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TECLADO

Módulo I

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Índice

INICIAÇÃO AO TECLADO ........................................................................................ 3


DEFINIÇÕES BÁSICAS............................................................................................ 4
ACIDENTES MUSICAIS ........................................................................................... 7
CIFRAS E ACORDES.....................................................................................................9
TRANSPOSIÇÃO DE TONS ................................................................................... 11
ESCALA DE TONS................................................................................................. 13
MÚSICAS ............................................................................................................ 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 28

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CAPÍTULO 1 – INICIAÇÃO AO TECLADO

Antes de começarmos a abordar todos os assuntos referentes ao Teclado, vamos


faz uma abordagem introdutória sobre a história dele, para que vocês amantes,
do teclado eletrônico, possam conhecer mais a fundo o instrumento que irá
predominar em seus estudos.

O teclado é um dos instrumentos mais utilizados atualmente, por causa da sua


grande flexibilidade e diversas finalidades no mundo da música. Com um
simples teclado pode-se dispensar o acompanhamento básico de outros
componentes de um grupo musical (baterista, guitarrista, contrabaixista, etc.)

O teclado é dividido em 4 tipos: Sintetizadores, Teclados com acompanhamento


automático, Workstations, Pianos digitais e Controladores.

Os Sintetizadores são os mais usados atualmente. É um instrumento que


possui vários timbres (sons) que na qual podem ser editados (alteração de
freqüências, modulação, efeitos, etc.), com isso criando novos timbres (sons).

Os Workstations, são teclados mais complexos, que envolve síntese de sons e


sequenciadores para composição, arranjos de partes musicais ou peças
musicais completas, e ainda possuem a capacidade de síntese de timbres
(sons).

Os Pianos digitais, São teclados com várias teclas (76,88), que possuem vários
timbres de piano, gran piano, piano elétrico, cravo, etc..

Os Controladores são teclados com várias teclas (76,88), na maioria das vezes
não possuem timbres, que tem a finalidade de controlar outros instrumentos
digitais através de MIDI (comunicação entre instrumentos digitais), controla
uma bateria eletrônica, computadores, módulos de som, etc..

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CAPÍTULO 2 – DEFINIÇÕES BÁSICAS

MÚSICA - É a arte de expressar os sentimentos através dos sons e é formada por 3 elementos:

 Melodia - Combinação de sons sucessivos;


 Harmonia - Combinação de sons simultâneos;
 Ritmo – Duração dos sons

INTERVALO = é a distância entre dois sons.

SEMITOM (ou 1/2 tom)= é o menor intervalo entre dois sons

TOM = é o intervalo formado por dois semitons.

PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOM:

SOM = é o choque entre dois objetos sonoros, possui quatro qualidade básicas: altura, intensidade, timbre.

 Altura = é a propriedade que podemos distinguir os sons graves, médios e agudos.


 Intensidade = é a força empregada na execução dos sons. As músicas poderão ser tocadas forte, fraco
etc.
 Timbre = é a qualidade pela qual podemos distinguir o corpo sonoro (instrumentos).

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MÃOS

Tanto na mão esquerda quanto na direita os dedos terão atribuídas a seguinte numeração:

Polegar = 1
Indicador = 2
Médio = 3
Anelar = 4
Mínimo = 5

NOTAS MUSICAIS

Antes de aprendermos como escrever as notas na pauta, veremos os seus nomes e a


sua ordem .Como qualquer instrumento musical as notas básicas (ou naturais) são:

dó ré mi fá sol lá si
Vamos agora entender como as 7 notas musicais Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si se
encontram dispostas no teclado olhando a figura abaixo:

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A seqüência Dó, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si é repetida várias vezes no teclado. Cada
vez que se repete a mesma nota na seqüência, ex: de Dó a Dó essa repetição é
chamada de Oitava, portanto um Teclado de 61 teclas possui 5 Oitavas, que
começam com sons Graves e terminam com sons Agudos.

Nos teclados arranjadores as 2 primeiras oitavas são destinadas para uso dos
Styles, e as demais 3 oitavas são destinadas para o uso dos Songs, isso se o
equipamento estiver operando no modo Single ou Fingered (Consulte o manual
do seu teclado para maiores informações).
Existem duas maneiras de identificarmos as teclas. Uma é tomando como base
as teclas Pretas, ou acidentes. Ao olharmos as teclas pretas iremos identificar
que elas possuem um intervalo de 2 e 3 teclas.

Assim, o Dó será sempre a tecla branca que vem antes do Intervalo de 2 Pretas,
o branca que vem antes do Intervalo de 2 Pretas, o Ré vai ser a tecla branca
localizada entre o intervalo de 2 pretas e o Mi a tecla branca localizada após o
intervalo de 2 prestas. Pronto, já identificamos 3 notas Do, Re e Mi. Agora
vamos as demais.

EX Dó:

A primeira tecla branca antes das duas teclas pretas sempre será a nota dó.

O Fá será a tecla branca localizada antes do intervalo de 3 teclas pretas, o Sol e


Lá estarão entre o intervalo de 3 teclas pretas, em sua ordem respectiva e o Si
estará após o intervalo de 3 teclas pretas.

EX Fá:

A primeira tecla branca antes das três teclas pretas sempre será a nota fá.

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CAPÍTULO 3 - ACIDENTES MUSICAIS

ACIDENTE

As teclas pretas do teclado representam uma alteração nos sons das teclas
brancas, aumento ou diminuindo sua tonalidade. Os sinais de alterações mais
comuns são: Bequadro, Sustenido e Bemol .

Existem dois acidentes: BEMOL ( b ) e o SUSTENIDO ( # )

Baixando um “ Semitom - BEMOL ( b )


Subindo um “ Semitom “ - SUSTENIDOS ( # )

SUSTENIDO #: Eleva a altura da nota em 1/2 tom


Geralmente sustenido é o nome que damos às teclas pretas do teclado, quando
estamos executando uma seqüência ascendente (que sobe). Exemplo mais
prático - olhando no teclado.

BEMOL b: Abaixa a altura da nota em 1/2 tom

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Exemplo:
LÁ subindo um “ Semitom ” = LÁ#
LÁ baixando um “ Semitom “ = Láb

OBS.: As notas MI e SI não admitem SUSTENIDOS.


As notas FÁ e DÓ não admitem BEMOL.

Como você pôde notar, existem notas com o mesmo som, mas com nomes
diferentes como, por exemplo, nesse caso onde dó# = réb (dó sustenido é igual
a ré bemol) Isto ocorre porque aumentando meio (1/2) de dó será igual a
diminuirmos meio (1/2) tom de ré.

Nota: Futuramente estudaremos a Classificação dos intervalos.

TABELA DE NOTAS E SEUS ACIDENTES:

: : C# : : D# : : : F# : G# : A# : :
: C : : D: : E : F : : G : A : : B :
: : Db : : Eb : : : Gb : : Ab : : Bb

As notas em Bemol ou Sustenidos podem emitir o mesmo som mas recebem dois nomes diferentes. Podemos
dizer que: Db e igual a C#, Eb é igual a D#, Gb é igual a F#, Ab é igual a G# e Bb é igual a A#

Por que o Mi e o Fá são diferentes?


Na verdade o que acontece com essas notas é o seguinte, tomaremos o Mi como exemplo, porem, acontece a
mesma coisa para o Si. A freqüência de vibração da nota, que supostamente seria, Mi# é praticamente
idêntica a freqüência do Fá. Para não termos duas notas com o mesmo som, (o Mi# e o Fá), decidiu-se que o
Mi# seria automaticamente o Fá, sendo então abolido, portanto, não "existe" Mi# nem Si#!

Mi# não existe, seu valor é Fá


Si# não existe, seu valor é Dó

Pratique isso como exercício sempre que puder!


Aumentando cada nota de 1/2 em 1/2 tom, Temos uma escala conhecido por "Cromática"

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CAPÍTULO 4 – CIFRAS E ACORDES

*CIFRAS

É apenas uma notação diferente para os acordes, muitos a consideram um método, e na verdade realmente é.
Existem dois métodos mais conhecidos para aprender e tocar violão, o método da Pauta Musical, que é bem
mais preciso, pois contém a oitava que a nota deve ser tocada assim como o seu tempo e todos os detalhes para
que a música seja tocada exatamente como seu criador a compôs.

No método das cifras, o processo foi simplificado, porém depende muito mais da sua habilidade e criatividade
para conseguir fazer com que a música lembre a original. Por ser mais simples de entender, as cifras foram se
tornando o padrão mais conhecido e utilizado pelos músicos amadores, você já deve ter visto algo parecido com
isso:

PARABÉNS PRA VOCÊ

C G
Parabéns pra você

Nesta data querida


C Dm
Muitas felicidades
G C
Muitos anos de vida

As cifras são um Padrão usado para escrever as notas musicais usando letras.

NOTAS CIFRAS
Dó + C
Sol - Gm
Mi+ E
La + A
Fa - Fm
Si - Bm

OBS: O melhor é que as cifras sejam decoradas. Para isso pratique muito cada acorde para conhece-lo melhor e
dessa maneira ficar mais fácil lembrar.

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* ACORDES
Acorde é um conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo, formando uma composição perfeita. Os acordes
são usados para tocarmos a música propriamente dita, e a partir de agora começaremos o nosso estudo!
Nós estudaremos acordes no padrão universal, pelo que chamamos de cifras.

TIPOS DE ACORDES:

1. Acordes Consonantes

Representam a série de acordes que ao serem tocados transmitem uma sensação repousante e harmoniosa.
Geralmente são as "posições" mais fáceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso, vamos usar
principalmente estes acordes.

2. Acordes Dissonantes

Ao contrário dos anteriores, estes transmitem uma sensação mais tensa, mais chocante (dando a impressão de
pouco harmoniosa). Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa Nova" e do "Jazz".
Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente, transmitem uma sensação de "erro", porém,
no contexto geral da música tornam-se agradáveis.

Podemos relembrar dessa forma que estes símbolos abaixo são utilizados para nomear acordes:

M = Lê-se maior
m = menor
m6 = acorde menor com sexta
m7 = menor com sétima
#5 = com quinta aumentada
b5 = com quinta diminuta
6 = com sexta maior
6m = sexta menor
7 = com sétima (menor)
7M = com sétima - Maior
9 = com nona - Maior
#9 = com nona aumentada
b9 = com nona menor
#11 = com décima primeira aumentada
b13 = com décima terceira menor

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Capítulo 5 – TRANSPOSIÇÃO DE TONS

A transposição de tonalidade é o meio de fazer com que uma música que você já tenha cifrada em casa, mas
não consegue cantar por não conseguir alcançar a tonalidade, possa ser baixada ou aumentada, em sua
tonalidade, de acordo com as suas necessidade, servindo também para facilitar o trabalho de outros
instrumentistas evitando que tenha que tocar em tonalidades difíceis de ser executadas.

Para isso utilizamos a escala.

Dó|#|Ré|#|Mi|Fá|#|Sol|#|Lá|#|Si|Dó

Faremos dois exemplos para a sua compreensão.

EXEMPLO 1

Digamos que, uma música foi feita originalmente nos acordes Dó - Fá - Sol, mas quando você a executa a sua
voz não alcança algumas notas por serem muito agudas, é nesta situação que recorreremos ao uso da
transposição de tonalidade, e trocaremos os acordes por outros mais graves logicamente.

Usando a escala acima vamos diminuir meio tom ou seja vamos localizar os acordes Dó - Fá - Sol na escala e
voltar um acorde.

Resultado o acorde Dó passará a ser Si, o acorde Fá passará a ser Mi e o acorde Sol passará ao acorde Fá#.

EXEMPLO 2

Digamos que o caso seja inverso, que a música que você pretende executar é muito grave e você quer que a
melodia se torne mais aguda.

Tomaremos como base os acordes Mi - Lá - Ré, e usando a escala alteraremos um tom, ou seja duas notas para
frente.

Resultado o acorde Mi passará a ser o Fá # o acorde Lá passará a ser o acorde Si e o acorde Ré a Mi.

A mudança de tonalidade é muito simples, vejamos outro exemplo: a música Sampa de Caetano Veloso está no
tom de C (do maior) para mudarmos para o tom de D (re maior), ou seja, subir um tom, utilizamos a Tabela de
Transporte.
Primeiramente isolamos a 1a linha da tabela e nela localizamos a tonalidade atual, C, que corresponde a 4 a
coluna.

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Depois, a partir da 4a coluna, na vertical localizamos a tonalidade desejada, D, que corresponde a 3 a linha.

Agora é só transportar os acordes da 1 a linha (tonalidade atual) para a 3a linha (tonalidade desejada) mantendo
os mesmos acidentes # e b (sustenidos e bemois) da tonalidade atual.

Vejamos um exemplo com a introdução de Sampa:


Introdução D7/9 Ab7 G7 C G5# (na tonalidade atual, do maior)

Introdução E7/9 Bb7 A7 D A5# (na tonalidade desejada, re maior)

Tabela de Transporte

A A# B C C# D D# E F F# G G#

A# B C C# D D# E F F# G G# A

B C C# D D# E F F# G G# A A#

C C# D D# E F F# G G# A A# B

C# D D# E F F# G G# A A# B C

D D# E F F# G G# A A# B C C#

D# E F F# G G# A A# B C C# D

E F F# G G# A A# B C C# D D#

F F# G G# A A# B C C# D D# E

F# G G# A A# B C C# D D# E F

G G# A A# B C C# D D# E F F#

G# A A# B C C# D D# E F F# G

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ESCALA DE TONS

13
Escala de (C)
Acordes

14
Escala de (D)
Acordes

65

15
Escala de (E)
Acordes

16
Escala de (F)
Acordes

17
Escala de (G)
Acordes

18
Escala de (A)
Acordes

19
Escala de (B)
Acordes

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MUSICAS

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DEUS DA MINHA VIDA (Thales Roberto)

Dm Bb
Deus meu,
Dm Bb
Pai meu,
Dm Bb
Amor meu,
Dm Bb
Tudo, razão de tudo!
Dm Bb
Deus meu,
Dm Bb
Ar meu,
Dm Bb
Farol, o farol que eu
Dm Bb
Preciso, como eu preciso!!
Dm G
Eu preciso Te sentir todo dia!
Dm G
E olhar pra Tua luz pra não me perder!
Dm G
Meu Senhor, Tu és a minha alegria
Bb
E eu preciso.... Deus da minha vida
C Dm
Fica comigo
Bb
Sou a Sua casa
C Dm
Mora em mim
Bb C Dm
Deixa eu Te dizer o que eu preciso, Pai
Bb
Eu preciso do Senhor!!

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A ELE A GLÓRIA (Diante do Trono)

Em C
Porque Dele e por Ele
D Em
Para Ele são todas as coisas
C
Porque Dele e por Ele
D Em
Para Ele são todas as coisas
C D
A Ele a Glória
G D Em
A Ele a Glória
C D
A Ele a Glória
Em
Pra sempre, amém
C
Quão profundas riquezas
D Em
O saber e o conhecer de Deus
C
Quão insondáveis
D Em
Seus juízos e Seus caminhos

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VEM COM JOSUÉ

Dm A7 Dm
Vem com Josué lutar em Jericó, Jericó, Jericó
Dm A7 Dm
Vem com Josué lutar em Jericó, e as muralhas ruirão
Dm
Suba os montes devagar

Que o Senhor vai guerrear

Cerquem os muros para mim


A7 Dm
Pois Jericó chegou ao fim
Dm A7 Dm
Vem com Josué lutar em Jericó, Jericó, Jericó
Dm A7 Dm
Vem com Josué lutar em Jericó, e as muralhas ruirão
Dm
As trombetas soarão

Abalando céu e chão

Cerquem os muros para mim

A7 Dm
Pois Jericó chegou ao fim

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PODEROSO DEUS (Antonio Cirilo)

D
Ao que está assentado
Bm
No trono
G
E ao cordeiro
A
Seja o louvor
D
Seja a honra
Bm
Seja a glória
G
Seja o domínio
A
Pelo séculos dos séculos
D
Poderoso Deus
Bm
Poderoso Deus
G
Poderoso Deus
Em A
Minh'alma anseia por ti

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EU VEJO A GLÓRIA (Fernanda Brum)

C F Am G
Eu vejo a glória do Senhor hoje aqui
C F Am G
A sua mão o seu poder sobre mim
C F Am G
Os céus abertos hoje eu vou contemplar
Dm Em G
O amor descer nesse lugar
C F Am G
Eu quero ver agora o Teu poder
C F Am G
A Tua glória inundando meu ser
C F Am G
Vou levantar as mãos e vou receber
Dm Em G
Vou louvando o Teu nome, porque sinto o Senhor me
C
tocar

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O MELHOR DE DEUS

A E F#m
Alegrai-vos filhos de Sião
D
Regozijai-vos no Senhor
A E F#m D
Porque ele vos dará em justa medida
A E F#m D
A chuvaaa... A chuvaaa (Bis)
A E F#m D
As eiras se encherão de trigo
A E F#m D
E os lagares transbordarão de óleo e vinho
A E F#m D
Restituirei os anos que foram consumidos
A E F#m D
E lhes mostrarei a minha salvação
A E
E saberei que o melhor
F#m D
De Deus ainda esta por vir
A E
O melhor de Deus ainda esta por vir
F#m D
O melhor de Deus ainda esta por vir
A E
O melhor de Deus ainda esta por vir
F#m D
O melhor de Deus

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Considerações finais

Neste estudo ofereço uma força para quem quer iniciar o estudo do violão, este são alguns dos primeiros passos
para posteriormente iniciar um estudo com mais profundidade.

No principio do aprendizado existe muita dificuldade para se obter um som agradável. Ao fazer os exercícios com
atenção, você está coordenando as mãos e melhorando os músculos dos dedos. Este começo é muito difícil
sendo um grande desafio, que você pode vencer se for persistente e programar um horário certo para o treino.

- Treinar, que seja pouco mas todo dia;


- Fazer os exercícios com atenção;
- Evitar tocar de qualquer forma para não adquirir vícios;
- Executar os exercícios com atenção na posição correta das mãos;
- Procurar ouvir todos os acordes e memorizar suas características;

Bons estudos!

Roger Passamani
Coordenador da Escola de Música
NOVA SCHOLL MUSIC

CONCLUSÃO

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