 ms
Latência

Conexão configuração de Tempo de espera para sua


< 100 ms
latência ativação

LTE Camada Física

A camada física do LTE é construída sobre o OFDM e inclui técnicas


avançadas de processamento que viabilizar o sistema alcance alta eficiência
espectral, alta capacidade e baixa latência. Exemplos de tais técnicas são:
múltiplo acesso OFDMA/SC-FDMA, codificação MIMO (Multiple Input
Multiple Output), codificação turbo entre outras.

Camada de LTE MAC ou o protocolo Medium Access Control

Os principais serviços e funções realizados pela camada MAC incluem


mapeamento entre canais lógicos e canais de transporte, seleção do formato de
transporte mais adequado para transmissão, apresenta medição gerando
relatórios de tráfego e correção de erros através da HARQ. Existem dois
níveis de retransmissões para fornecer confiabilidade, Hybrid Automatic
Repeat reQuest (HARQ) que esta na camada MAC e o ARQ externa na
camada RLC, ele atua complementando os erros residuais, onde o HARQ não
consegue corrigir. O mecanismo HARQ é realizado em combinação com a
camada MAC e física, reenvia os blocos de transporte (TBs – Transport
Blocks) para recuperar qualquer tipo de erro. O HARQ na camada física
executa a buferização e a recombinação (redundância incremental), e na
camada MAC o gerenciamento e a sinalização.

Estrutura de Quadro Genérico do LTE

O quadro genérico de LTE tem uma duração de 10ms e é subdividido em dez


sub-quadro de 1ms de duração. Cada sub-quadro é dividido em dois slots de
0,5ms e em seis ou sete símbolos OFDM, dependendo do comprimento do
CP. Cada slot usa 7 símbolos OFDM em caso de CP normal, enquanto que 6
símbolos OFDM em caso de CP estendido. Sub-quadros podem ser atribuídas
tanto para uplink e downlink.

Figura 6: Estrutura Genérica do quadro de downlink e uplink do LTE

Em caso de FDD, todos subframes são usados para downlink e uplink para
transmissões de dados. Para TDD, subframe 1 e 6 são usados para a
transmissão downlink enquanto o resto dos quadros são utilizados tanto
para uplink ou downlink. Subframes 1 e 6 contêm sinais de sincronização
para downlink. A Figura 10 mostra downlink e uplink atribuições subframe
para FDD.

Figura 7: Atribuição Downlink e Uplink de Subframe para FDD


Figura 8: Atribuição Downlink de Subframe para FDD

Figura 9: Atribuição Uplink de Subquadrose para TDD

OFDMA Básico

OFDMA é uma extensão de OFDM e é utilizado no downlink de LTE.


OFDMA distribui sub-portadoras para diferentes usuários ao mesmo tempo,
onde vários usuários podem receber dados simultaneamente, em OFDM, um
único usuário pode receber dados em todas as sub-portadoras em qualquer
dado tempo. Sub-portadoras são alocados em grupos contíguos com
espaçamento de sub-portadora de 15 kHz, a fim de reduzir a sobrecarga de
sub-portadoras indicando que foram atribuídos a cada usuário.

OFDMA é baseado na Transformada Discreta de Fourier (DFT) e


Transformada Inversa Discreta de Fourier (IDFT) para alternar entre o
domínio tempo e o domínio da frequência.
Figura 10: FFT Aplicada a várias entradas no Domínio do Tempo

FFT converte o sinal no domínio do tempo para o domínio da frequência. Para


uma onda senoidal, o resultado da operação FFT é um pico na frequência
correspondente, enquanto no caso da FFT onda quadrada esta operação resulta
em ter picos múltiplos em várias frequências. O maior pico da onda quadrada
corresponde à frequência fundamental (f = 1 / T).

Transmissor e Receptor OFDMA

Transmissor OFDMA utiliza sub-portadoras estreitas e ortogonais de tal


forma que no instante da amostragem de uma sub-portadora, a sub-portadoras
restantes tem valor zero. Em LTE, OFDMA usa 15 kHz fixo de espaçamento
entre as sub-portadoras, independentemente da largura de banda de
transmissão. No transmissor OFDMA, primeiro fluxo de bits de dados de alta
frequência é transmitido através do modulador. O modulador utiliza vários
sistemas de codificação, como QAM, QPSK, 16-QAM e 64-QAM Os bits
modulados são convertidos de serial para paralelo que se torna a entrada do
bloco de IFFT. As entradas para o bloco de IFFT são as sub-portadoras
convertidas em sinal de domínio de tempo. CP é adicionado o sinal, copiando
a parte do símbolo no final e inserido no início. A vantagem da adição de
prefixo cíclico é evitar a ISI. O comprimento do CP deve ser maior do que a
propagação atraso do canal ou da resposta ao impulso do canal, a fim de evitar
a ISI no receptor.

O receptor faz o processo inverso, primeiro remove a extensão CP seguido da


conversão serial para paralelo. As sub-portadoras são então passadas para
bloquear FFT, que os converte em um sinal no domínio da frequência. O sinal
no domínio da frequência é equalizado e demodulado.

Figura 11: Diagrama de Bloco OFDMA Transmissor-Recptor

O OFDMA trata da sub-portadora com base em blocos de recursos, em vez de


sub-portadoras. Um bloco de recursos é composto por 12 sub-portadoras
consecutivos com 15 kHz de espaçamento no domínio da frequência para uma
duração de 0,5 ms no domínio do tempo. O tamanho do RB é de 180 kHz no
domínio da frequência ao ter 84 símbolos OFDM (12 x 7 = 84) no domínio do
tempo como no caso da CP normal. Um símbolo OFDM corresponde a um
elemento de Recursos (RE). Os blocos de recursos OFDMA em LTE são
mostrados na Figura 15.
Figura 12: Estrutura dos Blocos de Recursos OFDMA

Redes 4G I: Considerações finais

Este tutorial parte I procurou apresentar inicialmente a fundamentação teórica


acerca do WIMAX e do LTE, e a seguir detalha cada uma das tecnologias de
acesso móvel sem fio.

O tutorial parte II abordará a comparação entre as tecnologias WIMAX e


LTE, focando os aspectos de arquitetura de rede, faixas de frequências
utilizadas, uso de antenas múltiplas, modulação e mobilidade. As
considerações finais apresentam as conclusões do estudo realizado.

Referências
[6] Air Interface for Fixed Broadband Wireless Access Systems”, 1 October,
2004

[4] Wu, Zhongshan, “MIMO OFDM Communication Systems: Channel


Estimation and Wireless Location”, PhD Thesis, Dept. of Electrical &
Computer Engineering, Louisiana State University, USA, May 2006

[5] M. Rahman, S. Das , F. Fitzek, “OFDM based WLAN systems”, Technical


Report, Aalborg University, Denmark, February 2005

[6] http://www.wimaxforum.org/index.htm

[7] http://www.kofre.com.br/solucoes/solucoes-de-link-de-dados/sistemas-
ponto-a-multiponto

[8] http://www.gta.ufrj.br/grad/06_1/wimax/intro.html

[9] http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialinttvd2/pagina_3.asp

[10] Wu, Zhongshan, “MIMO OFDM Communication Systems: Channel


Estimation and Wireless Location”, PhD Thesis, Dept. of Electrical &
Computer Engineering, Louisiana State University, USA.
Acessado em 23/02/2016.

Redes 4G I: Teste seu entendimento


1. O que é o WIMAX?

O WiMAX (Worldwire Interoperability for Microwave Access) é um concorrente


da tecnologia Wi-Fi (Wireless Fidelity) para uso indoor.

O WiMAX (Worldwire Interoperability for Microwave Access) é o aprimoramento


da tecnologia Wi-Fi (Wireless Fidelity), e é conhecido como padrão IEEE 802.16.
O WiMAX (Worldwire Interoperability for Microwave Access) deu origem à
tecnologia Wi-Fi (Wireless Fidelity), também conhecida como padrão IEEE
802.11.

O WiMAX (Worldwire Interoperability for Microwave Access) e a tecnologia Wi-


Fi (Wireless Fidelity), possuem banda limitada para uso em WPAN.

2. Qual é o release da recomendação IEEE 802.16 que introduz a mobilidade para


o WIMAX?

IEEE 802.16-2001.

IEEE 802.16d-2004.

IEEE 802.16c.

IEEE 802.16e-2005.

IEEE 802.16a-2003.

3. O que é o LTE?

O LTE 3GPP foi desenvolvido para proporcionar maiores taxas de dados, latências
mais baixas, espectro mais largo e pacotes otimizados de tecnologia de rádio.

O LTE foi desenvolvido para ser uma alternativa de mesmas características que o
UMTS (3G).

O LTE foi desenvolvido para manter a conexão de Voz através do chaveamento de


circuitos, compatível como o serviço de Voz fixo tradicional.

Nenhuma das anteriores.

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