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Este livro é um apanhado de alguns textos

da minha caminhada, desde 2011, com meu


blog “Quando a cortina se Abre”.

Criei o blog com a intenção de não perder


as anotações que eu fazia, mas com o
tempo vi que não se tratava somente disso,
mas sim de ter um lugar onde eu pudesse,
mesmo que de uma forma inconsciente,
jogar para fora tudo que eu sentia e não podia
expor diretamente ao destino.

Cada palavra, mesmo os versos dos


poemas sutis, quanto a aflição de um
conto, foram momentos únicos e
fundamentais a minha evolução, e como
somos um, conseqüentemente a evolução
do tu, do ele ou ela, do nós, do vós, e não
menos importante do eles ou elas.
Logo sinto-me na vontade de compartilhar
com todos!

Espero que as insanidades que tenho


dentro de mim possam, quem sabe, dar ao
que ler algo tão bom quanto o que senti ao
escrever.

# Trazido as palavras por Eglaci Almeida Paula Neto,


natural de Almenara-MG, nascido no dia 27 de
dezembro de 1990.
Residente da cidade de Teófilo Otoni-MG
01 de agosto de 2011

Dividido entre meu amor e


meu medo.
Que confusão é essa que impregna meu ser?
Mesmo sabendo duvido do saber,
mesmo querendo duvido do querer,
mesmo amando duvido do amor!

O que esta se escondendo de mim?


Só por ser um eterno escravo do futuro,
condenado a ser dominado por tudo que enxergo ou tento criar?

Por mais sagrado ou divino que sejas,


não consigo engolir minha indignação por ser parte de um todo,
E mesmo sabendo que ninguém pode me acorrentar sinto-me
essa corrente.
01 de agosto de 2011

O outro lado...
Olhe para o lado, uma verdade se aproxima
olhe para frente, uma mão vem do céu para abrir sua cabeça.
Não, não tape os olhos para mim.

Tem uma lagrima no canto de seu olho,


consigo ver seus terrores nela.
Dei-me a mão e rode, rode, para outro lado.

Esta tudo brilhando azul e vermelho,


Esta tudo gritando socorro
Olhe para o lado, olhe o sol e as nuvens,
Olhe os pássaros, olhe a magia do fogo.

Tem uma lagrima no canto de seu olho,


consigo ver seus terrores nela.
Dei-me a mão e rode, rode, para outro lado.
Dei-me a mão e rode, rode, para outro lado.
Dei-me a mão e rode, rode, para outro lado.
01 de agosto de 2011

O despertar do amor...
Quando a maré do oceano de cristal quebrou,
Senti que descobri um sentimento.
Quando a fronteira final saiu do final,
Aprendi a realmente te sentir.
Quando realmente descobri os sentimentos,
Senti que posso te ajudar a senti-lo.

Mergulhe comigo no mar do nosso conjunto,


E juntos, sempre nadaremos sem rumo.
Vem, vem contigo, que enxergar nem dói assim.
Vem, vem contigo, que assim vai perceber.

Deserta da Globo e vem viver o mel do conjunto intenso.


O mundo é muito mais que tudo isso, ele é muito mais.
Ele esta ai, é só querer enxergar.
Te preço que quando realmente quiser enxergar me avise,
Que assim conseguiremos descobrir o que realmente é o amor.
01 de agosto de 2011

Dança mágica de Deus e


dEUs...
Por entre as estrelas andei,
Em todos os pecados busquei,
Em todos os sentidos senti,
Em todos os lugares vivi,
Mas com meu pensamento Morri!

Com os olhos fechados eu vi,


Com os olhos abertos voei,
Com a porta aberta sonhei,
Com o despertador despenquei,
Mas com meu pensamento Morri!

Trancado no meu corpo chorei,


Pensando no passado perdi,
Com asas encantadas plainei,
Com meu Ego em sonhos me encontrei,
Mas com meu pensamento Morri!
02 de agosto de 2011

Humano e Louco...

O que é ser normal?


É caminhar na linha da Hipocrisia,
Banhado por um orgulho “Egoico”,
E Iludido em uma verdade Absoluta.

E sabe o que digo a tudo isso?


Olhe para dentro.
04 de agosto de 2011

O Medo...

Trancado dentro de meus medos,


Choro meu amor em cela.
Um amor tão intimamente meu,
Que falso sou quando o brindo contigo.

Já te disse que me chamo otário?


Já te disse que meu chamo rei?
Já te disse que me chamo Tao?

A cada segundo sinto-me em mutação.


Sei que dentro de mim esta escondida uma força maior que essa
ilusão.
Mas por que é que quero estar munido de atenção?
Mas por que não me deixo ser eu?
13 de agosto de 2011

Ao Tao...

Dentro de mim existe um deus trancado,


Deus esse que só me vem quando dilatadas se encontram
minhas pupilas.
E quando ele me vem os céus se tornam apenas um degrau para
a minha decolagem para o Tao.
E então as cores brincam comigo,
E os cheiros fazem-me evaporar.
E minha vontade por luz se vai,
Junto com todas as minhas idiossincrasias baratas,
E finalmente sorrisos me torno...
20 de agosto de 2011

O tempo...

Estou rindo louco para um real


Que me embriaga em convicções tão minhas
Que me sinto impedido de sê-las.

Antes dos meus sonhos,


Antes de minhas lagrimas,
A ampulheta já cuspia insanamente sua areia.

Olá, humano tempo que me come,


Dei-me ao menos, grandes momentos de sorrisos
Enquanto danço no céu de mãos dadas com o infinito!
22 de outubro de 2011

Tá ai...
Eu fui buscar respostas,
Mas quando notei elas já estavam aqui.
O mundo que eu procurava,
O mundo encantado já estava aqui.

Mas agora você vem, com suas intenções,


Tentando arrancar meu sorriso e transformá-lo em ilusões.

E quando eu busquei no nada, ai é que fui notar,


Que a pedra mais cara e rara é a pedra do meu pensar.

Mas agora vem você vem, com suas intenções,


Tentando arrancar meu sorriso e transformá-lo em ilusões.

E quando a ilusão me dominava,


Com os olhos fechados eu me encontrava,
E me divertia no canto calado, pensando:
De quem será real ilusão?
02 de novembro de 2011

Porque...
Por mais que eu tentei.
Mas cansei de ser assim,
como quem não vive sem alguém.
Cansei de me trocar por você.
Agora eu quero é mais viver, não sei nem mesmo o porque?

Os pecados da minha alma.


Os desejos do meu ser.
Minha alma quase nua.
Meu ultimo desejo se insinua...

No cais eu ancorei.
Trancado dentro de mim,
como quem vive a chorar.
Cansei de me matar por amor.
Agora eu quero é mais viver, não sei nem mesmo o porque?

Os pecados da minha alma.


Os desejos do meu ser.
Minha alma quase nua.
Meu ultimo desejo se insinua...
03 de novembro de 2011

Não venha...
Não venha me dizer, que tudo foi em vão
Será que as poesias foram meras ilusões?
Quando eu ia te falar, você nem esperou,
Eu ia te mostrar o divino no amor.
Mas você sussurrou assim, vou em frente e sem ti.
Dispersa do passado que não posso mais viver.

E assim, calada, as escadas da minha vida desce


Iludida por uma paixão terrestre.

E assim, calada, as escadas da minha vida desce


Iludida por uma verdade que te esquece.

Então eu me tornei um barco a derivar,


Nos mares do meu ser que insiste em navegar.
E tudo cinza se fez, a flor, o beijo e o amor.
Foi quando o céu se fez cobertor.
Então anjo me dei, e deus nos tornei.
E tudo assim sorriu diante de você.

E assim, extasiada, das escadas da minha vida se veste


Irradiada por um amor sem vestes.
E assim, extasiada, das escadas da minha vida se veste
Adormecida em um sonho celeste.
Em um sonho celeste....
17 de janeiro de 2012

Luas e Sois...
Dia apos dia e eu ainda aqui, triste por uma mágoa ainda
não compreendida.
Mágoa essa que dilacera meu sorriso pouco a pouco.
E quando o pouco a pouco se tornar minha rotina, espero me
despedir antes que triste me torne.
Luas e Sois se transam e tudo aqui mais banal.
Fechem os olhos para enxergar.
Fechem os olhos para enxergar.
23 de janeiro de 2012

Isso é tudo...
Já ficou cru?
Abandonado pelo sentimento, frio por dentro e seco de alma?
A vida corrida assim me faz.
Parem, por favor, parem de correr, não vêem que estou cansado?
Mas que merda! Não quero mais ser um escravo do futuro.
Por favor, tempo suma de mim!
Por favor, chão voe com as aves!
Não, assim não existe felicidade, assim não pode fluir o amor.
Indefesa barata no canto da sala prestes a ser esmagada por
"Deus"...
9 de fevereiro de 2012

Divino sou quando palavras


me torno....
Quando sento para escrever, sinto que tudo que me dói na alma
é ejetado.
Fico completo, um ser perfeito.
Quando vou dar uma volta no mundo que criei, sinto que tudo de
mais belo sou, e tudo de ruim que habita minha vida se vai.
Escrevo, pois me sinto em casa, deitado na mais confortável
cama, munido dos meus mais sinceros pensamentos.
E a cada frase que vou formando me sinto mais leve, mais
completo, e mais divino.
Nada me realiza mais do que transformar minhas lagrimas e
meus sorrisos em versos simples de amor, podendo assim ser o
ápice e o chão.
11 de fevereiro de 2012

Véus...

O dinamismo da vida faz seus véus ficarem invisíveis, e


então, você dança, baila e enfeitiça, me ludibriando com seu
externo, no exato momento em que me distraio e deixo os meus
olhos vêem.
Então que abra os portões, e de uma vez por toda, me extasie
com amor mais puro.
Mas olha só, fui enganado, estou no fim do arco iris e não tenho
meu pote de ouro.
Humm, é mesmo, quase já ia me esquecendo do véu.
16 de março de 2012

Insano...

Completamente insano sou para ti.


Confesso que realmente sou.
Curtindo todo esse amor que me faz voar e ir além do tempo,
gozando de toda essa hipocrisia e rodopiando louco sem
objetivos.
Sinto-me como cada dia que se vai, levando a luz e deixando a
escuridão.
E a morte? Minha amiga morte.
Já te disse que sou insano?
Eu quero é seus desprezos e seus insultos.
10 de abril de 2012

O berço...

Sinto uma enorme felicidade quando me ponho aqui a escrever,


este é o único lugar que realmente deixo de ser.
Meu olho assiste impacientes minha aflição, minhas dores e
meus receios.
Quero chorar, mas lagrimas me faltam.
Quero sorrir, mas motivos me trancam.
Quero partir, mas amor me falta.
Um dia quem sabe, não é meu deus, saiba qual ou quem seja, vou
poder deitar nos seus braços e enfim respirar profundamente
aliviado por algo que nem compreendo e extasiado por uma
força que finalmente me conforte.
5 de maio de 2012

Meu amigo...

Bate , Bate , Bate, meu indeciso amigo do peito, e grite sua


eterna indecisão.
Mas não precisa correr, não precisa gritar.
Olhe o vai e vem do que insistimos em seguir com fervor.
Tudo sempre se desfaz, se molda, se engana, embora já
estarmos inundados.
Bate , Bate , Bate, meu indeciso amigo do peito, e grite sua
eterna indecisão.
Só não me pergunte que horas são, pois estou a contemplar
minhas indecisas verdades variantes.
Há é mesmo, quase ia esquecendo que isso tudo não é sobre eu,
sobre "EU"?
Vou terminar logo este, esta tudo sem sentido.
Mas espera ai!
E as horas?
19 de maio de 2012

Manhã de sábado...

Estou cansado meu deus, a estrada não chega ao fim.


Se ao menos ficasse de dia, mas essa escuridão cada dia me pune
com a dor de viver.
Já estou machucado e cansado de carregar minhas
idiossincrasias baratas e divinas.
Já estou exausto de gritar no vácuo, e de chorar nas noites de
glorias banais.
Dizem-me para olhar para frente, mas nem sei mais se acredito
que este exista.
Um dia, quem sabe, quando eu já estiver embriagado por minhas
loucuras, vou parar de encontrar o êxtase apenas nos livros que
persisto em ler e viajar.
Ola minhas lagrimas, tão minhas como nada mais, caiam e me
faça assim como sou, feliz por não entender nada e triste por
sempre querer algo.
16 de junho de 2012

Palavras soltas...

Palavras soltas, verdades absolutas, grades, ditados, poemas,


lagrimas, terra, desespero, interior, boemia.
Estou aqui mais uma vez,
Olho, revolto, grito.
Oi mundo, você fede.
Passou. Atenção! Mau humor.
Canta suas preces ai jovem.
Agora acabou, esta é a ultima gota da bebida.
Acho que vou deitar...
Vai chão, some...
Sorrisos, êxtase, amor...
23 de junho de 2012

Navegue...

Chore, pode chorar meu amigo, essa dor é necessária.


As cortinas começaram a se abrir, por algum tempo não vou
estar mais aqui do seu lado.
Mas pode ir sem medo, principalmente sem medo, agora
precisas apenas ser o amor.
Calma o lago é tortuoso, mas nas suas margens vive aquela que
do veneno bebeu e sorrio.
Tudo é grandioso, mágico e celestial...
Navegue... Apenas navegue e navegue...
6 de julho de 2012

Tudo aquilo que morou


aqui...
Como pode os olhos serem as vendas?
Como pode a vontade ser a parceira da ilusão?
Como a bobagem se torna o mais divino dos desejos?
Será que estamos todos sozinhos?

Lamentando apenas choro me perguntando:


Como pode a moça dançar depois de tudo?
30 de julho de 2012

Assim...

Não entendo muito bem minhas vontades, e acho que por isso as
sinto tão vorazmente.
Meu coração, teimoso, sempre bate criança, garoto e divino, o
que não gosto é de querer, mas gostar já é um querer, e como me
classifico assim como "Eu"?
Esta vendo meu amigo estou assim.
Hoje novamente amanheceu segunda. Novamente, novamente,
novamente é uma palavra legal, não acha?
Um dia desse eu ate achei que tudo era de verdade, acredita?
Sou tolo em?
Esta vendo meu amigo estou assim.
Assim... (risadas)... Palavra legal em?
14 de agosto de 2012

Linda Ilusão...

Ilusão, mística lenda que amamos..


Mataremos em fim tudo que nos prende aqui.
Coração teimoso que insiste em achar graça em viver.
Um dia desses, juntamos nossa emoções em êxtase pelo Sol e
pelo mais divino que possamos ser.
Mas estava frio e a nevoa te cobriu, e assim longe de tudo nos
tragamos.
Espero com a vida um momento que nem sei se vai ter.
Mas como somos teimosos, seguimos com alma de criança.
E tudo no fim vai se transar, isso se tiver um fim.
Exploda minha amante chamada ilusão, ou me beije sem
mascara, pois sei que guarda em sua alma a verdade.
4 de setembro de 2012

Vergonha...

Este estranho mundo que me vestes.


Estranho por si só vagando febril pela noite em luxuria.
Suas ruas, suas pulgas, seu veneno...
Quieto em um canto, tragando a ultima porção de meu cigarro, e
vendo esse exército de festim, andando e catando restos de uma
felicidade de paixão pela sua eternidade mergulhada no tempo.
De um lado tesão , de outro caprichos, em cima submissão e de
baixo paixão...
Apertem o botão da bomba, acho que já esta na hora.
Tudo já se fez nojento e azedo, e não sabemos mais se devemos
saber, mas ainda queremos e queremos, em uma busca sem fim
ao desconhecido, sempre trados por luz.
Libertas mente que me tranca, suba e me faça ir onde o nada e o
tudo seja um conjunto perfeito como o encontro dos orgasmos,
como o dilatar das pupilas, como a beleza que até a morte tem.
21 de setembro de 2012

Cego do olho....

Essas belas vestes que comprei numa boutique qualquer perdeu


o seu brilho, acho que nem caibo mais nelas.
Mas ela era tão viva, tão atraente, tão reluzente.
E hoje esta suja , pequena e rasgada.
Só não entendo o por que só eu a vejo assim. Todos falam de sua
beleza.
Ha sim!
Tudo não passava de uma confusão, onde eu estava com minha
cabeça?
Essas vestes não são minhas.
Como assim?
Estou tão longe de casa!
Mas como vim parar aqui?
Só me lembro daquele vendedor de uma boutique qualquer.
7 de janeiro de 2013

Oração...

Escura névoa que se esconde chamada aparência,


Tão densa que deixa de ser vida o dia a dia.

Maldita ilusão, cuspo em vosso ventre essas preces:

Sou um cão sem raça, andando no cuspe dos que me olham


apenas com os olhos.
Sou a mão esquerda que previne dos aplausos a mão direita.
O triunfo de quem ama.
Aquele que sempre vai andar na contra mão.
Amém...
12 de fevereiro de 2013

Um dia desses...

Insano poeta que sou, julgando meus valores e condutas.


Escravo de mim, aprisionado em um EU teimoso que dança
sempre que tem prazer.
E assim o abraço e gozo, sempre com um coração irresponsável,
quanto os dias que me acorda.
23 de maio de 2013

Um, dois, três...

Serei assim um pequeno poeta insano, sonhando coisas que


critico e vivendo um agora que não acredito, mas mesmo assim
com gozo.
Serei assim, eterna criança insana, pequeno poeta vadio,
dotados de mentiras sadias.
Misturando tudo que imagino em um objetivo superficial para os
olhos que apenas enxerga.
Mas sendo tão grande quanto posso querer e pequeno quanto
saberei .
E assim dormirei feliz e ainda teimoso em dizer:
Que sonho foi esse?
4 de outubro de 2013

Acordando...

Passa tempo, tempo passa, e eu na espreita da floresta.


Sem passos e sem murmúrios nem promessas ou terror.
Por um momento, enfim, lembrei que era eu o predador,
Então sem pressa e com amor eu teci seu cobertor.
Vem que a cama ta posta meu filho,
Vem que agora já enxergo melhor.
7 de novembro de 2013

Vida...

Vida, essa vida. Vem aqui vadia!


Vem que quero você despida e crua.
Vem sem segredos, e sem molejo.
Vem que vou te ser em um.
Só quero te dizer que até aqui já foi muito penar,
e agora não me arrependo mais.
Quero mostrar as lutas que fomos e os murmúrios que secamos.
Agora vem que te quero assim, vida.
25 de novembro de 2013

Opa!...

Olá palavras, estou mais uma vez aqui ao seu lado.


Que loucuras podemos criar em?
Aqui sim podemos tudo, gozar , chorar, orar.
Pena que nada um dia será.
Mas que mau vai ser?
Nem vale a pena mesmo saber, assim como "gente grande".
Nem vale o que um dia foi.
Mas é essa louca e insana caminhada que me segue.
Opa! O que ia dizer mesmo?
Assim....
6 de fevereiro de 2014

Noite das Polifunções...


Coitado de mim.
Escravo de um só pecado.

Não sabemos de onde vimos , não sabemos para onde vamos só


sabemos que temos que saber.
Um pecado depois do outro, um fascínio depois de outro, e uma
doentia paixão, de um coração que insiste em bater , nas mais
"calientes" paixões que o mundo te traz, e te engana assim.

Escravos de um presente contínuo.


Distante de algum sentimento em comum.

Toda poesia que eu disser será jogada no abismo do


esquecimento, junto com os poemas que escrevi.

Todas as minhas mentiras serão apenas mentiras esquecidas por


um tempo que não vivi e nunca viverei.

Por muito tempo cantei e tentei viver, mas cansei de viver assim.

E foi puro ar, mas falso que o olhar que tens ao ver o nascer do
sol.
Mas também, mais puro que o tal, mais sereno que o véu da mais
bela poesia, que insiste em cantar em meu ouvido , sereno,
tristonho, e só.
6 de fevereiro de 2014

Ao menos...
Queria ao menos uma vez te mostrar o amor.
Pra você vê de uma vez quem é que eu sou.
Rodopiando por ai sem pressa ou rancor.
Assim me fiz de completo amor.

E você se olha no espelho e apenas os seus olhos podem ver.

Queria ao menos uma vez te mostrar o amor.


Pra ver se de uma vez você liberta o rancor.
Trancado feito tumba de um faraó.
E viva de uma vez sem pressa ou rancor.

E você se olha no espelho e apenas os seus olhos podem ver.


7 de abril de 2014

Oração da "Desoração"...
Venho com meu bordão, chamando uma única canção em honra
ao novo em formação.
Trago em mangas curtas mais um a marchar em ser, simples e
vagaroso.
Como o mar, no seu vai e volta, tudo nada se faz em tempo.
Apenas peço para ter um sorriso que o seja em divino especial, e
as lagrimas que sare o equilíbrio do ser.
Em Tao sempre estivemos em mãos dadas.
Celebre, seu berço é de palha e amor, o resto agente vive, até o
desconhecido.
Amém !!!
9 de maio de 2014

Altruísmo...
O ajudar é lindo quando este é você,ai nada tem regras, tudo
apenas vive assim.
Altruísmo é lindo quando ele é.
Forçar o amor é a mais terrível das vontades, quem é Hitler
perante o falso "QUER AJUDA?"?
Me curvo diante de você incerteza, diante de ti dia, diante de ti
noite.
Lindo, é arrepender do algo que foi, "metamórficamente" sendo
um dia que foi ou será.
16 de maio de 2014

Assim...
De palavras, hoje só trago silencio.
De verdades, hoje só trago idiossincrasias baratas.
De paixão, hoje só trago desilusão.
De tristeza, hoje só trago o necessário.
E de Amor me trago em completo.
9 de setembro de 2014

Entrelinhas...
Como Fênix, renasço de cinzas!
Meu velho amigo do peito, o que faz a bater assim?
Entremeio ao caos, a luz, entremeio ao amor, o tempo.
Em entrelinhas essa vida me leva, e tem lagrimas junto a mim
como sorrisos.
Lareira da alma pegue fogo, você em fim merece sorrir, você em
fim merece viver.
Que venha as conseqüências, hoje brilhei, hoje nasci.
É de amor que falo, de amor.
Hoje fui outra vez criança. e bailei sem rumo.
19 de setembro de 2014

Digo apenas que amei...


Amontoado de festim.
Poemas banais.
Amor por encomenda.
Ação por princípios.
Esmola com dó.
Gozo em pó.
Ainda assim brilha em mim.
Não entendo você meu insano colega do peito.
Brinca comigo, bebe comigo, vive comigo, chora comigo.
Escolhi o que o padrão renega, cuspi no na moral dos banais.
Se no fim for eu só, digo que amei.
10 de outubro de 2014

Amém...

Brilhei sempre na surdina, chegou a hora de matar ou morrer.


Entremeio as estradas que caminhei me dei bem apenas com o
Caos.
Chorei em êxtase esses dias achando que aquela mão era de
"Deus", mas no fim era de "dEUs".
Rasguei minha alma em conjunto com meu amor, me partir.
Mas esses dias me encontrei em mim, e foi lindo.
Se chorei, valeu a pena.
Se morri, valeu a pena.
Se sorrir, valeu a pena.
Mas esse "Deus" se repousou em meus braços novamente,
e agora sonha muito mais profundo.
Se um dia, meu filho, você acordar novamente, faça pior viu?
Faça tudo sem dó, sem escrúpulos, assim como você ama, assim
como você é.
9 de abril de 2015

Como é triste...

Como é triste quando o poeta trai sua poesia.


Suas mais belas fagulhas resumidas a cinzas de
um tempo negro que só agora sua alma pode ver.
Como é triste quando o cachorro vira cão,
quando a rua é o seu mais seguro abrigo.
Como é triste quando a bailarina não quer dançar.
Como é triste esse carnaval de festim.
Como é triste aquele que te abraça sem querer.
Como é triste ter quer esquecer algo ou alguém que
amamos por causa dos devaneios da vida.
O conto do vigário em pleno faroeste de machões iludidos.
18 de abril de 2015

Amém...

Nem sei dizer se chorei, nem sei se posso dizer que sou algo ou
alguém.
Sei apenas que, mesmo sendo as coisas que ou outros olhos
enxergam em mim, continuarei brilhando com a luz, que possa
apenas eu vê.
Quando as entrelinhas se apresentam elas se fazem em trágico
desespero, em um apego que só o ego me mostrou ate hoje.
Ainda de mãos dadas com a vida, mesmo com suas gotas de
desamor e com seu picos de paixão.
Me curvo diante de algo que ainda não compreendi e nem sei se
vou.
26 de junho de 2015

"Gofo" sagrado...

Como um lapso, me peguei a vagar pelas palavra novamente.


Fui tomado pela imensidão do mundo e me esqueci de cuspir um
pouco.
Agora vou "gofar", pois cuspir não me satisfaz.
Posso ate me afastar mas nunca deixarei de ser quem sou.
Nunca deixarei de cuspir minhas palavras sem razão e sem
motivos.
Se vou ganhar? Isso nunca saberei mais eu sei que cuspi.
26 de junho de 2015

Sabotagem...

Fui sabotado, e por uma de minhas engrenagens.


O que ela não entendeu é que quando fecho os olhos as
engrenagens se vão.
O que ela não entendeu é que eu a enxerguei travar.
Mas ela nunca vai saber que não travei, que persistir na minha
insana persistência,
e que fiz o que ela prometeu travar.
Travarei seu travar antes que me trave.
E sua função será apenas um tiro no alvo que não existe.
Sinto muito ....
12 de julho de 2015

Mundo Circo ...

Tudo se parece como um grande circo.


Tudo está repleto de palhaços que vivem um comédia dita real.
Marchando seriamente com atitudes de um palhaço de circo.
Mas aquele palhaço que só nos faz rir quando não quer fazer,
Aquele que já tirou a maquiagem mas não enxerga que ainda
tem outra por baixo.
Todos como manequins prontos, saindo de uma fabrica macabra.
Fabrica regida por demônios que sabem o que estão fazendo
com nós e riem calados, saciados apenas pela matéria.
Como conseguiram segar sua espécie?
Mais um dia passo rindo, ao ver o resultado desse jogo de azar.
14 de julho de 2015

Sinestesia...

Pessoa criança vagando em meu peito.


Pessoa vadia brincando de saber com deus.
Olha o cheiro dessa musica que ecoa em nosso ar!
Ouviu as cores da borboleta?
Sentiu o gosto desse cheiro de jasmim?
Sinestesia é o nome de deus.
Vamos lá, dançando....
25 de agosto de 2015

Mãe...

Cavaleiro alado que desce da montanha, que sonha o que nem


mesmo os deuses pensaram.
Alma minha que vaga acreditando em algo que no fim pode dar
em nada.
Quebre o portão dos lados, faça uma ponte no abismo.
As cortinas se abriram e eu mais uma vez transo com as palavras
insanas que me abraçam.
Escrever para mim é recarregar minha tolerância ao comum.
Não sou comum desculpe minha mãe,não sou banal, mas sei que
no final tudo isso pode dar em nada.
Mas uma coisa sei, sei que te amo.
21 de novembro de 2015

Vida...

Vem a mim falsa e perigosa.


Vem a mim escorregadia e furiosa.
Vem a mim falsa e infame.
Vem a mim caótica e sem rumo.
Vem a mim vida, vem a mim como quiser.
Se for em sorrisos, melhor, mas venha sem dó.
21 de novembro de 2015

Fotos Pré-moldadas...

Almas inundadas de mentiras em verdade.Marchando felizes


rumo ao estopim da sua própria ridicularizarão.
Tão banal agora que o banal já não serve mais.
E misteriosamente tão felizes, tão gigantes, perante sua
banalidade.
Não sei porque olho assim, porque sinto assim.
Não sei se sinto pena de mim ou desse mar revolto.
Misteriosa energia que cega o homem, já chega!
Não vê que já foi longe de mais?
Misteriosa energia que me faz meu esse olhar, já chega!
Não vê que já foi longe de mais?
Queria poder não querer mais.
Escravo de mim mesmo, marchando em direção a nada.
Mas ainda acho muita graça dessa sua fotozinha pré-moldada.
19 de fevereiro de 2016

Certo e o Errado...

Minha querida, não atice minha vontade de querer.


Sei que dentro de ti, existe algo que ainda não descobriu.
A luta existe ainda por saber que uma estrela um dia vai brilhar.
Por mais que os degraus insistem em ficarem cada vez mais
altos, eu ainda subo.
E vou indo como sempre, sem rumo e insanamente desvairado
em minha loucura interna.
Vou insano e poético, desafinado e determinado em um dia
poder ter o sonho que não será mais sonho.
Como canto em dor, no fim tudo vai dar certo.
Mesmo sabendo que o certo e o errado são íntimos amantes, e
dependem-se para viver.
Minha incógnita preferida.
25 de fevereiro de 2016

Será que virá? ...

Triste tarde em amarguras.


Esse silencio que me enlouquece e me cura, que me traz para
perto do prazer mais divino que pude ter.
Um barulho seria um tanto bem vindo de ti, maldoso silencio que
me sangra e faz voar.
Esse vai e volta, esse vem e vai.
Mais eu, em fim, me torno o todo a cada lagrima que derramei
por te querer aqui.
Se virá, só o tempo vai dizer.
Mas sou mesmo assim o amor.
15 de março de 2016

Uma noite de festa...

Cansei de ser como fui,


Finalmente me enojei do que me trancava.
Acabo de enxergar que buscava algo que já tinha e não queria
ver.
Agradeço as palavras sabias que um amigo me disse.
Na loteria já ganhamos, somos vitoriosos.
Mas o que foi, me fez quem sou, espero agora apenas aprender a
canção.
Desculpe se te magoei, mas foi preciso para ver que a amo.
Aceite meu novo sorriso, que sorrir em harmonia agora, na paz
que sempre almejei.
Obrigado meu amigo, que a vida te faça feliz como suas palavras
me fizeram.
14 de abril de 2016

Não dois mas um...

Mergulhei, meu bem, no lago que criamos juntos em um.


Atravessei as portas da prisão, e cada vez mais perto me
encontro.
Tímido como uma criança em braço de outrem, mas
determinado como a quem busca o orgasmo na mulher que seu
olhos batizara de alvo.
Jogo para dentro mais um gole de vinho e abro mais uma porta
para o céu, que me vem em palavras que escrevo, e choro de
amor, ao velas saindo de meus dedos.
Busquei mares tortuosos e achei, busquei aventuras e achei.
Que me leve sem rumo, sem pudor , sem dó alguma, pegue meu
ser e vista-me com a inusitada realidade que te vestes.
E assim, em fim não seremos dois e sim um.
18 de abril de 2016

Amor sem Dor...

Vai, seja um rei.


Mas de você.
Caos, hoje eu sei.
Traz a paz que sonhei.

E o amor, dar amor sem dor.

Pegue aquele mato que te falei,


E faça uma ponte a Deus.
Não se trance nos galhos do Eu.
Se apóie nas raízes do ser.

E o amor, dar amor sem dor.


19 de abril de 2016

Vai lá amor...

Não nos basta a fantasia de viver,


Destemidos, nós como um só, agitamos nossa caminhada.
Sonha meu amor com o que quiser, sonhar que a vida não é mais
viril que nosso sono, pois dormindo mais deus somos , como se o
todo nos convidasse ao infinito.
Não, nunca perca seu tempo honrando seu nome, honra só vale
para quem não ama, quem ama sente e vive em harmonia com
sigo, então para que precisa honra quem de amor se inundou?
Grite quando quiser gritar, dance quando quiser dançar e morra
quando quiser morrer.
21 de abril de 2016

Viva o caos...

Os que a vaidade toca, se desvanece o amor.


Como um arco ires já desbotado de tanto tentar encontrar quem
já não o repara.
Trancam-se em uma conformidade impenetrável, em uma
teimosia inatingível.
E então cegos de tanto querer, consegue o triunfo do vigário,
mas não contente já com sua mediocridade exaltada com fervor,
decidem vangloriar-se de uma forma doentia e ridícula aos que
não acham o ápice de plástico.
E assim quase como uma guerra, vivem a se matar por carne,
sexo, pele e matéria.
Organismos mutantes e parasitas.
E tudo no fim um amontoado de interesses mundanos.
Tão carnal que uma masturbação é o mais perto de Deus que
chegam.
Viva o caos!
16 de maio de 2016

Desculpe amor...

Feliz em uma floresta macabra,


Gozei sem escrúpulos em meio ao devaneio de meu ser sujo e
profano.
Não quero perdões, não quero carícias, meu único desejo é tocar
um blues pra você minha querida.
Um blues que diga quão feliz sou em minhas tristezas, um blues
que fale de minha caminhada rumo ao nada.
Vou cantar chorando um blues que não fale nada de feliz, que
não seja nada como quis.
Hoje acordei em uma depressão poética, e amo estar assim.
Gloria as lagrimas que me escorrem e me fazer divino por um
segundo.
Um dia vai me deixar e então vai me entender.
E só então vai saber que te amei.
1 de junho de 2016

Convite no vácuo...

Não consigo captar o elo perdido entre nós dois.


As varias formas que me dei a você e parece que não vai ser
como sonhei.
Dois medos juntos pode se tornar uma coragem de viver.
Coragem de ser o que somos , sem brechas para impurezas.
Me traga aquilo que faz esse oceano turbulento se acalmar e se
tornar uma brisa gostosa.
Não sei se esperarei com vida para tudo que sonhei, mas estarei
com o consolo quando já for tarde de mais.
Tudo que vale ou vai valer me trouxe ate aqui, agora é continuar
a caminhar, sonhando que um dia vai dar certo, mesmo sabendo
que possa não dar.
Já morri varias vezes, hoje sei que também sei ressuscitar como o
idolatrado.
Me da o aval que só sua boca pode dizer.
Aceite o convite ao infinito, vamos rodopiar sem pudor, sendo
apenas nós mesmo.
8 de junho de 2016

Não sou lúcido...

Sempre busquei o destino que planejei, besta, sou besta mesmo.


O destino me chamou para tomar um cachaça em um botequim
e fui, acreditas?
Só fiz planos que me deram falhas, só amei o banco que sentei a
ver passar a vida.
Tudo que conquistei é banal, quem me deras ter sido dado por
doido logo.
Internado sem escrúpulos em um manicômio sujo e distante.
Mas não, estou aqui e dado como lúcido, como feliz, malditas
almas que me olham a andar, vão ao diabo que lhe carregue.
Não posso acreditar que ainda quero, desejo, sinto e busco.
Eu, minha gente, invejo o apedrejado, idolatro o infectado, amo
o mascarado.
Sou assim, sujo, vulgar, banal, não mereço o seu julgamento, não
mereço o papel de normal nesse mundo.
27 de julho de 2016

E foi assim...
E foi assim, belo como o chão das casas de indigentes,
e fui assim, tolo como um amante que só ama a si mesmo.

Um dia escrevi poemas de amor que só amou ele mesmo,


Um dia gozei um gozo que só gozava dele mesmo.

Não sei se realmente vou viver até o topo,


não sei se vou dizer que amei.

Musa que enlouqueceu minha concepção de real,


Louca que fez de mim careta.

Um dia quando aprender a não te querer,


mesmo assim vou te querer,
Pois só amo a mim mesmo.
Sou um egoísta assumido.
Sou um poeta mesquinho e banal.
Sou uma poeira que insiste em ficar no seu piano,
só porque me amo.
20 de agosto de 2016

Minha lama...
Dentre o sonho e o agora
minha alma tola chora.
Ontem eu te vi ali do lado
mas você se fez um fardo.
Cansado e sem cruz,
o pecado me conduz.

Me fale amor que me ama,


que eu te falo sobre minha lama.

Sou um pecador profano,


um ator em desengano.
Sou um monstro sem amor
aquele visto sempre sem pudor.
Sou o medo de quem sabe,
Aquele que de noite apenas carne.

Me fale amor que me ama,


que eu te falo sobre minha lama.
24 de setembro de 2016

Ser eu...
A vida de braços abertos abraça a indignação de não ter vestes.
Amaremos triste, mais amaremos.
Minha indignação, hoje garrada em minha garganta, saiu para
luta.
Já não falo de moral, já não mais falo de dignidade.
Minhas pálpebras, cansadas de existir, querem se fechar.
Mas de dor somente serei se não for assim.
O clímax do meu sofrer é quando não sinto-me eu.
Quando de mascara estou, quando para sorrir preciso me
entorpecer.
Esses dias passeei fora de casa, e descobrir que existe vida em
mim.
Então pode dizer que vou surtar, que vou levá-los ao delírio, ao
delírio de viver.
Pode abrir as cortinas, pois eu subo no palco sem roteiro e com o
divino faço o infinito acontecer.
Ainda bem que fiz pessoas sorrirem, ainda bem que fiz pessoas
felizes.
As lagrimas deixa comigo que choro, a dor deixa que sangro, o
amor deixa que me dou.
29 de setembro de 2016

Primeiro conto...
Palavras vem caído do céu e formando sentenças,
Que minha alma guarda para que eu não sofra.
Mas de que adianta tola alma?
Um dia irei saber, além do que, está aqui.

Manha de sábado, andavam pela sala como se o tempo os torturassem. O chão de


cimento refletia o atrito que suas almas trazia daquela ilha que tinham visitado, e os
barulhos dos sapatos que se somava ao chão, os faziam recordar daquela solidão
que os rasgavam como papel .
Quando, como por magia, seus olhos se cruzaram, como a muito tempo não
haviam, e descobriram que o tempo já tinha feito de suas vidas um murmúrio do
mar. Descobriram que as roupas que vestiam estavam velhas e sujas, como quem
deixa de sorrir quando o riso vem. E então se questionaram o valor que a vida tem.
Tristes e desolados ao verem que suas almas estavam como a cortina daquela sala,
desbotada e sem vida. Decidiram então no pecado buscar uma cor para que,
enganados, pintassem aquela vida fria que criaram. E como um ato de desespero,
por não quererem perder os amontoados de entulhos que tinham, demonstrando
mais uma vez seus apegos para com o banal e o carnal, saem em busca de algo que
com um pouco de dó pudesse esses peitos sararem.
De tanto procurar um dia um deles chegou na casa de uma dama que o mostrou que
o alvo que buscava não estava mais lá, e ele em desespero chorou para consolar o
tempo que não voltava mais. Saiu correndo por entre meio realidades nas ruas que
vinham a passar, e esbarrava em raiva, pecado, paixão, até que por ilusão pensou
achar a chave, que o fizesse não mais chorar.
Então correu para casa e mostrou a mulher que ate então dizia amar, essa é chave
para acabar com aquela solidão. Então gritaram, festejaram e ate sexo faiscaram.
Loucos para colorir a vida que morria em seus braços, vão buscar a porta que aquela
chave iria abrir, acharam um portão velho que dizia assim, aqui dentro está a ilha de
cada coração. Confusos mas determinados entram com voracidade por aquela
porta, mas o que encontram lá do outro lado é a mesma sala de cimento que os
torturavam.
22 de dezembro de 2016

Meu pior inimigo EU...


Dia após dia em poços profundos se afundam.
A marcha para o banal já esta na pista.
A margem de que moral me diz para caminhar?

Trancados dentro de nós, absurdos e banais,


Tentando achar que acha ou sabe.
Quero com a felicidade do ignorante te dizer.

Tudo que um dia pensei que fosse


Tudo que pensei um dia que ia
Sucumbiu ao meu pior inimigo.
Eu, saia dai e me cumprimente!
Eu, saia dai e me cumprimente!

Traga logo você para fora,


Deixa de medo de ser quem é.
Pois aqui nesse palco, nessa roda de magia
só amor nos conduz.

Minha casa limpa de coisas


e repleta de vida, agora brilha
e busca apenas a paz que não tinha.
E com a felicidade do ignorante quero te dizer.

Tudo que um dia pensei que fosse


Tudo que pensei um dia que ia
Sucumbiu ao meu pior inimigo.
Eu, saia dai e me cumprimente!
08 de junho de 2017

Lagrima...
A lágrima que escorre no seu rosto,
te denuncia de bandeja a quem não a vê como apenas água e sal.
Dentro daquele pequeno pedaço contem o todo também, sabia?
Contem suas, minhas, nossas aventuras, prosas e notas.
E ao mesmo tempo não.
O fio da navalha que se acreditava andar é apenas você, minha
querida.
Você sempre foi a navalha capitão.
Então vamos brincar de gigantes nessa luta sem sentido?
Vamos apodrecer justificando a moda?
Vamos dançar em luxuria sem saber que somos e não,
como o equilíbrio perfeito, como a noite e o dia?
Acorde ou durma, você sabe o que te faz voar!
11 de setembro de 2017

Dia de amargura...
Minha carne já cansada, minha mente perturbada,
Já não quero seguir nada, hoje acordei assim.
Minha caminhada mais lenta ficou, meus paços encurtaram.
Hoje dei bom dia ao amargo, acordei e aquela dor que vinha
depois do dia, veio no inicio dele.
Vontade de chorar logo que acordo, vontade de gritar logo que
vesti minha camisa de trabalho.
Não sei mais quanto tempo, não sei mais quanta vida.
Hoje me abraçou a dor, amigo meu de longas datas, mas que
tinha dormido no calor dos dias.
O conforto de minhas lagrimas é o que tenho nessa manhã que
não almejo nada.
Hoje o sol não nasceu, hoje o dia não viveu, hoje a noite escura
continua sem cansar.
02 de outubro de 2018

PLUR...
Vivemos em um mundo onde as pessoas não ligam mais com as
raízes , que é o que verdadeiramente importa para segurar o
todo firme, optaram por ignorar e fingir que ela não existe,
jogam uma idéia que o todo é apenas o tronco acima, porque é o
que já ta ali a vista e é bonito e forte, para que preocupar com o
que nem aparece? Mas é ai que peca o homem, é ai que o
homem falha. Simplesmente ignora o que te tem de mais
importante , o que te nutre dia a dia. E ai os dias passam e tudo
começa ficar mecânico demais, pois como tudo de fora é belo e
quando não é, arrancam as folhas amarelas e as escondem
debaixo do tapete e assim continuam numa incansável luta
contra o que verdadeiramente importa.
Nós temos que ser a anarquia, os que levantam placas e brigam
para darem valor ao que sabemos que importa, para todos
voltarem a ver a raiz como raiz, somos a família trance aquela
que prega o PLUR, aquela que rasga o amor e colocar a dor para
transcender e se tornar o verdadeiro amor, não aqueles que
querem fazer todos acreditar que um sorriso falso é melhor que
uma dor revolucionária. Transcender é compreender que assim
como o amor o ódio é necessário, temos que conviver com os
dois sem crucificar nem um nem outro. O PLUR não é aceitar a
hipocrisia de um sorriso de plástico, e rasgar e sangrar as cortinas
e mostrar o que acontece nos bastidores, sem vendas , sem
avisos, natural e puro, como uma criança recém nascida, isso é o
PLUR. Vamos criar verdades com raiz, tronco, folhas e frutos.
Trance não é brincadeira, é revolução.
26 de junho de 2019

Mãos atadas...
Mãos atadas, meu amigo de longas datas, resolve mais uma vez
me atentar.
Mas dessa vez vem mais sereno, como se alguma coisa quisesse
me contar.
Me chama em um canto e me mostra sem nenhum pranto a dor
que venho a carregar.
E eu atado com meus sonhos, tão estranhos, para quem só de
dois olhos pode enxergar.
Grito , choro e esperneio, mas no fim de tudo isso quem é que vai
poetizar?
As belezas de um mundo onde sonho e acredito que o amor vai
ressaltar.
E onde tudo seja todos e todos sejam tudo sem ninguém para
comparar.
16 de julho de 2019

Volta a brilhar...
Mesmo sabendo que a vida é tão linda como a qualquer coisa que
venha a amar.
Em tristezas me entrego quando penso que não vivo o que
desperta o meu amar.
É tão triste a redundância dos meus passos quando ao rumo do
que odeio me fazem caminhar.
Essa maldosa sombra que sabe o que sou e não demonstra
quando tenho que retratar.
Será que somente essas energias vim carregar?
Volto triste para casa como se viesse a minha alma arrancar.
Mas vendo seu sorriso doce, brilhando por não entender o podre,
meu coração volta a brilhar.
Certa vez a vida me acordou e em meio aos
devaneios melindrosos de sua existência
e me deu a honra das palavras.
E a fiz de vontade pura.

eglacineto.blogspot.com

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