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VIOLÃO

INICIANTE
ÍNDICE

Parâmetros do som pág. 1

Harmonia pág. 2

Melodia

Ritmo

Leitura Rítmica pág. 4

Partes do Instrumento pág. 7

Cifra

Mãos pág. 8

Acordes pág. 9

Exercício pág. 10

Subdivisão de figuras e valores pág. 11

Colcheias pág. 14

Manulação pág. 15

Tom e Semitom pág. 17

Tablatura pág. 18

Exercício de leitura em tablatura pág. 19

Sinais de alteração pág. 21

Pauta ou Pentagrama pág.22


1.0 PARÂMETROS DO SOM.
Sabe-se que o som é o fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras
produzidas por um corpo que vibra em meio material elástico (especialmente o ar).

Em música, utilizamos pelo menos quatro parâmetros diferentes para trabalhar com o som,
sendo: Altura, Duração, Intensidade e Timbre.

1.1 ALTURA.
Chamamos freqüência do som a quantidade de ciclos de oscilação por segundo,
representado na figura pelo movimento de sobe e desce. Quanto mais oscilações
existirem no espaço de 1 segundo, mais agudo (fino) será o som e quanto menos
oscilações, mais grave (grosso).

1.2 DURAÇÃO.
A permanência do início ao fim de um som é chamada Duração. Esta pode ser curta
quando dura pouco tempo, um estalar de dedos, por exemplo. Pode ser longa quando
dura mais tempo, um toque de sino, por exemplo.

1.3 INTENSIDADE.
A potência com que um som é emitido é chamada de Intensidade. Um som pode ser
mais ou menos intenso. Quando emitimos um som com maior potência dizemos que
tal som é forte, é importante dizer que neste caso não dizemos alto, pois assim
estaríamos nos referindo ao parâmetro de Altura, grave, médio e agudo.

1.4 TIMBRE.
Podemos diferenciar um instrumento de outro devido ao timbre. Cada instrumento
musical possui sua própria estrutura física e esta influencia diretamente em sua
sonoridade. É possível ainda reconhecer a voz das pessoas que conhecemos pelo
telefone.
O Timbre é a impressão digital do som, através dele podemos identificar os
instrumentos e até mesmo o material de que são feitos.

2.0 MELODIA.

É a sucessão de alturas diferentes. Podemos ter qualquer combinação de alturas para


formarmos melodias.

Na canção popular, em geral, a melodia está na voz do cantor, entoando sons de alturas
diferentes, esta se movimenta entre agudos, médios e graves.

Em algumas ocasiões pode existir mais de uma melodia ao mesmo tempo, em geral, uma
delas é considerada principal e as demais levam o nome de contracanto. O contracanto está
subordinado à melodia principal, pois se origina dele.

3.0 HARMONIA.

Entende-se por harmonia o resultado da combinação simultânea de duas ou mais


alturas diferentes. Combinação esta que é ordenada segundo uma sintaxe própria, além
disso, podemos dizer que Harmonia é a relação estabelecida pela sucessão dessas
combinações simultâneas.

4.0 RITMO.

Podemos entender o Ritmo como estilo, por exemplo, samba, rock, reggae, forró,
marcha, entre muitos outros. Esta é a definição mais comum de Ritmo e é largamente
utilizada no dia a dia. Porém, para termos uma idéia mais ampla é preciso ver alguns outros
assuntos.

4.1 PULSO.

Observe os pontos:

. . . . . . . . . . . . . . .
Esses pontos representam um pulsar constante, como o pulso cardíaco ou um
relógio, por exemplo. Estão separados por um intervalo de tempo regular e
constante.

Observe o exemplo a seguir:

F. . F. . F. . F. . F. .
A letra F representa um pulso mais forte, enquanto o ponto não é acentuado.
Temos uma “batida” forte e outras duas fracas.

4.2 MÉTRICA.

No exemplo anterior temos um pulso acentuado e outros dois sem


acentuação. Assim teremos um ciclo que pode ser medido, o pulso forte é o início
deste ciclo, os outros dois são sua conclusão. Dizemos ter uma Métrica de três
pulsos.

Podemos ter Métricas de diferentes tamanhos, Binária (2 pulsos), Ternária


(3 pulsos) e Quaternária (4 pulsos). Poderíamos ter Métricas com qualquer
quantidade de pulsos.

F.F.F.F.F.F.F.F.
Métrica Binária.

F. .F. .F. .F. .F. .


Métrica Ternária

F. . . F. . .F. . .
Métrica Quaternária.

4.3 COMPASSO.

Vimos que Métrica é um ciclo regular de repetição de pulsos. A este ciclo


damos o nome de Compasso. Quando dizemos compasso Binário, por exemplo,
estamos dizendo que temos dois pulsos, um forte e um fraco.

O espaço entre duas barras representa o compasso, a barra é chamada de


Barra de Compasso.

5.0 LEITURA RÍTMICA.

Com um lápis, caneta ou até mesmo com a palma da mão, toque uma série de
batidas a intervalos de tempo iguais.

. . . . . . . . . . . . . . .
Agora, sem alterar a altura, sustente com a voz os sons ligados pelo traço, como
mostra o exemplo:
5.1 FIGURAS MUSICAIS.

Na notação musical são usados símbolos que indicam o tempo de duração


de um som e/ou sua pausa (silêncio). São eles:
5.2 EXERCÍCIOS DE LEITURA RÍTMICA.

A)

B)
C)

D)

E)

F)

6.0 PARTES DO INSTRUMENTO

VIOLÃO.
GUITARRA.

7.0 CIFRA.

Consiste em representar os sons de altura definida (notas musicais) por letras do


alfabeto.

Dó – C, Ré – D, Mi – E, Fá – F, Sol – G, Lá – A, Si – B.

7.1 CORDAS SOLTAS DO VIOLÃO E GUITARRA.


8.0 AS MÃOS.

Algumas considerações a respeito dos dedos da mão direita e esquerda.

8.1 MÃO DIREITA.

A mão direita é responsável pela produção do som (com ela tangemos as cordas,
fazemos as “levadas”, dedilhados, etc).

Utilizamos o Polegar - P, Indicador - I, Médio - M e Anelar - A.

8.2 MÃO ESQUERDA.

A mão esquerda pressiona as cordas do instrumento contra o braço, desta maneira


produz sons de alturas diferentes.
Os dedos são numerados de 1 a 4, sendo que o polegar atua na parte de trás
(abaulada) do braço e funciona como apoio.
1 - Indicador, 2 - Médio, 3 - Anelar 4 - Mínimo. O dedo polegar da mão esquerda não
é escrito, subentende-se como apoio.

Obs: na mão esquerda utilizamos números (1,2,3 e 4). Na direita utilizamos letras
(p,i,m,a).

9.0 ACORDES.

Entende-se por acorde o complexo sonoro resultante da emissão simultânea de


três ou mais sons de alturas diferentes.

Exemplo de Acorde no Diagrama:

Exemplos de Acordes no Instrumento:


10.0 EXERCÍCIO.

Toque os seguintes acordes utilizando o compasso quaternário (4 pulsos)

A)

B)

C)
11.0 SUBDIVISÃO DE FIGURAS E VALORES.

11.1 REPRESENTAÇÃO DE COMPASSO (FRAÇÃO DE COMPASSO)

É o número fracionário colocado no início da música ou do trecho musical


que serve para quantizar e qualificar a métrica dentro do compasso. O Numerador
(número superior da fração) indica quantidade de tempo (pulsos) dentro do
compasso; já o Denominador (número inferior da fração) indica a qualidade (figura
em questão) a ser tomada como unidade de pulso.
No exemplo acima temos um compasso binário, isto é, de dois pulsos,
representado pelo Numerador da fração. Cada um dos pulsos tem o valor de duração

representado pelo Denominador, ou seja ,1/4 .Isto quer dizer que a figura é a unidade
de Tempo.

Da mesma maneira o compasso ternário. O número três indica ter três pulsos (tempos) no
compasso sendo a semínima a unidade de tempo.

Também assim o compasso quaternário. O número quatro no Numerador


representa 4 pulsos, o Numerador representa o valor da unidade de tempo, em nosso
exemplo a semínima.

É importante saber que a quantidade de pulsos do compasso deve sempre ser


exatamente a proposta pela fórmula de compasso.
11.2 EXERCÍCIOS.

A)

B)

C)

D)

E)

F)
12.0 COLCHEIAS.

Até agora a semínima ¼ foi nossa figura de menor valor, entretanto,


podemos subdividi-la em duas porções menores iguais entre si.

Se imaginarmos que a semínima (1/4) valha um minuto, teremos uma


colcheia (1/8) para trinta segundos e outra para os trinta restantes.

As colcheias também podem ser escritas desta forma:


12.1 EXERCÍCIOS.

13.0 MANULAÇÃO.

Entende-se por manulação o movimento de subir e descer da mão direita. Com este
movimento podemos produzir os ritmos.

Que País é Esse? (Legião Urbana)


O sinal de barra dupla com dois pontos é chamado de Ritornello, sua função é
indicar repetição do trecho entre dois deles.

Proibida pra mim (Charlie Brown Jr)


14.0 TOM E SEMITOM.

Sabemos que as notas musicais estão distribuídas na seguinte ordem:

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ

Podemos perceber uma gradação de altura entre o Dó à esquerda até ao Dó final.


Esta gradação é como se estivéssemos subindo uma escada cujos degraus têm tamanhos
iguais, exceto dois de menor tamanho, são eles: MI-FÁ e SI-DÓ.
Chamamos de SEMITOM a relação de distância entre os degraus menores : MI-FÁ e SI-DÓ.
No teclado do piano o Semitom é visível pela ausência da tecla preta entre elas.

Chamamos de TOM a relação entre os degraus maiores da nossa escada. No teclado do


piano é visível por ter uma tecla preta entre duas brancas.

No violão o SEMITOM é a menor distância entre uma casa e outra.

No Violão o TOM é a distância de uma casa, ou seja, dois SEMITONS.


15.0 TABLATURA.

Forma de escrita musical para instrumento de corda dedilhável em que seis linhas
representam as cordas do instrumento (Guitarra e Violão) na seguinte ordem:
15.1 EXERCICÍO DE LEITURA EM TABLATURA.

No exercício que segue observe a métrica escrita acima.


16.0 SINAIS DE ALTERAÇÃO.

São símbolos que modificam a altura (freqüência do som) em um semitom ou mais.


São eles o sustenido, dobrado sustenido, bemol, dobrado bemol e bequadro.

Sustenido: eleva a altura do som em um Semitom.

Dobrado Sustenido: eleva a altura do som em um Tom.

Bemol: Diminui a altura do som em um Semitom.

Dobrado Bemol: Diminui a altura do som em um Tom.

Bequadro: Anula qualquer um desses símbolos.

16.1 ESCALA CROMÁTICA.

Chama-se cromática a escala cuja relação entre suas notas é de semitom. O


movimento de subir (ir do grave para o agudo) chamamos de Ascendente, ao movimento oposto
chamamos de Descendente.
16.2 ENARMONIA.

Quando um som tem dois nomes distintos falamos que trata-se de Enarmonia. Por
exemplo: Dó sustenido e Ré Bemol, Mi bemol e Ré sustenido, etc.

17.0 PAUTA OU PENTAGRAMA.

A Pauta ou Pentagrama é o conjunto de cinco linhas e quatro espaços que


estabelecem a altura exata do som (nota), bem como seu valor de duração.

Para lermos as notas na pauta adotamos um ponto de referência universal


chamado clave. No estudo do violão é utilizada a Clave de Sol, que estabelece a segunda linha da
pauta como sendo a nota sol.
17.1 EXERCÍCIO DE LEITURA.
BIBLIOGRAFIA

Hindemith, Paul. Treinamento Elementar para Músicos. São Paulo: Ricordi Brasileira, 1988.

Schafer, R. Murray. O Ouvido Pensante. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1991.

Wisnik, José Miguel. O Som e o Sentido. São Paulo: Cia das letras, 1989.

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