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Ano 22 - número 1.175 - 17 a 23 de agosto de 2014.

Luiz Marins

Escrevo esta mensagem sob o impacto da


notícia da morte de Eduardo Campos, candidato à
presidência da república. Planos elaborados, proje-
tos definidos, entrevistas marcadas, agenda lota-
da... tudo cessou nos segundos do acidente fatal. A
grande verdade da vida é que tragédias acontecem
e quando ocorrem sentimos com toda a força o
peso de nossa pequenez.
É por esse sentimento de impotência que um
dos temas mais recorrentes da mitologia, do tea-
tro, da literatura, tanto na antiguidade como hoje é a tragédia. Aliás o termo tragédia vem do grego
“tragodia” que significa uma peça de teatro cujo desfecho é sempre um acontecimento funesto. As-
sim, um dos maiores desafios do ser humano é enfrentar o inesperado, o imprevisto, a catástrofe, a
tragédia. Guerras, terremotos, erupções vulcânicas, tornados e furacões, enchentes, secas, aciden-
tes, epidemias... São milhões de pessoas que se veem de uma hora para outra desprovidas de chão,
de segurança, de abrigo, de alimentação, de saúde. Estamos comemorando em 2014 os 100 anos da
Primeira Grande Guerra (1914-1918) quando 19 milhões de pessoas (nove milhões de militares e dez
milhões de civis) perderam a vida. Some-se a isso a gripe espanhola que matou 40 milhões de pesso-
as entre 1918-1919.
E o que fazer frente ao inesperado?
Filósofos, psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e mesmo teólogos estudam e escrevem sobre
esse desafio e, embora tenham visões diferentes sobre o tema, todos parecem concordar numa coi-
sa: é preciso seguir em frente e buscar dentro e fora de nós as forças necessárias não para esquecer,
mas para enfrentar a realidade pós-tragédia, seja ela qual for. Temos que não nos deixar imobilizar
pelo inesperado. Temos que continuar o caminho, a luta. E temos que compreender que tragédias
ocorrem e que ninguém delas estará livre e vida continua.
Assim, a mensagem é a de que ao mesmo tempo em que temos que enfrentar o inesperado
quando ele ocorre e seguir em frente, temos que fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para não
facilitar a ocorrência de tragédias, muitas delas evitáveis se formos mais previdentes. Temos que fa-
zer a nossa parte com toda a consciência para promover a segurança, a saúde e a paz em todos os
ambientes. Temos que ser previdentes e usar toda a nossa inteligência e vontade para evitar tragé-
dias evitáveis.
Pense nisso. Sucesso!

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