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PATOS
2018
BRIGDA DANIELLA RODRIGUE LACERDA
PATOS
2018
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Biblioteca Central - FIP
Gr
Agradeço primeiramente a Deus pela sua infinita bondade, por proporcionar essa conquista e
de poder estar ao lado de quem amo. A toda minha família em especial aos meus pais Maria do
Socorro e João Lacerda. Sou grata a minha mãe que tanto abdicou de seus desejos para realizar
os meus e de minhas irmãs, mas sei que nossas conquistas também são dela. As minhas irmãs,
Daliane e Kamila que me fazem crescer, e com quem sempre posso contar, apesar da distância
e dos desentendimentos. A minha sobrinha Marina que mesmo tão pequena me ensina a
valorizar o simples, as coisas do dia-a-dia, trazendo a mim e a toda nossa família tamanha
felicidade.
A todos os meus colegas e amigos de turma aos quais cruzaram na minha vida, aos que se
foram, aos que permaneceram. Em especial a Raíssa Mendes, Matias Vieira, Benedito
Clementino e Carol Marques que com todas as nossas diferenças nos tornamos amigos,
obrigado por estarem comigo nesse caminho acadêmico, e pelo crescimento, com vocês pude
evoluir como ser humano e me tornar uma pessoa melhor, apesar de minhas falhas. Obrigada
as minhas amigas Emanuela Pereira, Raíssa Miranda, Taiza Ferraz, Taína Ferraz, werlania e
Hemanuelly Príncipe, que mesmo com toda a distância e o tempo se fazem presentes em minha
vida.
Obrigado a todos os professores que tive o prazer de apender, por todo o ensinamento,
compromisso e dedicação que cada um fez com maestria e amor. Em especial agradeço a
professora Marana Sotero minha orientadora, uma profissional maravilhosa, dedicada e
atenciosa com o que se compromete a fazer.
RESUMO
O presente estudo busca tratar sobre a conciliação e mediação, métodos consensuais utilizados
na resolução de conflitos entre indivíduos, contando com a participação de um terceiro,
consistindo em métodos rápidos e de baixo custo, utilizados no Brasil tanto em âmbito judicial
como extrajudicial. Tendo como objetivo mostrar o papel da conciliação e mediação no auxílio
da desburocratização do judiciário, por serem procedimentos importantes, simples, e rápidos,
os quais podem proporcionar um acordo com valor de sentença. A importância deste trabalho
se dá na capacidade de que com ele possam ser adquiridos conhecimentos quanto aos institutos
da conciliação e mediação, e perceber o valor desses métodos consensuais na solução de
conflitos. O estudo foi realizado por meio de materiais bibliográficos e documental, como
também fez-se uso dos métodos comparativo, dedutivo e estatístico. Sendo analisado seu
desenvolvimento histórico, suas semelhanças e diferenças, assim como seus princípios e
normas, através de análise realizada a partir do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015),
da Resolução n° 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e a Lei n° 13.140/2015 (Lei
de Mediação). Além disso, foram analisados os Relatórios da Justiça em Números publicados
nos anos de 2016 a 2018 e a Semana Nacional da Conciliação dos anos de 2015 a 2017, fazendo
um comparativo do percentual de acordos realizados por meio da conciliação ou mediação, com
ênfase no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, publicados nos referidos documentos, sendo
possível verificar que a conciliação e a mediação são eficientes para a desburocratização do
judiciário e podem contribuir, consequentemente, para desafogar os tribunais, além de serem
mecanismos que estão apresentando uma efetividade gradativa na resolução dos conflitos.
The present study tries to deal with the conciliation and mediation, consensual methods used in
the resolution of conflicts between individuals, counting on the participation of a third party,
consisting of fast and low cost methods, used in Brazil both in judicial and extrajudicial
conflicts. The purpose of this paper is to show the role of conciliation and mediation in assisting
the debureaucratization of the judiciary, since they are important, simple, and fast procedures,
which can provide a sentence value agreement. The importance of this work is in the ability to
acquire knowledge about the institutes of conciliation and mediation, and to realize the value
of these consensual methods in the solution of conflicts. The study was carried out using
bibliographical and documentary materials, as well as comparative, deductive and statistical
methods. Its historical development, its similarities and differences, as well as its principles and
norms, are analyzed through an analysis based on the Civil Procedure Code of 2015
(CPC/2015), Resolution 125/2010 of the National Council of Justice (CNJ), and Law n°
13.140/2015 (Mediation Law). In addition, we analyzed the Justice Reports in Numbers
published in the years of 2016 to 2018 and the National Conciliation Week from 2015 to 2017,
comparing the percentage of agreements made through conciliation or mediation, with
emphasis on the Court of Justice in the State of Paraíba, published in said documents, and it is
possible to verify that conciliation and mediation are efficient for the debureaucratization of the
judiciary and can therefore contribute to unburdening the courts, besides being mechanisms that
are presenting a gradual effectiveness in the conflict resolution.
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 54
7
1 INTRODUÇÃO
1
O conflito é dissenso. Decorre de expectativas, valores e interesses contrariados. Embora seja
contingência da condição humana, e, portanto, algo natural, numa disputa conflituosa costuma-se tratar
a outra parte como adversária, infiel ou inimiga. Cada uma das partes da disputa tende a concentrar todo
o raciocínio e elementos de prova na busca de novos fundamentos para reforçar a sua posição unilateral,
na tentativa de enfraquecer ou destruir os argumentos da outra parte. Esse estado emocional estimula as
polaridades e dificulta a percepção do interesse comum. VASCONCELOS, Carlos Eduardo de.
Mediação de conflitos e práticas restaurativas. (2017, p.21)
11
2
“É um meio de solução de conflitos, em que um litigante ou ambos litigantes abrem mão de parte de
seus interesses a fim de firmar um acordo e assim ajustar as vontades. Na autocomposição poderá haver
a participação de um mediador, e os direitos transacionados devem ser disponíveis. ” SILVA, de Plácido
e. Vocabulário Jurídico, (2016, p. 173).
3
A arbitragem é um sistema de solução pacífica de controvérsias nacionais e internacionais, rápida e
discreta, quer de direito público quer de privado. Consiste na criação de um julgador não pertencente à
jurisdição normal, escolhido pelas partes conflitantes, para dirimir divergências entre elas. É a escolha
pelas partes de um juiz não togado, ou de um tribunal não constituído por magistrados, mas de
advogados avulsos ou pessoas consideradas como capazes de conhecer e decidir uma questão prestes a
ser submetida à Justiça. ROQUE, Sebastião José. Arbitragem: solução viável, (1997, p.11)
13
conviveram uns com os outros, não excluindo os demais, mas ocorria a predominância de um
em relação aos demais.
Hoje a justiça ocorre majoritariamente por meio do Estado, representado na figura
do juiz, que traz para si a responsabilidade de resolver as divergências entre as partes, através
da aplicação da lei ao caso concreto.
Porém, tal método nem sempre é satisfatório, fácil, rápido ou até mesmo garantido
a todos, o Estado ao cumprir seu papel jurisdicional, já não é mais suficiente para satisfazer as
necessidades sociais. Souza Luciane (2015, p. 54):
Concentrar nos tribunais o único meio capaz para se resolver os conflitos, junto a
grande quantidade de litígios, torna cada vez mais longo a duração dos processos.
Transformando a justiça em um meio dispendioso e moroso, o que também resulta o difícil
acesso para uma parcela da população.
Nesse sentido dispõem Souza Aline e Costa (2017, p.33):
A longa duração do processo, o seu custo se mostra como um instrumento caro, seja
pela necessidade de antecipar custas ao Estado, ou os honorários advocatícios, ou até mesmo
pelo custo elevado das perícias. Tudo isso concorrendo de forma a dificultar o acesso à justiça
através do processo. (CINTRA, GRINIVER e DINAMARCO, 2011).
Ao longo do desenvolvimento social foram muitas as mudanças quanto aos métodos
utilizados para resolver conflitos, que se modificaram gradativamente ao lado da evolução da
sociedade, e se adequaram a cada nova realidade, se aprimorando a novos momentos e
circunstâncias, sempre se adequando a cada momento da população. A utilização dos métodos
14
4
[…] Podemos afirmar que a primeira solução para o acesso – a primeira “onda” desse movimento novo
– foi a assistência judiciária; a segunda dizia respeito às reformas tendentes a proporcionar
representação jurídica para os interesses “difusos”, especialmente nas áreas da proteção ambiental e
do consumidor; e o terceiro – e mais recente – é o que nos propomos a chamar simplesmente “enfoque
de acesso à justiça” porque inclui os posicionamentos anteriores, mas vai muito além deles,
representando, dessa forma, uma tentativa de atacar as barreiras ao acesso de modo mais articulado e
compreensivo. CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie
Northfleet. Porto Alegre: Fabris, (1988, p. 31).
15
Para a efetividade do acesso à justiça que aqui já foi pontuado, faz-se necessário o
estudo de vários fatores, pois não é mero ingresso em uma ação processual que possibilita o
acesso à justiça.
Devido as sobrecargas dos tribunais, um litígio demorado, a falta de conhecimento
ou pelos altos custos para as partes. Torna-se cada vez mais importante o uso de outros meios
de resolução de conflitos, tanto para o judiciário como para os particulares, seja ela feita por
meio da mediação ou conciliação, judicial ou extrajudicial.
Para Mauro Cappelleti e Bryant Gart (1988, p.8), a expressão acesso à justiça possui
duas finalidades básicas. ”[...] Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a todos;
segundo, ele deve produzir resultados que sejam individual e socialmente justo”.
Na mesma perspectiva do Conselho Nacional de Justiça (2016, p.39):
Nota-se assim que o acesso à justiça está mais ligado à satisfação do usuário
(ou jurisdicionado) com o resultado final do processo de resolução de conflito
do que com o mero acesso ao poder judiciário, a uma relação jurídica
processual ou ao ordenamento jurídico material aplicado ao caso concreto. De
fato, as pesquisas desenvolvidas atualmente têm sinalizado que a satisfação
dos usuários com o devido processo legal depende fortemente da percepção
de que o procedimento foi justo [...].
16
Percebesse que para a sociedade o acesso à justiça5 está mais ligado à sua satisfação,
e ao resultado tido como justo para ele, e não apenas o acesso ao poder judiciário. Portanto o
acesso à justiça será garantido quando, grande parcela da população conseguir ter acesso a um
resultado justo, rápido e de baixo custo, não apenas o acesso ao judiciário, que poderá ser
garantido pela autocomposição.
Para Cintra, Grinover e Dinamarco, (2011) o acesso à justiça não é a mera admissão
ao processo, ou a possibilidade de se ingressar em juízo, que irá se caracterizar o acesso a ela,
para os autores o efetivo acesso à justiça se dará, quando indispensavelmente o maior número
possível de pessoas consiga demandar e defender-se adequadamente, mas também se faz
necessário muito mais para a integralidade do acesso à justiça.
Ao se fala de acesso à justiça, se inclui os métodos autocompositivos, que também
integralizam o procedimento judicial. “[...] a justiça conciliativa passa a ser vista como elemento
integrante da própria política judiciária. ” Por ser tão eficaz quanto o modelo tradicional. “A
falta de percepção de que os chamados “meios alternativos de solução de conflitos” constituem
fundamentalmente um conjunto de instrumentos à disposição do próprio Judiciário, para a
correta organização do “acesso à justiça” [...]” Ada Pellegrini Grinover et al.. (ALMEIDA,
2012, p. 96).
A autocomposição é um método adequado para se defender e demandar, pois na
grande maioria dos casos o acordo é a melhor opção6, seja para garantir um resultado mais
rápido, ou menor custo. O tempo é muito valioso, e ter que se desprender de suas atividades
diárias, seja profissional ou pessoal traz custos.
A nomenclatura alternativa, que dá uma conotação de estar fora da jurisdição, não
deve ser tratado como algo separado, ou que possa ser escolhido. Já que na prática é
5
A expressão “acesso à justiça” serve para definir objetivos precípuos do sistema jurídico, destacando-
se a necessidade de o acesso ser atribuído a todos, indistintamente, além da viabilização para que os
resultados da prestação sejam individual e socialmente adequados, não se restringindo ao acatamento
das disposições judiciárias, como também abrangendo o respeito e a observância aos direitos
fundamentais dos cidadãos. Nunes, Juliana Raquel. A importância da mediação e da conciliação para o
acesso à justiça: uma análise à luz do Novo CPC. (2017, p.13)
6
[...] a Política Pública de Resolução Apropriada de Disputas conduzida preponderantemente pelo
Conselho Nacional de Justiça, tem refletido um movimento de consensualização do Poder Judiciário
uma vez que passa a estabelecer a autocomposição como solução prioritária para os conflitos de
interesse. Isso significa que o legislador crê que a maior parte dos conflitos pode ser resolvida por meios
consensuais. O Código de Processo Civil apresenta uma série de indicações nesse sentido como o
conciliador e o mediador sendo auxiliares da justiça (art. 149) e a criação de centros judiciários de
solução consensual de conflitos (art. 165). De fato, estas indicações refletem normas infralegais
estabelecidas no CNJ, como a Recomendação 50/2014 e a Resolução 125/10, respectivamente. (CNJ,
2016 p. 29)
17
procedimentos obrigatórios no processo civil de acordo com o art. 334 do NCPC/2015, no qual
traz que após o preenchimento dos requisitos da petição inicial, o juiz designará a audiência de
conciliação ou mediação no prazo de 30 dias.
Na perspectiva de Kazuo Watanabe está:
Sua principal atribuição é conduzir cada caso à técnica mais apropriada para
sua resolução, especialmente através da mediação, conciliação e arbitragem.
O objetivo institucional do órgão é o oferecimento de fácil acesso á justiça, a
partir do oferecimento de outras opções de resolução de conflitos, além da
jurisdição estatal, a celebração de acordos que satisfaçam os interesses das
partes, preservem as suas relações e proporcionem economia de tempo e
dinheiro.
Do mesmo modo discorrendo quanto ao tema, Nunes (2016, p. 17), traz a mediação
como a possibilidade dos envolvidos saírem satisfeitas, financeiramente e emotivamente “A
mediação não se limita à composição dos envolvidos, na realidade, tem a pretensão de resolver
assuntos emocionais mais intensos [...] ”.
Então para cada relação interpessoal, dentro de um conflito é possível à utilização
de métodos e processos diferente oferecidos as partes, que aceitaram de acordo com os
benefícios que possam ser alcançados por estes.
A conciliação e a mediação possuem como um dos seus objetivos a livre autonomia
das partes, que deve ser estimulado pelos mediadores e conciliadores com aplicação de técnicas
apropriadas para cada instituto com a finalidade atingir a autocomposição. Por meio de tais
métodos se torna possível o acesso à justiça através do diálogo entre as partes e o baixo custo.
tratar da matéria pela qual havia sido convidado, como se estabelece na Lei de Mediação n°
13.140/2015 no artigo 22, inciso IV do parágrafo segundo.
Já na audiência de mediação ou conciliação judicial, está prevista no artigo 334,
parágrafo oitavo do novo CPC, que o não comparecimento injustificado de qualquer das partes
será visto como ato atentatório à dignidade da justiça, sendo aplicado multa de até dois por
cento da vantagem econômica da causa, revertida para União ou Estado.
A seguir apontar-se uma análise da conciliação e mediação sob a ótica do Código
de Processo Civil de 2015 e outros ordenamentos jurídicos e seus princípios.
23
ser percebida pelas próprias partes, cabendo ao mediador conduzir o processo de forma a
assegurar tal percepção”. (CNJ, 2016, p. 251)
O Código de Ética de Conciliadores e Mediadores Judiciais, anexo III da Resolução
n° 125/2010 do CNJ, traz no artigo primeiro, inciso quarto, o princípio da imparcialidade como
sendo:
ausentes as condições necessárias para seu bom desenvolvimento, tampouco havendo dever de
redigir acordo ilegal ou inexequível”.
A conciliação e mediação se caracterizam por ser um ambiente informal e mais
flexível para as partes, que utiliza a oralidade para uma melhor condução. O objetivo da
oralidade é que a audiência seja sempre verbal, pois a partes devem expressar sua vontade, e
deixar claro suas escolhas.
Donizetti (2017, p.150), diz que “A oralidade e a informalidade demonstram que
um dos propósitos da conciliação e da mediação é flexibilizar os procedimentos, de modo a
conferir maior rapidez à superação da controvérsia. ”
O princípio da informalidade e da oralidade, são importantes para uma maior
flexibilização, proporcionando autonomia as partes para debater os problemas, resultando na
resolução da lide, e chegada a um acordo.
Princípio da autonomia da vontade encontra-se no art. 166, § 4o do CPC/2015, no
qual diz que “A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos
interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais”. Nele se
resguarda o direito de decidir das partes. A vontade das partes deve prevalecer e ninguém
poderá intervir nem prejudicar sua escolha, só podendo ocorrer a autocomposição com o
consentimento de ambos.
As disposições do novo Código de Processo Civil buscam sempre resgatar a
autonomia da vontade das partes, como se estabelece no art. 166, parágrafo quarto. Para
Donizetti (2017, p.149), “O conciliador e o mediador também devem respeitar as convicções
dos interessados (autonomia da vontade). Não há como impor qualquer medida coercitiva para
supostamente viabilizar um acordo quando este não foi plenamente aceito por qualquer das
partes [...] ”
O princípio da decisão informada diz respeito ao acordo realizado entre as partes,
que para este ocorrer às partes devem estar cientes dos seus direitos antes da tomada da decisão,
caso no acordo venha a perde um direito esteja ciente dessa perca. Para Conselho Nacional de
Justiça (2016. p. 251):
existência deste seu direito subjetivo. Da mesma forma, por razões mais bem
explicadas pela psicologia cognitiva, frequentemente as partes têm suas
percepções quanto aos fatos ou aos seus interesses alteradas em razão do
envolvimento emocional de uma disputa. Nesse contexto, cabe ao mediador
aplicar técnicas específicas (e.g. teste de realidade) para que as partes possam
aprender a utilizar da melhor maneira possível o processo autocompositivo.
7
JUSTIFICATIVA PARA O ENUNCIADO nº 47 – A atividade jurisdicional stricto sensu volta-se à
solução dos litígios dentro do processo, pela manifestação da vontade estatal, apreciando o mérito da
ação. Os CEJUSCs são órgãos de natureza diversa, tendo por função precípua fomentar e homologar os
acordos a que as partes chegaram, atividade puramente formal sem caráter de jurisdição stricto sensu.
Nos termos do artigo 7º, inciso IV, da Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça, a atividade da
conciliação e da mediação é concentrada nos CEJUSCs. Por isso, estando o conciliador ou o mediador
subordinado ao Juiz Coordenador dos CEJUSCs, não há qualquer vinculação do conciliador ou
mediador operante nos CEJUSCs ao juízo do processo, razão porque não se aplica aos advogados
atuantes nas comarcas em que há CEJUSCS instalados o impedimento do artigo 167, § 5º, do Código
de Processo Civil (Lei 13.105, de 16 de março de 2015). Fórum Nacional de Mediação e Conciliação,
(2016, p. 9)
28
a ser priorizado o princípio da autonomia da vontade das partes e a solução consensual da lide.
O que deixa claro, a intenção do legislador de incentivar a resolução do conflito pela
autocomposição, enaltecendo a sua eficácia, quando se busca de todas as formas a sua
realização.
Outro artigo que deixa claro a tentativa do novo CPC, de buscar os métodos de
autocomposição como meio para solução de conflitos é o artigo 359, ele diz que: “Instalada a
audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros
métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. ”
Fica evidente que o novo CPC presar pelos métodos consensuais de resolução de
conflitos como regra, mesmo que antes já tenha ocorrido a tentativa de conciliação ou mediação,
judicialmente ou extrajudicialmente. Sendo possível as partes estipularem mudanças no
procedimento antes ou durante o processo, quando a esse for admitido a autocomposição (art.
190).
A audiência de conciliação ou mediação não irá ocorrer, quando a petição inicial
não preencher os requisitos essenciais, ou for caso de improcedência liminar do pedido, quando
ambas as partes manifestarem o desinteresse de forma expressa, ou quando não for admitida
pelo ordenamento a realização (art. 334, § 4°, I e II CPC).
O Código de Processo Civil do ano de 19738, tinha uma abordagem singela quanto
a conciliação e mediação, eram poucos os artigos que traziam conteúdo correspondentes a
temática, sendo conciliação tratada de forma bem sucinta, e já a mediação não foi apreciada.
Porém para Ada Pellegrini Grinover o Antigo CPC “[...] adotou a conciliação sem
distingui-la da mediação, mas está evidente que usou desse vocábulo na acepção geral e ampla,
abrangendo de ambos os meios consensuais de solução de conflitos. [...] ” (ALMEIDA, et. al.
2012, p. 90).
Em relação ao Antigo CPC, e quanto a conciliação o artigo 277 tratava da audiência
de conciliação a ser realizada no prazo de 30 (trinta) dias, e a intimação do réu ocorria com no
mínimo de 10 (dez) dias de antecedência.
8
No início da vigência do Código de Processo Civil de 1973, a utilização da conciliação era facultativa,
a critério do juiz da causa. Somente a partir de 1995, a audiência de conciliação no processo sumário
(art. 277, CPC) passou a ser de designação obrigatória. Na mesma época, o art. 331 passou a determinar
a realização de audiência preliminar, versando a causa sobre direitos que admitam a transação. Kazuo
Watanabe. Tribunal Multiportas: investindo no capital social para maximizar o sistema de solução de
conflitos no Brasil. Organizadores: Rafael Almeida, Tania Almeida, Mariana Crespo (2012, p. 90,
2012).
30
A conciliação e mediação são uns dos institutos que fazem parte dos métodos
alternativos de solução de conflitos e vem ganhando grandes destaques nas últimas décadas, a
Resolução n° 125 de 2010 do Conselho Nacional de Justiça é um dos instrumentos que
proporciona a realização destes mecanismos, antes do Código de Processo Civil a Resolução
era o instrumento mais importante referente os métodos de autocomposição. No entanto a
conciliação se faz presente no ordenamento jurídico brasileiro desde a constituição de 1824,
segundo Bacellar (2016, p. 83):
9
A criação da Resolução 125 do CNJ foi decorrente da necessidade de se estimular, apoiar e difundir a
sistematização e o aprimoramento de práticas já adotadas pelos tribunais. Desde a década de 1990, houve
estímulos na legislação processual a autocomposicao, acompanhada na década seguinte de diversos
projetos piloto nos mais diversos campos da autocomposicao [...] (CNJ, 2015, p.11)
32
serviços prestados nos processos judiciais, como também outros mecanismos de solução de
conflitos, como a mediação e a conciliação; a consolidação de política pública permanente de
incentivo e aperfeiçoamento dos meios consensuais de conflitos; considerando a conciliação e
a mediação instrumentos efetivos da pacificação social, e a promoção de programas já
implementados no país tem reduzido a judicialização dos conflitos, a quantidade de recursos e
de execução de sentenças; considera também imprescindível estimular, apoiar, difundir e
aprimorar as práticas já adotadas e a uniformização dos serviços de conciliação e mediação;
A Resolução n° 125 do Conselho Nacional de Justiça, estabelece a Política
Judicial Nacional de tratamento adequado dos conflitos, e o papel do CNJ de organizar e
regulamentar as ações que envolvam a conciliação e a mediação, no que for correspondente ao
domínio do Poder Judiciário.
A Lei 13.140 de 2015 foi promulgada no dia 26 de junho de 2015, intitulada Lei
de Mediação, abrangeu no seu regulamento normas correspondentes ao instituto da mediação
entre particulares como dispositivo de resolução de controvérsias e a autocomposição de
divergências no campo da administração pública (art. 1°).
A mediação é abordada de forma exclusiva na lei 13.140/2015, seu dispositivo
contém algumas semelhanças com o NCPC, mas também contém normas específicas quanto os
procedimentos, e os mediadores.
A definição de mediação vem expressa no parágrafo único do artigo 1° da Lei
13.140/2015, o qual diz que: “Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro
imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a
identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia. ” A lei determina que a
mediação pode ocorrer judicialmente ou extrajudicialmente, como também as características
dos mediadores para a atuação na esfera judicial e extrajudicial previsto nos artigos 9° e 11 da
referida lei, tais características já foram abordadas neste trabalho, no capítulo primeiro quando
são abordadas as definições e as espécies de conciliação e mediação.
A Lei de Mediação possui princípios próprios constituído no artigo 2° e seus
incisos, estabelecendo que a mediação deverá seguir os preceitos da imparcialidade do
mediador, isonomia entre as partes, oralidade, informalidade, autonomia da vontade das
partes, busca do consenso, confidencialidade e boa-fé. Alguns destes princípios são os mesmos
trazidos pelo NCPC, os que se deferem expressamente são os da boa-fé, a busca do consenso e
isonomia entre as partes.
Segundo Terres (2016) para uma boa execução no procedimento da mediação,
deve ser respeitado os princípios para que através da negociação seja alcançado um bom
34
resultado para ambas as partes. Para Céspedes (2017), para que se aconteça o resultado por
meio da mediação e necessário que as partes tenham disposição inicial, esforço, flexibilidade e
receptividade para resolver o conflito.
A legislação busca sempre garantir a realização do acordo entre as partes, e nessa
perspectiva a Lei de Mediação determina em seu artigo 2°, §1° que será obrigatória a
participação na primeira audiência, quando tiver cláusula contratual anterior. Porém ninguém
está obrigado a permanecer (2°, § 2°), e o não comparecimento a audiência de mediação
acarretará em punição (art. 22, IV). Sendo irrecorrível a decisão quando no andamento do
processo as partes optarem pela mediação (art.16, §1°).
A Lei de Mediação assim como as outras legislações brasileiras abordadas neste
capítulo, buscam o incentivo ao uso dos métodos autocompositivos diante de sua importância
na resolução dos conflitos, por meio do diálogo na busca do bem-estar social.
No próximo capítulo pretende-se analisar mediante dados, a eficiência e a
efetividade da conciliação e mediação nas Justiças do Estado da Paraíba no Tribunal Estadual
e do Trabalho por meio do Relatório da justiça em Números. Como também, da Semana
Nacional de Conciliação no Estado da Paraíba, Tribunal de Justiça Estadual mostrando seus
dados e fazendo um comparativo com os dados da Justiça Estadual da Paraíba fornecidos no
Relatório da justiça em Números.
35
Números ano 2016, não sendo tal análise comtemplada nos Relatórios da Justiça em Números
anos 2017 e 2018, sendo que estes anos citados (2017 e 2018) também fazem parte deste estudo.
Igualmente, também não foi possível utilizar a justiça eleitoral na análise comparativa de
índices de conciliação que será feita adiante, pois no Relatório da Justiça em Números ano 2016
não foram apresentados dados referentes às conciliações nesta justiça.
Do mesmo modo, também serão analisados os dados da Semana Nacional de
Conciliação, também fornecidos pelo CNJ, correspondentes aos acordos obtidos através de
mediação e conciliação, que ocorreram entre os anos de 2015 a 2017, mas neste, será analisado
apenas o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba.
A análise de dados realizada pelo CNJ traz os resultados dos índices das decisões
terminativas e sentenças de processos realizados por meio da conciliação ou mediação nos
tribunais brasileiros através de acordos, em termos estatísticos. Porém, neste estudo, só será
levado em consideração os dados referentes aos acordos ocorridos nas justiças estadual e do
trabalho do Estado da Paraíba.
O levantamento de dados realizou-se como base nos acordos provenientes de
conciliação ocorridos na justiça da Paraíba, com ênfase na Justiça Estadual e na Justiça do
Trabalho, levando-se em consideração os dados dos Relatórios da Justiça em Números,
publicados nos anos de 2016 a 2018, os quais têm como anos-base 2015, 2016 e 2017.
Os dados da 12° edição do Relatório da Justiça em Números de 2016, tem como
ano-base de 2015. Logo, os gráficos a seguir foram publicados em 2016, mas os dados neles
demonstrados dizem respeito ao que fora realizado no ano de 2015.
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mesmo ramo de justiça, o que diferencia os grupos são: as despesas totais da justiça, a
quantidade de processos que tramitaram, o total de magistrados e a força de trabalho.
O Relatório da Justiça em Números diz em quais justiças a divisão irá ocorrer.
meio de acordos/conciliação, a média nacional trabalhista foi de 25,3%. Apesar de ter ficado
abaixo da média nacional da justiça do trabalho, obteve, contudo, um percentual de conciliação
acima do percentual alcançado na justiça Estadual.
O Relatório da Justiça em Números (CNJ 2016, p. 167), justifica que:
O índice é maior que o dobro do apresentado pela Justiça Estadual, o que pode
ser explicado pelo próprio rito processual trabalhista, no qual a tentativa de
conciliação entre as partes ocorre em audiência antes de perfectibilizado o
litígio judicial, isto é, antes de aduzida a defesa pela parte reclamada. A
referida ordem de atos só chegou à justiça comum com a entrada em vigor da
Lei n. 13.105, de 2015, de modo que eventuais efeitos positivos só poderão
ser avaliados nas próximas edições deste relatório.
A partir dos próximos dados é que será possível analisar se houve ou não, o aumento
do percentual de acordos realizados por meio da conciliação ou mediação na justiça. Os
próximos gráficos tiveram sua publicação na 13° edição o Relatório da Justiça em Números do
ano 2017, e correspondem aos acordos provenientes de conciliação realizados em 2016.
40
O índice de conciliação obtido pelo TJPB no ano de 2017 foi de 13,1%, sendo
possível perceber que ocorreu uma pequena queda em relação ao ano de 2016 (um percentual
de 13,9%), porém se manteve superior à média nacional (10,7%). Com relação a justiça estadual
da Paraíba, representada pelo TJPB, foi possível verificar que ocorre uma pequena queda a cada
ano.
Logo, percebe-se que o índice de conciliações na justiça estadual, média nacional,
teve um aumento gradativo, embora tímido, por dois anos seguidos (2015 e 2016), contudo,
observou-se uma queda, ínfima, no percentual de conciliação do último ano analisado (2017)
quando comparado ao ano anterior, também analisados (ano-base 2015, 9,4%; ano-base 2016,
10,9% e ano-base 2017, 10,7%). Obtendo a aumento esperado, porém não muito significativo.
43
A partir da análise dos gráficos do Relatório Justiça em Números dos anos de 2016
a 2018 constatou-se que a Justiça Estadual vem tendo uma queda anualmente da porcentagem
de casos resolvidos por meio de conciliação. A Justiça do Trabalho, quando comparada a Justiça
Estadual, apresenta índices bem mais satisfatórios de conciliações. Nota-se que a especulação
sobre o aumento de conciliações em decorrência da entrada em vigor do novo CPC não se
concretizou.
10
A conciliação é uma política adotada pelo CNJ desde 2006, com a implantação do Movimento pela
Conciliação em agosto daquele ano. Anualmente, o Conselho promove as Semanas Nacionais pela
Conciliação, quando os tribunais são incentivados a juntar as partes e promover acordos nas fases pré-
processual e processual. Por intermédio da Resolução CNJ 125/2010, foram criados os Centros
Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) e os Núcleos Permanentes de Métodos
Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), que visam fortalecer e estruturar unidades
destinadas ao atendimento dos casos de conciliação. (CNJ, 2018, p. 137)
45
efetivação conciliatória em 19,05% dos casos. No quarto dia, foi marcado um total de 452
(quatrocentas e cinquenta e duas) audiências, sendo realizadas 388 (trezentas e oitenta e oito),
o que equivale a 85,84% da totalidade, das quais resultou em 134 (cento e trinta e quatro)
acordos, equivalente a um percentual de 34,54%. No último dia de atendimento, foram
marcadas 1.039 (um mil e trinta e novo) audiências, sendo realizadas 949 (novecentos e
quarenta e nove), equivalendo a 91,34% da quantidade total, das quais resultaram na definição
de 438 (quatrocentos e trinta e oito) acordos, perfazendo um percentual de 46,15%.
Os dados apontam que a experiência paraibana na realização da Semana
Nacional de Conciliação, em 2017, possibilitou a realização total de 1.848 audiências
conciliatórias, que representa cerca de 85,28%, de um total de 2.075 audiências marcadas,
dentre as quais se efetivaram a definição de 716 acordos, expressando aproximadamente
33,34% de efetivação da proposta conciliatória.
Segundo reportagem do site do TJPB de 2017, 21 (vinte e uma) comarcas fizeram
parte da Semana Nacional de Conciliação. Ainda, de acordo com reportagem, os processos que
fizeram parte das audiências estavam em fase pré-processual e processual, nos termos do artigo
334 do Código de Processo Civil, ou em fase de conhecimento ou execução de sentença (quando
solicitado pelas partes), e no 2º Grau.
Pode-se verificar, mediante os dados da Semana Nacional de Conciliação dos
anos de 2015 a 2017, que as quantidades de casos resolvidos através da conciliação pelo
Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba foram expressivas e relevantes.
No tópico seguinte, será feito o confronto e comparação dos dados verificados
na Semana Nacional de Conciliação (2016-2018) e no Relatório Justiça em Números (2016-
2018).
gradativamente, e o CNJ possui diversos programas para incentivar a sua realização, conforme
já mencionado em capítulo anterior.
Após análise de dados do Relatório da Justiça em Números (2016-2018) e de
suas porcentagens, tendo como anos-base 2015 a 2017, quando em comparação com a Semana
Nacional de Conciliação, também em análise dos anos 2015 a 2017, sendo ambas realizadas no
âmbito da Justiça Estadual dos Estado da Paraíba, nesta ocasião representada pelo TJPB, foi
possível verificar que, no mencionado período de tempo, fica evidente que a Semana de
Nacional de Conciliação consegue alcançar um percentual maior de números de acordo com
relação aos números apresentados pelos Relatórios da Justiça em Números.
O Relatório da Justiça em Números, no que diz respeito aos dados relativos ao
Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, obteve média, no ano-base de 2015, o percentual
correspondente a 14,5% do total de acordos realizados neste ano. No ano-base de 2016 teve a
porcentagem de 13,9%, e no ano-base de 2017 ficou com 13,1%, ambos com relação também
ao total de acordos realizados através de conciliação, nos respectivos anos, o que demonstra
uma queda gradativa anualmente. Ao comparar com os dados da Semana Nacional de
Conciliação, no que diz respeito ao Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, que atingiu a
porcentagem de 68,75% no ano de 2015, em 2016 chegou acerca de 72,15%, e no ano de 2017
atingiu o percentual de 33,34%, todos estes percentuais referentes aos acordos realizados
através de conciliação ou mediação nos respectivos anos, apesar de não ter um percentual
progressivo anualmente, de acordo com os números e em comparação com os percentuais
obtidos no Relatório da Justiça em Números, a Semana Nacional de Conciliação consegue
atingir mais que o dobro do percentual de acordos em todos os anos analisados.
Com a demonstração desses dados, o que se percebe é que na Semana Nacional
de Conciliação a quantidade de acordos estabelecidos por meio da conciliação ou mediação na
Justiça Estadual da Paraíba possuem uma porcentagem mais significativa (apesar da queda na
porcentagem no ano de 2017) do que os índices contidos no Relatório da Justiça em Números
também no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba.
O que pode ser levantado como uma das hipóteses para justificar a baixa quantidade
de casos resolvidos por meio da conciliação ou mediação, seria a pouca publicidade ou
informação sobre o assunto. Em contrapartida, o que se percebe na Semana Nacional de
Conciliação é que há um maior investimento na divulgação, incentivo e informação, já a
conciliação ocorrida diariamente nos fóruns ficam apenas como uma parte obrigatória do
processo, em que as partes têm que comparecer, por ser, agora, após o CPC/2015, uma etapa
obrigatória do rito processual.
49
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
há uma resolução do problema de modo a satisfazer a necessidade e a angústia das partes ali
presentes.
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