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Eletricista de Instalações

Instalações ITED -
Domótica -
generalidades

2013/ 2014

Formador: António
1
Gamboa
Edifício Inteligente (EI)
O que se entende por Edifício Inteligente?

Formador: António
2
Gamboa
Introdução histórica
• Custos de construção e de manutenção
dos edifícios urbanos muito elevados,
constituindo gastos significativos para as
empresas que os possuem e/ou utilizam.

• Redução dos gastos com a vertente


principal da racionalização do projeto e
da exploração dos edifícios.

Formador: António
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Gamboa
Introdução histórica
• Na década de 80 surge o conceito de
Edifício Inteligente, essencialmente como
resposta à necessidade premente de
redução de custos de construção e de
exploração.
• Aparecem os Sistemas de Gestão Técnica
com componentes essencialmente
estanques de controlo de funções e de
equipamentos muito diversificados,
pertencentes a fabricantes também muito
diferentes.
Formador: António
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Gamboa
Introdução histórica
• Sistemas de Gestão Técnica:
o Serviço de iluminação
o Serviço de controlo de acessos
o Serviço de deteção de incêndios

o Necessidade de integração dos serviços, com


o objetivo de extrair novas potencialidades
resultantes das suas interações.
• Na década de 90 surge um conceito mais
alargado de edifício inteligente, onde a
integração de serviços começa a
desempenhar um papel primordial.
Formador: António
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Gamboa
Introdução histórica
• Dificuldade na impossibilidade prática de
realizar todas as integrações desejáveis:
o Cada fabricante de equipamentos para
edifícios inteligentes especializa-se num
determinado subconjunto de serviços, e os
seus equipamentos apenas dialogam entre si,
mas nunca ou quase nunca com os
equipamentos de outros fabricantes.
o Formam-se soluções fechadas e parciais, por
isso incompleta.

Formador: António
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Gamboa
Introdução histórica
• Pressão exercida:
o Projetistas
o Construtores
o Administradores
o Utentes
• Geram um movimento cuja finalidade
consiste na exploração de sinergias novas
resultantes da integração de serviços já
conhecidos e na criação de novos
serviços nos edifícios inteligentes.

Formador: António
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Gamboa
Definição
"Um edifício inteligente é aquele que
oferece um ambiente produtivo e que é
economicamente racional, através da
otimização dos seus quatro elementos
básicos - estrutura, sistemas, serviços e gestão - e
das inter-relações entre eles. Os edifícios
inteligentes ajudam os seus proprietários,
gestores e ocupantes a atingir os seus
objetivos sob as perspetivas do custo, conforto,
adequação, segurança, flexibilidade no longo
prazo e valor comercial“.

Formador: António
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Gamboa
Definição
• A noção de "inteligência" deve estar
presente durante todo o ciclo de vida do
edifício, sendo particularmente
importantes as fases de projeto e de
conceção.
• Os aspetos estruturais e organizacionais do
edifício têm um grande relevo, devendo
prever-se formas simples e fáceis de
reorganização do espaço.

Formador: António
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Gamboa
Definição
• Edifício à prova de futuro, no sentido de
que deverá poder adaptar-se a novos
padrões de utilização e a novas
necessidades.
• Não se restringe a edifícios de escritórios,
podendo (e devendo) ser aplicado a
outros edifícios tais como: hospitais,
escolas, hotéis, espaços comerciais,
universidades, etc.

Formador: António
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Gamboa
Definição
• A "inteligência" de um edifício está
intimamente associada à forma como são
satisfeitas as necessidades e os requisitos
das organizações nele instaladas.
• No edifício inteligente a ênfase não se
deve centrar apenas nos aspetos do
controlo, da automação e da supervisão.
A era informática em que vivemos
necessita que o edifício dê também um
suporte adequado aos sistemas
informáticos e às comunicações.
Formador: António
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Gamboa
Definição
• Oferecer locais de trabalho que motive as
pessoas e que as apoie fortemente nas
suas tarefas criativas ou administrativas.
• Permitir que os trabalhadores intervenham
sobre o seu ambiente de trabalho,
adequando-o às suas necessidades e
preferências.

Formador: António
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Gamboa
Definição
• Os vários sistemas presentes num edifício
inteligente (associados à automação, às
comunicações e ao processamento de
informação) devem poder interatuar e
cooperar entre si, possibilitando novos
graus de gestão e supervisão, e um melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis
no edifício.

Formador: António
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Gamboa
Serviços
• Apoio à Portaria
• Aquecimento, Ventilação e Ar
Condicionado (AVAC)
• Comunicações e Distribuição de Áudio e
Vídeo
• Controlo de Acessos
• Controlo de Estacionamento de Veículos
• Controlo de Irrigação
• Deteção de Situações de Emergência

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Gamboa
Serviços
• Diagnóstico de Falhas e Manutenção de
Sistema
• Elevadores
• Gestão de Cablagem
• Gestão de Presenças
• Gestão e Administração de Sistema
• Gestão Energética
• Iluminação
• Informação

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Gamboa
Serviços
• Inventariação e Gestão Patrimonial
• Localização de Pessoas e Equipamentos
• Manutenção do Edifício
• Vigilância e Deteção de Intrusão

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Gamboa
Introdução à domótica
• Domótica
Automação da casa

Domótica = Domus + robótica


(casa) (automação)

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Gamboa
Domótica
• Gestão de todos os recursos habitacionais:
o Conforto
o Economia
o Segurança
o Comunicação

• Por comando remoto


• Por internet
• Por telemóvel

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Gamboa
Aplicações da domótica
• Automação
o Irrigação inteligente
o Aspiração central
• Iluminação
• Climatização
• Segurança
• Comunicação
• Gestão energética

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Gamboa
Na perspetiva do cliente

1º critério Segurança (intrusão, fuga de gás, incêndios, inundações)


Economia de energia
Necessidade
Comunicações

2º critério Conforto
Bem estar
Utilidade
Vida fácil
A domótica na
perspectiva do Utilização
cliente 3º critério Aprendizagem
Facilidade Ligar e usar

Comportamento do sistema
4º critério Instalação do sistema
Preço Integração de uma nova função
Manutenção

Formador: António
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Gamboa
Características do sistema
Três conceitos técnicos:

1) Tipo de arquitetura
Especifica o modo como os diferentes elementos de
controlo do sistema se interligam.

2) Meios de comunicação
Suporte usado para a transmissão de dados.

3) Protocolo de comunicação
O protocolo de comunicação é a linguagem que permite
que os diversos elementos de um sistema domótico
(sensores e atuadores) comuniquem entre si e que se
entendam.
Formador: António
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Gamboa
Tipo de arquitetura
Especifica o modo como os diferentes
elementos de controlo do sistema se
interligam.

o Arquitetura centralizada

o Arquitetura descentralizada

Formador: António
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Gamboa
Arquitetura centralizada
É caracterizada por possuir um elemento
central, pelo qual passa toda a
informação.

Este tipo de arquitetura é normalmente


mais económico pois retira a capacidade
de processamento dos diversos dispositivos
e centraliza tudo num único dispositivo.

Formador: António
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Gamboa
Arquitetura centralizada

Formador: António
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Gamboa
Arquitetura descentralizada
Não necessita de nenhum elemento
central, sendo desta forma muito mais
flexível e imune a falhas, já que a falha de
um dos elementos apenas compromete o
funcionamento desse mesmo elemento.

É esta arquitetura adotada pelos


principais protocolos de domótica
disponíveis, nomeadamente o X-10 e KNX.

Formador: António
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Gamboa
Arquitetura descentralizada

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação
• Relativamente aos conceitos das
tecnologias disponíveis na automação
doméstica são cinco as principais
opções:
• rede elétrica;
• cablagem coaxial;
• cablagem de baixa tensão;
• rádio frequência;
• infravermelhos
Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Rede elétrica
• O sistema que usa a rede elétrica para
comunicar é, sem dúvida, o que
acarreta menor investimento, uma vez
que permite instalar os equipamentos
em casas já construídas.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Rede elétrica
• O conceito é simples:
• recorre-se a um pequeno sinal de
potência que existe na rede elétrica das
nossas casas, modula-se esse sinal numa
alta frequência e injeta-se de novo na
rede elétrica através de um módulo
emissor.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Rede elétrica
• Do outro lado da instalação, está um
módulo recetor, sintonizado para sinais
modulados de alta frequência,
podendo assim ser programado para
responder a um determinado impulso.
• Isto permite enviar e receber sinais entre
vários aparelhos que estejam
simplesmente ligados à rede elétrica de
casa.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Rede elétrica
• O problema de comunicar pela rede
elétrica é ficar-se sujeito aos “ruídos”
que essa rede possa ter. Os ruídos são
sinais elétricos indesejáveis que podem
eventualmente existir na mesma rede
elétrica a par dos sinais desejados.
• É por isso que os sistemas que usam a
rede elétrica para comunicar possuem
filtros para eliminar os sinais indesejáveis.

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Gamboa
Meios de comunicação –Rede elétrica
• O principais protocolos de comunicação
que usam a rede elétrica são: X-10,
CEBus, Echelon, EHS (European Home System).
• Como consequência das baixas
velocidades de transmissão, quer o X-10
quer o CEBus utilizam a rede elétrica para
realizar operações que envolvam poucos
dados (ligar ou desligar luzes e
aparelhos).

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Gamboa
Meios de comunicação –Rede elétrica
• Os sistemas que usam a rede elétrica
para comunicar não servem para lidar
com sinais digitais de alta resolução (TV,
vídeo e hi-fi).

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo coaxial
• Os sistemas que usam cabos coaxiais
para comunicar são especialmente
utilizados para o envio de sinais de fraca
potência e alta velocidade, em alta
frequência a longas distâncias. É o caso
dos cabo de TV nos prédios e das redes
de computadores. O cabo é constituído
por um condutor unifilar, um bainha e
uma malha protetora.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo coaxial
• O princípio de funcionamento:
• A baixas frequências as redes elétricas e
os fios condutores não são boas
antenas. Mas a muito altas frequências
(VHF) e a ultra elevadas frequências
(UHF), estes mesmos fios tornam-se muito
boas antenas.

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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo coaxial
• No caso do cabo coaxial, a malha
protetora está ligada à terra, pelo que
isola o fio condutor (interior) das
interferências eletromagnéticas exteriores.
• Este tipo de cablagem é usada
essencialmente para transmitir sinais de
áudio e vídeo ou dados a alta
velocidade. O cabo coaxial não está
preparado para transmitir potência
elétrica, mas permite uma muito melhor
resposta ao nível das comunicações de
dados. Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo baixa tensão

• Vários equipamentos requerem baixa


potência e baixa frequência para
executarem as operações de
transferência de dados e sinais.
• É o caso dos telefones, sistemas de
segurança, intercomunicadores,
autómatos industriais, etc. Estes
equipamentos funcionam, geralmente,
em tensões entre os 5 e os 24 V.

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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo baixa tensão

• Os cabos de pares de cobre entrançados


(UTP) dividem-se em categorias:
• Categoria 1 e 2
o Voz (300 m no máximo – largura de banda: 16 MHz)

• Categoria 3
o Telefone/Voz/Dados (300 m no máximo - largura de
banda: 20 MHz)

• Categoria 5
o Dados/Voz/Imagem (alta velocidade: 100 Mbps -
largura de banda: 20 MHz).
Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo baixa tensão

• Os cabos de pares de cobre entrançados


(UTP) dividem-se em categorias:
• Categoria 6
o Dados/Voz/Imagem (alta velocidade: 1 Gbps -
largura de banda: 250 MHz).

• Categoria 7
o Dados/Voz/Imagem (alta velocidade: 40 Gbps -
largura de banda: 600 MHz).

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Cabo baixa tensão

• UTP é uma forma de entrançar dois pares


de fios dentro do mesmo cabo, que
conduz à anulação mútua dos campos
magnéticos por eles criados.
• Os cabos de categoria 5 são
significativamente mais baratos que os
cabos coaxiais e ocupam menos espaço
dentro dos tubos.

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Gamboa
Meios de comunicação –Radiofrequência
• Um conceito que tem grandes
potencialidades na automação
doméstica é o recurso à comunicação
por radiofrequência (RF).
• A RF é um bom meio para transmitir sinais
de alta frequência, designadamente
sinais de áudio/vídeo (A/V), dados,
comunicações e sinais de controlo.
• A RF tem vantagens óbvias, uma vez que
não requer qualquer modificação nem
instalação especial em casa.
Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Radiofrequência

• Dado que as ondas de RF atravessam


paredes, não é necessário colocar os
emissores em linha de vista, com os
recetores.
• As principais desvantagens situam-se ao
nível da potência dos emissores (que
deve ser baixa, podendo portanto acontecer
que a receção não seja possível em
determinadas partes da casa), ruídos de
interferência e problemas de
privacidade.
Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Radiofrequência

• Telefone sem fios


• Sistemas de segurança
• Transmissores áudio/vídeo
• Alguns exemplos de equipamentos que
usam a RF para comunicar.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Infravermelhos

• A tecnologia com infravermelhos envolve o


uso de sinais de luz como meio de
transmissão modulada a muito altas
frequências.
• As ondas de luz não são visíveis pelo olho
humano.
• A maior parte dos telecomandos de
televisão e vídeos emitem sinais
infravermelhos.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Infravermelhos

• A maior parte dos detetores de presença


funcionam como recetores de
infravermelhos para detetar pessoas, uma
vez que o corpo humano está
constantemente a emitir energia
infravermelha na forma de calor.

Formador: António
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Gamboa
Meios de comunicação –Infravermelhos

• As principais vantagens dos infravermelhos


são as transmissões de altas frequências
sem quase nenhuma distorção e
praticamente insensíveis aos “ruídos”.
• A principal desvantagem é o facto do
emissor ter de estar em linha de vista com
o recetor para poderem comunicar.
• Os infravermelhos são considerados o
melhor meio de comunicação para os
telecomandos.

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Gamboa
Protocolos de comunicação
• Protocolos normalizados ou abertos
• Protocolos proprietários
BATIBUS
EIBUS
JBUS
Na Europa
MODBUS
D2B
EIB

CEBus
X-10
Nos Estados Unidos SMART
HOUSE
ECHELON

No Japão TRON

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Gamboa
Protocolos de comunicação
• Os protocolos de comunicação são a
linguagem que permite que os diversos
elementos de um sistema domótico
(sensores e atuadores) comuniquem entre
si e que se entendam

Formador: António
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Gamboa
Protocolos de comunicação

Formador: António
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Gamboa
Elementos que integram o sistema
• Sensores
• Atuadores
• Controladores
• Interfaces
• Dispositivos específicos

Formador: António
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Gamboa
Elementos que integram o sistema
• Sensores
• Captam valores e informações do local,
como por exemplo a presença de
pessoas, a temperatura, fugas de água ou
gás, incêndio, luminosidade, fatores de
climatização, entre outros.

Formador: António
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Gamboa
Elementos que integram o sistema
• Atuadores
• Realizam o controlo de elementos como
electroválvulas (água e gás), motores
(estores, portas, rega), ligar, desligar e
variar a iluminação ou o aquecimento,
ventilação e ar condicionado, sirenes de
alarme, etc.

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Gamboa
Elementos que integram o sistema
• Controladores
• Gerem a instalação recebendo a
informação dos sensores e transmitindo-a
aos atuadores.

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Gamboa
Elementos que integram o sistema
• Interfaces
• Dão e recebem informação de e para o
utilizador.
• Ou seja, o input-output, abrange o
teclado, telemóveis, televisão, terminais
LCD, etc.

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Gamboa
Elementos que integram o sistema
• Dispositivos específicos
• São elementos fundamentais para o
funcionamento do sistema, permitindo o
envio de informação entre os diversos
dispositivos (e meios de transmissão) e
necessários também para efetuar o
controlo do sistema, tanto remotamente
como localmente.
• Exemplos disto são os Modems, Routers,
Telefones, etc.

Formador: António
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Gamboa
Elementos que integram o sistema

Formador: António
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Gamboa
Elementos que integram o sistema

Formador: António
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Gamboa
Elementos que integram o sistema

Formador: António
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Gamboa
Protocolos de comunicação
Formas de comunicação
entre equipamentos normalizados

Formador: António
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Gamboa
Protocolos de comunicação
• X10
• LonWorks
• EIB – European Instalation Bus

• CEBus
• BACNet
• EHS

Formador: António
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Gamboa
Protocolo de comunicação X10

Formador: António
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Gamboa
Introdução
• X10 é um protocolo de comunicação
para efetuar o controlo remoto de
dispositivos elétricos.
• A tecnologia X10 foi desenvolvida entre
1976 e 1978 pela empresa Pico Electronics
Ltd, em Glenrother, Escócia, com o
objetivo de transmitir dados através da
linha elétrica.
• O nome X10 deve-se ao facto de este ser
o décimo projeto da referida empresa.
Formador: António
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Gamboa
Características
• Protocolo aberto porque qualquer
fabricante pode incluir um módulo de
comunicação X10 nos seus produtos e
oferecê-lo ao público.
• Arquitetura descentralizada:
o não necessita de nenhum elemento central,
sendo desta forma muito mais flexível e imune
a falhas, já que a falha de um dos elementos
apenas compromete o funcionamento desse
mesmo elemento.

Formador: António
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Gamboa
Características
• É a tecnologia mais acessível para a
realização de uma instalação domótica.
• Não muito complexa pois usa a rede de
distribuição de energia elétrica de 230V
existente como o principal meio de
comunicação entre os vários dispositivos.
• Não se torna necessário ter novos cabos
para ligar os dispositivos, pois utiliza as
linhas elétricas da habitação.

Formador: António
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Gamboa
Características
• A grande vantagem desta tecnologia em
relação a outros protocolos de domótica
é que pode ser aplicada em qualquer
momento, tanto na altura da construção
como posteriormente.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• Constituído por um conjunto de
dispositivos que são comandados
diretamente pelo utilizador.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• Dado que cada módulo consegue
receber todos os sinais que circulam na
rede elétrica, o sistema tem de ser capaz
de endereçar cada mensagem.
• O protocolo X-10 implementou um sistema
simples de endereçamento que usa
módulos controladores com 16 códigos de
casa (usando as letras de A - P) que são ligados à
tomada.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• Estes enviam sinais codificados, através da
rede elétrica, que são recebidos pelos
módulos que se colocam nos aparelhos
que se pretendem controlar.
• Estes módulos são denominados por
atuadores que possuem 16 códigos de
dispositivo (1-16), permitindo endereçar
16x16=256 aparelhos.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• A atribuição de endereços
é feita manualmente nos
próprios dispositivos
atuando sobre os dois
seletores rotativos.
• Num deles é escolhido o
código da casa e no outro
é escolhido o código do
dispositivo.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• Cabe ao utilizador assegurar que não
existem dispositivos com endereços
repetidos.
• Caso existam dois ou mais dispositivos com
o mesmo endereço ambos responderão
aos comandos enviados.

Formador: António
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Gamboa
Lista de comandos

Formador: António
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Gamboa
Lista de comandos
• As funções Dim e Bright não se restringem
apenas à regulação da intensidade
luminosa, podendo vir a ser usados para
outras funções, tais como o controlo da
subida e descida de estores ou o controlo
de aquecimento.

Formador: António
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Gamboa
Lista de comandos
• As funções Hail Request e Hail
Acknowledge são usadas para determinar
se é possível comunicar com uma casa
vizinha.
• Caso esta situação se verifique, é
necessário usar um código de casa
diferente ou um filtro, que impede que os
sinais X10 circulem para outras
habitações.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• É possível construir sistemas mais
complexos recorrendo a controladores
X10 específicos.
• Estes controladores permitem, através de
uma interface RS-232, comunicar com um
PC de onde recebem, programações
horárias para ligar ou desligar dispositivos
e conjuntos de ações a desencadear em
determinadas circunstâncias, de uma
forma totalmente autónoma.

Formador: António
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Gamboa
Funcionamento
• Estes controladores permitem:
o Controlar sistemas de segurança como
vigilância e intrusão
o Prevenção de acidentes, tais como, fugas de
gás, inundações e incêndios, cortando
imediatamente o abastecimento de água ou
gás consoante o alerta.
• Enviando simultaneamente uma Central de alarme
compatível com o X-10
mensagem telefónica de
emergência ao proprietário,
indicando o tipo de alarme (intrusão
ou emergência) que está a decorrer.

Formador: António
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Gamboa
Transmissão de sinais
• A comunicação do X10 recorre a um
pequeno sinal de potência existente na
rede elétrica da habitação e modula
esse sinal numa frequência maior
(120KHz) e injeta-o de novo na rede
elétrica de 230V AC, através do módulo
emissor, representando sinais binários.
• Este sinal é inserido
logo a seguir à
passagem pela
origem da onda
sinusoidal de 50Hz.
Formador: António
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Gamboa
Transmissão de sinais
• O problema de comunicar pela rede
elétrica é ficar-se sujeito aos ruídos que
essa rede possa ter.

Formador: António
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Gamboa
Limitações
• Tem como aspeto negativo reduzir o ritmo
de transmissão que fica assim restrito a 50
bps (é enviado um bit por cada ciclo da rede
elétrica).

• Como consequência das baixas


velocidades de transmissão, os
transmissores apenas são capazes de
realizar operações simples que envolvam
poucos dados (ligar ou desligar aparelhos e
luzes, e regular a intensidade luminosa de
lâmpadas).
Formador: António
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Gamboa
Limitações
• O X10, como usa a rede elétrica para
comunicar não serve para lidar com sinais
digitais de alta resolução como sinais de
vídeo, televisão e hi-fi.

Formador: António
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Gamboa
Conclusão
• Protocolo mais utilizado no mundo, graças
ao seu baixo custo, facilidade de uso e
grande variedade de equipamentos.
• Encontra-se mais vocacionado para
sistemas do tipo "faça você mesmo".
• No mercado Norte Americano este tipo
de dispositivos encontram-se nos
supermercados.
• É uma tecnologia que não preenche
todas as necessidades e possui algumas
limitações funcionais.
Formador: António
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Gamboa
Protocolo comunicação LonWorks

Formador: António
81
Gamboa
Introdução
• A Echelon Corporation apresentou a
tecnologia LonWorks no ano 1992 e desde
então múltiplas empresas a têm vindo a
usar para implementar redes de controlo
distribuídas e automatizadas.
• Apesar de estar desenhada para cobrir
todos os requisitos da maioria das
aplicações de controlo, só tem tido êxito
a sua implementação em edifícios
administrativos, hotéis e indústrias.

Formador: António
82
Gamboa
Introdução
• Devido ao seu custo, os dispositivos
LonWorks não têm tido grande
implementação nas casas, sobretudo
porque existem outras tecnologias com
prestações iguais e muito mais baratas.
• A LonWorks é uma tecnologia e não um
produto final, uma vez que é
exclusivamente vendida à indústria e não
aos utilizadores finais.

Formador: António
83
Gamboa
Meios de comunicação
• A plataforma LonWorks pode ser instalada
tendo como suporte uma grande variedade
de meios físicos de comunicação:
o Rede elétrica;
o Par entrelaçado (twisted);
o Rádio Frequência (RF);
o Infravermelhos (IR);
o Cabo coaxial.

• É possível ligar uma rede LON à Internet ou


Intranet.

Formador: António
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Gamboa
Constituição
• A plataforma LonWorks é constituída pelos
seguintes componentes:
o Nós ou nodos;
o Neuron Chips;
o Protocolo LonTalk;
o Variáveis de rede;
o Ferramentas de desenvolvimento, monitorização
e teste.

Formador: António
85
Gamboa
Nós ou nodos
• As redes LonWorks são constituídas por
dispositivos de controlo inteligente, os nós
ou nodos, que se servem de um protocolo
comum, designado por LonTalk, para
comunicar entre si.

Formador: António
86
Gamboa
Nós ou nodos
• A "inteligência" dos
referidos nós é
providenciada pelos
microcontroladores
especiais chamados
Neuron Chips , os quais
permitem a
implementação do
protocolo LonTalk e a
execução de todas as
funções de controlo.

Formador: António
87
Gamboa
Nós ou nodos
• Os nós (sensores inteligentes - de
temperatura, de pressão, etc -,
atuadores, interfaces para o
operador - PCs, displays, etc)
possuem uma interface
física (transdutor) que
permite a sua ligação ao
meio físico de
comunicação e incluem
processamento local e
recursos de rede (Neuron
chip), podendo ser ligados
a dispositivos locais (I/O).
Formador: António
88
Gamboa
Nós ou nodos
• Os Neuron chip
possibilitam que
cada nó processe
os dados de
entrada,
recebidos dos
sensores, e os
dados de saída
para os
atuadores.

Formador: António
89
Gamboa
Neuron Chip
• É um circuito integrado que
possui:
o três processadores de 8 bits
o memórias EEPROM, RAM e ROM;
o um transdutor para ligação ao meio
físico de comunicação;
o hardware e software para construir
dispositivos de controlo;
o 11 pinos de I/O;
o firmware LonWorks, incluindo o
protocolo LonTalk e um sistema
operativo de tempo real.

Formador: António
90
Gamboa
Neuron Chip
• Tem um identificador único, o Neuron ID,
que permite direcionar qualquer nodo de
forma unívoca dentro de uma rede de
controlo LonWorks.
• Este identificador, com 48 bits, é gravado
na memória EEPROM durante o fabrico do
circuito.

Formador: António
91
Gamboa
Neuron Chip
• Modelo de comunicação independente
do meio físico sobre o qual funciona, isto
é, os dados podem transmitir-se sobre
cabos de pares do tipo telefónico,
correntes portadoras, radiofrequência,
infravermelhos e cabo coaxial, entre
outros.

Formador: António
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Gamboa
Neuron Chip
• O firmware que implementa o protocolo
LonTalk, proporciona serviços de
transporte e routing extremo a extremo.
• Incluí um sistema operativo que executa e
planifica a aplicação distribuída e que
maneja as estruturas de dados que são
comunicadas pelos nodos.

Formador: António
93
Gamboa
Funcionamento
• Estes circuitos comunicam entre si
enviando telegramas que contêm a
direção do destinatário, informação para
o routing, dados de controlo assim como
os dados da aplicação do utilizador e um
checklist como código detetor de erros.

Formador: António
94
Gamboa
Funcionamento
• Todas as comunicações de dados são
iniciadas num Neuron Chip.

Formador: António
95
Gamboa
Utilização
• Automação fabril
• Controlo de processos
• Automatização de edifícios
• Automatização doméstica
• Equipamento automóvel
• Sistema de transportes

Formador: António
96
Gamboa
Utilização
• O êxito que o LonWorks tem tido em
aplicações profissionais nas quais importa
muito mais a fiabilidade e a robustez que
o preço em si.
• Oferecem uma solução com arquitetura
descentralizada, estremo a extremo, que
permite distribuir a inteligência entre os
sensores e os atuadores instalados e que
cobre desde o nível físico até ao nível de
aplicação a maioria dos projetos de redes
de controlo.
Formador: António
97
Gamboa
Protocolo comunicação EIB-KNX

Formador: António
98
Gamboa
Introdução
• O Konnex (KNX), foi criado a 14 de Abril
de 1999, a partir dos protocolos Batibus,
EIB e EHS.

• Tem como objetivo criar um único


standard europeu para automação das
casas e edifícios, que seja capaz de
competir em qualidade, prestação de
serviços e preços com outros protocolos
norte americanos.

Formador: António
99
Gamboa
Introdução
• Esta tecnologia baseia-se no protocolo EIB
– European Installation Bus,
complementada com novos mecanismos
de configuração e meios físicos de
comunicação.

Formador: António
100
Gamboa
Características
• Protocolo aberto normalmente
implementado como um sistema
descentralizado.

Formador: António
101
Gamboa
Características
• A gestão descentralizada consiste em
cada dispositivo ter o seu próprio controlo,
comunicando diretamente entre si, sem
necessidade de hierarquia ou supervisão
da rede.

Formador: António
102
Gamboa
Características
• A gestão centralizada consiste na ligação
à rede de uma aplicação de controlo
para gerir o sistema.
• Esta aplicação corre normalmente num
computador que pode ser ligado à rede
a partir de qualquer localização,
permitindo assim uma gestão centralizada
do sistema.

Formador: António
103
Gamboa
Meios de transmissão
• O sistema EIB inicialmente utilizava como
meio de transmissão o par de cobre
entrançado, mas após a evolução para o
protocolo EIB-KNX (Konnex), passa a
suportar diferentes meios, tais como o par
de cobre entrançado, a rede elétrica, a
radiofrequência e os infravermelhos.
• Atualmente o par de cobre entrançado é
o meio de transmissão mais utilizado.

Formador: António
104
Gamboa
Transmissão de dados
• No cabo de par de cobre entrançado a
transmissão de sinais é feita por meio da
diferença de tensão entre os dois
condutores.

Formador: António
105
Gamboa
Transmissão de dados
• As mensagens que transitam no cabo de
par de cobre entrançado entre
dispositivos são chamadas telegramas.
• Estes telegramas são constituídos por
sequências binárias.
• Cada telegrama emitido por um
determinado aparelho será codificado
em binário (ex.: 10010011...), que por sua
vez é convertido em sinais elétricos.
• O sinal é transmitido de modo simétrico no
Bus.
Formador: António
106
Gamboa
Transmissão de sinais
• Neste tipo de transmissão um dispositivo
pode começar a fazê-lo se encontrar o
barramento inativo (livre), caso contrário,
terá de aguardar até este ficar livre.
• Os dispositivos “escutam” o barramento,
enquanto transmitem com o objetivo de
detetarem qualquer colisão.

Formador: António
107
Gamboa
Transmissão de sinais
• Quando um dispositivo tenta impor o
estado lógico “1” (estado lógico menos
prioritário) e deteta o estado lógico “0”,
pára de transmitir para permitir que o
dispositivo com a mensagem prioritária o
continue a fazer.
• O dispositivo com a mensagem de
prioridade mais baixa (“1”), continua a
“escutar” o barramento para que logo
que a mensagem prioritária terminar
poder então transmitir os seus dados.
Formador: António
108
Gamboa
Funcionamento
• Os diversos dispositivos EIB-KNX para
comunicarem entre si, não só precisam
de conseguir "falar" uns com os outros,
como também precisam de usar a
mesma "linguagem".
• Os dados transmitidos e recebidos devem
ter o mesmo significado para ambos os
dispositivos.

Formador: António
109
Gamboa
Funcionamento
• Cada dispositivo inserido no sistema terá
uma designação única.
• Esta designação é conhecida como
endereço físico do protocolo e funciona
como o bilhete de identidade do
aparelho.

Formador: António
110
Gamboa
Funcionamento
• O endereço físico tem uma estrutura
própria estabelecida:

• Ex: 2.10.75

Formador: António
111
Gamboa
Funcionamento
• Numa comunicação entre um sensor (por
exemplo um interruptor) e um atuador
(por exemplo uma lâmpada) existe uma
sequência de operações.

Formador: António
112
Gamboa
Funcionamento
• O interruptor estando inicialmente
identificado pelo seu endereço físico,
comunica com a lâmpada através do
correspondente endereço:

Formador: António
113
Gamboa
Funcionamento
• O sistema KNX/EIB está baseado numa
topologia descentralizada, na qual
sensores e atuadores comunicam entre si
através de um par entrançado de baixa
tensão de segurança, 24V.
• Este par proporciona a alimentação para
a eletrónica dos vários componentes e
também transmite a informação entre
eles.

Formador: António
114
Gamboa
Funcionamento
• Quando se aciona um botão, envia-se um
telegrama ao bus com uma codificação
determinada, que é composta
basicamente dos dados a transmitir e a
direção do destinatário.
• O telegrama será recebido por todos os
atuadores do sistema, mas somente o que
tiver a direção do destinatário será o que
executa a ordem que vem prescrita.
• Não é necessário nenhum tipo de central,
a comunicação é feita entre sensores e
atuadores . Formador: António
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Gamboa
Configurações
• O sistema de base do KNX é o EIB e para
todos os modos de configuração, existe
um software criado pela KONNEX para
configurar os dispositivos, denominado por
ETS (Engineering Tool Software).

Formador: António
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Gamboa
Instalação convencional -vantagens
• Redução da linha de 220 V AC a favor de
uma linha de baixa tensão de segurança
de 24 V, isto implica:
o Redução do perigo de incêndio;
o Aumento de segurança da instalação;
o Diminuição da radiação eletromagnética.

Formador: António
117
Gamboa
Instalação convencional -vantagens
• Maior simplicidade da instalação.
• Fim dos complexos emaranhados de
cabos elétricos que necessitam os
comutadores, inversores, etc. todos os
botões são ligados aos dois fios do bus e
a relação entre estes e os atuadores
define-se através do software.

Formador: António
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Gamboa
Instalação convencional -vantagens
• Facilidade nas ampliações e flexibilidade.
• Uma instalação do tipo bus permite
modificar o seu uso somente com uma
reprogramação de alguns componentes
e as ampliações são geralmente simples
de levar a cabo.

Formador: António
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Gamboa
Instalação convencional-desvantagem
• Os componentes são mais caros, que os
mecanismos convencionais.

Formador: António
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Gamboa
Formador: António
121
Gamboa

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