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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRANDUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DE MODELOS PARA TORRES METÁLICAS


TRELIÇADAS ESTAIDAS MONOMASTRO DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Andréia Posser Cargnin

Santa Maria, RS, Brasil


2014
ANÁLISE DE MODELOS PARA TORRES METÁLICAS TRELIÇADAS
ESTAIDAS MONOMASTRO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Andréia Posser Cargnin

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da


Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para
obtenção do grau de
Engenheira Civil

Orientador: Prof. João Kaminski Jr.

Santa Maria, RS, Brasil


2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRANDUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,


aprova o trabalho de conclusão de curso

ANÁLISE DE MODELOS PARA TORRES METÁLICAS TRELIÇADAS


ESTAIDAS MONOMASTRO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
elaborado por
Andréia Posser Cargnin

como requisito parcial para obtenção do grau de


Engenheira Civil

COMISSÃO EXAMINADORA:

João Kaminski Jr., Dr.


(Orientador)

Gerson Moacyr Sisniegas Alva, Dr. (UFSM)

Marco Antônio Silva Pinheiro, Dr. (UFSM)

Santa Maria, 15 de agosto de 2014.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus a quem sempre busquei força nos momentos


de maior dificuldade, pois sei que Ele esteve sempre ao meu lado durante toda essa
jornada.

À minha família, fonte eterna de inspiração, especialmente ao meu pai, minha


mãe, meus irmãos, minha avó e meus padrinhos, pelo apoio incondicional e
contribuição para a realização deste sonho.

A todos os bons professores que tive, em especial ao professor João


Kaminski Junior, orientador deste trabalho, pelo auxílio e conhecimento
compartilhado e ao professor Gérson Alva, os quais são os responsáveis pelo
profundo apreço que desenvolvi pela área de Estruturas.

Ao professor Luciano Specht, com o qual tive a oportunidade de trabalhar no


Programa de Educação Tutorial do Curso de Engenharia Civil (PET-CIVIL) pelas
experiências compartilhadas e pelo apoio dado ao grupo, e ao professor Deividi
Pereira o qual revelou-se um grande amigo e não hesitou em dar conselhos no meu
momento de maior angústia dos últimos cinco anos: a incerteza sobre qual rumo
tomar após a conclusão desta etapa.

Aos colegas da segunda turma de Engenharia Civil de 2009 da UFSM, em


especial ao Tassinari (Lucas), Francisco (Chico), Carolina (Carol), Isa (Isabela) e Fê
(Fernanda), os quais tornaram-se verdadeiros irmãos, e por quem terei um carinho
especial pro resto da vida, independentemente do lugar do mundo em que
estejamos.

Ao pessoal da Sarkis Engenharia Estrutural, em especial ao Engenheiro


Paulo Jorge Sarkis pela oportunidade de aprendizado no estágio realizado na
empresa.

Por fim agradeço ao meu namorado Cleber pelo apoio incondicional,


paciência, respeito, amor e carinho, jamais deixados de lado, inclusive nos
momentos mais críticos.Não foi fácil chegar ao final, mas teria sido muito mais difícil
sem o apoio e a contribuição de vocês. Por isso, deixo o meu sincero e emocionado
agradecimento a todos.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................1

1.1. Objetivos ...........................................................................................2

1.2. Justificativa........................................................................................3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................5

2.1. Cenário nacional da transmissão de energia elétrica........................5

2.2. Elementos de uma LT .......................................................................8

2.3. Ações em torres ..............................................................................11

2.4. Técnicas usuais de projeto e dimensionamento de torres de LT ....13

3. METODOLOGIA....................................................................................15

3.1. Levantamento das Ações................................................................19

3.1.1. Peso próprio do mastro central ...................................................19

3.1.2. Peso próprio dos cabos...............................................................19

3.1.3. Carga estática equivalente devido à ruptura de cabos................20

3.1.3.1. Carga estática equivalente devido à ruptura de cabo condutor...20

3.1.3.2. Carga estática equivalente devido à ruptura do cabo para-raios 21

3.2. Modelagem da torre no programa ANSYS......................................24

3.2.1. Descrição das propriedades dos elementos................................25

3.2.1.1. BEAM4 ........................................................................................25

3.2.1.2. LINK8 ..........................................................................................26

3.2.1.3. LINK10 ........................................................................................28

3.3. Dados de entrada para modelagem no ANSYS..............................30

3.4. Protensão dos estais.......................................................................31

3.5. Modelo constituído apenas por elementos de treliça espacial ........34

3.6. Capacidade de carga das barras ....................................................40


3.6.2. Capacidade de carga a compressão ...........................................41

4. RESULTADOS ......................................................................................46

4.1. Alívio nos estais após a aplicação do peso próprio dos cabos .......46

4.2. Trecho 1 ..........................................................................................49

4.3. Trecho 2 ..........................................................................................52

4.4. Trecho 3 ..........................................................................................56

4.5. Trecho 4 ..........................................................................................60

4.6. Quadros horizontais ........................................................................63

5. CONCLUSÕES .....................................................................................67

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................69


RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso


Curso de Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria

ANÁLISE DE MODELOS PARA TORRES METÁLICAS TRELIÇADAS


ESTAIDAS MONOMASTRO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

AUTORA: ANDRÉIA POSSER CARGNIN


ORIENTADOR: Prof. Dr. JOÃO KAMINSKI JR.
Data e Local da Defesa: Santa Maria, 15 de agosto de 2014.

Anecessidade de expansão das linhas de transmissão no Brasil é notória,


dada as dimensões do território nacional e o crescente consumo de energia elétrica
no país. Assim, o domínio da técnica de projeto e execução das estruturasde linhas
de transmissão de energia elétrica torna-se indispensável, para que se possa
transportar a demanda energética até a distância especificada, de maneira segura e
confiável, atendendo aos parâmetros técnicos estabelecidos. Neste trabalho são
analisados três modelos para torres metálicas treliçadas do tipo estaiada,
submetidas a “cargas estáticas equivalentes” de ruptura de cabo em um programa
comercial de análise estrutural. As hipóteses de carga consideradas são: peso
próprio +ruptura de cabo para-raios e peso próprio + ruptura de cabocondutor. As
cargasde peso próprio dos cabos e da ruptura de um dos cabos sãoaplicadas
diretamente nos braços da torre, conforme as especificações doprojetoda torre. Por
fim, os resultados dos trêsmodelos sãocomparados, sendo analisadas as diferenças
no deslocamento do topo e nosesforços nas barrasda torrepara as hipóteses de
carga consideradas.

Palavras chave: Torres de linhas de transmissão, torres estaiadas, torres


metálicas treliçadas, ruptura de cabo, análise estrutural.
1

1. INTRODUÇÃO

A energia elétrica residencial, comercial e industrial passa por um longo


processo de geração, transmissão e distribuição até a chegada ao consumidor final.
A geração de energia se dá em usinas hidrelétricas, termelétricas, nucleares ou
parques eólicos, sendo que no Brasil a maior parte é gerada em usinas hidrelétricas,
transmitida usualmente em corrente alternada com diversos níveis de tensão e
finalmente distribuída aos consumidores após a passagem pelas subestações de
distribuição de energia.

A transmissão desta energia se dá por meio de cabos condutores, os quais


ficam suspensos nas cadeias de isoladores, que por sua vez ficam presas em
estruturas de suporte conhecidas como torres de linhas de transmissão (LT) de
energia elétrica. Compõem ainda uma linha de transmissão cabos para-raios,
aterramento, fundações e acessórios. As torresdevem transmitir às fundações todo o
carregamento ao qual está sujeita, devendo estar assegurada a distância mínima
entre cabos condutores, entre estes e a torree entre cabos condutores e o solo. Em
linhas de grande comprimento, as torres são usualmente treliçadas e constituídas
com perfis de aço dotipo cantoneira.

Conforme a forma de transmissão dos esforços para as fundações das torres,


estas podem ser divididas em dois grupos distintos: autoportantes e estaiadas.
As torres autoportantes transmitem os esforços ao solo por meio de quatro
fundações, as quais fornecem sustentação aos quatro montantes da estrutura.
Já nas torres estaiadas a estabilidade é garantida por meio de cabos de aço
galvanizado, denominados estais.

A necessidade de expansão das LT no Brasil é notória, em razão da


necessidade crescente do consumo de energia elétrica no país. Além disso, devido
ao fato de o Brasil ser um país de dimensões continentais, a distância das fontes
geradoras até os grandes centros consumidores é muito grande. Deste modo, o
emprego de torres metálicas treliçadas tanto estaiadas quanto autoportantes, é cada
vez maior na construção de novas LT, além de serem também amplamente
utilizadas como torres de telecomunicações.
2

No entanto, por mais que a necessidade tenha exigido que os engenheiros


ampliem seus conhecimentos na área, verifica-se que ainda há muitos casos em que
estas estruturas colapsam, geralmente devido a carregamentos dinâmicos, como por
exemplo, a ação do vento e a ruptura de cabo. Não menos importante que a ação do
vento, a ruptura de cabo neste tipo de estrutura merece atenção, pois pode causar a
ruína sequencial de torres, causando o conhecido efeito cascata.

Assim, neste trabalho deve ser analisada a resposta de uma torre metálica
treliçada estaiada monomastro de LT, submetidaà ruptura de cabo, bem como
comparar os resultados de três modelos utilizados na análise deste tipo de estrutura.

1.1. Objetivos

O principal objetivo deste trabalho consiste em comparar os resultados de


diferentesmodelos mecânicos para a análisede uma torre metálica treliçada estaiada
monomastro de LT, nos quais são aplicadas “cargas estáticas equivalentes” de
ruptura de caboutilizadas em projeto. Para tanto, são utilizados ostrês modelos
descritos a seguir:

• O primeirotem osmontantes constituídos por elementos de pórtico espacial


e as barrasdiagonais por elementos de treliça espacial;
• O segundo éconstituído inteiramente por elementos de pórtico espacial;
• O terceiro éconstituído apenas por elementos de treliça espacial, no
qualéfeita a calibração da área da seção transversal das barras
fictícias,necessárias para evitar hipostaticidades internas no modelo.

Este último modeloé normalmenteempregado em umaanálise dinâmicano


domínio do tempo, utilizando o método de integração direta das equações do
movimento.

O alívio doesforço de traçãonos estais, os quaisgarantem a sustentabilidade


da estrutura, também é analisado,quando da aplicação da carga correspondente ao
peso próprio dos cabos.
3

Por fim, éavaliada a hipótese de carga mais crítica para a estrutura: aruptura
de cabo para-raios ou de cabo condutor.

1.2. Justificativa

O Brasil tem investido significativas somas de dinheiro na geração,


transmissão e distribuição de energia elétrica, pois esta se torna indispensável para
o desenvolvimento do país. Em janeiro, na primeira Reunião do Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de 2014, o Ministro de Minas e Energia,
Edson Lobão, anunciou que o governo deverá acrescentar, no decorrer do ano, pelo
menos 6000 megawatts de capacidade instalada em novas usinas de energia
elétrica, bem como construir 6800 quilômetros de linhas de transmissão.

Diante deste cenário, é indispensável que o transporte de energia elétrica


pelas linhas de transmissão seja eficiente, confiável e econômico. Segundo
LABEGALINIet al. (1992), para transportar uma determinada quantidade de energia
elétrica a uma distância preestabelecida, há um número muito grande de soluções
possíveis, em função do grande número de variáveis associadas a uma linha.
Entretanto, dentre todas as possíveis soluções, poucas satisfazem os requisitos
básicos de transmissão de energia que se trata de transportar 1 kWh na distância
especificada, ao menor custo, dentro de parâmetros técnicos pré-definidos e com a
confiabilidade necessária.

É prática usual adotar uma simplificação para considerar as ações de


natureza dinâmica no projeto de torres metálicas treliçadas: a análise estática da
estrutura utilizando “cargas estáticas equivalentes”. Geralmente, nos modelos não
são considerados alguns fatores importantes como, por exemplo, a interação solo-
estrutura e a não-linearidade física e geométrica. MILANI (2012) afirma que
resultados mais satisfatórios e realistas seriam obtidos se esses fatores fossem
considerados no projeto, bem como a consideração da natureza dinâmica de ações
devidas ao vento e à ruptura de cabo. Porém, tais considerações trariam um maior
nível de complexidade ao projeto, além de uma maior demanda de tempo de
processamento.
4

Assim, modelos utilizados naanálise da estrutura submetida a “carregamentos


estáticos equivalentes” deruptura de um cabo são avaliados.
5

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Sob o ponto de vista energético, economistas avaliam o grau de


desenvolvimento de um país com base no consumo per capita de energia elétrica e
na taxa de crescimento deste consumo, dada a relação intrínseca deste
desenvolvimento com a produção industrial e o poder aquisitivo da população.
Aumentar então a potência disponível em um sistema elétrico torna-se uma
necessidade, uma vez que um déficit energético representa uma freada nesse
desenvolvimento. Torna-se ao mesmo tempo um desafio, dadas as proporções do
território brasileiro e o potencial hídrico do país, pois conforme os locais disponíveis
vão sendo aproveitados, as distâncias às demais localidades com recursos
disponíveis vão ficando cada vez maiores (FUCHS, 1979).

Além disso, cabe salientar que, diferentemente de outros sistemas de redes


como os de saneamento e gás, a energia elétrica não pode ser armazenada de
forma economicamente viável. Disto vem a necessidade da manutenção de um
equilíbrio entre oferta e demanda, uma vez que se houver desequilíbrio, mesmo que
por espaços de tempo muito pequenos, todo o sistema corre o risco de sofrer os
temidos “apagões”.

2.1. Cenário nacional da transmissão de energia elétrica

O Brasil teve uma evolução na transmissão de energia elétrica bem mais


lenta que nos países desenvolvidos até o final do século XX. A primeira linha que se
tem registro no Brasil tinha 2 km de extensão. Foi construída, segundo LABEGALINI
et al. (1992), por volta de 1883, na cidade de Diamantina, Minas Gerais para
transportar a energia produzida por uma hidrelétrica constituída por duas rodas
d’água e dois dínamos para acionar as bombas hidráulicas de uma mina de
diamantes. Alguns dos principais pontos apontados sobre o assunto na bibliografia
são:
6

• 1883: primeira linha de transmissão com 2 km, construída em Diamantina –


MG;
• 1901: central hidrelétrica de Santana do Paranaíba: linhas com sistemas de
40 kV, construídas pela San Paulo Tramway Light and Power Co. Ltda;
• 1914: introdução do padrão de 88 kV com a entrada em funcionamento da
usina hidrelétrica de Itupararanga;
• 1945 a 1947: construção da primeira linha de 230 kV no Brasil, com
extensão aproximada de 330 km, interligando os sistemas Rio Light e São
Paulo Light;
• Após 1947: surgimento das linhas de 345 kV da CEMIG e FURNAS,
460 kV da CESP, linhas de 500 kV do sistema de FURNAS e 800 kV do
sistema de Itaipu.

A produção de energia no país se dá, em sua maior parte, através de usinas


hidrelétricas com complementações de centrais termelétricas. Há ainda as fontes
alternativas como os parques eólicos.

Atualmente, o sistema elétrico brasileiro é coordenado pelo Operador


Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pelo controle da operação
das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado
Nacional (SIN), sob fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel). O Sistema Interligado Nacional é formado pelas empresas da região
Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, sendo que apenas
1,7% da energia requerida pelo país encontra-se fora do SIN (ONS, 2014).
A Figura 2.1 apresenta a rede de integração eletro energética do país.
7

Figura 2.1 – Integração eletroenergética no Brasil (ONS, 2013)

Para manter o bom funcionamento deste sistema, o governo tem investido


fortemente na ampliação da potência disponível e em linhas de transmissão. Para o
ano de 2014, a previsão, segundo o Ministério de Minas e Energia, é de aumentar
mais 6 mil megawatts de energia, bem como a construção de 6800 quilômetros de
linhas de transmissão (BRASIL, 2014). A Figura 2.2 apresenta o sistema de
transmissão – horizonte 2014, fornecido pelo ONS.
8

Figura 2.2 – Sistema de transmissão – horizonte 2014(ONS, 2014)

2.2. Elementos de uma LT

Uma linha de transmissão é composta, segundo LABEGALINI et al. (1992),


por:

• cabos condutores de energia;

• cabos para-raios;

• cadeias de isoladores;
9

• estruturas de suporte;

• fundações;

• aterramentos;

• acessórios.

Os condutores são produzidos a partir do encordoamento de fios metálicos,


geralmente de alumínio ou ligas de alumínio, em torno de um ou mais fios centrais
de aço galvanizado, e são dimensionados a fim de conduzir a energia elétrica da
forma mais eficiente possível, resistindo às solicitações mecânicas as quais estão
sujeitos.

As cadeias de isoladores, ou simplesmente isoladores, têm por finalidade


suportar os cabos condutorese mantê-los isolados eletricamente da estrutura de
suporte, devendo resistir tanto a solicitações mecânicas quanto elétricas.

Os cabos para-raios são geralmente constituídos de aço galvanizado, e estão


dispostos na parte mais superior da estrutura de suporte a fim de interceptar
descargas elétricas e descarregá-las para o solo, evitando danos ao sistema. Já as
estruturas de suporte devem manter os cabos condutores a distâncias seguras entre
si e do solo ou obstáculos. A Figura 2.3apresenta um esquema com os elementos
constituintes de uma LT.

Figura 2.3 – Principais elementos das linhas de transmissão (LABEGALINI et al.


1992)
10

FUCHS (1982) classifica as estruturas das linhas de transmissão segundo os


seguintes critérios:

a) Quanto a sua função na linha:

• Estruturas de suspensão: dimensionadas para suportar as cargas


normais verticais, horizontais, transversais devidas a ação do vento
sobre os cabos e as próprias estruturas. No sentido longitudinal
também resistem às solicitações impostas pela ação do vento;

• Estruturas de ancoragem: pode ser total ou parcial. A ancoragem total


se dá em estruturas de fim de linha, pois são dimensionadas para
resistir todas as cargas normais e excepcionais que venham incidir na
estrutura. Já as estruturas com ancoragem parcial são empregadas em
pontos intermediários da rede e resistem normalmente aos esforços
normais de tração unilateral, nas condições diárias de operação, além
dos esforços transversais e longitudinais normais;

• Estruturas para ângulos: devem resistir aos esforços normais das


forças horizontais devidas a presença de ângulosna linha;

• Estruturas de derivação: são projetadas quando da necessidade de se


fazer uma derivação na linha de transmissão, sem interrupção ou
secionamento nesse ponto;

• Estruturas de transposição ou rotação de fase: utilizadas para


assegurar a simetria elétrica de uma linha.

b) Quanto ao material empregado:

• Madeira: sua maior aplicação é verificada nos Estados Unidos,


existindo linhas de até 500 kV;

• Concreto armado: estas estruturas tiveram bastante divulgação na


Europa, onde foram bastante empregadas;
11

• Estruturas metálicas: tratam-se da solução técnica e economicamente


viável quando se trabalha com estruturas de grande porte. São
construídas geralmente de aços-carbono normais ou de alta
resistência.

c) Quanto a forma de resistência aos esforços:

• Estruturas autoportantes: são estruturas que tem sua estabilidade


garantida por quatro montantes, sendo que cada um deles possui uma
fundação em seu pé a fim de transferir os esforços para o solo;

• Estruturas estaiadas: são estruturas cuja estabilidade é fornecida por


estais, os quais absorvem parte dos esforços horizontais, transmitindo-
os para o solo por meio de suas respectivas fundações. A outra parte
dos esforços é absorvida axialmente pelo mastro central da torre e sua
fundação.

LABEGALINI et al. (1992) aponta que as objeções que ainda existem


referente ao uso de torres estaiadas é o fato de este tipo de estrutura demandar
espaço físico para a instalação dos estais, bem como a necessidade de se trabalhar
com terrenos cuja topografia seja favorável à sua implantação. Assim, em terrenos
com evidenciada irregularidade, os suportes autoportantes apresentam-se mais
satisfatórios, levando a soluções mistas em grande parte das linhas.

2.3. Ações em torres

KAMINSKI (2007) aponta que as principais ações atuantes em torres de


linhas de transmissão são: cargas permanentes oriundas do peso próprio, cargas
provocadas pela ruptura de cabos e ações de natureza meteorológica, como por
exemplo, a ação vento. No caso de torres estaiadas, ainda deve ser considerada a
protensão dos estais.
12

O peso próprio engloba o peso da torre, cadeias de isoladores, ferragens,


acessórios, e o peso dos cabos (condutores e para-raios), que é dado pelo produto
entre o peso linear do cabo e o vão entre torres.

A Figura 2.4 ilustra um carregamento típico em torres do tipo tangente


(suspensão):

Figura 2.4 – Carregamento típico em torres de LT tipo tangente (suspensão)

Ainda segundo KAMINSKI (2007), as ações provocadas pela ruptura de um


ou mais cabos em LT merecem atenção especial, podendo causar danos
significativos. Isto se deve ao fato de que, se considerada de maneira não adequada
em projeto, a ruptura de cabos pode ocasionar o denominado efeito cascata. A
recuperação devido a este tipo de falha pode levar semanas, enquanto que se o
colapso tivesse ocorrido sem o efeito cascata, poderia ser reparado em um período
de tempo relativamente pequeno. Por se tratar então de um procedimento moroso, a
recuperação de estruturas que colapsam devido a ruptura de cabos consiste em um
procedimento que gera muitos transtornos do ponto de vista econômico.
13

2.4. Técnicas usuais de projeto e dimensionamento de torres de LT

As ações oriundas de vento e ruptura de cabo têm natureza dinâmica.


Entretanto, é prática usual de projeto adotar uma simplificação: aaplicação de
“cargas estáticas equivalentes”. Para consideração dos efeitos de ruptura de cabo, a
recomendação é para que a carga seja aplicada diretamente nos braços da torre
isolada (sem cabos), na direção longitudinal à LT. A forma de aplicação deste
carregamento varia conforme o tipo de estrutura ao qual está sendo aplicado. Por
exemplo, nas estruturas de ancoragem, as quais são projetadas para impedir que
um eventual efeito cascata ocorra, bem como nas torres de fim de linha, as cargas
devem ser aplicadas em todos os braços, simulando a ruptura de todos os cabos.
Já nas torres de suspensão, projetadas para suspender os cabos e resistir a ações
laterais e longitudinais normais provocadas pelo vento, a aplicação do carregamento
se dá em apenas um braço, simulando a ruptura de um único cabo, seja ele um
para-raios ou um cabo condutor, conforme prevê a NBR 5422 (ABNT, 1985).

A força que é aplicada nas estruturas de suspensão, de acordo com


KAMINSKI (2007), corresponde à carga estática residual após a ruptura do cabo,
estabelecida pela força de tração emEDS (Every Day Stress) do cabo, levando em
conta o alívio proporcionado pelo movimento da cadeia de isoladores. Para um cabo
condutor, a força de tração em EDS é de aproximadamente 20% da UTS (Ultimate
Tension Stress). Assim, considerando que o movimento da cadeia de isoladores
reduz emaproximadamente 20% aforça de tração em EDS, o valor adotado para
aplicação da força horizontal correspondente à ruptura de um cabo condutor é
equivalente a 16% da UTS do cabo. Para simular a ruptura de cabo para-raios, o
valor da força horizontalé de 20% da tração última do cabo, uma vez que estes não
possuem cadeias de isoladores.

Geralmente adota-se a análise elástica linear para calcular os


deslocamentosdos nós da torre, astensões e os esforços nas barras, em projetos de
torres metálicas treliçadas, em que são empregados elementos de pórtico e treliça
espacial. A carga de colapso é determinada baseando-se na ideia do “elo mais
fraco”. Isto significa que a ruptura é atingida quando um carregamento é aplicado à
torre e supera um determinado ELU, tanto de uma barra quanto de uma ligação,
14

estando associado à tração, compressão,(flambagem) nas barras ou corte nos


parafusos, rasgamento ou esmagamento das chapas de ligação. O que se
evidencia, é que normalmente o ELU é atingido por flambagem das barras.

Nos modelos constituídos apenas por elementos de treliça, devem ser


eliminadas as instabilidades (hipostaticidades internas) devido a presença dos “nós
planos”. Isso pode ser feito introduzindo-se barras fictícias, com rigidez axial muito
pequena, a fim de não provocar alterações na resposta da estrutura.
15

3. METODOLOGIA

Primeiramente procede-se com a realização do levantamento das ações


atuantes na estrutura, bem como seu processamento e análise para obtenção da
resposta estática da mesma em um software comercial de elementos finitos.

Para tanto, foi feita a modelagem de uma torre metálica treliçada estaiada
monomastro de LT para análise estática no programa ANSYS, versão 12, por meio
dos seguintes modelos:

• Modelo A: constituído por elementos de pórtico espacial nas barras de


montantes e elementos de treliça espacial nas barras diagonais. Nos
estais são utilizados elementos de treliça, protendidos e capazes de
suportar apenas esforços de tração;

• Modelo B: constituído apenas por elementos de pórtico espacial, em


todas as barras da torre. Nos estais são utilizados elementos de treliça,
protendidos e capazes de suportar apenas os esforços de tração;

• Modelo C: constituído apenas por elementos de treliça espacial, em


todas as barras da torre, sendo necessária a inclusão de barras
fictícias, também de treliça espacial, para eliminar as hipostaticidades
internas que devem surgir. Nos estais são utilizados elementos de
treliça, protendidos e capazes de suportar apenas os esforços de
tração.

Estes modelos são submetidos a “cargas estáticas equivalentes” de ruptura


de cabo utilizadas em projeto, com o objetivo de avaliar a resposta estática em
ambos os modelos, além de calibrar o Modelo C (com barras fictícias) para que
possa ser utilizado em análises dinâmicas. Para tanto, os modelos são analisados
para uma tipologia de cabo condutor e para-raios descrita adiante.

A torre analisada constitui-se de um suporte de suspensão (tangente), com


circuitos simples, vãos de 500 m para um trecho de linha de transmissão de 230 kV.
16

A estrutura de aço, treliçada e estaiada possui 43,5 m de altura e é denominada de


torre S1E2. A Figura 3.1apresenta a estrutura analisada.

Figura 3.1 – Representação Gráfica da Torre estaiada analisada

Os tipos de perfis utilizados na modelagem do mastro central são cantoneira


de abas iguais, e são resumidos na Tabela 3.1. A figura 3.2 representa a seção
transversal do perfil.
17

Figura 3.2 – Representação da seção transversal do perfil com indicação dos eixos
Tabela 3.1 – Propriedades dos perfis que compõem o mastro central da torre S1E2
Perfil Dimensões (mm) Área (m²) Iz (m4) Iy (m4)

1 40 x 40 x 3.0 2.35E-04 3.4406E-08 3.4406E-08


2 45 x 45 x 3.0 2.66E-04 4.9199E-08 4.9199E-08
3 50 x 50 x 3.0 2.96E-04 6.8388E-08 6.8388E-08
4 50 x 50 x 4.0 3.89E-04 8.9875E-08 8.9875E-08
5 60 x 60 x 4.0 4.71E-04 1.5773E-07 1.5773E-07
6 65 x 65 x 4.0 5.13E-04 2.0112E-07 2.0112E-07
7 2 x 45 x 45 x 3.0 5.32E-04 9.8399E-08 9.8399E-08
8 65 x 65 x 5.0 6.31E-04 2.4738E-07 2.4738E-07
9 75 x 75 x 5.0 7.36E-04 3.8597E-07 3.8597E-07
10 75 x 75 x 6.0 8.75E-04 4.5486E-07 4.5486E-07
Barras fictícias 6.4516E-06

A ancoragem dos estais se dá a 17,0 m do eixo do mastro central, tanto na


direção X quanto na direção Z, que correspondem a orientação dos eixos horizontais
globais. Os estais são constituídos por cordoalhas de 37 fios Belgo Bekaert 13/16’’,
com diâmetro aproximado de 20,6375 mm. As propriedades mecânicas dos estais
são detalhadas na Tabela 3.2:

Tabela 3.2 – Propriedades dos estais


Cordoalha 13/16’’ de 37 fios Belgo Bakaert
Área seção nominal (A) 320,00 mm²
Módulo de Elasticidade (E) 120.000 N/mm²
Carga mínima de ruptura 328000 N
Massa linear 1,98 kg/m

O cabo condutor empregado nas construções dessas torres é do tipo IBIS,


sendo constituído de alumínio com reforço de aço, ACSR com 26 fios de alumínio e
7 fios de aço. A Tabela 3.3 apresenta as propriedades do cabo condutor tipo IBIS.
18

Tabela – 3.3 Propriedades do cabo condutor IBIS


Cabo condutor tipo IBIS ACSR 26/7
Diâmetro externo 19,8882 mm
Área da Seção transversal (alumínio + aço) 234 mm²
Força de tração última 72506 N
Peso linear 7,977 N/m
Módulo de Elasticidade 74515 N/mm²

O cabo para-raios utilizado nos modelos é do tipo EHS (Extra High Strength),
com 7 fios de aço de 3/8 de polegada, e tem suas propriedades mecânicas
apresentadas na Tabela 3.4.

Tabela 3.4 – Propriedades do cabo Para-raios EHS 3/8’’


Cabo para-raios EHS 7 fios com 3/8 de polegada
Diâmetro externo 9,144 mm
Área da Seção transversal (alumínio + aço) 51,0773 mm²
Força de tração última 68502,6 N
Peso linear 3,98413 N/m
Módulo de Elasticidade 152055 N/mm²

Para efeito de levantamento de ações, foram considerados isoladores de


porcelana, cujas características são apresentadas na Tabela 3.5.

Tabela 3.5 – Propriedades da cadeia de isoladores


Cadeia de isoladores
Diâmetro do isolador 250 mm
Número de isoladores 16
Peso da cadeia de isoladores 1070 N
19

3.1. Levantamento das Ações

3.1.1. Peso próprio do mastro central

O peso próprio da torre é considerado fazendo-se a aplicação de uma


aceleração para cima no valor de1 g (aceleração da gravidade = 9,81 m/s²) na
estrutura, a qual é constituída de perfis de aço cuja massa específica

vale .Desta forma, o programa calcula automaticamente o peso próprio


da estrutura, considerando a área da seção transversal e o comprimento de cada
barra.

3.1.2. Peso próprio dos cabos

O peso próprio dos cabos é aplicado diretamente nos braços da torre, sendo
calculado a partir do peso linear dos cabos fornecidos nas tabelas 3.3 e 3.4. Cabe
salientar que a força vertical aplicada nos braços da torre deve ser a soma do peso
próprio dos cabos condutores com o peso da cadeia de isoladores, que é de 1070 N.

Os valores do peso próprio dos cabos são calculados abaixo:

• Peso próprio cabo condutor IBIS:

• Peso próprio cabo para-raios EHS 3/8’’:


20

Cabe salientar que quando se realiza a simulação de ruptura decabo, o peso


próprio do cabo rompidodeve ser reduzido em 50% para a hipótese de carga
considerada.

Assim, quando for simulada a ruptura de um cabo para-raios, o peso próprio


atuante no ponto de aplicação da “carga estática equivalente” será 996 N.No caso
de umcabo condutor,o peso próprio deste no ponto de aplicação da cargaserá
3064,2 N.

3.1.3. Carga estática equivalente devido à ruptura de cabos

3.1.3.1. Carga estática equivalente devido à ruptura de cabo condutor

A carga que simula o rompimento de um cabo, a qual deve ser aplicada a


torre, é determinada pela tração em regime EDS (Every Day Stress) do cabo, a qual
para um condutor é da ordem de 20% da sua carga de ruptura à tração UTS
(Ultimate Tension Stress), considerando também um alívio de 20% nesta força
devido ao movimento da cadeia de isoladores. Assim, o valor a ser tomado como
carga estática equivalente residual posterior ao rompimento é da ordem de 16% da
UTS, para um cabo condutor. É bem conhecido no meio dos projetistas de
estruturas de LT que esta hipótese de carga não tem por finalidade evitar o colapso
da torre, mas sim fornecer alguma rigidez longitudinal e torcional às torres a fim de
evitar o efeito cascata.

• Cabo condutor tipo IBIS:


21

3.1.3.2. Carga estática equivalente devido à ruptura do cabo para-raios


Para os cabos para-raios, como não há presença da cadeia de isoladores e
consequentemente não há o alívio devido ao movimento desta cadeia, a carga
estática equivalente aplicada a torre isolada que simula a ruptura do cabo para-raios
deverá ser 20% da UTS.

As tabelas 3.6 a 3.8 e as figuras 3.3 a 3.5 mostramresumidamente as


hipóteses de carga.

Tabela 3.6 – Hipótese de carga: ruptura do cabo para-raios


Nó Carga aplicada (N) Natureza da carga
250 -1992.0 Peso próprio para-raios
252 -996.0 Peso próprio para-raios
252 -13700.5 Ruptura Cabo para-raios
253 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
260 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
267 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
22

Figura 3.3 – Hipótese de carga: ruptura do cabo para-raios

Tabela 3.7 – Hipótese de carga: ruptura do cabo condutor superior


Nó Carga aplicada (N) Natureza da carga
250 -1992.0 Peso próprio para-raios
252 -1992.0 Peso próprio para-raios
253 -11600.9 Ruptura Condutor IBIS braço superior
253 -3064.2 Peso Próprio Condutor IBIS
260 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
267 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
23

Figura 3.4 – Hipótese de carga: ruptura do cabo condutor superior

Tabela 3.8 – Hipótese de carga: Peso Próprio dos cabos


Nó Carga aplicada (N) Natureza da carga

250 -1992.0 Peso próprio para-raios


252 -1992.0 Peso próprio para-raios
253 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
260 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
267 -5058.5 Peso Próprio Condutor IBIS
24

Figura 3.5 – Hipótese de carga:Peso próprio dos cabos - hipótese utilizada na


avaliação do alívio de esforço nos estais após a aplicação do peso próprio dos
cabos.

3.2. Modelagem da torre no programa ANSYS

A torre monomastro de LT analisada foi modelada no programa comercial de


elementos finitos ANSYS versão 12, empregando elementos de barra do tipo treliça
espacial e pórtico espacial,para modelar a estrutura, e de cabo, para modelar o
estais.

Para o modelo A, foram utilizados elementos do tipo BEAM4 (pórtico espacial)


nas barras dosmontantes, LINK8 (treliça espacial) para as barras diagonais e
algumas barras horizontais da torre e LINK10 para modelagem dos estais.
25

Para o modelo B foram utilizados apenas elementos do tipo BEAM4 para a


modelagem da torree LINK10 para modelagem dos estais.

Para o modelo C, foram utilizados apenas elementos do tipo LINK8 para


modelagem da torree LINK10 para os estais. Neste modelo foram introduzidas
barras fictícias com áreada seção transversal muito pequena, para eliminar as
hipostaticidades internas que ocorrem no modelo.

3.2.1. Descrição das propriedades dos elementos

3.2.1.1. BEAM4
O elemento BEAM4 é uniaxial, resistindo a esforços de tração, compressão,
torção e flexão. Cada nó do elemento possui seis graus de liberdade: translação em
relação aos eixos x, y e z e rotação em torno dos eixos x, y e z. A geometria,
locação dos nós e sistema de coordenadas deste elemento são mostrados na
Figura 3.6:

Figura – 3.6 Elemento BEAM4


26

Dados de entrada para o elemento BEAM4:

• Nós: i, j e k (a orientação do nó k é opcional);

• Graus de liberdade: três translações correspondentes a cada um dos


três eixos (UX, UY e UZ) e três rotações (ROTX, ROTY e ROTZ);

• Propriedades geométricas:

a) Área da seção transversal (A);

b) Momento de inércia à flexão em torno do eixo z (Izz);

c) Momento de inércia à flexão em torno do eixo y (Iyy);

d) Espessura na direção y (TKY);

e) Espessura na direção z (TKZ);

f) Momento de inércia à torção em torno do eixo x (Ixx);

g) Ângulo de orientação (THETA).

• Propriedades dos materiais:

a) Módulo de elasticidade longitudinal do material ou módulo de Young


(EX);

b) Coeficiente de dilatação térmica (ALPX);

c) Massa específica (DENS);

d) Módulo de elasticidade transversal do material (GX).

• Restrições:

a) O comprimento ou área do elemento não deve ser zero.

3.2.1.2. LINK8
O elemento LINK8 pode ser usado na modelagem de treliças, cabos etc.
É um elemento tridimensional, que pode ser submetido à tração e compressão de
27

maneira uniaxial, tendo três graus de liberdade por nó: translação nas direções x, y e
z. A Figura 3.6 apresenta o elemento LINK8.

Figura 3.7 – Elemento LINK8

Dados de entrada para o elemento LINK8:

• Nós: i e j;

• Graus de liberdade: 3 graus de liberdade por nó, correspondendo a


translação em relação aos eixos x, y e z.

• Propriedades geométricas:

a) Área da seção transversal (A);

b) Deformação inicial (ISTRN): é dada por d/L, onde d representa a


diferença entre o elemento na posição deformada e o elemento na
posição indeformada com comprimento L, definido pelas
coordenadas dos nós i e j.

• Propriedades dos materiais:

a) Módulo de elasticidade longitudinal do material ou módulo de Young


(EX);

b) Coeficiente de dilatação térmica (ALPX);

c) Massa específica (DENS);


28

• Restrições:

a) Este elemento deve ser usado como uma barra reta, carregada
axialmente em seus extremos, com propriedades uniformes em todo
seu comprimento;

b) O comprimento do elemento deve ser maior do que zero, então, os


nós i e j não podem ser coincidentes;

c) A área da seção transversal deve ser maior do que zero;

d) A variação de temperatura ao longo da barra ocorre de maneira


linear;

e) A forma de interpolação dos deslocamentos implica em uma tensão


uniforme na barra;

f) A deformação inicial também é usada no cálculo da matriz stress


stiffness, se houver, para a primeira iteração cumulativa.

3.2.1.3. LINK10
O elemento LINK10 é tridimensional, não linear, com a possibilidade de atuar
apenas na tração ou apenas na compressão. Com a opção de atuar apenas na
tração, a rigidez é removida se o elemento é comprimido (simulando um cabo solto).
O elemento não possui rigidez a flexão. A Figura 3.7 apresenta o elemento LINK10.
29

Figura 3.8 – Elemento LINK10

Dados de entrada para o elemento LINK10:

• Nós: i e j;

• KEYOPT (2) =

0: sem rigidez associada ao cabo solto;

1: pequena rigidez associada ao cabo solto para movimentos


longitudinais;

2: pequena rigidez associada ao cabo solto para movimentos


longitudinais e perpendiculares (aplicáveis apenas com stress
stiffening).

• KEYOPT (3) =

0: opção de atuar como cabo apenas na tração;

1: opção de atuar como cabo apenas na compressão (cabo solto).

• Propriedades geométricas:

a) Área da seção transversal (A);

b) Deformação inicial (ISTRN): se KEYOPT (3) = 0 e ISTRN é negativo,


o cabo é incialmente solto. Se KEYOPT (3) = 1 e ISTRN é positivo, o
cabo possui inicialmente uma folga.

• Propriedades dos materiais:

a) Módulo de elasticidade longitudinal do material ou módulo de Young


(EX);

b) Coeficiente de dilatação térmica (ALPX);

c) Massa específica (DENS).


30

• Restrições

a) O comprimento deste elemento deve ser positivo. Portanto, os nós i


e j não podem ser coincidentes;

b) A área da seção transversal deve ser positiva;

c) Se ISTRN = 0, a rigidez do elemento é incluída no primeiro substep;

d) O procedimento de solução se dá da seguinte maneira: a condição


do elemento no início do primeiro substep é determinada pela
deformação inicial fornecida. Se este valor é negativo para opção de
tração do cabo ou positivo para a opção de folga na compressão, a
rigidez do elemento é tomada como sendo nula para este substep.
Se no final do substep STAT = 2, é descartada a rigidez do elemento
para o próximo passo. Se STAT = 1, a rigidez do elemento é incluída
no próximo passo. Nenhuma rigidez é associada com a opção de
cabo (tração) havendo um deslocamento relativo negativo ou com a
opção de folga (compressão) havendo um deslocamento relativo
positivo;

e) Se houver mudança de status dentro de um passo, os efeitos dessa


mudança serão considerados no próximo passo;

f) O elemento é não linear, requerendo uma solução iterativa.


Substeps que não convergem, não estão em equilíbrio;

g) A deformação inicial é usada no cálculo da matriz stress stiffness, se


houver, para a primeira iteração cumulativa;

h) Stress stiffening deve sempre ser usado na solução de problemas


envolvendo cabos em suspensão visando a estabilidade numérica.

3.3. Dados de entrada para modelagem no ANSYS


31

Os dados utilizados para a modelagem da torre são apresentados nas tabelas


3.9 para os modelos A e B e 3.10 para o modelo C.

Tabela 3.9 – Dados para modelagem da torre (Modelos A e B)


Modelo A – Elementos de pórtico espacial e treliça espacial
Modelo B – Apenas elementos de pórtico espacial
Número de nós 279
Número de barras reais 638
Número de barras fictícias 0
Número total de barras 638

Tabela 3.10 – Dados para modelagem da torre (ModeloC)


Modelo C – Apenas elementos de treliça espacial

Número de nós 279


Número de barras reais 638
Número de barras fictícias 363
Número total de barras 1001

A área da seção transversal das barras fictícias no modelo C foi considerada


da ordem de grandeza de 100 vezes menor que a área da barra com menor seção
transversal da torre.

As barras em todos os modelos possuem módulo de elasticidade longitudinal


E = 2,10 x 10+11 N/m2.

3.4. Protensão dos estais


32

Nos cabos de aço que garantem a estabilidade do mastro central (estais)


deve ser aplicada uma protensão inicial, a qual provoque uma tração de
aproximadamente 20% da carga de rupturado estai. Para tanto, esta protensão deve
ser aplicada no modelo por meio de uma deformação inicial informada nas Real
Constants definidas para o elemento LINK10.

Os estais são do tipo cordoalha 13/16” de 37 fios Belgo Bakaert, com carga
de ruptura de 328.000N (32,80 tf), cujas propriedades estão apresentadas na
Tabela 3.11.

O primeiro valor de deformação inicial adotada para os estais foi àquele capaz
de produzir nos cabos a protensão desejada (20% da carga de ruptura). Este valor
foi aplicado igualmente nos quatro estais como um valor coerente para iniciar o
processo iterativo de calibração.

Tabela 3.11 – Dados iniciais para calibração da protensão dos estais


Cordoalha 13/16’’ de 37 fios Belgo Bakaert
Área seção nominal (A) 320,00 mm²
Módulo de Elasticidade (E) 120.000 N/mm²
Carga de ruptura 328.000 N
20% da carga de ruptura 65.600 N
2,06985E-03 m

A calibração foi feita por meio de iterações monitorando-se o deslocamento


do nó 251 (nó central no topo da torre). Aplica-se uma deformação nos estais e
verificam-se os deslocamentoshorizontais do nó 251, os quais devem ser bem
próximos de zero, bem como o esforço normal produzido nas cordoalhas, o qual
deveria ser aproximadamente 20% da carga de ruptura do cabo. O processo foi
encerrado quando os deslocamentos horizontais neste nó foram da ordem de
0,0084 mm. Este processo foi realizado considerando apenas o peso próprio do
mastro central, para que pudesse ser representado de maneira fiel o processo
construtivo da estrutura. O peso próprio dos cabos condutores, isoladores e para-
33

raios foram aplicados após a calibração dos estais. Assim, como era esperado,
quando foi aplicado o peso próprio dos cabos condutores e para-raios houve um
alívio de tensões no cabo devido a deformação do mastro central. A intensidade
deste alívio de tensões é avaliada adiante na discussão dos resultados.

Uma vez que a estrutura não apresenta simetria, o valor da deformação


equivalente aplicada aos estais resultou diferente. A Figura 3.8 apresenta a
numeração dos estais e a deformação do mastro central devido à falta de simetria. A
Tabela 3.12apresenta o valor de deformação aplicada aos estais calibrados.

Figura 3.9 – Deformada do mastro central devido a assimetria da estrutura

Tabela 3.12 – Deformações iniciais aplicadas aos estais calibrados


Estais

635 e 637 2,07965E-03m


636 e 638 2,07065E-03m
34

3.5. Modelo constituído apenas por elementos de treliça espacial

Para a definição da área da seção transversal das barras fictícias a serem


utilizadas no modelo C, constituído apenas por elementos de treliça espacial, partiu-
se do pressuposto que, para este modelo apresentar resultados aceitáveis, a área
da seção transversal destas barras deve ser considerada como 100 vezes menor
que a área da barra com menor seção transversal entre as barras da torre. Assim, o
primeiro valor de área transversal testado foi de 2,35E-04 m².

Foram comparados os resultados dos esforços nas barras mais carregadas,


isto é, apenas nas barras cuja razão entre o esforço axial (tração ou compressão)
solicitante e a capacidade de carga estimada fosse maior do que 0,20.

Verificou-se então que as diferenças entre os modelos A e C e B e C eram


muito grandes (maiores do que 10%) para este valor de área transversal para barras
fictícias.

Foram então testados valores de área da seção transversal maiores, com


razões de 1,75, 2,25, 2,75 e 3,30 vezes maior do que o primeiro valor utilizado.

As tabelas 3.13 a 3.17 apresentam as maiores diferenças encontradas nos


esforços nas barras entre os modelos A e C e também B e C quando as diferentes
áreas de seção transversal das barras fictícias foram usadas no modelo C.
35

Tabela 3.13 – Diferenças nos esforços nas barras entre os modelos para barras
fictícias com área da seção transversal 2,35E-06 m² no modelo C
Dif. A e C Dif. B e C Elemento Hipótese de Carga Esforço

13% 12% 192 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão


-17% -17% 195 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-18% -19% 194 Rup. Cond. Superior Máx. Tração
-13% -13% 198 Rup. Para-raios Máx. Tração
13% 13% 200 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-16% -16% 203 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
13% 12% 208 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-15% -14% 211 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-15% -14% 210 Rup. Cond. Superior Máx. Tração
-16% -20% 236 Rup. Para-raios Máx. Compressão
-16% -18% 244 Rup. Para-raios Máx. Compressão
21% 21% 486 Rup. Para-raios Máx. Compressão
30% 27% 503 Rup. Para-raios Máx. Compressão
20% 18% 503 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
18% 21% 505 Rup. Para-raios Máx. Compressão
12% 13% 505 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
17% 18% 513 Rup. Para-raios Máx. Compressão
13% 12% 513 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
20% 22% 521 Rup. Para-raios Máx. Compressão
14% 14% 521 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
29% 27% 529 Rup. Para-raios Máx. Compressão
19% 17% 529 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
11% 10% 533 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
11% 11% 534 Rup. Cond. Superior Máx. Tração
36

13% 11% 541 Rup. Para-raios Máx. Compressão


22% 25% 543 Rup. Para-raios Máx. Compressão
10% 12% 544 Rup. Para-raios Máx. Tração
42% 41% 543 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-45% -48% 548 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
25% 10% 600 Rup. Para-raios Máx. Compressão
41% 40% 630 Rup. Para-raios Máx. Compressão
43% 41% 630 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão

Tabela 3.14 – Diferenças nos esforços nas barras entre os modelos para barras
fictícias com área da seção transversal 4,1125E-06 m² no modelo C
Dif. A e C Dif. B e C Elemento Hipótese de Carga Esforço

16% 16% 486 Rup. Para-raios Máx. Compressão


12% 11% 486 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
38% 34% 503 Rup. Para-raios Máx. Compressão
24% 22% 503 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
13% 16% 505 Rup. Para-raios Máx. Compressão
10% 11% 505 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
12% 10% 508 Rup. Para-raios Máx. Compressão
13% 12% 508 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
14% 16% 521 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 12% 521 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
22% 20% 529 Rup. Para-raios Máx. Compressão
15% 13% 529 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
10% 9% 533 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 10% 534 Rup. Para-raios Máx. Tração
13% 12% 541 Rup. Para-raios Máx. Compressão
31% 30% 543 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-28% -30% 548 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
19% 15% 608 Rup. Para-raios Máx. Tração
-20% -17% 608 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
34% 32% 630 Rup. Para-raios Máx. Compressão
37% 35% 630 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
37

Tabela 3.15 – Diferenças nos esforços nas barrasentre os modelos para barras
fictícias com área da seção transversal 5,2875E-06 m²no modelo C
Dif. A e C Dif. B e C Elemento Hipótese de Carga Esforço
15% 15% 486 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 11% 486 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
41% 38% 503 Rup. Para-raios Máx. Compressão
26% 24% 503 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
12% 16% 505 Rup. Para-raios Máx. Compressão
10% 11% 505 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
13% 11% 508 Rup. Para-raios Máx. Compressão
15% 13% 508 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
13% 14% 521 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 11% 521 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
20% 18% 529 Rup. Para-raios Máx. Compressão
14% 12% 529 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
14% 13% 541 Rup. Para-raios Máx. Compressão
27% 26% 543 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-21% -24% 548 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
23% 20% 608 Rup. Para-raios Máx. Tração
-31% -27% 609 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
32% 30% 630 Rup. Para-raios Máx. Compressão
35% 33% 630 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
38

Tabela 3.16 – Diferenças nos esforços nas barras entre os modelos para barras
fictícias com área da seção transversal 6,4516E-06 m² no modelo C
Dif. A e C Dif. B e C Elemento Hipótese de Carga Esforço
15% 15% 486 Rup. Para-raios Máx. Compressão
12% 11% 486 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
43% 40% 503 Rup. Para-raios Máx. Compressão
28% 26% 503 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
13% 16% 505 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 12% 505 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
15% 13% 508 Rup. Para-raios Máx. Compressão
16% 15% 508 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
12% 14% 521 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 11% 521 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
19% 17% 529 Rup. Para-raios Máx. Compressão
13% 12% 529 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
24% 23% 543 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-18% -21% 548 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-12% -11% 600 Rup. Cond. Superior Máx. Tração
13% 10% 605 Rup. Para-raios Máx. Compressão
26% 23% 608 Rup. Para-raios Máx. Tração
-37% -34% 609 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
31% 29% 630 Rup. Para-raios Máx. Compressão
34% 32% 630 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
39

Tabela 3.17 – Diferenças nos esforços nas barras entre os modelos para barras
fictícias com área da seção transversal 7,7419E-06 m² no modelo C
Dif. A e C Dif. B e C Elemento Hipótese de Carga Esforço
14% 15% 486 Rup. Para-raios Máx. Compressão
12% 11% 486 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
30% 28% 503 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
13% 17% 505 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 12% 505 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
16% 14% 508 Rup. Para-raios Máx. Compressão
18% 16% 508 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
12% 13% 521 Rup. Para-raios Máx. Compressão
11% 11% 521 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
19% 17% 529 Rup. Para-raios Máx. Compressão
13% 11% 529 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
14% 13% 541 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
23% 22% 543 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-14% -16% 548 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
-13% -13% 600 Rup. Cond. Superior Máx. Tração
15% 12% 605 Rup. Para-raios Máx. Compressão
29% 26% 608 Rup. Para-raios Máx. Tração
-44% -40% 609 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão
30% 28% 630 Rup. Para-raios Máx. Compressão
33% 31% 630 Rup. Cond. Superior Máx. Compressão

Analisando os resultadosverifica-se que as menores diferenças são


encontradas quando se usam barras fictícias com áreade 6,4516E-06 m² e 7,7419E-
06 m². Comparando as tabelas 3.16 e 3.17, pode-se observar que as diferenças
aumentam em determinadas barras e diminuem em outras. Assim, optou-se por
utilizar o valor de 6,4516E-06 m² para área da seção transversal das barras fictícias.
40

3.6. Capacidade de carga das barras

A capacidade de carga exata tanto a tração quanto a compressão das barras


era determinada segundo a ABNT NBR 8850 (ABNT, 2003), levando-se em conta
diversos parâmetros como esbeltez das barras, área líquida das barras, tensão limite
de compressão, bem como se as barras sofrem flexo-tração ou flexo-compressão.
Entretanto, como a NBR 8850 (ABNT,2003) foi revogada em 2013, a capacidade de
carga a tração e a compressão será estimada conforme especificado adiante,
seguindo os critérios da ABNT NBR 8800 (ABNT, 2008).

3.6.1. Capacidade de carga a tração


Segundo Pfeil a resistência de uma peça sujeita a tração axial pode ser
determinada por:

• Ruptura da seção com furos;

• Escoamento generalizado da barra ao longo de seu comprimento,


provocando deformações exageradas.

O escoamento da seção com furos conduz a um pequeno alongamento da


peça e não constitui um estado limite.

A prática usual no dimensionamento de estruturas de aço considera que a


resistência de projeto seja dada pelo menor dos seguintes valores:

• Ruptura da seção com furos (área líquida);

• Escoamento da seção bruta.

Nas peças da seção com perfis de pequena espessura com ligações por
grupo de conectores pode ocorrer um tipo de colapso denominado cisalhamento do
bloco.

Uma vez que as ligações parafusadas não foram modeladas e consideradas


nas análises, a capacidade de carga a tração das barras foi estimada considerando
41

o escoamento da seção bruta. Assim, a resistência a tração das barras é dada pela
seguinte expressão:

na qual:
é a área bruta da seção transversal do perfil;
é a tensão de escoamento do aço (250 MPa para o aço ASTM A-36);
éo coeficiente parcial de segurança, aplicado às resistências, de acordo
com a NBR 8800 (ABNT, 2008). No caso de esforço normal solicitante decorrente da
combinação normal de ações ou combinações especiais ou de construção,

A Tabela 3.18 apresenta o cálculo da capacidade de carga à tração dos


perfisconsiderados na estrutura, constituídos com o aço ASTM A-36.

Tabela 3.18 – Capacidade de carga à tração dos perfis da estrutura


Perfil Ag (m²) Capacidade de carga (N)

2x45x45x3 5,32E-04 120909


40x40x3 2,35E-04 53409
45x45x3 2,66E-04 60455
50x50x3 2,96E-04 67273
50x50x4 3,89E-04 88409
60x60x4 4,71E-04 107045
65x65x4 5,13E-04 116591
65x65x5 6,31E-04 143409
75x75x5 7,36E-04 167273
75x75x6 8,75E-04 198864

3.6.2. Capacidade de carga a compressão


Na capacidade de carga a compressão o índice de esbeltez foi o principal
parâmetro considerado para da determinação da resistência do perfil. A resistência
àcompressão de projeto (Rdc) é dada pela seguinte expressão:
42

na qual:
é a tensão resistente (tensão última) à compressão simples com
flambagem por flexão;
é a área bruta da seção transversal do perfil;
vide NBR 8800 (ABNT, 2008).

A tensão fc considera o efeito de imperfeições geométricas e excentricidade


de aplicação das cargas dentro das tolerâncias da norma, além das tensões
residuais existentes nos diferentes tipos de perfis.

A norma americana AISC e a brasileira NBR 8800 (ABNT, 2008) adotam a


curva apresentada abaixo como curva única de flmbagem, a qual é descrita como
uma relação entre o parâmetro adimensional e o índice de esbeltez reduzido λ0.

Figura 3.10 – Curva única de flambagem das normas AISC(2005) e NBR 8800
(ABNT, 2008)
43

na qual:

K é o coeficiente que define o comprimento efetivo de flambagem.

O valor de também pode ser determinado por meio da tabela apresentada


a seguir, presente na NBR 8800 (ABNT, 2008).

Tabela 3.19 – Valor de em função do índice de esbeltez λ0

A capacidade de carga a compressão dos perfis utilizados na estrutura é


apresentada nas tabelas 3.20 a 3.24 a seguir.
44

Tabela 3.20 – Estimativa da capacidade de carga a compressão dos perfis dos


montantes
Perfil Lfl (cm) rz (cm) Ag (m²) Lfl/rz λo χ fc Ndres (N)

60x60x4 102.3 1.18 4.71E-04 86.69 0.98 0.669 167250 71613.41


65x65x4 150 1.28 5.13E-04 117.19 1.32 0.482 120500 56196.82
75x75x5 150 1.48 7.36E-04 101.35 1.15 0.575 143750 96181.82
75x75x6 150 1.48 8.75E-04 101.35 1.15 0.575 143750 114346.59
65x65x5 67.5 1.28 6.25E-04 52.73 0.60 0.86 215000 122159.09
65x65x5 135 1.28 6.25E-04 105.47 1.19 0.553 138250 78551.14
60x60x4 110 1.18 4.71E-04 93.22 1.05 0.63 157500 67438.64

Tabela 3.21 – Estimativa da capacidade de carga a compressão dos perfis das


diagonais
Perfil Lfl (cm) rz (cm) Ag (m²) Lfl/rz λo χ fc Ndres (N)

40x40x3 150 0.78 2.35E-04 192.31 2.17 0.186 46500 9934.09


40x40x3 121.2 0.78 2.35E-04 155.38 1.76 0.283 70750 15114.77
40x40x3 170.3 0.78 2.35E-04 218.33 2.47 0.144 36000 7690.91
45x45x3 150 0.88 2.66E-04 170.45 1.93 0.235 58750 14206.82
45x45x3 144.5 0.88 2.66E-04 164.20 1.86 0.253 63250 15295.00
45x45x3 178.6 0.88 2.66E-04 202.95 2.29 0.167 41750 10095.91
45x45x3 93.7 0.88 2.66E-04 106.48 1.20 0.547 136750 33068.64
50x50x3 187.4 0.99 2.96E-04 189.29 2.14 0.192 48000 12916.36
50x50x4 93.7 0.99 3.89E-04 94.65 1.07 0.619 154750 54725.23
40x40x3 85.1 0.78 2.35E-04 109.10 1.23 0.531 132750 28360.23
45

Tabela 3.22 – Estimativa da capacidade de carga a compressão dos perfis dos


diafragmas rígidos
Perfil Lfl (cm) rz (cm) Ag (m²) Lfl/rz λo χ fc Ndres (N)

40x40x3 130 0.78 2.35E-04 166.67 1.88 0.248 62000 13245.45


40x40x3 43.3 0.78 2.35E-04 55.51 0.63 0.847 211750 45237.50
40x40x3 86.7 0.78 2.35E-04 111.15 1.26 0.515 128750 27505.68
50x50x3 183.8 0.99 2.96E-04 185.66 2.10 0.199 49750 13387.27
40x40x3 183.8 0.78 2.35E-04 235.64 2.66 0.124 31000 6622.73
50x50x3 130 0.99 2.96E-04 131.31 1.48 0.400 100000 26909.09
65x65x5 130 1.28 6.25E-04 101.56 1.15 0.575 143750 81676.14
60x60x4 130 1.18 4.71E-04 110.17 1.24 0.525 131250 56198.86

Tabela 3.23 – Estimativa da capacidade de carga a compressão dos perfis dos


braços
Perfil Lfl (cm) rz (cm) Ag (m²) Lfl/rz λo χ fc Ndres (N)
65x65x4 132.10 1.28 5.13E-04 103.20 1.17 0.564 141000 65757.27
2x45x45x3 188.90 1.36 5.32E-04 138.90 1.57 0.356 89000 43043.64
50x50x3 97.00 0.99 2.96E-04 97.98 1.11 0.597 149250 40161.82
40x40x3 146.90 0.78 2.35E-04 188.33 2.13 0.193 48250 10307.95
40x40x3 73.50 0.78 2.35E-04 94.23 1.06 0.625 156250 33380.68
40x40x3 144.10 0.78 2.35E-04 184.74 2.09 0.201 50250 10735.23
40x40x3 115.10 0.78 2.35E-04 147.56 1.67 0.314 78500 16770.45
40x40x3 86.70 0.78 2.35E-04 111.15 1.26 0.515 128750 27505.68
40x40x3 43.30 0.78 2.35E-04 55.51 0.63 0.847 211750 45237.50
45x45x3 156.20 0.88 2.66E-04 177.50 2.01 0.217 54250 13118.64

Tabela 3.24 – Estimativa da capacidade de carga a compressão dos perfis do topo


Perfil Lfl (cm) rz (cm) Ag (m²) Lfl/rz λo χ fc Ndres (N)

40x40x3 128.6 0.78 2.35E-04 164.87 1.86 0.253 63250 13512.50


60x60x4 107.9 1.18 4.71E-04 91.44 1.03 0.641 160250 68616.14
2x45x45x3 125 1.36 5.32E-04 91.91 1.04 0.691 172750 83548.18
46

4. RESULTADOS

Os resultados obtidos para os modelos A, B e C com a aplicação das “cargas


estáticas equivalentes” que simulam a ruptura de cabo para-raios ou condutor, bem
como as diferenças de esforços entre os modelos são apresentados no Anexo B.
A estrutura foi segmentada em trechos a fim de facilitar o entendimento e a
apresentação dos resultados obtidos. A identificação de cada trecho é apresentada
no Anexo A.

4.1. Alívio nos estais após a aplicação do peso próprio dos cabos

Como já apresentado no capítulo 3, item 3.4, a protensão dos estais foi feita
considerando apenas o peso próprio do mastro central, a fim de reproduzir da
maneira mais real o processo construtivo da estrutura.

Com a aplicação do peso próprio dos cabos para-raios e condutores pode-se


observar que ocorre um alívio de esforços nos estais, em razão da deformação do
mastro central.

As figuras 4.1 e 4.2 apresentam os esforços oriundos em cada estai antes e


depois da aplicação do peso próprio dos cabos, para os modelos A, B e C,
respectivamente.
47

Figura 4.1 – Esforços nos estais antes da a aplicação do peso próprio dos cabos,
apenas com o peso próprio do mastro central

Figura 4.2 – Esforços nos estais após a aplicação do peso próprio dos cabos
condutores e para-raios
48

As tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 apresentam as porcentagens de alívio nos estais


para os modelos A, B e C, respectivamente.

Tabela 4.1 – Alívio nos estais após aplicação do peso próprio dos cabos (modelo A)
Modelo A

Estais Esforço (N) Esforço (N) c/ PP Cabos Alívio


635 65.786 65.288 -0.76%
636 65.758 64.634 -1.71%
637 65.787 65.289 -0.76%
638 65.758 64.634 -1.71%

Tabela 4.2 – Alívio nos estais após aplicação do peso próprio dos cabos (modelo B)
Modelo B
Estais Esforço (N) Esforço (N) c/ PP Cabos Alívio
635 65.808 65.310 -0.76%
636 65.780 64.656 -1.71%
637 65.808 65.311 -0.76%
638 65.779 64.656 -1.71%

Tabela 4.3 – Alívio nos estais após aplicação do peso próprio dos cabos (modelo C)
Modelo C

Estais Esforço (N) Esforço (N) c/ PP Cabos Alívio


635 65.800 65.303 -0.76%
636 65.772 64.649 -1.71%
637 65.800 65.303 -0.76%
638 65.772 64.649 -1.71%

Verifica-se que o alívio percentual nos três modelos foi o mesmo. Nos estais
636 e 638 este alívio foi maior (1,71%), enquanto que nos estais 635 e 637 foi de
0,76%. Isso ocorre em razão da assimetria da estrutura, mostradana Figura 3.8.
49

A seguir, são apresentadas as diferenças percentuais de esforços entre os


modelos A e C e B e C para as hipóteses de carga consideradas.

Para tanto, a estrutura foi subdivida em quatro trechos, e estes em grupos de


barras, conforme apresentado no Anexo A. Foram comparadas ainda as barras que
compõem os quadros horizontais.

Para cada grupo de barras do modelo C, foi retirado o máximo esforço


solicitante, o qual foi comparado ao grupo correspondente nos modelos A e B.

4.2. Trecho 1

A figura 4.3 representa os grupos de barras para o trecho 1.

Figura 4.3 – Grupos de barras para o Trecho 1


50

A Figura 4.4 apresenta as máximas diferenças entre os modelos A e C para o


trecho 1, para hipótese de carga de ruptura de cabo para-raios.

Figura 4.4 – Máximas diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação


de ruptura de cabo para-raios

A Figura 4.5 apresenta as máximas diferenças entre os modelos A e C, para o


trecho 1, considerando como hipótese de carga a ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.5 – Máximas diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação


de ruptura do cabo condutor superior
51

A Figura 4.6 apresenta as máximas diferenças entre os modelos B e C para o


trecho 1 para hipótese de carga de ruptura de cabo para-raios.

Figura 4.6 – Máximas diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação


de ruptura de cabo para-raios.

A Figura 4.7 apresenta as máximas diferenças entre os modelos B e C para o


trecho 1, considerando a hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.7 – Máximas diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação


de ruptura do cabo condutor superior
52

A máxima diferença percentual verificada para os montantes, na comparação


dos modelos A e C foi de 3,35%, correspondente a simulação de ruptura do cabo
condutor superior. Para as diagonais não foram verificadas diferenças, indicando
que a razão entre esforço solicitante e capacidade de carga das barras não foi maior
do que 0,20.

Já na comparação dos modelos B e C a máxima diferença percentual


verificada para os montantes foi de 1,87%, também correspondente à hipótese de
carga de ruptura do cabo condutor superior. Para as diagonais ocorreu o mesmo
verificado na comparação dos modelos A e C.

4.3. Trecho 2

A figura 4.8 representa os grupos de barras de montantes para o trecho 2 e


as figuras 4.9 e 4.10 representam os grupos de barras de diagonais para o mesmo
trecho.

Figura 4.8 – Grupos de barras de montantes para o Trecho 2


53

Figura 4.9 – Grupos de barras de diagonais para o Trecho 2 (Vista Frontal)

Figura 4.10 – Grupos de barras de diagonais para o Trecho 2 (Vista Lateral)

A Figura 4.11 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para o trecho 2


considerando a hipótese de carga de ruptura do cabo para-raios.
54

Figura 4.11 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação de


ruptura do cabo para-raios.

A Figura 4.12 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para o trecho 2


para hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.12 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para a simulação de


ruptura do cabo condutor superior.
55

A Figura 4.13 apresenta as diferenças percentuais entre os modelos B e C


para o trecho 2 para a hipótese de carga de ruptura do cabo para-raios.

Figura 4.13 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação de


ruptura do cabo para-raios.

A Figura 4.14 apresenta as diferenças entre os modelos B e C para o trecho 2


para a hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.14 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação de


ruptura do cabo condutor superior
56

A máxima diferença percentual verificada para os montantes, na comparação


dos modelos A e C foi de 5,70%, correspondente a simulação de ruptura do cabo
para-raios. Para as diagonais a máxima diferença verificada foi de 43,47% também
correspondente a simulação de ruptura do cabo para-raios.

Já na comparação dos modelos B e C a máxima diferença percentual


verificada para os montantes foi de 5,88%, correspondente à hipótese de carga de
ruptura do cabo para-raios. Para as diagonais a máxima diferença verificada foi de
40,24% correspondente a ruptura do cabo para-raios.

4.4. Trecho 3

A figura 4.15 representa os grupos de barras de montantes para o trecho 3 e


as figuras 4.16 e 4.17 representa os grupos de barras de diagonais para o mesmo
trecho.

Figura 4.15 – Grupos de barras de montantes para o Trecho 3


57

Figura 4.16 – Grupos de barras de diagonais para o Trecho 3 (Vista Frontal)

Figura 4.17 – Grupos de barras de diagonais para o Trecho 3 (Vista Lateral)

A Figura 4.18 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para o trecho 3


para a hipótese de carga de ruptura do cabo para-raios.
58

Figura 4.18 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação de


ruptura do cabo para-raios

A Figura 4.19 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para o trecho 3


para a hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.19 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação de


ruptura do cabo condutor superior
59

A Figura 4.20 apresenta as diferenças entre os modelos B e C para o trecho 3


para a hipótese de carga de ruptura do cabo para-raios.

Figura 4.20 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação de


ruptura do cabo para-raios

A Figura 4.21 apresenta as diferenças entre os modelos B e C para o trecho 3


para a hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.21 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação de


ruptura do cabo condutor superior
60

A máxima diferença percentual verificada para os montantes, na comparação


dos modelos A e C foi de 7,75%, correspondente a simulação de ruptura do cabo
condutor superior. Para as diagonais a máxima diferença verificada foi de 19,42%
correspondente a simulação de ruptura do cabo para-raios.

Já na comparação dos modelos B e C a máxima diferença percentual


verificada para os montantes foi de 8,70%, correspondente à hipótese de carga de
ruptura do cabo condutor superior. Para as diagonais a máxima diferença verificada
foi de 17,27% correspondente a ruptura do cabo para-raios.

4.5. Trecho 4

A figura 4.22 representa os grupos de barras de montantes para o trecho 3 e


as figuras 4.23 e 4.24 representa os grupos de barras de diagonais para o mesmo
trecho.

Figura 4.22 – Grupos de barras de montantes para o trecho 4

Figura 4.23 – Grupos de barras de diagonais para o trecho 4 (vista frontal)


61

Figura 4.24 – Grupos de barras de diagonais para o trecho 4 (vista lateral)

A Figura 4.25 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para o trecho 4


para a hipótese de carga de ruptura do cabo para-raios.

Figura 4.25 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação de


ruptura do cabo para-raios

A Figura 4.26 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para o trecho 4


para a hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.
62

Figura 4.26 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para simulação de


ruptura do cabo condutor superior

A Figura 4.27 apresenta as diferenças entre os modelos B e C para o trecho 4


para a hipótese de carga de ruptura do cabo para-raios.

Figura 4.27 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação de


ruptura do cabo para-raios
63

A Figura 4.28 apresenta as diferenças entre os modelos B e C para o trecho 4


para a hipótese de carga de ruptura do cabo condutor superior.

Figura 4.28 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para simulação de


ruptura do cabo condutor superior
A máxima diferença percentual verificada para os montantes, na comparação
dos modelos A e C foi de 4,53%, correspondente a simulação de ruptura do cabo
para-raios. Para as diagonais a máxima diferença verificada foi de 37,76%
correspondente a simulação de ruptura do cabo condutor superior.

Já na comparação dos modelos B e C a máxima diferença percentual


verificada para os montantes foi de 6,06%, correspondente à hipótese de carga de
ruptura do cabo para-raios. Para as diagonais a máxima diferença verificada foi de
33,71% correspondente a ruptura do condutor superior.

4.6. Quadros horizontais

A Figura 4.19 apresenta as diferenças entre os modelos A e C para os


quadros horizontais, para as hipóteses de carga de ruptura do cabo para-raios e do
cabo condutor superior.
64

Figura 4.29 – Diferenças percentuais entre os modelos A e C para as hipóteses de


ruptura do cabo para-raios e do cabo condutor superior

A Figura 4.20 apresenta as diferenças entre os modelos B e C para os


quadros horizontais, para as hipóteses de carga de ruptura do cabo para-raios e do
cabo condutor superior.

Figura 4.30 – Diferenças percentuais entre os modelos B e C para as hipóteses de


ruptura do cabo para-raios e do cabo condutor superior
65

A Figura 4.31 apresenta a identificação das barras do trecho 2 onde as


maiores diferenças foram verificadas.

Figura 4.31 – Barras que apresentaram diferenças significativas entre os modelos no


trecho 2

A Figura 4.32 apresenta a identificação das barras do trecho 3 onde as


maiores diferenças foram verificadas.
66

Figura 4.32 – Barras que apresentaram diferenças significativas entre os modelos no


trecho 2

A Figura 4.33 apresenta a identificação das barras do trecho 3 onde as


maiores diferenças foram verificadas.

Figura 4.33 – Barras que apresentaram diferenças significativas entre os modelos no


trecho 4
67

5. CONCLUSÕES

Neste trabalho foi avaliado um suporte de suspensão (tangente) submetido a


cargas estáticas equivalentes de ruptura de cabo para um trecho de linha de
transmissão de 230 kV, circuito simples e vãos entre torres de 500 m.

A estrutura é constituída por um mastro central treliçado, com 43,50 m de


altura, tem sua estabilidade garantida por 4 estais distantes 17,00 m do eixo do
mastro. Também fazem parte do conjunto os cabos para-raios e condutores, bem
como as cadeias de isoladores, as quais os cabos condutores são conectados.

A estrutura foi modelada com três modelosdiferentes, sendo:

• Modelo A – montantes constituídos por elementos de pórtico espacial


(BEAM4) e diagonais constituídas por elementos de treliça espacial
(LINK8)

• Modelo B – montantes e diagonais constituídos apenas por elementos


de pórtico espacial (BEAM4)

• Modelo C – montantes e diagonais constituídos apenas por elementos


de treliça espacial (LINK8). Neste modelo foram utilizadas barras
fictícias com área de seção transversal de 6.4516E-06 m². Este valorfoi
obtido por meio da comparação das diferenças nos esforçosneste
modelo quando comparados aos modelos A e B.

O modelo A é usualmente utilizado em análises estáticas, com aplicação das


“cargas estáticas equivalentes” de projeto. O modelo C, por sua vez, é muito
utilizado quando se deseja realizar uma análise dinâmica, no domínio do tempo,
utilizando o método de integração direta das equações do movimento. Neste caso, é
muito importante que este modelo esteja calibrado em relação ao modelo A. Já o
modelo B foi utilizadopara validação das comparações.

Ao comparar os modelos A e B, verificou-se que as diferenças de esforços


nas barras eram muito pequenas (abaixo de 10%),ficando constatado que as
diferenças entre os Modelos A e C e entre os Modelos B e C são inerentes ao
Modelo C.
68

As comparações dos modelos foram feitas para as hipóteses de carga de


ruptura de cabo para-raios e cabo condutor superior, que são as situações em que a
estrutura é mais solicitada.

Foi verificado que diferenças significativas nos esforços nas barras


(maioresdo que 10%) surgiram em diagonais dos trechos 2, 3 e 4, analisando
apenas as barras cujos esforços solicitantes superam 20% da capacidade, ou seja,
quando a relação esforço solicitante pela capacidade da barra é maior do que 0,20.

Assim, percebe-se que as barras que apresentaram as maiores diferenças


entre os modelos encontram-se em uma determinada região da estrutura.

Além disso, ao fazer a comparação utilizando relaçõesentre esforço solicitante


e capacidade das barras com valores em torno de 0,80 a 0,90, que são as relações
que determinam o dimensionamento das barras, não são encontradas diferenças
significativas nos esforços entre os modelos.

Por fim, conclui-se que o modelo C, constituído apenas por elementos de


treliça espacial, está calibrado para a utilização em outros tipos de análise.
69

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5422: Projeto


de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica – Procedimento. Rio de
Janeiro, 1985;

____. NBR 8800: Projetos de Estruturas de Aço e Estruturas Mistas de Aço e


Concreto de edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro, 2008;

____. NBR 8850: Execução de Suportes Metálicos Treliçados para Linhas de


Transmissão – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003;

ANSYS©: Engeneering Analysis System, versão 12.0. ANSYS© Documentation,


2009;

BENTES, J. L. Análise Dinâmica da Ruptura de Cabos em Torres Autoportantes


e Estaiadas de Linhas de Transmissão. Dissertação (Mestrado em Engenharia) –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2013.

BRASIL. Portal Brasil – Infraestrutura – PAC – Energia Elétrica – Disponível em


http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/01/ministro-anuncia-mais-6-mil-mw-de-
energia-eletrica - Acessado em 07 de fevereiro de 2014.

CIMAF S. A.; Belgo Bekaert. Manual Técnico de Cabos. Osasco, São Paulo, 2009.

FUCHS, R. D.. Transmissão de Energia Elétrica – Linhas Aéreas. v1. 2 ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 1979.

KAMINSKI Jr., J. Incertezas de Modelo na análise de torres metálicas treliçadas


de linhas de transmissão. 2007. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Porto Alegre,
RS, 2007.

LABEGALINI, P. R.; LABEGALINI, J. A.; FUCHS, R. D.; ALMEIDA, M. T. Projetos


Mecânicos das Linhas Aéreas de Transmissão. 2 ed. São Paulo: Editora Edgard
Blücher, 1992.
70

MILANI, A. S. Análise de torres metálicas treliçadas de linhas de transmissão


considerando a interação solo-estrutura. 2012. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Tecnologia,
PPGEE, 2012.

NEXANS BRASIL S. A. Alumínio: Condutores Nus. São Paulo, 2013.

ONS. OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO. O que é o SIN – Sistema


Interligado Nacional. Disponível em
http://www.ons.org.br/conheca_sistema/o_que_e_sin.aspx - Acessado em 07 de
fevereiro de 2014.

____. Mapas do SIN.http://www.ons.org.br/conheca_sistema/mapas_sin.aspx -


Acessado em 07 de fevereiro de 2014.
71

ANEXO A – SUBDIVISÃO DOS TRECHOS E GRUPOS DE BARRAS


72

• Grupos de barras do trecho 1:

Vista Frontal Vista Lateral

A tabela abaixo apresenta os montantes e diagonais de cada grupo. Nos


gráficos representados pelas figuras 4.4 a 4.7 foram plotadas as máximas diferenças
entre os modelos que surgiram para cada grupo de barras.
73

Grupo Montantes Diagonais


259, 260, 261, 262, 263, 264, 265, 266,
1 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 267, 268, 269, 270, 271, 272, 273, 274

13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 286,
23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 287, 288, 289, 290, 291, 292, 293, 294,

2 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 295, 296, 297, 298, 299, 300, 301, 302,
43, 44 303, 304, 305, 306, 307, 308, 309, 310
45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 315, 316, 317, 318, 319, 320, 321, 322,
55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 323, 324, 325, 326, 327, 328, 329, 330,

3 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 331, 332, 333, 334, 335, 336, 337, 338,
75, 76 339, 340, 341, 342, 343, 344, 345, 346
77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 351, 352, 353, 354, 355, 356, 357, 358,
87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 359, 360, 361, 362, 363, 364, 365, 366,

4 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 367, 368, 369, 370, 371, 372, 373, 374,
105, 106, 107, 108 375, 376, 377, 378, 379, 380, 381, 382
109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 387, 388, 389, 390, 391, 392, 393, 394,
117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 395, 396, 397, 398, 399, 400, 401, 402,

5 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 403, 404, 405, 406, 407, 408, 409, 410,
133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140 411, 412, 413, 414, 415, 416, 417, 418

141, 142, 143, 144, 145, 146, 147, 148, 423, 424, 425, 426, 427, 428, 429, 430,
149, 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 431, 432, 433, 434, 435, 436, 437, 438,

6 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 439, 440, 441, 442, 443, 444, 445, 446,
165, 166, 167, 168, 169, 170, 171, 172, 447, 448, 449, 450, 451, 452, 453, 454,
173, 174, 175, 176, 177, 178, 179, 180 455, 456, 457, 458, 459, 460, 461, 462
74

• Grupos de barras do trecho 2:

Vista Lateral

Vista Frontal

Vista Lateral
75

A tabela abaixo apresenta os montantes e diagonais de cada grupo. Nos


gráficos representados pelas figuras 4.11 a 4.14 foram plotadas as máximas
diferenças entre os modelos que surgiram para cada grupo de barras.

Grupo Montantes Diagonais


1 181, 182, 183, 184 471, 472, 473, 474, 475, 476, 477, 478
2 185, 186, 187, 188 483, 484, 485, 486, 487, 488, 489, 490, 491, 492,
493, 494
3 189, 190, 191, 192 503, 504, 507, 508
4 193, 194, 195, 196 505, 506, 509, 510
5 197, 198, 199, 200 565, 566, 567, 568, 569, 570, 571, 572, 573, 574,
575, 576, 577, 578, 579, 580, 581, 582, 583, 584,
585, 587, 588, 589, 590, 591, 592, 593, 594, 595,
596
6 201, 203, 204 557, 558, 559, 560, 561, 562, 563, 564

• Grupos de barras do trecho 3:

Montantes Vista Frontal


76

Diagonais Vista Frontal

Diagonais Vista Lateral

A tabela abaixo apresenta os montantes e diagonais de cada grupo. Nos


gráficos representados pelas figuras 4.18 a 4.21 foram plotadas as máximas
diferenças entre os modelos que surgiram para cada grupo de barras.
77

Grupo Montantes Diagonais


1 205, 206, 207, 208 511, 512, 515, 516
2 209, 210, 211, 212 513, 514, 517, 518
3 213, 214, 215, 216 519, 520, 523, 524
4 217, 218, 219, 220 521, 522, 525, 526
5 221, 222, 223, 224 527, 528, 531, 532
6 225, 226, 227, 228 529, 530, 533, 534
7 229, 230, 231, 232 535, 536, 539, 540
8 233, 234, 235, 236 537, 538, 541, 542

• Grupos de barras do trecho 4:

Montantes Vista frontal

Diagonais Vista frontal


78

Diagonais Vista Lateral

A tabela abaixo apresenta os montantes e diagonais de cada grupo. Nos


gráficos representados pelas figuras 4.25 a 4.28 foram plotadas as máximas
diferenças entre os modelos que surgiram para cada grupo de barras.

Grupo Montantes Diagonais


1 237, 238, 239, 240 543, 544, 547, 548
2 241, 242, 243, 244 545, 546, 548, 549
3 249, 250, 251, 252, 253, 254, 255, 256
597, 598, 599, 600, 601, 602, 603, 604, 605, 606,
4 607, 608, 609, 610, 611, 612
79

ANEXO B – MÁXIMAS DIFERENÇAS ENTRE OS MODELOS E OS


RESPECTIVOS ESFORÇOS CONSIDERANDO CADA HIPÓTESE DE CARGA,
PARA CADA TRECHO

Trecho 1 - Ruptura Para-raios


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Montantes
1 3.10% 1.65% -70377 -69341 -68197 -71613.41
-0.64% -0.14% -68242 -68591 -68686 -56196.82
2 0.49% 0.29% -70210 -70066 -69861 -56196.82
3 -0.26% -0.28% -79017 -79004 -70222 -96181.82
4 0.53% 0.14% -86226 -85887 -85768 -96181.82
0.51% 0.21% -84847 -84597 -84418 -96181.82
5 -1.00% -0.61% -88684 -89027 -89570 -96181.82
6 -1.69% -1.16% -89191 -89661 -90700 -114346.59

Trecho 1 - Ruptura Condutor Superior


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Montantes
1 3.35% 1.87% -68997 -67959 -66688 -71613.41
-0.66% -0.25% -66065 -66335 -66502 -56196.82
2 0.50% 0.30% -67033 -66897 -66697 -56196.82
3 -0.27% -0.25% -72198 -72206 -72390 -96181.82
0.62% 0.17% -76410 -76066 -75933 -96181.82
4 0.57% 0.25% -75597 -75350 -75164 -96181.82
5 -1.16% -0.65% -76964 -77352 -77858 -96181.82
6 -1.40% -0.73% -76929 -77444 -78009 -114346.59
80

Trecho 2 - Ruptura Para-raios


Grupo Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
AeC eC de carga (N)
Montantes
1 1.06% 0.44% -79967 -79466 -79117 122159.09
2 0.86% 0.24% -79926 -79425 -79238 122159.09
3 3.09% 3.07% 41872 41867 40580 143409.09
4 -2.68% -3.09% 43511 43340 44679 143409.09
5 -5.70% -5.88% 32587 32534 34446 143409.09
6 -1.48% -1.31% 38142 38205 38705 143409.09

Diagonais
1 4.24% 3.67% -17890 -17783 -17131 33068.64
-1.94% -3.82% -18469 -18135 -18828 33068.64
2 14.62% 14.75% -5560.7 -5569 -4747.6 10095.91
3 43.47% 40.24% -2881.1 -2725.4 -1628.8 7690.91
4 12.77% 16.12% -3501.9 -3641.8 -3054.7 7690.91
5 -6.57% -6.16% -9378.7 -9414.8 -9994.6 40161.82
6 -0.08% -1.62% -27452 -27034 -27473 65757.27

Trecho 2 - Ruptura Condutor Superior


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC BeC de carga (N)
Montantes
1 1.85% 1.05% -66398 -65862 -65172 -122159.09
2 1.62% 0.82% -66355 -65818 -65279 -122159.09
3 5.27% 5.09% 31499 31439 29839 143409.09
4 -4.74% -5.23% 28925 28791 30296 143409.09
5 4.82% 4.81% -41370 -41369 -39378 -122159.09
6 -4.81% -4.87% -25193 -25180 -26406 -122159.09

Diagonais
81

1 3.37% 2.82% -16042 -16846 -16371 -33068.64


-2.53% -4.47% -17957 -17624 -18411 -33068.64
2 11.58% 11.12% -8170.6 -8128.2 -7224.2 -10095.91
3 27.78% 25.56% -5017.1 -4867.9 -3623.5 -7690.91
4 10.43% 11.76% -5868 -5956.4 -5255.7 -7690.91
5 -7.19% -6.58% -9806.9 -9863.2 -10512 -40161.82
6 -0.27% -1.69% -29545 -29131 -29624 -65757.27

Trecho 3 - Ruptura Para-raios


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Montantes
1 -4.37% -3.71% 33488 33699 34950 107045.45
2 -4.40% -3.71% 37764 38018 39427 107045.45
3 -5.68% -4.18% 27110 27052 28651 107045.45
4 -1.77% -0.27% 32126 32605 32694 107045.45
1.30% -0.56% -25564 -25091 -25232 -67438.64
5 1.07% -0.37% -36063 -37065 -37201 -67438.64
6 -1.17% -3.72% -21231 -20709 -21480 -67438.64
7 -1.18% -2.88% -32218 -31684 -32597 -67438.64
8 -5.33% -8.48% -16771 -16284 -17665 -67438.64
Diagonais
1 -2.46% -2.91% -8775 -8737.2 -8991.3 -7690.91
2 8.25% 8.48% 13106 13139 12025 53409.09
3 -0.95% -1.49% -9805.2 -9842.9 -9989.6 -7690.91
4 12.09% 13.70% -3690.2 -3758.8 -3243.9 -7690.91
5 -1.40% -1.60% -8610.2 -8592.9 -8730.4 -7690.91
6 19.42% 17.27% -4122 -4014.9 -3321.6 -7690.91
7 -1.55% -1.19% -9430.3 -9464.4 -9576.7 -7690.91
8 14.03% 12.83% -10592 -10446 -9106.1 -28360.23

Trecho 3 - Ruptura Condutor superior


82

Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)


Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Montantes
1 5.75% 4.98% -31063 -30809 -29276 -67438.64
2 -6.70% -5.96% 24985 25160 26660 107045.45
3 4.92% 3.99% -26789 -26528 -25470 -67438.64
4 -3.09% -1.35% -15027 -15285 -15491 -67438.64
5 -0.22% -1.50% -22849 -22561 -22899 -67438.64
6 0.00% 0.00% -10240 -10452 -9206.2 -67438.64
7 -7.75% -8.70% -17573 -17419 -18935 -67438.64
8 0.00% 0.00% -10960 -11049 -9482.6 -67438.64

Diagonais
1 -2.71% -2.26% -9922.2 -9819 -10041 -7690.91
-2.53% -2.97% -9999.5 -9956.5 -10252 -7690.91
2 8.87% 8.87% 14133 14132 12879 53409.09
3 -1.43% -1.74% -11070 -11036 -11228 -7690.91
4 10.81% 11.06% -6135.5 -6152.3 -5472 -7690.91
5 -1.88% -1.89% -9925.9 -9925.8 -10113 -7690.91
6 13.23% 11.51% -6389.8 -6266 -5544.7 -7690.91
7 -2.36% -1.85% -10977 -11032 -11236 -7690.91
8 9.12% 8.28% -9844.1 -9754.3 -8946.8 -28360.23

Trecho 4 - Ruptura Para-raios


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Montantes
1 -4.53% -5.55% -21307 -21100 -22272 -67438.64
2 -3.89% -6.06% -14741 -14440 -15315 -67438.64

Diagonais
1 -11.33% -3.75 -4203.4 -4510.4 -4679.6 -7690.91
83

0.16% 4.08% -7417.5 -7720.8 -7405.8 -7690.91


2 0.00% 0.00% -11.995 -103.99 -149.7 -7690.91
3 0.97% 0.79% 21719 21680 21508 107045.45
4 26.16% 22.90% 20027 19180 14787 60454.55

Trecho 4 - Ruptura Condutor Superior


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Montantes
1 0.00% 0.00% -7247.4 -7180.2 -8347.8 -67438.64
2 0.00% 0.00% -7729.3 -7746.8 -6722.1 -67438.64

Diagonais
1 23.94% 23.20% -4159.4 -4119.1 -3163.6 -7690.91
2 0.00% 0.00% -11.968 -14.538 -553.68 -7690.91
3 0.00% 0.00% -2709.2 -2687.2 -2556.7 -68616.14
4 -37.76% -33.71% -3695.7 -3807.7 -5091.1 -13118.64

Quadros Horizontais – Ruptura Para-Raios


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Ruptura Para-raios
1 1.42% 0.86% 14376 14295 14182 53409.09
2 0.00% 0.00% 579.17 650.27 534.48 53409.09
3 0.00% 0.00% 306.44 357.69 236.85 53409.09
4 0.00% 0.00% 629.95 558.18 678.04 53409.09
5 0.00% 0.00% 455.94 511.63 455.29 53409.09
6 -8.98% -1.54% 16881 16519 18397 53409.09
7 0.00% 0.00% 319.51 396.7 121.62 53409.09
8 0.83% -0.04% 63045 62499 62521 107045.45
0.03% -0.73% -29526 -29311 -29517 -56198.86
84

9 0.31% 0.28% -9972.1 -9969.4 -9941.2 -26909.09


10 0.00% 0.00% 8982.3 9001.9 9091 53409.09
11 30.55% 29.05% -4875.2 -4771.9 -3385.9 6622.73

Quadros Horizontais – Ruptura Condutor


Máxima diferença (%) Esforço correspondente (N)
Modelos Modelos B Modelo A Modelo B Modelo C Capacidade
Grupo AeC eC de carga (N)
Ruptura Condutor Superior
1 1.43% 0.90% 14008 13807 13932 53409.09
2 0.00% 0.00% 567.67 633.86 507.53 53409.09
3 0.00% 0.00% 308.4 356.72 226.11 53409.09
4 0.00% 0.00% 631.9 538.92 386.66 53409.09
5 0.00% 0.00% 407.64 456.27 224.14 53409.09
6 -1.54% -4.10% 16665 16255 16291 53409.09
7 0.00% 0.00% 285.12 401.75 117.47 53409.09
8 0.94% 0.09% 63691 63147 63090 107045.45
0.00% -0.83% -25852 -25637 -25850 -56198.86
9 0.13% 0.15% -7495.3 -7496.8 -7485.5 -26909.09
10 0.00% 0.00% 7886.2 7885.7 7906.3 53409.09
11 34.12% 31.90% -4858.3 -4700.3 -3200.8 6622.73

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