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VIOLÃO PARA INICIANTES

Módulo I

Marlon Marques
ÍNDICE

1. VIOLÃO – o instrumento musical............................................... 3


1.1. As partes do violão ...................................................................... 3
1.2. Os nomes das cordas.................................................................... 4
2. MÃOS ................................................................................................................. 5
3. TEORIA ELEMENTAR DA MÚSICA......................................................... 7
3.1. Música, ritmo e som ...................................................................... 7
3.2. Sinais para escrever a música ............................................... 7
4. ACORDES........................................................................................................ 10
5. Escalas .......................................................................................................... 13
5.1. Intervalo musical ...................................................................... 13
5.2. Escala maior.................................................................................... 14
5.3. Escala menor................................................................................... 16
6. Formação dos acordes ................................................................... 18
6.1. Acordes maiores............................................................................ 18
6.2. Acordes menores........................................................................... 19
6.3. tétrades e outros acordes ................................................... 20
6.4. Acordes invertidos..................................................................... 21
1. VIOLÃO – o instrumento musical

1.1. As partes do violão

O violão é dividido em:

a) Mão, parte superior onde ficam as tarrachas;


b) Tarrachas ou cravelha, parte onde regula as cordas, apertando a corda (sentido anti-
horário) e folgando (sentido horário);
c) Pestana, pequena peça que pode ser de plástico ou de fibra de carbono. Tem umas
pequenas fendas por onde passa as cordas para separá-las e alinhá-las;
d) Trastes, objetos metálicos espalhados pelo braço do violão onde divide as casas;
e) Casa, espaço entre um traste e outro que equivale a meio tom que forma a escala
musical (veremos adiante);
f) Boca, abertura circular no meio da caixa de ressonância;
g) Caixa de ressonância, parte maior do violão por onde sai o som; e
h) Cavalete, parte onde prende as cordas na caixa de ressonância.

Veja a imagem para um melhor entendimento:

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OBS: Como tem vários tipos de violão, tem muitos com partes a mais, como Knobs (onde
controla o volume instrumento elétrico), captadores ou Pickups (que passa o som para os
amplificadores), tirante (barra de metal que atravessa o braço do violão por dentro), etc...

1.2. Os nomes das cordas

Vamos aprender agora os nomes das cordas do violão (tradicional, de 6 cordas). As 3


primeiras cordas são chamadas de “primas” (cordas mais finas), enquanto as 3 últimas (as
mais grossas) são chamadas de “bordões”. Cada corda produz uma nota musical quando
tocada; assim, os nomes delas representam as notas emitidas quando cada corda é tocada
isoladamente. Veja na imagem os nomes das cordas:

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2. MÃOS

O Instrumento violão, é executado com o auxílio das nossas duas mãos.


A mão direita serve para executar os ritmos, desde uma batida, um dedilhado ou até
mesmo um solo, tocando as cordas próxima à boca do violão (abertura circular no meio da
caixa de ressonância). A mão direita, para uma boa performance, deve ficar próxima da boca
do violão e o braço apoiado confortavelmente com o cotovelo na parte superior traseira da
caixa de ressonância.
A mão esquerda serve para pressionar as cordas entre um traste e outro contra o
braço do violão, para que, com o auxílio da mão direita, possa tirar (produzir) o som das
notas musicais tanto em um solo, como em um acorde (veremos adiante sobre notas e
acordes). A mão esquerda tem que ficar de tal forma posicionada que você possa usá-la
livremente de um lado para o outro do braço do violão e percorrer todas as casas. Veja as
figuras:

Posição da mão direita Posição da mão esquerda

Os dedos das mãos têm certas indicações que você deve saber para facilitar o
aprendizado e a execução dos exercícios de dedilhado e solo com maior precisão. Os dedos
da mão direita são indicados pelas iniciais do nome de cada um. Já os dedos da mão
esquerda são indicados por números Por exemplo:

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MÃO ESQUERDA MÃO DIREITA

1 = Indicador. P = Polegar
2 = Médio. I = Indicador
3 = Anular. M = Médio
4 = Mínimo. A = Anelar

OBS: O polegar serve apenas como base OBS: O dedo mínimo da mão direita não é
para apoiar a mão em determinado local utilizado.
do braço do violão e ajudar a pressionar
as cordas contra o braço.

Veremos mais adiante como você vai utilizar cada dedo das mãos de forma adequada.

Exercícios para mão direita:

E|--P--------|-----------|-----------|
A|-----------|--P--------|-----------|
D|-----------|-----------|--P--------|
G|----I---I--|----I---I--|----I---I--|
B|----M---M--|----M---M--|----M---M--|
e|----A---A--|----A---A--|----A---A--|

E|--P--------|-----------|-----------|--P--------|...
A|-----------|--P--------|-----------|-----------|...
D|-----------|-----------|--P--------|-----------|...
G|----I------|----I------|----I------|--------I--|...
B|------M----|------M----|------M----|------M----|...
e|--------A--|--------A--|--------A--|----A------|...

E|--P----------------|-------------------|-------------------|
A|-------------------|--P----------------|-------------------|
D|-------------------|-------------------|--P----------------|
G|----I---I---I---I--|----I---I---I---I--|----I---I---I---I--|
B|------M-------M----|------M-------M----|------M-------M----|
e|----------A--------|----------A--------|----------A--------|

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3. TEORIA ELEMENTAR DA MÚSICA

3.1. Música, ritmo e som

A teoria elementar da música é chamado de solfejo (do italiano “Solfeggio”, solfejar),


significa “cantar batendo o compasso e nomeando a notas”.

A música é a arte de combinar os ritmos e os sons.


O ritmo é a variação da duração de sons com o tempo (tempo musical, rápido, lento).
O som é todo ruído em que podemos identificar três qualidades:

 Intensidade – diferença entre um som forte e um fraco;


 Altura – diferença entre som baixo (grave) e som alto (agudo). Ex: Quando dizemos
que uma pessoa canta baixo, pode também significar que ela canta muito grave, não
só de volume alto ou baixo; e
 Timbre – o que permite perceber a diferença entre dois sons semelhantes na
duração (tempo), na intensidade (se é fraco ou forte) e na altura (grave ou agudo).
Ex: Para melhor entender, suponha um violão com corda de aço e um com corda de
nylon, tem timbres diferentes.

O som é um fenômeno científico que pertence ao domínio da física; ele transmite


para o nosso ouvido, vibrações, movimentos alternados muito rápidos. Ex: Quanto maior a
vibração dos sons, mais agudos os ouvimos.

Como a teoria elementar da música é um tema com bastante conteúdo, vamos dividir
ele em várias partes para não dar confusão em sua cabeça.

3.2. Sinais para escrever a música

Os sons musicais se escrevem por meio de notas. As notas musicais são:

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NOTAS DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
CIFRA C D E F G A B

Essas são chamadas de “notas naturais”. Fora essas existem outras chamadas de
acidentes (veremos adiante). As notas naturais são as notas que não sofrem nenhuma
alteração no som. Veja na figura das teclas e notas no teclado musical:

As notas musicais denominadas como acidentes, são aquelas que sofreram aumento
ou diminuição no valor da nota natural (alterações acidentalmente no som). Existem
diferentes tipos de acidentes. Por enquanto, vamos aprender só dois: o sustenido e o
bemol. Veja com é o símbolo sustenido e bemol:

Sustenido: Bemol:

O sustenido recebe o símbolo (#) após o nome ou cifra correspondente da nota


musical. Veja:

DÓ# RÉ# FÁ# SOL# LÁ#


C# D# F# G# A#

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OBS: Essas notas pronunciam-se DÓ sustenido, RÉ sustenido, etc. A alteração sofrida na
nota é do aumento de ½ (meio) tom, só que são notas distintas, como você pode observar
no exemplo das teclas do teclado musical, as pretas e as brancas. Observe:

Os bemóis (b) são:

RÉb, MIb, SOLb, LÁb, SIb


Db Eb Gb Ab Bb

OBS: Essas notas pronunciam-se RÉ bemol, MI bemol, etc. A alteração sofrida na nota é da
diminuição de ½ (meio) tom. Veja a figura do teclado musical e a indicação das notas
bemóis(b):

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4. ACORDES

Vamos aprender um pouco agora sobre os acordes. Acorde é uma combinação de,
pelo menos, 3 notas, chamadas de tríade. Veja alguns acordes a seguir:

DÓ MAIOR (C) SOL MAIOR (G)

. |-----|-----|-----||:E x |--2--|-----|-----||:E
x |--3--|-----|-----||:A o |-----|--1--|-----||:A
o |-----|--2--|-----||:D o |-----|-----|-----||:D
o |-----|-----|-----||:G o |-----|-----|-----||:G
o |-----|-----|--1--||:B o |-----|-----|-----||:B
o |-----|-----|-----||:e o |--3--|-----|-----||:e

RÉ MAIOR (D) RÉ MENOR (Dm)

. |-----|-----|-----||:E . |-----|-----|-----||:E
. |-----|-----|-----||:A . |-----|-----|-----||:A
x |-----|-----|-----||:D x |-----|-----|-----||:D
o |-----|--1--|-----||:G o |-----|--2--|-----||:G
o |--3--|-----|-----||:B o |--3--|-----|-----||:B
o |-----|--2--|-----||:e o |-----|-----|--1--||:e

MI MAIOR (E) MI MENOR (Em)

x |-----|-----|-----||:E x |-----|-----|-----||:E
o |-----|--2--|-----||:A o |-----|--1--|-----||:A
o |-----|--3--|-----||:D o |-----|--2--|-----||:D
o |-----|-----|--1--||:G o |-----|-----|-----||:G
o |-----|-----|-----||:B o |-----|-----|-----||:B
o |-----|-----|-----||:e o |-----|-----|-----||:e

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LÁ MAIOR (A) LÁ MENOR (Am)

. |-----|-----|-----||:E . |-----|-----|-----||:E
x |-----|-----|-----||:A x |-----|-----|-----||:A
o |-----|--1--|-----||:D o |-----|--2--|-----||:D
o |-----|--2--|-----||:G o |-----|--3--|-----||:G
o |-----|--3--|-----||:B o |-----|-----|--1--||:B
o |-----|-----|-----||:e o |-----|-----|-----||:e

SI MAIOR (B) SI MENOR (Bm)

. |-----|-----|-----|-----||:E . |-----|-----|-----|-----||:E
x |-----|-----|--I--|-----||:A x |-----|-----|--I--|-----||:A
o |--2--|-----|--I--|-----||:D o |--3--|-----|--I--|-----||:D
o |--3--|-----|--I--|-----||:G o |--4--|-----|--I--|-----||:G
o |--4--|-----|--I--|-----||:B o |-----|--2--|--I--|-----||:B
o |-----|-----|--I--|-----||:e o |-----|-----|--I--|-----||:e

FÁ MAIOR (F) FÁ MENOR (Fm)

x |-----|-----|--I--||:E x |-----|-----|--I--||:E
o |--3--|-----|--I--||:A o |--3--|-----|--I--||:A
o |--4--|-----|--I--||:D o |--4--|-----|--I--||:D
o |-----|--2--|--I--||:G o |-----|-----|--I--||:G
o |-----|-----|--I--||:B o |-----|-----|--I--||:B
o |-----|-----|--I--||:e o |-----|-----|--I--||:e

DÓ MENOR (Cm)

. |-----|-----|-----|-----|-----||:E
x |-----|-----|--I--|-----|-----||:A
o |--3--|-----|--I--|-----|-----||:D
o |--4--|-----|--I--|-----|-----||:G
o |-----|--2--|--I--|-----|-----||:B
o |-----|-----|--I--|-----|-----||:e

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SOL MENOR (Gm)

x |-----|-----|--I--|-----|-----||:E
o |--3--|-----|--I--|-----|-----||:A
o |--4--|-----|--I--|-----|-----||:D
o |-----|-----|--I--|-----|-----||:G
o |-----|-----|--I--|-----|-----||:B
o |-----|-----|--I--|-----|-----||:e

 . – corda não tocada


 x – corda tocada representando a nota mais grave do acorde (baixo)
 o – demais cordas a serem tocadas
 I – pestana

Veremos adiante o processo de como formar os acordes, seguindo as escalas maior e


menor.

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5. Escalas

5.1. Intervalo musical

O intervalo musical é usado para medir a distância entre uma nota e outra da escala.
Pra você entender melhor, para medir o peso usa-se o Kg (kilograma), para medir a hora
usa-se o min (minuto) e daí em diante. Para medir o intervalo musical, usa-se o tom (T) que
equivale ao valor 1 (um tom), só que, o menor intervalo (distância que existe entre uma
nota e outra) é ½ T (meio tom).
Existem vários tipos de escalas, cada escala tem uma regra para identificar qual sua
classificação, se é “maior”, “menor”, etc…

Como simbologia global, a forma que usamos para diferenciar se é tom (equivale a
1) ou semitom (equivale meio tom) é a letra “T” para tom e a letra “S” para semitom.
Vamos usar a figura das teclas do teclado musical para ficar mais fácil o entendimento. Veja
a figura:

Desta maneira, podemos perceber que entre uma nota natural e outra há sempre a
distância de um tom, exceto entre as notas MI e FÁ, e entre as notas SI e DÓ (é de
extrema importância que você se lembre disso, pois será um fundamento para nós a partir
de agora!)

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5.2. Escala maior

O que mede a relação (se é a primeira, segunda, terceira nota…) entre uma nota e
outra da escala é o grau. Cada nota da escala tem o nome de grau. Vamos simbolizar os
graus com os algarismos romanos (I, II, III, IV, V, VI, VII, etc.). Veja a figura de como fazer
a distribuição dos graus da escala de DÓ maior (escala natural sem nenhum acidente
musical “#” ou “b”):

Nesse exemplo, fica sendo o DÓ “I” (o primeiro grau), o RÉ “II” (o segundo grau em
relação a 1ª nota DÓ), o MI “III” (terceiro grau em relação a 1ª nota DÓ), etc., sempre
fazendo a referência com a 1ª nota de cada escala. Esse é o jeito mais fácil para você saber
com é formado e como formar a escala maior. Aprenda essa regra:

T T S T T T S

Lembre-se: o I grau (primeiro grau) determina o nome da escala, e a escala vai


determinar o TOM da música. Por exemplo: nessa escala que utilizamos, o tom dela é
DÓ maior ou simplesmente escala de DÓ maior. Veja agora como essa regra (T T S T T
T S) é utilizada na escala de RÉ maior:

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Por meio da formação da escala maior de RÉ, pudemos perceber que houve dois
acidentes: FÁ# e DÓ#. Isso aconteceu porque entre o II e III graus e entre o VI e o VII
graus, há uma distância de 1 tom. Assim sendo, como a distância entre as notas MI e FÁ, e
entre SI e DÓ, é de apenas ½ tom, faz-se necessário o uso do sustenido para que a
regra seja obedecida! Fácil, não? Vamos praticar com as outras notas naturais para a
formação de cada escala maior:

 Escala de MI maior:

I II III IV V VI VII VIII

T T S T T T S

 Escala de FÁ maior:

I II III IV V VI VII VIII

T T S T T T S

 Escala de SOL maior:

I II III IV V VI VII VIII

T T S T T T S

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 Escala de LÁ maior:

I II III IV V VI VII VIII

T T S T T T S

 Escala de SI maior:

I II III IV V VI VII VIII

T T S T T T S

5.3. Escala menor

Para a formação das escalas maiores, utilizamos a regra T T S T T T S. Já para as


escalas menores utilizaremos a regra T S T T S T T. Você deve estar pensando, “vou ter
que decorar várias fórmulas…”. Muita calma! Vamos aprender um jeito fácil de entender
essa escala!
Como você já aprendeu a formular as escalas maiores, basta ir até a sexta nota
da formação da escala maior que você encontrará a escala menor. Ficou confuso? Veja
como é fácil. Vamos fazer um teste e pegar a escala menor que existe dentro da escala de
C (Dó maior):

1) Pegue a escala maior de C (Dó maior) e repita suas notas o equivalente a 2 escalas.
Neste caso ficará 14 notas. Faça assim:

C–D–E–F–G–A–B–C–D–E–F–G–A–B

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2) Agora encontre o 6º grau da escala de C (Dó maior):

C–D–E–F–G– A–B–C–D–E–F–G–A–B

3) Separe as próximas 7 notas (contando a partir de A):

A–B–C–D–E–F–G–A

Está aí! Encontramos a escala de Am (Lá menor). Simples não? Como encontramos a
escala de Am dentro da escala de C, dizemos que Am e C são tons relativos, ou seja,
toda tonalidade maior tem como seu tom relativo uma tonalidade menor, e da mesma
forma, toda tonalidade menor tem como seu tom relativo uma tonalidade maior.

Para encontrarmos as outras escalas menores, é só utilizar a mesma regra. Veja:

 A escala de Am (Lá menor) está dentro da escala de C (Dó maior).


 A escala de Bm (Si menor) está dentro da escala de D (Ré maior).
 A escala de C#m (Dó sustenido menor) está dentro da escala de E (Mi maior).
 A escala de Dm (Ré menor) está dentro da escala de F (Fá maior).
 A escala de Em (Mi menor) está dentro da escala de G (Sol maior).
 A escala de F#m (Fá sustenido menor) está dentro da escala de A (Lá maior).
 A escala de G#m (Sol sustenido menor) está dentro da escala de B (Si maior).

Caso você queira, faça o teste igual ao que fizemos para encontrar a escala de Am (Lá
menor) para encontrar as outras escalas menores. Assim você vai aprender mais!

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6. Formação dos acordes

Acorde, como já vimos, é uma combinação de 3 ou mais notas. Quando for


combinação de 3 notas, chamamos de tríade, e é utilizado na formação de acordes como
os maiores e os menores. Quando for combinação de 4 notas, chamamos de tétrade,
utilizado na formação dos acordes com 7 (acordes com sétima), 9 (acordes com nona), etc.
Fora esses, também veremos as inversões. Se contente por enquanto apenas com a
tríade.

A seqüência DÓ, DÓ#, RÉ, RÉ#, MI, FÁ, FÁ#, SOL, SOL#, LÁ, LÁ#, SI e DÓ,
mostrado várias vezes nos artigos, chama-se “escala cromática”, e a seqüência de DÓ,
RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ e SI (sem os acidentes “#” e “b”) chama-se “escala de DÓ maior”
ou “escala natural”. Com base nessas duas seqüências vamos tirar a “fórmula de
formação dos acordes”.

Para que você entenda melhor sobre formação dos acordes, você tem que
entender muito bem sobre a formação da escala maior, mostrada anteriormente, pois ela
é a base de tudo. Lembra-se dos “graus” simbolizados pelos algarismos romanos? Vamos
relembrar:

6.1. Acordes maiores

Vamos formar o acorde maior. A regra é pegarmos a “I” (primeira nota), a “III”
(terceira nota) e a “V” (quinta nota) da escala maior. A “I” será a nota tônica, a “III”
indicará se o acorde é maior ou menor e a “V” indicará se é aumentado ou diminuto,
combinando com a terceira (não se preocupe com esses nomes, no momento certo você vai
aprender!).

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Veja a formação do acorde “C” (Dó maior):

Essa combinação tem que ter o intervalo de 2tons da “I” (primeira) para a “III”
(terceira) e 1tom e meio da “III” (terceira) para a “V” (quinta).

6.2. Acordes menores

As tríades (combinação 3 notas) são formadas pela I, III e V notas da escala


correspondente (escala de dó, escala de ré, etc.), a diferença está no intervalo entre
esses 3 graus.

Para a formação dos acordes menores, o intervalo entre a “I” (primeira) e a “III”
(terceira) tem que ter 1 tom e meio, e a distância entre a “III” (terceira) e a “V” (quinta)
tem que ter 2 tons. A diferença entre os ACORDES MAIORES e ACORDES MENORES
está na “III” – reduz-se ½ tom. Veja a figura do acorde “C” (dó maior) e “Cm” (dó
menor) e faça o comparativo:

 Acorde “C” (dó maior):  Acorde “Cm” (dó menor):

OBS: Para escrever a cifra dos acordes, são utilizados vários símbolos para diferenciar um do
outro (se ele é maior, menor, etc.). No exemplo mostrado logo acima, o “C” é o nome do
acorde, e o “m” significa MENOR (tem que ser um “m” minúsculo).

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6.3. tétrades e outros acordes

Já aprendemos como formar as tríades; agora, vamos aprender o como podemos


formar as tétrades. Tétrade nada mais é do que o acorde (lembrando: “I”, “III” e “V”)
com uma nota a mais, que não seja uma nota que já componha a tríade. Complicou? Vamos
esmiuçar melhor logo abaixo sobre o que são acordes com 7ª e 7ª maior, bem como
acordes com 4ª e 9ª. Esses últimos acordes não são considerados tétrades porque, ao tocar
a nota adicional, a terça – grau “III” – é suprimida.

Tomemos como base de estudo a escala maior de A, por ser um dos mais simples de
tocar no violão:

 Acordes com 7 (sétima): adiciona-se o “VII” grau, diminuído de ½ tom, ao acorde


em referência. No caso, o acorde A7 é composto pelas notas A, C#, E (tríade) e G.
 Acordes com 7M (sétima maior): adiciona-se o “VII” grau ao acorde em referência.
No caso, o acorde A7M é composto pelas notas A, C#, E (tríade) e G#.
 Acordes com 4 (quarta): adiciona-se o “IV” grau ao acorde em referência. No caso, o
acorde A4 é composto pelas notas A, D e E.
 Acordes com 9 (nona): adiciona-se o “IX” grau (mesma nota do “II” grau) ao acorde
em referência. No caso, o acorde A9 é composto pelas notas A, B e E.

A7 (lá com sétima) A7M (lá com sétima maior)

. |-----|-----|-----||:E . |-----|-----|-----||:E
x |-----|-----|-----||:A x |-----|-----|-----||:A
o |-----|--2--|-----||:D o |-----|--2--|-----||:D
o |-----|-----|-----||:G o |-----|-----|--1--||:G
o |-----|--3--|-----||:B o |-----|--3--|-----||:B
o |-----|-----|-----||:e o |-----|-----|-----||:e

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A4 (lá com quarta) A9 (lá com nona)

. |-----|-----|-----||:E . |-----|-----|-----||:E
x |-----|-----|-----||:A x |-----|-----|-----||:A
o |-----|--1--|-----||:D o |-----|--1--|-----||:D
o |-----|--2--|-----||:G o |-----|--2--|-----||:G
o |--3--|-----|-----||:B o |-----|-----|-----||:B
o |-----|-----|-----||:e o |-----|-----|-----||:e

6.4. Acordes invertidos

Uma forma de tocarmos um acorde é por meio da inversão. A inversão baseia-se


em tocar o acorde utilizando o grau “III” como a nota mais grave. Vamos ver na prática
como isso funciona! Adotemos como base de estudo o acorde de Sol. Já vimos
anteriormente que a escala maior de G é feita da seguinte forma:

Dessa forma, se quisermos inverter o acorde de Sol, tocaremos o acorde completo


(G, B e D), só que com a nota mais grave sendo a nota B. O nome que damos a esse
acorde é G/B (Sol com baixo em Si). É comum tocarmos os acordes invertidos com o grau
“IX”, para que o acorde fique mais completo. Veja como esse acorde é formado no violão:

G/B (Sol com baixo em Si):

. |-----|-----|-----||:E
x |-----|--1--|-----||:A
o |-----|-----|-----||:D
o |-----|-----|-----||:G
o |--2--|-----|-----||:B
o |--3--|-----|-----||:e

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