Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aves Do Parque Ecologico - Corrego Grande PDF
Aves Do Parque Ecologico - Corrego Grande PDF
ISBN 978-85-923489-0-8.
Inclui referências
1. Zoologia. 2. Ornitologia. 3. Biologia da Conser-
vação. 4. Divulgação Científica. 5. Educação Ambien-
tal. I. Marcon, Amanda Perin. II. Vieira, Bianca Pin-
to. III. Guia de aves do Parque Ecológico do Córrego
Grande.
Primeira Edição
Florianópolis
Edição do Autor
2017
Aos apaixonados pela vida, que seus corações sigam sempre verdes.
A.P.M.
Aos que são capazes de perceber que a nossa qualidade de vida de-
pende de uma rede de ideias, ações e ambientes colaborativos.
B.P.V.
PREFÁCIO
Além das fotografias e ilustrações das autoras, muitas imagens foram gentilmente
cedidas por diversas pessoas sem prejuízo de uso em outros materiais ou mídias. Aos
autores das fotografias, nosso agradecimento mais uma vez!
AS AVES
dos dinossauros. Foi uma revolução na pale- Cada espécie de ave possui pelo menos
ontologia verificar que a maioria dos dinos- uma característica única que a diferencia
sauros já possuía penas. Mas, o primeiro das outras, a ponto de dificultar a reprodu-
responsável por tão incrível baque na reali- ção com indivíduos que não possuam a
dade científica foi Achaeopteryx lithographica mesma particularidade.
já em 1861. O fóssil desse pequeno e esguio
dinossauro Theropoda preservou nítidas Algumas aves possuem cristas, outras têm
marcas de penas em seus braços, pernas e as penas do ombro coloridas, ou ainda
na longa cauda. Outros fósseis mais antigos possuem cantos com notas únicas. Desta
com penas foram encontrados posteriormen- forma, a identificação das espécies propor-
te e virou consenso que as aves não evoluí- ciona diversos elementos para uma ativida-
ram dos dinossauros, mas são os próprios, de prazerosa de curiosidade e observação,
fazendo parte do grupo Theropoda. como um quebra-cabeça natural. Não é à
toa que a observação e identificação de
Estima-se que as penas tenham surgido co- aves é tida como uma atividade que me-
mo uma adaptação para manter a tempera- lhora a memória, concentração e atenção
tura corporal e para comunicação em mo- a detalhes.
mentos, por exemplo, de defesa territorial e
rituais de acasalamento. Com o tempo, as A característica que mais chama a atenção
penas também foram selecionadas conforme nas aves é a pena. A composição de que-
facilitavam o deslocamento de voo. Além das ratina torna as penas resistentes e flexíveis
penas, o voo é facilitado por ossos pneumáti- para manobras rápidas durante o voo.
cos (porosos) mais leves que os nossos e por Diferentes penas desempenham funções
sacos aéreos espalhados pelo corpo, os diversas em cada parte do corpo.
crista/topete (píleo)
supercílio
cabeça
testa nuca
bico
costas
dorso
garganta
penas do ombro
peito (coberteiras)
barriga
penas da asa
(rêmiges: primárias -
Ilustração: Amanda P. Marcon
penas da cauda
(retrizes)
PARTES DA PLUMAGEM
8
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
cerdas
TIPOS DE PENA
9
Marcon & Vieira
10
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
Amanda Marcon
tesourinha adulto
- Clássica: população tem alta fidelidade a - Altitudinal: deixam grandes altitudes para
um local reprodutivo e um não-reprodutivo. partes baixas (e vice-versa).
11
Marcon & Vieira
coisa mudou?
andorinha-pequena-de-casa
12
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
Thais Hudler
ntigamente, o “passarinheiro” era o
caçador ou gaioleiro. Com o tempo, a caça
e captura das aves foram substituídas por
uma atividade muito mais prazerosa, a foto-
grafia e observação de aves.
13
Marcon & Vieira
14
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
Apesar de aves urbanas estarem acostuma- Abrigos de observação podem ser acompa-
das com a presença humana, a grande mai- nhados de poleiros e alimentos para atrair
oria fica desconfortável e foge quando uma as aves.
pessoa se aproxima demais.
O melhor comedouro para aves terrestres é
Seja sempre cauteloso, um jardim. Plantar árvores frutíferas atrai
movimente-se lentamente, diversas espécies. Mesmo que o espaço não
sem fazer barulho ou falar permita árvores, arbustos e vasos com plan-
alto. Evite caminhar direta- tas são bons atrativos.
mente na direção da ave. Cami-
nhe lentamente em parábola Se não tiver plantas frutíferas, faça um co-
com passos curtos e pausados medouro e coloque diariamente alimentos
para aumentar as chances de naturais, como frutas, grãos e folhas. Nunca
aproximação da ave. dê pães, bolos, bolachas e outras massas,
pois esse tipo de alimento pode causar da-
Use roupas discretas em tons do nos sérios à saúde da ave.
ambiente de observação. As aves
possuem uma distância de fuga Adicione uma tigela com água para que
conforme a aproximação das pes- elas bebam e se banhem. Você também
soas. Em geral, essa distância pode usar bebedouros. A água deve
varia conforme espécie, comporta- ser trocada todos os dias e o recipi-
mento, ambiente e condição cli- ente deve ser limpo sem de-
mática (como chuva e vento). tergente, apenas esfregando
para retirar o limo. Se você
Observe sinais de comportamento não tiver tempo para a
nas aves para determinar qual é a limpeza diária, opte
distância de aproximação adequada. por retirar o bebe-
A ave será menos afetada pela sua douro ou tigela e
presença e você poderá observá-la recolocá-los quan-
por mais tempo. Entre os sinais, do puder mantê-
estão: los.
15
Marcon & Vieira
Ilustração: Bianca Vieira
Aves criadas por humanos desde filhote podem sofrer imprinting, ou seja, agem como huma-
nos e têm comportamentos de fala, alimentam-se junto à mesa, tocam instrumentos, pedem
carinho a pessoas, etc. Se a ave sofre imprinting, ela se recusa a ir embora quando é solta.
Em alguns casos, tem dificuldade de interagir com outras aves silvestres. A recuperação e
reintrodução de aves que sofreram imprinting exige ajuda profissional especializada.
16
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
João Andriola
periquitão
17
Marcon & Vieira
Bianca Vieira
taperuçu-de-coleira-branca
18
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
MARRECOS (ANATIDAE)
Maiara Vissoto
fêmea
macho
Amanda Marcon
Amanda Marcon
Bianca Vieira
macho com coberteiras
em muda expõe as
penas iridescentes
19
Marcon & Vieira
ARACUÃS (CRACIDAE)
Bianca Vieira
jovem
adulto
20
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
BIGUÁS (PHALACROCORACIDAE)
Bianca Vieira
mergulhão - Nannopterum brasilianus
jovem
adultos em plumagem
não-reprodutiva
Amanda Marcon
Bianca Vieira
adulto em pluma-
gem reprodutiva jovem
Outros nomes: biguá, imbiuá, miuá, pata- Ocorrência no Brasil: Todo o país.
d’água.
Reprodução: A plumagem ganha coloração
Características: Em bandos. Tem 58-73 cm mais intensa, com penas brancas na cabeça
de comprimento e até 1 m de envergadura. e pescoço. São monogâmicos, com ritual de
Plumagem preta. Pescoço longo. Olhos azuis. cortejo complexo. Nidificam em colônias
Pele no entorno do bico amarelada. Bico sobre arbustos e árvores. A fêmea constrói
superior escuro e inferior amarelado com ninhos com os gravetos trazidos pelo macho
ponta levemente encurvada. Pés escuros e em local escolhido por ele. Fazem a postura
palmados. Jovem de plumagem castanha de até quatro ovos azuis-claros. Incubação
clara, olhos acastanhados e bico amarelado por cerca de 25 dias. Os pais cuidam dos
com estrias escuras. A plumagem do jovem ovos e filhotes. Os filhotes se tornam inde-
vai escurecendo até a idade adulta. pendentes com 12 semanas de vida.
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter- No parque: Presente nos lagos o ano todo,
no evidente conhecido. porém mais indivíduos durante primavera e
verão.
Ambiente: Aquático, de áreas marinhas a
lagos e rios.
Curiosidades
Alimentação: Peixes, pequenos crustáceos,
Suas penas são pouco impermeáveis,
girinos e artrópodes aquáticos. Captura o
facilitando o mergulho, mas dificultando o
alimento em mergulho que pode chegar a
controle térmico. Por isso, biguás abrem
até 45 segundos de duração.
as asas para secagem com frequência.
21
Marcon & Vieira
adulto
jovem
Bianca Vieira
Bianca Vieira
ninho com
filhotes
Amanda Marcon
22
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
fêmea em pluma-
gem reprodutiva
Aureo Guaitolini
Amanda Marcon
macho em pluma-
gem reprodutiva
23
Marcon & Vieira
fêmea em
plumagem
reprodutiva
Amanda Marcon
macho em
plumagem
Bianca Vieira
não-
reprodutiva
jovem
Valéria Vieira
24
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
jovem
jovem
fêmea
macho
Amanda Marcon
Bianca Vieira
Características: Solitária, em bandos ou com Reprodução: A pele facial assume tons mais
outras garças. Garça com 80-104 cm de vibrantes, o bico superior se torna escuro e
comprimento e 1,4-1,7 m de envergadura. as egretas (penas filamentosas ornamentais)
Plumagem branca. Pescoço longo, assumin- ficam mais longas e emplumadas. Nidifica
do posição de “S” quando em descanso. em colônias, com grandes ninhos de grave-
Olhos e pele facial amarelados. Detalhe azul to. As colônias podem ser mistas com outras
-esverdeado abaixo do olho. Bico amarelo- garças. Põe de dois a três ovos esbranquiça-
alaranjado. Longas pernas pretas. O jovem é dos. Incubação por cerca de 25 dias. Ambos
menor que o adulto e diferencia da garça- os pais cuidam dos ovos e filhotes. Os filho-
vaqueira (Bubulcus ibis) por ter uma crista tes frequentemente competem entre si por
branca e pernas pretas. alimento.
Ambiente: Áreas úmidas, como brejos, lago- Forma bandos, inclusive com outras espé-
as e açudes. cies, em locais de alimento abundante.
25
Marcon & Vieira
adulto
Amanda Marcon
Outros nomes: garça-faceira, coaracimimbi. Ocorrência no Brasil: Sul, Sudeste, Centro-
Oeste e pequena parte do Norte e Nordeste.
Características: Solitária, em pares ou ban-
dos. Garça com 50-64 cm de comprimento. Alimentação: Artrópodes, anfíbios, répteis e
Mais colorida do que as outras garças, com pequenos mamíferos. Também pesca em
dorso, asas, cauda e topo da cabeça acin- áreas alagadas rasas.
zentados. O pescoço longo é de tom creme e
torna-se mais escurecido no peito, clareando Reprodução: De setembro a dezembro. O
novamente na região da barriga. Bochechas casal constrói junto o ninho de gravetos nas
e coberteiras são amarelo-queimadas. Apre- árvores e reveza no cuidado dos filhotes.
senta egretas (penas filamentosas ornamen- Põe de um a quatro ovos cinza-esverdeados
tais) marcadas na cabeça, com as superiores com manchas amarronzadas. Incubação por
sendo acinzentadas de pontas creme e as cerca de 25 dias. Ambos os pais cuidam dos
inferiores inteiramente de cor creme. Olhos ovos e filhotes.
azulados contornados por pele igualmente
azul celeste. O bico é rosado e com ponta
preta. Pernas são escuros. Jovem mais fosco Curiosidades
e amarronzado, com pescoço estriado.
O canto melódico lembra um carro ou um
Dimorfismo sexual: Macho um pouco maior apito, sendo chamada de garça-
do que a fêmea. assobiadora no inglês (Whistling Heron).
Ambiente: Campos úmidos e áreas secas Possui voo diferente das outras garças,
próximas a corpos d’água. com batida de asas mais rápida e curta.
No parque: Raramente encontrada nos gra- Seu recorde é de 273 batidas de asa por
mados. minuto.
26
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
Ivo Kindel
filhote
Amanda Marcon
Amanda Marcon
jovem adulto
27
Marcon & Vieira
Bianca Vieira
jovem
garça-azul - Egretta caerulea
filhotes
jovem
Mário Arias
Bianca Vieira
Bianca Vieira
adulto
28
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
TAPICURUS (THRESKIORNITHIDAE)
Bianca Vieira
jovem
em voo
Amanda Marcon
Amanda Marcon
adulto
29
Marcon & Vieira
URUBUS (CATHARTIDAE)
jovem
Amanda Marcon
em voo
Bianca Vieira
adulto
30
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
URUBUS (CATHARTIDAE)
em voo
urubu - Coragyps atratus
Amanda Marcon
ovo
Amanda Marcon
Amanda Marcon
Claudio Moraes
filhotes adulto
31
Marcon & Vieira
GAVIÕES (ACCIPITRIDAE)
Amanda Marcon
adulto
32
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
GAVIÕES (ACCIPITRIDAE)
Amanda Marcon
em voo
Amanda Marcon
Amanda Marcon
adulto - costas
adulto - frente
33
Marcon & Vieira
GAVIÕES (ACCIPITRIDAE)
Amanda Marcon
Pedro Lima
jovem
filhote
Amanda Marcon
adulto
34
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
GAVIÕES (ACCIPITRIDAE)
jovem
morfo
claro
Amanda Marcon
adulto
Eden Fontes
morfo
adulto escuro
Carmen Bays
morfo
claro
35
Marcon & Vieira
SARACURAS (RALLIDAE)
Glauco Tonello
três-potes - Aramides cajaneus
Glauco Tonello
Eduardo Rodrigues
filhote
adulto jovem
36
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SARACURAS (RALLIDAE)
Vilde Florêncio
Amanda Marcon
filhote
adulto
37
Marcon & Vieira
SARACURAS (RALLIDAE)
filhote
adulto
Amanda Marcon
Amanda Marcon
jovens
38
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
BATUÍRAS (CHARADRIIDAE)
Bianca Vieira
Amanda Marcon
jovem
ovos
Bianca Vieira
Amanda Marcon
esporão
Bianca Vieira
filhote adulto
Outros nomes: abibe, tero, tero-tero, téu-téu. Ocorrência no Brasil: Todo o país.
39
Marcon & Vieira
POMBOS (COLUMBIDAE)
macho
Amanda Marcon
Amanda Marcon
jovem fêmea
40
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
POMBOS (COLUMBIDAE)
Luciano Alves
pombo - Columba livia
filhotes
Leonardo Casadei
Bianca Vieira
macho fêmea
41
Marcon & Vieira
POMBOS (COLUMBIDAE)
filhote
adulto
Aureo Guaitolini
ninho
Outros nomes: pomba-carijó, pombão, pom- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
ba-trocal, pombo-do-ar. Amazônia.
Dimorfismo sexual: A fêmea é levemente Além de seu canto normal, emite um cha-
mais pálida que o macho. mado de alerta que se assemelha a um
latido.
Ambiente: Florestas.
Pode fazer pequenas migrações com ou-
Alimentação: Grãos e frutos. Procura por seu tros pombos.
alimento no solo. Frequenta plantações após
a colheita e pode percorrer grandes distân-
cias para se alimentar.
42
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
POMBOS (COLUMBIDAE)
filhote
André Mendonça
adulto
43
Marcon & Vieira
POMBOS (COLUMBIDAE)
ovos
Amanda Marcon
Enio d’Ávila
filhotes adulto
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter- Foge caminhando e dando pulos, voando
no evidente conhecido. apenas quando necessário.
44
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
POMBOS (COLUMBIDAE)
Bianca Vieira
João Andriola
detalhe da face e
adulto membrana nictitante
45
Marcon & Vieira
CUCOS (CUCULIDAE)
Amanda Marcon
Paulo Vale
adulto
jovem
46
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
CUCOS (CUCULIDAE)
Luciano Cunha
Amanda Marcon
jovem
adultos
47
Marcon & Vieira
CUCOS (CUCULIDAE)
ovos
Amanda Marcon
Rodrigo Conte
jovem adultos
Outros nomes: anu, gralha-branca, pelincho, Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
piririgua, rabo-de-palha. florestas densas.
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter- No parque: Comum nas áreas abertas e
no evidente conhecido. bordas de mata o ano todo.
48
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
CORUJAS (STRIGIDAE)
filhote
João Andriola
Carmen Bays
adulto morfo adulto morfo adulto morfo
castanho cinza ruivo
Carmen Bays
49
Marcon & Vieira
CORUJAS (STRIGIDAE)
Amanda Marcon
filhote adulto
50
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
URUTAUS (NYCTIBIIDAE)
Amanda Marcon
adulto filhote
51
Marcon & Vieira
BACURAUS (CAPRIMULGIDAE)
filhotes
Amanda Marcon
João Andriola
macho fêmea
52
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
ANDORINHÕES (APODIDAE)
em voo
Geiser Trivelato
adultos
53
Marcon & Vieira
ANDORINHÕES (APODIDAE)
em voo
Rodolfo Freitas
filhotes
Ambiente: Áreas abertas e copa de ambien- Migratória, chega aos bandos na região
tes florestais. Sul pelos meses de agosto e setembro,
permanecendo até meados de março.
Alimentação: Insetos que captura em voo. O Passa o outono e inverno no norte da
voo tem batidas de asa tão rápidas e com América do Sul.
pequenos mergulhos para caçar insetos que
é confundido com morcegos. Também canta bastante ao voar e sua
vocalização lembra a dos morcegos.
No parque: Eventualmente visto sobrevoando
o parque em bandos.
54
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
BEIJA-FLORES (TROCHILIDAE)
Herculano Neto
filhote
Amanda Marcon
Amanda Marcon
jovem adulto
55
Marcon & Vieira
BEIJA-FLORES (TROCHILIDAE)
Maria Jucá
beija-flor-preto - Florisuga fusca
ninho
Amanda Marcon
Bianca Vieira
adulto
jovem
56
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
BEIJA-FLORES (TROCHILIDAE)
Amanda Marcon
João Andriola
fêmea macho
Dimorfismo sexual: O macho tem a maior Reprodução: O macho executa voos nupci-
parte do corpo verde-esmeralda, exceto pela ais exibindo a plumagem em frente à fêmea,
cauda, asas, e topo da cabeça, que são azuis que permanece pousada. Como outros beija
-metálicos e refletem coloração violeta con- -flores, é poligínico (várias fêmeas para um
forme a luz. A cauda do macho é mais longa macho). O ninho fica em galhos de árvores
do que a da fêmea. A fêmea é levemente e tem formato de tigela, sendo feito com
menor, com ombro e dorso de cor verde- musgos, paineiras e teias de aranha. Põe até
esmeralda, mas pescoço e ventre acinzenta- dois ovos brancos. A fêmea é responsável
dos. A fêmea possui cauda com ponta bran- pela construção do ninho, incubação e cui-
ca. O topo da cabeça é mais opaco que o do dado dos filhotes.
macho.
57
Marcon & Vieira
BEIJA-FLORES (TROCHILIDAE)
Amanda Marcon
ninho adulto
Alimentação: Insetos que captura em voo e Como outros beija-flores, entra em torpor
néctar das flores. Ao se alimentar do néctar, durante o frio, diminuindo a temperatura
esbarra no pólen e acaba por polinizar ou- do corpo e as batidas cardíacas.
tras flores.
58
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
BEIJA-FLORES (TROCHILIDAE)
filhotes
Amanda Marcon
Ciro Couto
jovens
fêmea macho
Bianca Vieira
Outros nomes: colibri, cuitelinho, beija-flor. Ocorrência no Brasil: Do litoral norte do Rio
Grande do Sul ao Paraná, Sudeste, Centro-
Características: Solitária ou em pares apenas Oeste, Norte e Nordeste.
no acasalamento. Tem 8-12 cm de compri-
mento. Plumagem esverdeada e iridescente. Reprodução: Como outros beija-flores, é
O ventre e peito são brancos, afunilando na poligínico (várias fêmeas para um macho).
garganta verde. As asas e cauda são escu- O ninho, geralmente em forquilhas, tem
ras. O bico é longo, reto, preto por cima e formato de tigela e fica a até 2,5 m do chão.
levemente avermelhado por baixo. O jovem Responsável pela construção que leva cerca
possui plumagem ventral mais cinza- de 15 dias, a fêmea utiliza musgos, líquens,
acastanhada do que branca. O filhote nasce teias de aranha e fios de seda. Põe até dois
cego e nu, com algumas plumas alaranja- ovos brancos. Incubação por cerca de 15
das. Pode ter manchas temporárias e artifici- dias. A fêmea também é responsável pelo
ais brancas ou amareladas por esbarrar no cuidado dos filhotes e limpeza do ninho. Os
pólen. filhotes defecam para fora do ninho e aju-
dam na limpeza. Filhotes ficam 94% do
Dimorfismo sexual: A fêmea tem a faixa tempo parados e são alimentados por um
branca da garganta até o ventre, plumagem total de 5 minutos entre 7 e 9 horas da ma-
mais opaca e ponta da cauda com borda nhã. Deixam o ninho com cerca de 30 dias
cinza-esverdeada. O macho tem a faixa e acompanham a mãe por cerca de 15 dias.
branca do peito até o ventre, plumagem
mais brilhante e cauda escura. No parque: Nas matas, sendo mais ativo na
primavera e verão.
Ambiente: Florestas e jardins.
Curiosidades
Alimentação: Insetos que captura em voo e
néctar das flores. Ao se alimentar do néctar,
Territoriais, demarcam e defendem gran-
esbarra no pólen e acaba por polinizar ou-
des áreas.
tras flores.
59
Marcon & Vieira
MARTINS (ALCEDINIDAE)
Paulo Lahr
macho fêmea
60
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
TUCANOS (RAMPHASTIDAE)
Amanda Marcon
filhote
Amanda Marcon
fêmea macho
61
Marcon & Vieira
PICA-PAUS (PICIDAE)
Bianca Vieira
fêmea macho
Ambiente: Florestas, sub-bosque e estrato Por seu tamanho diminuto, não utiliza a
médio, e parques urbanos bem arborizados cauda como apoio quando escala o tron-
principalmente. co das árvores.
62
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PICA-PAUS (PICIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
macho fêmea
63
Marcon & Vieira
PICA-PAUS (PICIDAE)
C. c. campestris
fêmea
Amanda Marcon
Amanda Marcon
C. c. campestroides C. c. campestroides
macho fêmea
Outros nomes: bico-chã-chã, chã-chã, pica- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
chan-chan, pica-pau-campestre. Amazônia.
Dimorfismo sexual: A risca na bochecha é Territoriais, muitas vezes são vistos brigan-
vermelha no macho e de tons claros na fê- do com seu próprio reflexo.
mea.
64
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PICA-PAUS (PICIDAE)
Vilde Florêncio
macho fêmea
65
Marcon & Vieira
FALCÕES (FALCONIDAE)
Amanda Marcon
em voo
Amanda Marcon
Amanda Marcon
jovem adulto
66
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
FALCÕES (FALCONIDAE)
jovem
macho
Francielly Reis
Bianca Vieira
filhotes
fêmea em voo Amanda Marcon
67
Marcon & Vieira
FALCÕES (FALCONIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
Amanda Marcon
filhote
macho fêmea
68
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPAGAIOS (PSITTACIDAE)
filhotes
Paulo Guerra
João Andriola
adulto
Outros nomes: araguarí, aratinga, aratinga- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
de-bando, aruaí, guira-juba, maracanã, Nordeste.
maracanã-malhada, perequitão-maracanã.
Reprodução: Usa cavidades naturais em
Características: Em bandos. Periquito com 32 árvores, paredões, barrancos em beiras de
-35 cm de comprimento. Plumagem verde. rios ou estradas e até mesmo em telhados.
Os ombros são vermelhos e há algumas Para maior proteção, é discreto quando
penas igualmente vermelhas na lateral do entra e sai do ninho, voando sem vocalizar e
pescoço. Pele facial branca. Bico forte e curvo pousando em galhos próximos, onde aguar-
alaranjado. Pernas escuras. Em voo, o interi- da até poder entrar. Põe até três ovos bran-
or da cauda e asas são amarelos, sendo que cos. Assim como outros psitacídeos, os filho-
as asas possuem uma mancha vermelha. No tes nascem cegos. Ambos os pais cuidam
jovem, os tons vermelhos são inexistentes. dos filhotes.
Filhotes têm plumas acinzentadas e bico
rosado, trocando primeiramente as penas da
cauda, asa e cabeça. Curiosidades
Ambiente: Bordas de mata e áreas abertas. Como outros psitacídeos, possuem o pala-
dar muito apurado, com até 400 papilas
Alimentação: Frutos, sementes e até mesmo gustativas espalhadas por toda a língua.
botões florais.
Vítima do tráfico ilegal de animais silves-
No parque: Raramente no parque. tres, morrem por estresse e os poucos que
sobrevivem sofrem subnutrição.
69
Marcon & Vieira
PAPAGAIOS (PSITTACIDAE)
adulto
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter- Atinge a idade adulta com 4 anos de ida-
no evidente conhecido. de.
Ambiente: Florestas e áreas urbanas arbori- Se, por ventura, um dos indivíduos no
zadas. casal morre, o outro não mais acasalará.
70
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPAGAIOS (PSITTACIDAE)
adultos
Outros nomes: periquito, periquito-rico, peri- Ocorrência no Brasil: Sul, Sudeste e parte do
quito-tirica, tiririca. Centro-Oeste e Nordeste, acompanhando a
Mata Atlântica.
Características: Em bandos ou casais. Tem
20-23 cm de comprimento. Plumagem verde, Reprodução: Nidifica em cavidades de árvo-
mais escura no dorso e levemente amarelada res, cupinzeiros arborícolas e telhados. Põe
no ventre e nas laterais da cabeça. O ombro de três a seis ovos. Incubação por cerca de
e o interior das asas são amarelos. A nuca 25 dias. Os filhotes deixam o ninho com
tem reflexos azulados e o bico e os pés são cerca de 50 dias. Ambos os pais incubam os
claros. Os olhos são contornados por pele ovos e cuidam dos filhotes.
nua branca. Jovem totalmente verde, de bico
escuro e cauda mais curta. No parque: Raro nas matas e arbustos.
71
Marcon & Vieira
PAPAGAIOS (PSITTACIDAE)
adulto
Amanda Marcon
Thiago Filadelfo
filhotes
72
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
CHOCAS (THAMNOPHILIDAE)
Leonardo Casadei
choquinha-lisa - Dysithamnus mentalis
fêmea
João Andriola
Elpidio Lima
macho ninho
73
Marcon & Vieira
CHOCAS (THAMNOPHILIDAE)
Paulo Bertagnolli
papa-formiga-da-grota - Myrmoderus squamosus
Miguel N. Neto
Miguel Biz
filhote fêmea
macho
74
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
GALINHAS-DO-MATO (FORMICARIIDAE)
ninho
Carmen Bays
adulto
75
Marcon & Vieira
JOÕES-DE-BARRO (FURNARIIDAE)
Amanda Marcon
joão-de-barro - Furnarius rufus
Amanda Marcon
ninho
José Cristovão
jovem filhote
adulto
Outros nomes: amassa-barro, barreiro, for- Ocorrência no Brasil: Sul, Sudeste, Centro-
neiro, joana-de-barro, maria-barreira, maria Oeste, Nordeste e parte do Norte.
-de-barro, oleiro.
Reprodução: Primavera e verão. Territoriais e
Características: Aos pares ou famílias. Cami- monogâmicos. Muitas vezes, o casal perma-
nha mais ao invés de saltar, movimentando o nece junto pela vida toda. O casal leva até
pescoço para frente e para trás. Tem 16-23 30 dias para construir o ninho feito de bar-
cm de comprimento. Plumagem amarronza- ro, palha, esterco e areia. Feito em lugares
da, com dorso ferrugíneo e peito cor de cre- altos, como postes e edificações, o ninho
me. A cauda é avermelhada e o lado ventral tem duas câmaras (entrada e incubadora)
das asas apresenta uma faixa amarelada e separadas por uma parede para proteção e
pontas escurecidas. A garganta é branca, os regulação térmica. Põe de dois a quatro
olhos são avermelhados e o supercílio é ovos. Incubação por cerca de 15 dias. Os
claro. O bico é escuro, mas com base clara. filhotes deixam o ninho com cerca de 25
As pernas são escuras. O jovem tem olhos dias. Ambos os pais incubam os ovos e cui-
mais castanhos e plumagem mais fosca. dam dos filhotes, que ficam no território dos
pais por até 6 meses.
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter-
no evidente conhecido.
Curiosidades
Ambiente: Áreas abertas.
Muitas aves, lagartos, anfíbios e pequenos
Alimentação: Insetos de folhas no solo e mamíferos aproveitam seus ninhos aban-
sobre troncos. Em cidades, também se ali- donados.
mentando de restos de comida humana.
Não nidifica no mesmo ninho duas tem-
No parque: Encontrado nas áreas abertas o poradas seguidas, podendo construir um
ano inteiro. novo ao lado ou até mesmo em cima do
original.
76
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
ANAMBÉS (TITYRIDAE)
Luiz Ribenboim
Martinho Rau
macho fêmea
77
Marcon & Vieira
CABEÇUDOS (RHYNCHOCYCLIDAE)
ninho
Lucia Calvet
adulto
78
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Wanielli Pascoal
Amanda Marcon
ninho
adulto
79
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
adulto
80
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
adulto
81
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
ninho
Amanda Marcon
adulto
82
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Carmen Bays
adulto
Outros nomes: tingua-açu, tinguaçu, tiguaçu- Ocorrência no Brasil: Sul, Sudeste e parte do
de-cabeça-cinza. Nordeste, acompanhando a porção leste da
Mata Atlântica.
Características: Solitária, em pares ou ban-
dos mistos. Tem 20-21 cm de comprimento. Ambiente: Florestas e bordas de mata. Co-
Corpo com plumagem ferrugínea e peito de mum no estrato médio e copa das árvores.
tom alaranjado mais escurecido. As asas são
mais escuras, com lateral acastanhada. A Reprodução: Pouco se sabe sobre. Constrói
cauda é mais alaranjada do que o resto do um ninho volumoso com galhos, líquens e
corpo. Cabeça, nuca e garganta são cinzen- outros materiais. O ninho é oculto em cavi-
tas. Garganta com estriados mais claros. O dades de barrancos ou na vegetação, como
bico é alongado e forte, com leve gancho atrás de bromélias ou samambaias.
para baixo na ponta. Há variação na cor do
bico, com alguns mais escuros e outros cla- No parque: Eventualmente nas matas.
ros. As pernas são escuras. Jovem mais opa-
co. Filhotes mais acinzentados no peito e
dorso, com tons mais amarelados do que Curiosidades
alaranjados.
Espécie endêmica da Mata Atlântica.
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter-
no evidente conhecido. É bioindicador de qualidade das florestas,
pois não é encontrado em fragmentos
Alimentação: Artrópodes, frutos e pequenos pequenos ou muito isolados.
vertebrados, como pererecas arborícolas.
Pode predar animais de tamanho igual ou Apesar de se juntar a bandos mistos para
um pouco maior que o seu. forragear no inverno, não é uma espécie
muito comum nestes.
83
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
adulto
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter- Migratório, nidifica na região Sul entre
no evidente conhecido. primavera e verão.
Ambiente: Bordas de mata e áreas abertas. Vocaliza do início da manhã até o começo
da noite.
84
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Bianca Vieira
bem-te-vi - Pitangus sulphuratus
Bianca Vieira
ninho
jovem
Amanda Marcon
Bianca Vieira
filhote adulto
Alimentação: Artrópodes, frutos, ovos e pe- Além do canto “bem-te-vi”, tem chamados
quenos vertebrados. chorosos “nheee” que lembram o som do
apito de bonecos de borracha.
85
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Amanda Marcon
adulto - dorso
Bianca Vieira
Amanda Marcon
ninho
adulto - ventre
86
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
adulto
87
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Paulo Bertagnolli
Fábio Jacomassa
adulto - dorso
adulto - ventre
88
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
adulto - dorso
adulto - ventre
89
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Bianca Vieira
tesourinha - Tyrannus savana
fêmea jovem
Amanda Marcon
macho
Amanda Marcon
Bianca Vieira
filhote
fêmea no ninho filhote
90
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
91
Marcon & Vieira
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Carmen Bays
Carmen Bays
92
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PAPA-MOSCAS (TYRANNIDAE)
Paulo Bertagnolli
Carmen Bays
jovem adulto
93
Marcon & Vieira
JURUVIARAS (VIREONIDAE)
adulto
Bianca Vieira
detalhe da asa
detalhe da cauda
Amanda Marcon
Bianca Vieira
filhote
94
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
GRALHAS (CORVIDAE)
adulto
95
Marcon & Vieira
ANDORINHAS (HIRUNDINIDAE)
filhote
Amanda Marcon
adulto
96
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
ANDORINHAS (HIRUNDINIDAE)
adulto
97
Marcon & Vieira
ANDORINHAS (HIRUNDINIDAE)
adulto
98
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
ANDORINHAS (HIRUNDINIDAE)
adulto
99
Marcon & Vieira
ANDORINHAS (HIRUNDINIDAE)
Bianca Vieira
em voo
Amanda Marcon
adulto
100
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
ROUXINÓIS (TROGLODYTIDAE)
Amanda Marcon
filhotes
adulto
101
Marcon & Vieira
SABIÁS (TURDIDAE)
Jorge Neto
macho fêmea
102
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SABIÁS (TURDIDAE)
Amanda Marcon
ninho
jovem
Amanda Marcon
Bianca Vieira
filhote adulto
103
Marcon & Vieira
SABIÁS (TURDIDAE)
Amanda Marcon
adulto jovem
Amanda Marcon
filhote
104
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SABIÁS (TURDIDAE)
Amanda Marcon
adulto - plumagem
não-reprodutiva
Amanda Marcon
Amanda Marcon
filhote
adulto - plumagem
reprodutiva
105
Marcon & Vieira
SABIÁS (TURDIDAE)
Bianca Vieira
filhote
Eden Fontes
macho
Outros nomes: amola-faca, ferreirinho, sabiá Ocorrência no Brasil: Sul, Sudeste e parte do
-azulina, sabiá-campainha, sabiá-cinza. Norte e do Nordeste.
SABIÁS (TURDIDAE)
adulto
107
Marcon & Vieira
CALHANDRAS (MIMIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
adulto
108
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
TICO-TICOS (PASSERELLIDAE)
Amanda Marcon
ovos
jovem
Amanda Marcon
adulto
Outros nomes: gitica, ticão, tio-tio, titiquinha. Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
Amazônia.
Características: Em pares, bandos e bandos
mistos. Tem 11-13 cm de comprimento. Plu- Reprodução: Primavera e verão. Constrói o
magem dorsal castanha e ventral acinzenta- ninho em formato de tigela protegido nos
da. Asas rajadas de preto, com duas faixas arbustos baixos, arvoretas, vasos de flores e
de pintas brancas. Cauda é castanha com até árvores de natal. Utiliza gravetos, mus-
manchas pretas. Cabeça cinza com quatro gos, líquens, penas e outros materiais. Põe
listras pretas saindo do bico, sendo duas em até cinco ovos pequenos, amarelo-
direção ao topo da cabeça e duas laterais. esverdeados e com muitas pintas ferrugí-
Pescoço castanho e papo branco com duas neas. Incubação por cerca de 15 dias. O
marcas negras. Os olhos são contornados filhote deixa o ninho com cerca de 20 dias,
por uma fina pele esbranquiçada. Bico acin- mas continua seguindo os pais.
zentado, com a base mais clara. Pernas rosa-
claro. O jovem é pardacento, com o peito No parque: Encontrado nas matas o ano
sarapintado de escuro e comissura labial inteiro.
(protuberância na base do bico) clara. Aves
que se alimentam em locais de terra verme- Curiosidades
lha podem ter coloração temporária e artifici-
al mais forte. Ninho constantemente parasitado pelo
pássaro-preto (Molothrus bonariensis).
Dimorfismo sexual: Não há dimorfismo exter-
no evidente conhecido. Tem um canto elaborado, mas emite mais
frequentemente uma sequência de chama-
Ambiente: Áreas abertas e bordas de mata. dos curtos “tik” que originou seu nome.
Alimentação: Grãos, sementes, frutos e artró- Territorial, costuma brigar com o próprio
podes. reflexo.
109
Marcon & Vieira
PULA-PULAS (PARULIDAE)
Amanda Marcon
mariquita - Setophaga pitiayumi
filhote
Amanda Marcon
Amanda Marcon
fêmea macho
110
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PULA-PULAS (PARULIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
macho fêmea
111
Marcon & Vieira
PULA-PULAS (PARULIDAE)
adulto
112
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
CHOPINS (ICTERIDAE)
macho fêmea
Outros nomes: gorricho, primavera, rouxinol- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
da-Amazônia, soldado, xexéu-de-banana, Norte.
xexéu-soldado.
Reprodução: Primavera e verão. O casal
Características: Solitária, em casal ou ban- constrói o ninho em formato de bolsa, que
dos. Tem 20-21 cm de comprimento. Pluma- fica dependurado na vegetação. Utiliza
gem preta, exceto pelo ombro castanho- gravetos e filamentos de cogumelos Maras-
amarelado. Cauda relativamente longa. mius e Marasmiellus. Põe até quatro ovos
Olhos castanhos. Bico afinado e escuro. brancos sarapintados de castanho. Ambos
Jovem mais fosco. Filhotes com cauda mais os pais cuidam dos ovos e filhotes. O casal
curta, o ombro mais escurecido e comissura tem apenas uma ninhada por temporada.
labial (protuberância na base do bico) ama-
rela. No parque: Encontrado nas matas o ano
inteiro.
Dimorfismo sexual: Macho mais brilhante,
com mancha castanha-amarelada mais clara
e expandida pelo ombro. Fêmea mais opaca, Curiosidades
com mancha castanha-amarelada escura e
mais restrita no ombro. Costuma agitar a cauda para cima e para
baixo enquanto vocaliza. Pode imitar o
Ambiente: Bordas de mata e áreas abertas som de outras aves.
arborizadas.
Durante a maior parte do tempo emite
Alimentação: Artrópodes, frutos e néctar. chamados roucos e curtos.
113
Marcon & Vieira
CHOPINS (ICTERIDAE)
Amanda Marcon
filhote
Amanda Marcon
Amanda Marcon
macho fêmea
114
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Daniel Souza
macho fêmea
115
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
adulto - dorso
adulto - ventre
116
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Amanda Marcon
adulto - ventre adulto - dorso
Ambiente: Bordas de mata e áreas abertas Migratório dispersivo parcial, com algu-
arborizadas. mas populações do Sul deslocando-se
para áreas com maior disponibilidade de
Alimentação: Frutos e artrópodes. alimento no inverno.
No parque: Encontrado nas áreas abertas e São territoriais e, próximo da época repro-
bordas das matas todo o ano. dutiva, brigam entre si e até com outras
espécies.
117
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
adulto
118
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
adulto
119
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Amanda Marcon
jovem
Amanda Marcon
Amanda Marcon
macho fêmea
120
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
João Andriola
fêmea macho
121
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Carmen Bays
fêmea macho
122
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Amanda Marcon
macho fêmea
Outros nomes: foguinho, sangue-de-boi, tico Ocorrência no Brasil: Sul, Sudeste e Centro-
-fogo, tico-tico-pimenta, tico-tico-vermelho. Oeste. Tem uma população isolada no extre-
mo Norte.
Características: Solitária, em casais ou ban-
dos mistos. Tem 13-14 cm de comprimento. Reprodução: Primavera e verão. O casal
Plumagem dorsal castanho-avermelhada. constrói um ninho em formato de tigela em
Pele nua branca contornando os olhos casta- arbustos e árvores baixas. Utiliza galhos,
nhos. Bico alto, grosso na base, afilando na líquens, penas e outros materiais. Põe até
extremidade, escuro por cima e claro por cinco ovos branco-azulados. Incubação por
baixo. Pernas acinzentadas. Macho jovem cerca de 10 dias. Ambos os pais incubam os
com manchas avermelhadas conforme cres- ovos e cuidam dos filhotes. Os filhotes dei-
ce. Filhote semelhante à fêmea. xam o ninho com cerca de 12 dias e acom-
panham os pais durante um tempo. Pode ter
Dimorfismo sexual: O macho é mais averme- até três ninhadas por temporada.
lhado, especialmente no peito, ventre e aci-
ma da cauda. Tem crista escarlate com late-
rais escuras, que ergue durante o canto ou Curiosidades
em situações de estresse. A fêmea é ferrugí-
nea, com tons mais escuros no peito, ventre e Seu primeiro registro em Florianópolis foi
acima da cauda. Tem um topete baixo e no Ribeirão da Ilha em 2001. Na década
discreto, da mesma cor do corpo. seguinte, foi encontrado no Parque do
Córrego Grande e a Estação de Carijós,
Ambiente: Florestas e áreas arborizadas. indicando uma expansão pela ilha.
123
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Amanda Marcon
macho fêmea
Outros nomes: azulão, cháu, chepe, gurundi, Ocorrência no Brasil: Sul e Sudeste.
tiê-coroado, tiê-de-coroa.
Reprodução: Primavera e verão. O macho
Características: Solitária, em casais, bandos exibe a crista e ergue as asas para delimitar
ou bandos mistos. Tem 16-18 cm de compri- seu território e atrair a fêmea. O casal cons-
mento. Olhos castanho-escuros. Bico alto, trói um ninho em formato de tigela não
alongado, grosso na base, afilado na ponta muito longe do solo. Utiliza ramos, galhos,
e escuro com a base da parte inferior mais penas, musgos e outros materiais entrelaça-
clara. Pernas cinzentas. O jovem macho dos firmemente. Põe até quatro ovos branco
ganha manchas pretas conforme cresce. -rosados, com muitas manchas em tons
Filhote semelhante à fêmea. avermelhados ou mais escuros na base.
Incubação por cerca de 15 dias. Os filhotes
Dimorfismo sexual: O macho tem plumagem deixam o ninho com cerca de 10 dias. Am-
preta brilhante, com uma linha branca no bos os pais cuidam dos filhotes.
ombro, que pode ou não ser visível. O interi-
or da asa é branco. Tem crista vermelha. A No parque: Encontrado nas matas o ano
fêmea tem plumagem castanho-alaranjada, todo.
mais ferrugínea nas asas e cauda.
124
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
João Andriola
macho fêmea
Outros nomes: azulão, sairão, sanhaço-do- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
barranco. Pampa gaúcho.
125
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Carmen Bays
macho fêmea
126
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
João Andriola
Carmen Bays
fêmea macho
Outros nomes: azulego, saí-bico-fino, saí- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
bicudo, saíra-de-bico-fino. Pampa gaúcho.
127
Marcon & Vieira
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
adulto
Ambiente: Florestas, bordas de mata e áreas Constrói um ninho mais achatado e frouxo
abertas com árvores ou arbustos. destinado apenas para pernoitar.
128
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
SAÍRAS (THRAUPIDAE)
Amanda Marcon
coleirinho - Sporophila caerulescens
Amanda Marcon
ovos fêmea
Amanda Marcon
Amanda Marcon
jovem
filhote macho
Amanda Marcon
Outros nomes: coleirinha, coleiro, papa- Ocorrência no Brasil: Todo o país, exceto
capim, papa-capim-de-coleira. extremo Norte e Nordeste.
129
Marcon & Vieira
TIÊS (CARDINALIDAE)
Bianca Vieira
macho fêmea
130
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
GATURAMOS (FRINGILLIDAE)
Bianca Vieira
macho fêmea
131
Marcon & Vieira
BICOS-DE-LACRE (ESTRILDIDAE)
Bianca Vieira
filhote
Bianca Vieira
adulto
132
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
PARDAIS (PASSERIDAE)
Amanda Marcon
Amanda Marcon
macho fêmea
133
Marcon & Vieira
REFERÊNCIAS
Alves, V. S.; Soares, A. B. A.; Couto, G. S. & Draghi, Brun, F. G. K.; Link, D. & Brun, E. J. 2007. O
J. 2011. Padrão de ocorrência e distribuição de emprego da arborização na manutenção da
biguás Phalacrocorax brasilianus na Baía de biodiversidade de fauna em áreas urbanas.
Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Bra- Revista da Sociedade Brasileira de Arborização
sileira de Ornitologia, 19(4): 469-477. Urbana, 2: 117-127.
Arendt, W. J. 1988. Range expansion of the Cattle Chace, J. F. & Walsh, J. J. 2006. Urban effects on
Egret (Bubulcus ibis) in the Greater Caribbean native avifauna: A review. Landscape and Urban
Basin. Colonial Waterbirds: 252-262. Planning, 74: 46-69.
Armenta, J. K.; Dunn, P. O. & Whittingham, L. A. Chamberlain, D. E.; Cannon, A. R.; Toms, M. P.;
2008. Quantifying avian sexual dichromatism: a Leech, D. I.; Hatchwell, B. J. & Gaston, K. J.
comparison of methods. Journal of Experimental 2009 Avian productivity in urban landscapes: A
Biology, 211(15): 2423-2430. review and meta-analysis. Ibis, 151: 1-18.
Astié, A. A. & Reboreda, J. C. 2006. Costs of egg Chatellenaz, M. L. & Ferraro, L. I. 2000. Materiales
punctures and parasitism by shiny cowbirds vegetales y fúngicos utilizados por aves en la
(Molothrus bonariensis) at creamy-bellied thrush construcción de nidos en el noreste argentino y
(Turdus amaurochalinus) nests. The Auk, 123(1): paraguay. In: Comunicaciones Científicas y
23-32. Tecnológicas de la Universidad Nacional del
Astié, A. & Luchesi, N. 2012. Reproductive success Nordeste.
of the Creamy-bellied Thrush in a southern tem- Clergeau, P.; Jokimäki, J. & Savard, J. P. L. 2001.
perate zone. Wilson Journal of Ornithology, 124 Are urban bird communities influenced by the
(1): 133-138. bird diversity of adjacent landscapes? Journal of
Aubrecht, G.; Huber, W. & Weissnhofer, A. 2013. Applied Ecology, 38: 1122-1134.
Coincidence or benefit? The use of Marasmius Colombini, F. 2005. Maravilhas do Brasil: Aves.
(horse-hair fungus) filaments in bird nests. Avian Escrituras Editora e Distribuidora de Livros Ltda,
Biology Research, 6(1): 26-30. São Paulo.
Auer, S. K.; Bassar, R. D.; Fontaine, J. J. & Martin, Cristofoli, S. I.; Santos, C. R.; Garcia, S. A. & San-
T. E. 2007. Breeding biology of passerines in a der, M. 2008. Composição do ninho de camba-
subtropical montane forest in northwestern Argen- cica: Coereba flaveola Linnaeus, 1758 (Aves:
tina. The Condor, 109(2): 321-333. Emberezidae). Biodiversidade Pampeana, 6(1):
Avibase. 2016. AVIBASE - the world bird database. 30-33.
Disponível em: http://avibase.bsc-eoc.org/ Croci, S.; Butet, A. & Clergeau, P. 2008. Does
Beissinger, S. R. & Osborne, D. R. 1982. Effects of urbanization filter birds on the basis of their
urbanization on avian community organization. biological traits? The Condor, 110: 223-240.
Condor, 84: 75-83. DeGraaf, R. M. & Wentworth, J. M. 1986. Avian
Belton, W. 2004. Aves Silvestres do Rio Grande do guild structure and ambiente associations in
Sul. 4 Ed. Fundação Zoobotânica do Rio Grande suburban bird communities. Urban Ecology, 9:
do Sul, Porto Alegre. 399-412.
Bencke, G. A. 2010. New and significant bird rec- Del-Hoyo, J. 2016. HBW Alive. Disponível em:
ords from Rio Grande do Sul, with comments on http://www.hbw.com/
biogeography and conservation of the southern Develey, P. F. & Endrigo, E. 2011. Guia de Cam-
Brazilian avifauna. Iheringia — Série Zoologia, po: Aves da Grande São Paulo. 2 Ed. Aves &
100(4): 391-402. Fotos Editora, São Paulo.
BirdLife, BirdLife International. 2017. Species fact- Dias, D.; Vieira, B. P. & Serafini, P. P. 2012. Parâ-
sheet. http://www.birdlife.org metros populacionais de pia-cobra (Geothlypis
Boesing, A. L. & Anjos, L. 2012. The Azure Jay may aequinoctialis) na Estação Ecológica de Carijós,
reproduce in plantations of Araucaria angustifolia Ilha de Santa Catarina, Brasil. In: Anais do XIX
in southern Brazil. Bird Conservation Internation- Congresso Brasileiro de Ornitologia. Maceió,
al, 22(2): 205-212. Brasil.
Bonier, F.; Martin, P. R. & Wingfield, J. C. 2007. Dingle, C. & Greeney, H. F. 2009. Nesting of the
Urban birds have broader environmental toler- Tropical Parula Parula pitiayumi in eastern Ecua-
ance. Biology Letters, 6: 670-673. dor. Cotinga, 31: 47-49
134
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
Duca, C.; Guerra, T. J. & Marini, M. A. 2006 Terri- Gussoni, C. O. A.; Guaraldo, A. C. & Staggemeier,
tory size of three Antbirds (Aves, Passeriformes) in V. G. 2006. Aspects of the Reproductive Biology
an Atlantic Forest fragment in southeastern Brazil. of Syrigma sibilatrix (Ardeidae, Aves). Revista
Revista Brasileira de Zoologia, 23(3): 692–698. Brasileira de Ornitologia, 14(2): 161-163.
Dyrcz, A. 2002. Breeding ecology of the Social Gwynne. J. A.; Ridgely, R. S.; Tudor, G. & Argel, M.
(Myiozetetes similis) and Rusty-margined (M. 2010. Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado.
cayanensis) flycatchers at Barro Colorado Island, Editora Horizonte, São Paulo.
Republic of Panama. Ornitologia Neotropical, 13: Handtke, K. & Mauersberger, G. 1977. Die Aus-
143-151. breitung des Kuhreihers (Bubulcus ibis L.). Mittei-
Evans, K. L.; Newson, S. E. & Gaston, K. J. 2009. lungen aus dem Museum für Naturkunde in
Ambiente influences on urban avian assemblag- Berlin, 53: 1-78.
es. Ibis, 151: 19-39. Houston, D. C. 1987. Competition for food be-
Fernandes Seixas, G. & Miranda-Mourao, G. 2002. tween Neotropical vultures in forest. Ibis, 130:
Nesting success and hatching survival of Blue- 402-417.
Fronted Amazon (Amazona aestiva) in the Panta- Ingels J.; Cleere N. & V. Pelletier. 2003. Notewor-
nal of Mato Grosso do Sul, Brazil. Journal of Field thy observations on some French Guianan birds.
Ornithology, 73: 399-409. Alauda 71(1): 59-67.
Fernández-Juricic, E. 2000a. Local and regional IUCN. 2015. Red List of Threatened Species. Dis-
effects of pedestrians on forest birds in a frag- ponível em: http://www.iucnredlist.org/
mented landscape. Condor, 102: 247-255. Jahn, A. E.; Giraldo, J. I.; MacPherson, M.; Tuero,
Fernández-Juricic, E. 2000b. Bird community com- D. T.; Sarasola, J. H.; Cereghetti, J.; Masson, D.
position patterns in urban parks of Madrid: The A. & Morales, M. V. 2016. Demographic varia-
role of age, size and isolation. Ecological Re- tion in timing and intensity of feather molt in
search, 15: 373-383. migratory Fork‐tailed Flycatchers (Tyrannus s.
Fernández-Juricic, E. & Jokimäki, J. 2001. A habitat savana). Journal of Field Ornithology, 87(2):
island approach to conserving birds in urban 143-154.
landscapes: Case studies from southern and Jokimäki, J. 1999. Occurrence of breeding bird
northern Europe. Biodiversity and Conservation, species in urban parks: Effects of park structure
10: 2023-2043. and broad-scale variables. Urban Ecosystems, 3:
Fernández-Juricic, E.; Poston, R.; Collibus, K.; Mor- 21-34.
gan, T.; Bastain, B.; Martin, C.; Jones, K. & Jokimäki, J.; Clergeau, P. & Kaisanlahti-Jokimäki,
Treminio, R. 2005. Microambiente selection and M. L. 2002. Winter bird communities in urban
singing behavior patterns of male house finches ambientes: A comparative study between central
(Carpodacus mexicanus) in urban parks in a and northern Europe. Journal of Biogeography,
heavily urbanized landscape in the Western U.S. 29: 69-79.
Urban Ambientes, 3: 49-69. Jokimäki, J. & Suhonen, J. 1998. Distribution and
Francisco, M. R. 2006. Breeding biology of the ambiente selection of wintering birds in urban
Double-collared Seedeater (Sporophila caer- environments. Landscape and Urban Planning,
ulescens). Wilson Journal of Ornithology, 118(1): 39: 253-263.
85-90. Kark, S.; Iwaniuk, A.; Schalimtzek, A. & Banker, E.
Fredrickson, L. H. 1971. Common Gallinule breed- 2007. Living in the city: Can anyone become an
ing biology and development. The Auk, 88: 914- ‘urban exploiter’? Journal of Biogeography, 34:
919. 638-651.
Fuller, R. A.; Warren, P. H.; Armsworth, P. R.; Bar- Kerlinger, P. 1993. Birding economics and birder
bosa, O. & Gaston, K. J. 2008. Garden bird demographics studies as conservation tools.
feeding predicts the structure of urban avian General technical report — RM, U.S. Dept. of
assemblages. Diversity and Distributions, 14: 131 Agriculture, Fort Collins.
-137. Krebs, E. A.; Riven-Ramsey, D. & Hunte, W. 1994.
Greeney, H. F.; Sánchez, C.; Sánchez, J. E. & Car- The colonization of Barbados by Cattle Egrets
man, E. 2013. A review of nest and egg descrip- (Bubulcus ibis) 1956–1990. Waterbirds, 17(1):
tions for the genus Myrmeciza, with the first de- 86-90.
scription of nests and eggs of the dull-mantled Lago-Paiva, C. 1996. Cavity nesting by Great
antbird (M. laemosticta). Journal of Ornithology, Kiskadees (Pitangus sulphuratus): Adaptation or
154(4): 1049-1056. expression of ancestral behavior? The Auk, 113
(4): 953-955.
135
Marcon & Vieira
MacArthur, R. H. & Wilson, E. O. 1967. The theory Moralez-Silva, E. & Del Lama, S. N. 2014. Coloni-
of island biogeography. Princeton University zation of Brazil by the Cattle Egret (Bubulcus ibis)
Press, Princeton. revealed by mitochondrial DNA. NeoBiota, 21:
Machado, L. O. M. 1983. Relação do comprimento 49–63.
dos dias com a atividade reprodutiva em Sicalis Müller, I. H. & Vieira, B. P. 2016. Efetividade do
flaveola (Linnaeus, 1766) (Passeriformes, Emberi- Parque Estadual do Rio Vermelho na con-
zidae). Boletim de Zoologia, 7(7): 213-223. servação da avifauna presente na Ilha de Santa
Marini, M. Â.; Lobo, Y.; Lopes, L. E.; Fernandes Catarina, sul do Brasil. In: Anais do XXXI Con-
França, L. & Paiva, L. V. 2009. Biologia reprodu- gresso Brasileiro de Zoologia, Cuiabá, Brasil.
tiva de Tyrannus savana (Aves, Tyrannidae) em Müller, I. H. & Vieira, B. P. 2016. Estado de
cerrado do Brasil Central. Biota Neotropica, 9(1): preservação dos espécimes na Coleção de Aves
55-63. da Universidade Federal de Santa Catarina.
Martin, T. E. & Li, P. 1992. Life-history traits of open Atualidades Ornitológicas, 194: 52-74.
-nesting vs. cavity-nesting birds. Ecology, 73: 579 Munyenyembe, F.; Harris, J. & Hone, J. 1989.
-592. Determinants of bird populations in an urban
Marzluff, J. M.; Bowman, R. & Donnelly, R. 2001. A area. Australian Journal of Ecology, 14: 549-
historical perspective on urban bird research: 557.
trends, terms, and approaches. Pages 1-17. In: Nacinovic, J. B. 1986. Avifauna do arquipélago de
Marzluff, J. M.; Bowman, R. & Donnelly, R. (Eds.). Fernando de Noronha In: Painel sobre o desen-
Avian Ecology and Conservation in an Urbanizing volvimento e proteção ao meio ambiente em
World. Springer-Verlag, New York. Fernando de Noronha, ESCA.
McDonnell, M. J. & Pickett, S. T. A. (Eds.). 1993. Naka, L. N. & Rodrigues, M. 2000. As aves da Ilha
Humans as components of ecosystems. Springer- de Santa Catarina. Editora da UFSC, Florianópo-
Verlag, New York, USA. lis.
McKinney, M. L. 2006. Urbanization as a major Newton, I. 2009. Moult and plumage. Ringing &
cause of biotic homogenization. Biological Con- Migration 24(3): 220-226.
servation, 127: 247-260. Newton, I. 2010. The migration ecology of birds.
Melles, S.; Glenn, S. & Martin, K. 2003. Urban bird HarperCollins Publishers, Londres.
diversity and landscape complexity: Species- Nunes, M. F. C.; Barbosa-Filho, R. C.; Roos, A. L. &
environment associations along a multiscale Mestre, L. A. M. 2010. The Cattle Egret (Bubulcus
ambiente gradient. Conservation Ecology, 7(1): ibis) on Fernando de Noronha Archipelago:
online. History and population Trends. Revista Brasileira
Meniaia, Z.; Samraoui, F.; Alfarhan, A. H. & Samra- de Ornitologia, 18(4): 315-327.
oui, B. 2014. Nest-site selection, breeding success Oleoso, G. 2007. Le rougegorge: Description,
and brood parasitism in the common moorhen répartition, ambiente, moeurs, observation.
Gallinula chloropus in Algeria. Zoology and Delachaux e Niestle, Paris.
Ecology, 24(4): 305-313. Paton, P. Fellows, D. & Tomich, P. 1986. Distribu-
Mikich, S. B. 2002. A dieta frugívora de Penelope tion of Cattle Egret roosts in Hawaii with notes on
superciliaris (Cracidae) em remanescentes de the problems egrets pose to airports. Elepaio, 46
Floresta Estacional Semidecidual no centro-oeste (13): 143-147.
do Paraná, Brasil, e sua relação com Euterpe Pallinger, F. & Aprile, M. 2015. Tucanos e araçaris
edulis (Arecaceae). Ararajuba, 10(2): 207-217. neotropicais. Frederick Pallinger, São Paulo.
Mills, G. S.; Dunning, J. B. & Bates, J. M. 1989. Pellissier, V.; Cohen, M.; Boulay, A. & Clergeau, P.
Effects of urbanization on breeding bird commu- 2012. Birds are also sensitive to landscape com-
nity structure in southwestern desert environments. position and configuration within the city center.
The Condor, 91: 416-428. Landscape and Urban Planning, 104: 181-188.
Moller, A. P. 2009. Successful city dwellers: A com- Perrella, D. F. 2013. Aspectos da história natural
parative study of the ecological characteristics of de Ramphastos dicolorus (Piciformes-
urban birds in the Western Palearctic. Oecologia, Ramphastidae) no Parque Estadual das Fontes
159: 849-858. do Ipiranga — SP. USP, São Paulo.
Montalti, D.; Kopij, G. & Maragliano, R. 2004. Poole, A. (Ed.) 2017. The Birds of North America
Morphometrics and sexual dimorphism of some Online. Cornell Lab of Ornithology, Ithaca.
Neotropical passerines. Ornitologia Neotropical,
15: 271-278.
136
Aves do Parque Ecológico do Córrego Grande
Prestes, N. P.; Martinez, J.; Rezende, E. L. & Kilpp, J. Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira. Editora Nova
C. 2014. Aves. pp. 197-238. In: Savaris, M. & Fronteira, Rio de Janeiro.
Lampert, S. Biodiversidade da Reserva Particular Sigrist, T. 2014. Avifauna Brasileira. Editora Avis
do Patrimônio Natural Maragato. UPF Editora, Brasilis, São Paulo.
Passo Fundo. Soares, A. G. 2004. A avifauna de uma área do
Ridgely, R. S.; Gwynne, J. A.; Tudor, G. & Argel, M. bairro Ribeirão da Ilha, Florianópolis, Santa
2015. Aves do Brasil - Mata Atlântica do Sudeste. Catarina: Levantamento e implicações para a
Editora Horizonte, São Paulo. educação ambiental. Biotemas, 17(2): 107-124.
Rodrigues, M. 2005. Corruíra, Troglodytes musculus Solano-Ugalde, A.; Arcos-Torres, A. & Greeney, H.
(Troglodytidae) preda ninho de sabiá-barranco, F. 2007. Additional breeding records for selected
Turdus leucomelas (Turdidae). Revista Brasileira avian species in northwest Ecuador. Boletín SAO,
de Ornitologia, 13: 187-189. 17(1): 17-25.
Rosário, L. A. 1996. As aves em Santa Catarina: Solecki, W. D. & Welch, J. M. 1995. Urban parks:
Distribuição geográfica e meio ambiente. Funda- Green spaces or green walls? Landscape and
ção do Meio Ambiente, Florianópolis. Urban Planning, 32: 93-106.
Rosário, L. A. 2004. Um outro olhar da Via Expres- Valle, B. R. A. L. G. 2015. Possível Dimorfismo
sa Sul. Edição da autora, Florianópolis. Sexual em Milvago chimachima (Vieillot, 1816)
Sanaiotti, T. M. & Cintra, R. 2001. Breeding and (Falconiformes: Falconidae). Atualidades Ornito-
migrating birds in an Amazonian savanna. Stud- lógicas, 185: 28-28.
ies on Neotropical Fauna and Environment, 36 Van den Bosch, F.; Hengeveld, R. & Metz, J. A. J.
(1): 23-32. 1992. Analysing the velocity of animal range
Santos, M. F. B. & Cademartori, C. V. 2010. Estudo expansion. Journal of Biogeography: 135-150.
comparativo da avifauna em áreas verdes Verner, J. & Willson, M. F. 1969. Mating systems,
urbanas da região metropolitana de Porto Alegre, sexual dimorphism, and the role of male North
sul do Brasil. Biotemas, 23: 181-195. American passerine birds in the nesting cycle.
Sarasola, J. H.; Negro, J. J.; Bechard, M. J. & Lanu- Ornithological Monographs, (9): 1-76.
sse, A. 2011. Not as similar as thought: sexual Vieira, B. P. 2012. Desenvolvimento e comporta-
dichromatism in Chimango Caracaras is ex- mento de ninhegos de Amazilia fimbriata (Aves:
pressed in the exposed skin but not in the plum- Trochilidae) no Parque Ecológico do Córrego
age. Journal of Ornithology, 152(2): 473-479. Grande, Florianópolis, Brasil. In: Anais do XIX
Sauter, A.; Bowman, R.; Schoech, S. J. & Pasinelli, Congresso Brasileiro de Ornitologia. Maceió,
G. 2006. Does optimal foraging theory explain Brasil.
why suburban Florida scrub-jays (Aphelocoma Vieira, B. P. 2014. Uso de resíduos sólidos urbanos
coerulescens) feed their young human-provided por Pitangus sulphuratus (Aves: Tyrannidae) na
food? Behavioral Ecology and Sociobiology, 60: construção de ninhos. In: Anais do XXX Congres-
465-474. so Brasileiro de Zoologia, Porto Alegre, Brasil.
Sazima, I. 2007. Frustrated fisher: Geese and tilapi- Vieira, B. P. 2016. Composição de Aves da Reserva
as spoil bait-fishing by the Green Heron Marinha Extrativista do Pirajubaé, Santa Catari-
(Butorides striata) in an urban park in southeast- na, e implicações para sua gestão e conserva-
ern Brazil. Revista Brasileira de Ornitologia, 15 ção. Atualidades Ornitológicas, 189: 33-44.
(4): 611-614. Vieira, B. P. 2017. Conceitos utilizados no Brasil
Shochat, E.; Lerman, S. & Fernández-Juricic, E. para aves aquáticas. Atualidades Ornitológicas,
2010. Birds in urban ecosystems: Population 196: 41-48.
dynamics, community structure, biodiversity and Vieira, B. P.; Dias, D.; Piacentini, V. Q.; Correia, E.
conservation. Pages 75-86. In: Aitkenhead- C. & Serafini, P. P. 2014. Birds of Estação Ecoló-
Peterson, J. A. & Volder, A. (Eds.). Urban Ecosys- gica de Carijós, southern Brazil. Check List, 10
tem Ecology. Agronomy Monograph 55, Madi- (5): 1110-1122.
son. Vieira, B. P.; Dias, D.; Rocha, H. J. F. & Serafini, P.
Sick, H. 1965. Bubulcus ibis (L.) na Ilha de Marajó, P. 2015. Birds of the Arvoredo Marine Biological
Pará: Garça ainda não registrada no Brasil. Reserve, southern Brazil. Check List, 11(1): 1532
Anais da Academia Brasileira de Ciências, 37: -1540.
567-570. Wallace, M. P. & Temple, S. A. 1987. Competitive
Sick, H. 1981. Migrações de aves na América do interactions within and between species in a guild
Sul continental. Ministério da Agricultura, Brasília. of avian scavengers. The Auk, 104: 290-295.
137
Marcon & Vieira
138