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NOTAÇÃO MUSICAL TRADICIONAL:  

Como se escrever música? 
A música é uma linguagem sonora  como a fala. Assim como representamos a 
fala  por  meio  de  símbolos  do  alfabeto,  podemos  representar  graficamente  a  música 
por meio de uma notação musical. 
Os  sistemas  de  notação  musical  existem  há  milhares  de  anos.  Cientistas  já 
encontraram muitas evidências de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na 
Mesopotâmia por volta de 3.000 anos antes de Cristo!  
Sabe‐se que outros povos também desenvolveram sistemas de notação musical 
em épocas mais recentes, como é o caso da civilização grega. 

Fragmento de antigo papiro grego com notação musical 
 
Existem vários sistemas de leitura e escrita que são utilizados para representar 
graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as músicas compostas antes do 
aparecimento  dos  meios  de  comunicação  modernos  pudessem  ser  preservadas  e 
recriadas novamente. A escrita musical permite que um intérprete toque uma música 
tal qual o compositor a prescreveu.  
O  sistema  de  notação  ocidental  moderno  é  o  sistema  gráfico  que  utiliza 
símbolos escritos sobre uma pauta de 5 linhas paralelas e equidistantes  e que formam 
entre si quatro espaços. A pauta musical também é chamada de PENTAGRAMA. Veja: 
 
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Contam‐se as linhas e os espaços da pauta de baixo para cima. A nota que está 
num espaço não deve passar para a linha de cima nem para a de baixo. A nota que está 
numa linha ocupa a metade do espaço superior e a metade do espaço inferior. 

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O  elemento  básico  de  qualquer  sistema  de  notação  musical  é  a  NOTA,  que 
representa um único som e suas características básicas: DURAÇÃO e ALTURA. Veja: 

Os  sistemas  de  notação  também  permitem  representar  diversas  outras 


características, tais como variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução 
instrumental. 
 
Para  representar  a  linguagem  falada  você  usa  as  letras  do  alfabeto.  Já  para 
representar os sons musicais você usa as NOTAS MUSICAIS. O nosso sistema musical 
tem 7 (sete) notas.  
Elas formam a seguinte sequência: 
 
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ ‐ SI 
 
Essa  sequência  organizada  de  notas  é  chamada  de  ESCALA.  As  escalas  usadas 
no ocidente se organizam do som mais grave para o mais agudo e se repetem a cada 
ciclo de 7 notas: 

 
As notas musicais no teclado do piano  
 
Escalas Naturais – o modo Maior 
 
  As  escalas  chamadas  naturais  são  as  que  não  possuem  “acidentes”.  Um  bom 
exemplo é a escala de Dó Maior. As sete notas são naturais, não possuem acidentes: 
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si 
 
Existe uma relação intervalar entre cada nota. Veja: 
 

 
 

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Essa  relação  intervalar  entre  cada  nota  da  escala  é  a  “fôrma”  para  criar  as 
outras  escalas  maiores.  Por  exemplo,  se  quisermos  começar  uma  escala  em  Sol, 
chamando‐a de SOL Maior, a escala seria: 
 
Sol – Lá – Si – Dó – Ré – Mi – Fá # ‐ Sol 
 
A escala formada possui uma alteração, o Fá sustenido! Uma alteração de meio 
tom acima. Isso para que a mesma relação entre os intervalos seja respeitada. 
  Às vezes ao invés de alterar a nota em meio tom para cima é necessário alterar 
meio tom para baixo. Veja a escala de Fá: 
 
Fá – Sol – Lá – Si b– Dó – Ré – Mi – Fá 
 
  Neste caso a nota alterada é Si Bemol! Uma alteração de meio tom abaixo. 
 
As  alterações  SUSTENIDO  (#)  e  BEMOL  (b)  servem  para  ajustar  as  alturas 
dentro da “fôrma” convencionada para os chamados modos Maior e Menor. 
Se  quisermos  restaurar  a  nota  alterada  para  o  seu  som  anterior,  devemos 
indicar essa restauração colocando à frente da nota o sinal de BEQUADRO: 

 
 
A Escala de Lá “menor” Natural 
 
  Se  começarmos  uma  escala  pela  nota  Lá  criamos  uma  escala  cujas  relações 
intervalares entre cada nota é diferente daquela das escalas maiores. Veja: 
 
Lá – Si – Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá  
                                            T     ½      T       T      ½     T       T 
   
 
INFORMAÇÕES SOBRE SEMITOM, ALTERAÇÕES DE SUSTENIDO, BEMOL E BEQUADRO 
 
Semitom 

Um semitom é o menor intervalo utilizado na escala diatônica (e conseqüentemente 
em grande parte da música ocidental). Corresponde à diferença de altura entre duas 
teclas adjacentes do piano (uma branca e a preta adjacente, ou duas brancas quando 
não há uma preta entre elas). Também é o intervalo entre duas notas produzidas ao 
apoiar  o  dedo  sobre  duas  casas  adjacentes  na  mesma  corda  de  uma  guitarra,  por 
exemplo.  O  tamanho  exato  de  um  semitom  (em  relação  às  freqüências)  depende  do 
temperamento  que  é  utilizado.  O  intervalo  de  segunda  menor  é  considerado 
fortemente dissonante. 

No sistema de afinação que usamos, conhecido como "Afinação Temperada", a oitava 
é  dividida  em  doze  notas.  A  distância  ou  a  diferença  na  freqüência  entre  cada  uma 
dessas  notas  é  conhecida  como  semitom.  No  teclado  do  piano,  existe  a  distância  de 
um semitom entre as teclas que são adjacentes: 
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Um  tom  equivale  a  dois  semitons.  Todas  as  teclas  brancas  do  teclado  que  estão 
separadas por uma tecla preta estão à distância de um tom inteiro. As teclas que não 
estão  separadas  por  uma  tecla  preta  estão  à  distância  de  meio  tom,  ou  seja,  um 
semitom: 

As notas correspondentes às teclas brancas do teclado [contando‐se a partir da nota à 
esquerda do conjunto de duas teclas pretas, conforme indicado na figura abaixo] são 
chamadas  de  Dó,  Ré,  Mi,  Fá,  Sol,  Lá  e  Si.  [Após  esta  seqüência,  inicia‐se  uma  nova 
oitava, e os nomes das notas se repetem.] Estas notas são chamadas de notas naturais. 
Podemos alterá‐las em um semitom ascendente com um sustenido (#) ou descendente 
com um bemol (b). Uma tecla preta, por exemplo a que está entre o Dó e o Ré, pode 
ser considerada como um Dó alterado de forma ascendente com um sustenido ou um 
Ré alterado de forma descendente com um bemol: 

Os  exemplos  sonoros  abaixo  mostram  um  intervalo  de  um  semitom  melodicamente 
(duas notas em seqüência) e harmônicamente (as duas notas simultaneamente). 

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Semitons cromáticos e diatônicos 
 

Se um semitom é anotado como duas notas baseadas no mesmo grau da escala, com 
uma  das  notas  sendo  modificada  por  um  acidente  (como  no  exemplo  ao  lado  ‐  Lá  e 
Lá#), então o semitom é chamado de cromático. 

Se por outro lado ele é anotado como duas notas baseadas em graus adjacentes (como 
no exemplo ao lado ‐ Mi e Fá), então o semitom é chamado diatônico. 

 
1. Acidente de sustenido: 
 
Quando uma nota sofre a alteração de sustenido ela se movimenta ascendentemente 
em intervalo de semitom: 

 
2. Acidente de Bemol: 
 
Quando uma nota sofre a alteração de bemol ela se movimenta descendentemente 
em intervalo de semitom: 

 
 
OBS: Quando o acidente vem indicado depois da clave de sol, isto significa que a nota 
que  possuir  o  sinal  (sustenido  ou  bemol)  será  alterada  durante  toda  a  música,  salvo 
quando aparecer o sinal de bequadro. 
 
 
 
 
 
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3. Alteração de bequadro: 
 
Quando uma nota sofre a alteração de bequadro ela volta à nota natural, sem 
alteração: 

 
É  necessário  ressaltar  que  quando  uma  nota  sofre  uma  alteração  (sustenido,  bemol, 
bequadro), essa  alteração  dura  apenas  um  compasso.  Dessa  forma, quando  ocorre a 
mudança de compasso não é preciso indicar a alteração novamente, já que ela volta 
para nota original, como está indicada no início da melodia. 
 
4. Enarmonia: 
 
É quando a mesma nota possui dois nomes diferentes. Ex: Fá sustenido = Sol bemol, Si 
bemol = Lá sustenido, Mi bemol = Ré sustenido e Réb = Dó sustenido.  
 

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