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Ecologus
Engenharia Consultiva Uma empresa do Grupo EBX
Agrar Ecologus
Engenharia Consultiva
Agrar
Índice
01 Apresentação
Identificação do Empreendedor
O que é o DISJB?
05 Descrição o Empreendimento
22 Legislação
35 Diagnóstico Ambiental
Meio Físico
Meio Biótico
50 Meio Socioeconômico
65 Impactos Ambientais
90 Prognóstico Ambiental
94 Programas Ambientais
104 Conclusão
107 Glossário
Praia do Atafona
02 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Apresentação
Quem é o empreendedor?
O DISJB foi criado pelo Governo do Estado do Rio de infraestruturas de uso comum do Distrito Industrial de São
Janeiro para receber empresas atraídas pela presença do João da Barra, sendo também responsável pelo
Porto do Açu. A implementação de distritos industriais é de licenciamento ambiental do empreendimento. Assim, são
responsabilidade do governo estado através da Companhia empreendedores do DISJB a LLX Açu e a CODIN.
de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro A LLX Açu Operações Portuárias S/A, criada em 2007, é
(CODIN). uma subsidiária da LLX Logística S.A, empresa do Grupo
Foi firmado memorando de entendimentos entre o governo EBX que irá operar os terminais portuários do Açu, em São
do estado do Rio de Janeiro e a empresa LLX Açu Operações João da Barra, e Sudeste, em Itaguaí, ambos no Estado do
Portuárias S/A, cabendo a esta última, implantar as Rio de Janeiro.
O que é o DISJB?
O DISJB - Distrito Industrial de São João da Barra é uma
grande área próxima da costa com 7.036 hectares, vizinha à
Zona Industrial do Porto do Açu - ZIPA. O conjunto de
empreendimentos em andamento na ZIPA mais os
planejados para o DISJB formam o Complexo Logístico e
Industrial do Porto do Açu - CLIPA. No Distrito pretende-se
implantar um loteamento para receber indústrias atraídas
pela proximidade do Porto, pela disponibilidade do minério
trazido do Estado de Minas Gerais por mineroduto, assim
como pela oferta de energia que estará disponível a partir
das usinas termoelétricas que serão instaladas na área do
Indústrias já interessadas em se instalar no DISJB incluem
Porto.
uma Unidade de Construção Naval e uma Usina
Para permitir a instalação de indústrias nos lotes do Distrito Siderúrgica, estando ambos os empreendimentos em fase
é necessário que sejam construídas infraestruturas de de licenciamento ambiental. Também estão em
abastecimento de água, esgoto e drenagem, bem como licenciamento ou já licenciadas duas Usinas Termelétricas
ruas, vias e estradas internas para acesso aos lotes e ao na área do Porto e um novo Terminal Portuário que ampliará
Porto do Açu. a capacidade do Porto do Açu.
Para projetar as infraestruturas de maneira adequada e Assim, as infraestruturas de uso comum, que são objeto
prever como será administrado o Distrito foi realizado um deste licenciamento, foram projetadas para atender ao
estudo de planejamento que identificou os tipos de conjunto de empreendimentos planejados para se instalar
indústrias a serem atraídas para a área. Para isto, pensou- nos lotes do Distrito. Com as infraestruturas implantadas,
se na vantagem da disponibilidade de minério e das os lotes serão vendidos para indústrias interessadas, que
facilidades decorrentes da presença do Porto, o que levou a para operarem deverão realizar seus próprios
se priorizar a atração de duas indústrias siderúrgicas. licenciamentos ambientais.
Considerando a produção das siderúrgicas foram No futuro o DISJB operará estas infraestruturas comuns e
planejados outros tipos de indústrias, tais como: administrará o condomínio industrial (o conjunto das
Unidade de construção naval ; indústrias implantadas), onde definirá regras a serem
Fábrica de automóveis;
cumpridas por estas indústrias para o bom funcionamento
do Distrito Industrial e o controle de seus impactos
Fábricas de cimento;
ambientais.
Fábricas de peças pré-moldadas de concreto; Industria Naval
Indústrias mecânicas;
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Uma empresa do Grupo EBX
Descrição do Empreendimento
} Loteamento e arruamento
O loteamento do Distrito foi planejado pela Companhia de
Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro
(CODIN) e contemplará quadras e lotes de 80 a 1300
hectares, agrupados em 8 áreas. No presente licenciamento
prevê-se o aterro, terraplenagem e arruamento interno das
Áreas 1 e 5, situadas no lado norte do DISJB. Essas áreas
serão subdivididas em pequenas quadras para implantação
das infraestruturas necessárias aos empreendimentos
industriais e de serviços que serão implantados
gradativamente. A preparação do terreno e a implantação
das infraestruturas dentro das demais áreas serão objeto de
licenciamento próprio de cada indústria que venha a se
instalar no Distrito.
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Descrição do Empreendimento
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Descrição do Empreendimento
Canal do Quintigute
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Descrição do Empreendimento
Rede Elétrica
} Sistema de esgotamento sanitário e de efluentes
líquidos industriais
Também serão construídas duas estações para tratamento
dos esgotos sanitários produzidos pelo DISJB e suas
indústrias. Os esgotos tratados serão dispostos no mar por
emissário submarino. Os efluentes industriais serão
tratados nas próprias indústrias e serão dispostos em rede
coletora do DISJB específica para este fim, sendo
conduzidos ao mar pelo emissário submarino, juntamente
com os esgotos sanitários tratados. Para tanto serão
implantadas redes coletoras, destinadas às coletas,
separadamente, dos efluentes industriais e dos esgotos
sanitários. O ponto de lançamento do emissário submarino
situa-se a uma distância 4,6 km da costa.
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Descrição do Empreendimento
FORA
ÁREA DE D ISPONIBILIDADE S UPRIMENTO BACIA AÉREA
ALTERNATIVA DA
RETROPO RTO ÁGUA DE ENERGIA VIÁVEL
RMRJ
Porto de Angra sim não não sim não
Porto de Sepetiba não não sim sim não
Porto do Rio de
não não não sim não
Janeiro
Porto do Açu sim sim sim sim sim
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Descrição do Empreendimento
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Descrição do Empreendimento
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Descrição do Empreendimento
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Descrição do Empreendimento
Tubulação de Drenagem
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Planos e Programas Colocalizados
3% 3% 2% 2%
2 2
UTILIDADES 1 1 1 1 UTILIDADES
2 2
15m 15m
LT 138kV LT 345kV LT 500kV FERROVIA FERROVIA
GASODUTO
230m 170m
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Planos e Programas Colocalizados
Criação do Parque Estadual da Lagoa do Açu ecossistema de restinga no Norte Fluminense, sendo
O INEA pretende criar um parque estadual para proteger também composta por trechos de restinga em regeneração
alagados rasos, na parte ao sul da lagoa do Açu. A área e por áreas antropizadas (em geral pastagens desativadas).
prevista para o parque possui 5.915 hectares e perímetro Essa categoria de Unidade de Conservação permite o
de 41,6 km. As localidades em seu entorno são: Babosa, acesso público para atividades de recreação e turismo de
Ponte do Trilho, Folha Larga, Quixaba, Xexé e Farol de São baixo impacto.
Tomé. O heliporto de Farol de São Tomé é o vizinho ao sul. Demarcação de FMPs de Lagoas e Canais
APA de Grussaí As faixas marginais de proteção (FMPs) de rios, lagos,
A Área de Proteção Ambiental de Grussaí (APA) engloba lagoas e reservatórios d'água são faixas de terra necessárias
em seus limites as lagoas do Taí, Salgada, Grussaí e à proteção, à defesa, à conservação e operação de sistemas
Iquipari. fluviais e lacustres. Sua demarcação é competência do
INEA.
Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN
As lagoas de Grussaí e Iquipari já foram demarcadas em
Planeja-se a criação de uma Reserva Particular do 2009; as demais - Taí, do Veiga, do Açu e Salgada, deverão
Patrimônio Natural (RPPN) pela LLX na Fazenda Caruara. ter as faixas marginais demarcadas em futuro próximo.
Esta área da abriga importantes remanescentes do
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Definição das
Áreas de Influência
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Definição das
Áreas de Influência
Terrenos vizinhos delimitados ao norte pela rodovia Foram considerados os impactos indiretos decorrentes das
BR-356 e pela localidade de Grussaí, a oeste pelo intervenções do empreendimento no sistema de
canal do Quitingute, a leste pela SB-16 (paralela à macrodrenagem da porção sul da Baixada Campista:
praia) e ao sul pela lagoa do Açu abrange o sistema O espaço que abrange territórios delimitados ao
lagunar inserido nesta área; norte pelo rio Paraíba do Sul, a oeste pelos canais do
Para os impactos de ruído considerou-se o entorno Cacomanga e Campos-Macaé, a leste para estrada
imediato do terreno do Distrito que se econtra municipal SB-16 (paralela a praia) e ao sul pela
inserido na área acima; lagoa Feia;
·Esta delimitação geográfica também insere o O baixo curso do rio Paraíba do Sul onde será a
impacto das emissões atmosféricas (poeira e gases) captação de água para suprimento do Distrito
da instalação e operação das infraestruturas do Industrial;
DISJB. No entanto foi considerada uma área mais Área de ocorrência do Aquífero São Tomé II: Planíce
ampla, de 45 por 45km ao redor do DISJB, pois esta litorânea da Baixada Campista entre a margem direita
área foi foco de um estudo do comportamento de do rio Paraíba do Sul e a região da Barra do Açu.
dispersão das emissões associadas à operação das Áreas Marinhas
futuras indústrias no DISJB, para fins de avaliação
Praia doestratégica.
Atafona Foram considerados potenciais desdobramentos da
construção e operação do emissário submarino, além de
Áreas Marinhas eventual atividade de dragagem e de bombeamento de areia
Áreas onde podem ocorrer impactos em decorrência de para o terreno do empreendimento:
obras de dragagem, descarga de drenagem pluvial e a O espaço litorâneo entre a foz do rio Paraíba do Sul e
operação de emissário submarino: o Farol de São Tomé;
Em torno da área de empréstimo marítimo, na qual O espaço marítimo entre a linha de costa e a região,
se dará a dispersão da pluma de sedimentos, onde se insere a área de empréstimo marítimo.
durante a dragagem para exploração de areia;
Área de segurança marítima, delimitada por uma
faixa de 500 metros de largura em torno da área de
empréstimo marítimo;
Rota de deslocamento da draga nas obras;
As áreas já delimitadas para o meio físico abrangem as emissário submarino, durante a operação.
características necessárias para constituirem área de
influência da fauna e flora. Isto é principalmente relevante Área de Influência Indireta (AII)
para a fauna terrestre que pode vir a se utilizar destas áreas
Áreas Terrestres e Aquáticas Interiores
como refúgios (remanescentes de matas e lagoas/canais).
Foi definida, a mesma área descrita para o Meio Físico,
Ecossistemas Aquáticos Interiores
delimitada ao norte pelo rio Paraíba do Sul, a oeste pelos
Foram considerados os ambientes lagunares e fluviais canais do Cacomanga e Campos-Macaé, a leste pela
suscetíveis às interferências: lagoa do Taí; lagoa de Grussaí; rodovia municipal SB-16 e ao sul pela lagoa Feia. Desta
lagoa de Iquipari; lagoa Salgada; lagoa do Veiga; e lagoa do forma, foi incluída a rede hidrográfica (canais e lagoas)
Açu, com seus ambientes rurais e trechos de vegetação existente
nativa, assim como o canal Quitingute
Áreas Marinhas
.Áreas Marinhas
Considerou-se como área de estudo o espaço marítimo
Em torno da área de empréstimo marítimo na qual se dará litorâneo da Região Norte Fluminense desde a foz do rio
a atividade de dragagem para remoção de areia, durante a Paraíba do Sul até o Farol de São Tomé e a área marinha
obra; adjacente até a distância de, aproximadamente, 32 km da
Área marítima em torno do ponto de descarte da água de costa.
retorno do aterro hidráulico durante as obras;
Canal do Quitingute
30 Ecologus Agrar
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Definição das
Áreas de Influência
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Definição das
Áreas de Influência
Área de Influência
para o Meio Socioeconômico
Área de Influência Direta (AID)
além da alteração do ambiente social rural nas
Foram consideradas algumas localidades de São João da
localidades com potencial de atraírem e terem em si
Barra, Campos dos Goytacazes e São Francisco de
fixados grandes contigentes populacionais, com
Itabapoana onde poderão ocorrer transformações
destaque para todas as localidades de São João da
socioeconômicas associadas ao empreendimento, tais
Barra e dos Distritos de Mussurepe e São Sebastião,
como:
em Campos dos Goytacazes.
Mudanças no uso dos recursos naturais e alteração de
atividades de sobreviência tradicionais e
consolidadas, como a pesca e agricultura, com
Área de Influência Indireta (AII)
destaque para as localidades de Atafona (em São João Compreende os municípios de Campos dos Goytacazes,
da Barra); Farol de São Tomé (em Campos dos São João da Barra e São Francisco de Itabapoana, que,
Goytacazes); e Gargaú, Guaxindiba e Barra de futuramente com a plena ocupação do DISJB,sentirão as
Itabapoana (em São Francisco de Itabapoana) e as transformações sociodemográficas, produtivas e
comunidades agrícolas do 5° Distrito de São João da urbanísticas provocadas a partir da dinamização
Barra; econômica e da atração populacional esperadas. Tais
Convívio mais intenso e contínuo com as atividades de transformações ocorrerão a partir da dinamização
construção e operação do DISJB ,devido à econômica e da atração populacional, gerando
proximidade com destaque para as localidades crescimento do emprego e da renda assim como pressão
vizinhas ao empreendiemnto do 5° e do 6° Distritos de sobre a infraestrutura urbana.
São João da Barra; Nota-se que o grau de transformação ao qual estará
Aumento da competição pelo uso de recursos submetido São Francisco de Itabapoana depende
territoriais e de infraestrutura de serviços públicos, diretamente da conclusão da ponte entre este município e o
de São João da Barra.
Lagoa de Iquipari
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Diagnóstico Ambiental
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Meio Físico
Panorama Geomorfológico Regional por areia média e fina, com baixas concentrações de
matéria orgânica. Os resultados, que foram avaliados à luz
Observando-se uma área mais abrangente, na qual está
da Resolução CONAMA 420/2009, também mostram que o
inserida a Baixada Campista, considera-se que essa região
solo está livre de contaminação. Os parametros que foram
é constituída por três grandes províncias geomorfológicas
encontrados em maiores concetrações (alumínio, ferro,
(que podem ser entendidas como as feições da superfície
manganês e magnésio) são comumente encontrados em
da terra encontradas em uma dada área), são elas: Região
solo similares. Isto tem relação com o fato de que a área
Serrana, Tabuleiros Terciários e Planície Quaternária.
vem sendo utilizada para atividades agropecuárias, de
A primeira é caracterizada pela serras que ficam ao fundo da pequena escala, com ausência de fontes de contaminação
paisagem da Baixada Campista, a segunda pelas áreas industrial.
planas mais elevadas que fazem a transição entre as serras e
À medida que há um afastamento da linha de costa, há uma
a baixada, já a terceira é representada pela baixada e suas
diminuição da presença de sedimentos arenosos nas
planícies costeiras.
camadas superficiais dos solos. Nas margens dos rios,
A área do DISJB está localizada na denominada Província onde se concentram os gleissolos, recomenda-se que se
Quaternária. Nesta província ocorrem as duas unidades evite a urbanização, obras viárias ou disposição de resíduos
geomorfológicas a saber: sólidos.
Feixes de Cordões Arenosos do Rio Paraíba do Processos Erosivos
Sul: ocupa a porção costeira da área e compreende
A região possui vulnerabilidade ambiental em relação à
uma sucessão de feixes de restingas resultantes do
erosão dos solos ainda variando de baixa a alta, sendo mais
empilhamento de cristas de cordões arenosos
baixa conforme se aproxima da linha de costa e mais alta na
litorâneos de origem marinha e fluvial. Essas unidades
medida em que se afasta. Apesar do relevo da área de
ocorrem a sul e a norte da desembocadura do rio
estudo não ser favorável à ocorrência de movimentos de
Paraíba do Sul.
massa, a perda de solo se faz presente através da erosão
Baixada Campista: é representada pelos sistemas de eólica (ventos) e fluvial (rios).
relevo denominados Planícies Colúvio-Alúvio-
A quantidade de material que pode carrear depende da
Marinhas e Planícies Flúvio-Lagunares. É caracterizada
intensidade do vento, do tamanho das partículas e dos
por sedimentação de interface entre ambientes
materiais superficiais da área sobre a qual ele sopra. No
continentais e marinhos e/ou transicionais. A Baixada
município de São João da Barra os ventos mais frequentes
Campista é uma baixada flúvio-lagunar isoladado do
são os moderados e fortes, o que potencializa a erosão de
oceano pelas planícies costeiras, que juntas compõem
fato nesta área, tem-se a presença de dunas migratórias que
a planície deltaica do rio Paraíba do Sul.
ocasiona problemas de soterramento e assoreamento das
Solos zonas litorâneas de São João da Barra. A migração das
pequenas dunas é agravada ainda mais devido à intensa
Os solos encontrados na AID do Distrito Industrial são
erosão que ocorre em Atafona e a deposição dos
formados por cordões arenosos, sendo que o lençol de
sedimentos na praia de Grussaí. A velocidade da erosão de
água superficial (chamado de ‘livre’) é bastante raso - entre
Atafona e deposição de sedimentos em Grussaí, variam de
1,5 e 2,5 metros.
acordo com o período do ano, sendo mais intensa entre
Os resultados das amostras de solo coletadas na área do novembro e março.
DISJB mostram que ele é composto predominantemente
Hidrografia, Hidrologia,
Qualidade das Águas
Superficiais e Subterrâneas
Hidrografia (água superficial) – a Situação Atual e as água doce e salobra (salinidade superior a 0,5 e inferior a
Melhorias Projetadas 30) como resultado da influência do mar.
Com a extinção do DNOS em 1989, a manutenção dos Canais do Sistema Macaé-Campos - Os canais
canais na Baixada Campista foi abandonada e as enchentes Cacomanga e de Tócos apresentaram águas de péssima
passarem a ser mais frequentes, gerando uma série de qualidade, contaminação fecal e com grande quantidade de
transtornos à população. Também foram potencializados lixo. É imprópria a balneabilidade nesses corpos hídricos.
conflitos pelo uso da água dos canais. A rede de canais da Canais São Bento I, São Bento II, Cambaíba e
Baixada Campista é frágil e complexa, pois apesar das Coqueiro - Os resultados indicaram baixos teores de
grandes extensões dos canais primários (em média 50 km). oxigênio dissolvido. Os canais São Bento I e II apresentaram
Para reduzir estes efeitos, o Governo do Estado, com apoio águas de baixa qualidade, com grande quantidade de lixo.
de recursos federais, está implementando o “PAC da Já nos canais Cambaia e Coqueiro as águas são de péssima
Baixada Campista” já citado neste RIMA. qualidade. Nos quatro canais a balneabilidade é imprópria.
Qualidade da Água Superficial Canais Degredo, Doce, Quitingute - O rio Doce/canal
A qualidade da água dos canais e lagoas da área de estudo do Quitingute se encontra na maior parte assoreado. No
foram avaliados em relação à Resolução CONAMA canal do Quitingute foi detectada a presença de óleos e
357/2004 graxas e também teor elevado de arsênio, o que pode estar
relacionado ao uso de pesticidas na região. Os canais
As águas dos canais apresentaram, de maneira geral,
Degredo, Doce e Quitingute apresentaram águas em geral
condições de água doce (contendo salinidade menor que
boas, embora com concentrações de arsênio acima dos
0,5), enquanto as lagoas oscilaram entre condições de
limites. A balneabilidade é própria, mas com restrições.
Lagoa de Grussaí
38 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Físico
Lagoa do Taí - Foram detectados níveis elevados de em geral boas, embora com concentrações de boro acima
manganês e zinco e de óleos e graxas. Suas águas são em dos limites de orientação. A balneabilidade é própria, mas
geral boas e a balneabilidade é própria, mas com com restrições.
restrições. Lagoa do Veiga - Foram detectados valores de não
Lagoa de Grussaí - É a lagoa com a qualidade da água conformidade para manganês e alumínio e ferro dissolvido.
em pior situação. Concentrações de óleos e graxas foram Também foi detectado um valor bastante elevado de
detectadas acima das concentrações recomendadas. Sua arsênio. Suas águas são de péssima qualidade,
balneabilidade é imprópria. apresentando contaminação fecal e grande quantidade de
Lagoa de Iquipari - Foram observados teores de não lixo. Por isso a balneabilidade é imprópria.
Lagoa do Açú
conformidade para alumínio, boro, cobre e ferro. Próxima a
foz, a lagoa apresenta eventual não conformidade de
coliformes termotolerantes devido à atividade turística. Sua
balneabilidade é própria, mas com restrições.
Lagoa Salgada - Foram observados teores de não
conformidade para boro, e cobre e ferro dissolvido, e
valores detectáveis de arsênio, antimônio e lítio. Suas
águas em geral são boas e a balneabilidade é própria, mas
com restrições.
Lagoa do Açu - A remoção da vegetação de restinga para
ampliar o espaço urbano da Vila de Barra do Açu tem
aumentado o depósito de sedimentos no interior da lagoa,
produzindo o assoreamento de seu leito. As suas águas são
Lagoa do Tai
Qualidade do Ar
40 Ecologus Agrar
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Meio Biótico
Vegetação
A Vegetação Original gaiolinha e com o crescimento espontâneo de jamelão,
No século XVI, a baixada dos Goytacazes era coberta por micume, capororoca, jenipapo e calombo.
matas, grandes extensões de campos periodicamente Nas bordas e em alguns braços de rio ou lagoas
inundados, lagoas e extensa vegetação de restinga. A transformadas em brejo, a presença da taboa é marcante, já
região de serras, colinas e tabuleiros era quase que que as suas “fitas” são usadas para fins artesanais. As
integralmente revestida por florestas. margens do canal do Quitingute são ocupadas em grande
Cobertura Vegetal e Uso Atual da Terra na Área de parte por gramíneas e algumas palustres. Exceção a esta
Influência Indireta – AII paisagem é um pequeno remanescente localizado ao fundo
da localidade de Mato Escuro, onde há a presença marcante
A vegetação da baixada dos Goytacazes, é hoje uma das
de Quixabeiras, o Ingá mirim, Figueira de pelo e algumas
mais descaracterizadas do Estado do Rio de Janeiro,
lianas.
devido ao histórico de ocupação por atividades
agropastoris e outras interferências causadas pelo homem. Embora a agropecuária seja prática constante em toda a
A paisagem atual é marcada por espaços agrícolas, região da restinga de São João da Barra desde o período
pastagens, áreas urbanas, remanescentes dos Colonial Brasileiro, remanescentes da cobertura vegetal
ecossistemas de restinga, brejos, canais artificiais e praias. original e outros habitats importantes podem ser
encontrados. Estima-se que ainda existam cerca de 30% da
Os terrenos arenosos têm pouca aptidão agrícola, devido às
restinga original, em diferentes estgios de conservação. Por
características físicas dos solos. Mesmo assim, notam-se
exemplo, dentre os remanescentes de restinga
pastos e lavoura tradicional de reduzida produtividade. Já
caracterizados no EIA, a Fazenda Caruara localizada entre as
nas áreas de terreno mais baixo, úmido e com depósito de
Lagoas de Grussaí e Iquipari apresenta o melhor
matéria orgânica, costuma-se cultivar olerículas,
remanescente de restinga da região, com diferentes
capineiras e frutíferas .
compartimentos fisionômicos da restinga, brejos sazonais
Ao longo da estrada RJ-240 são produzidos quiabo, e duas lagoas (Iquipari e Grussaí) formadas por antigos
maxixe, aipim, abóbora, pimentão, batata, berinjela, braços de rio. Outras áreas podem ser citadas como a área
beterraba, milho, abacaxi, goiaba, coco e outros. no entorno do Porto do Açu, junto à margem da Lagoa
Nas divisas de propriedades e em meio ao pasto é comum a Salgada, canal e margens do Quitingute, incluindo a lagoa
formação de cercas vivas com o plantio do aveloz ou do Tai, dentre outras.
42 Ecologus Agrar
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Meio Biótico
Na área do DISJB os remanescentes da cobertura vegetal o solo é coberto por uma densa camada de gramíneas e
original de restinga estão concentrados no trecho ao longo ciperáceas como o tiriricão e de pequenos arbustos como a
da estrada do Cajueiro, normalmente isolado em meio a flor roxa e o papagaio.
campos de pasto. É uma área com aproximadamente
Análise Conservacionista
1.100ha (15% da área total do DISJB), em diferentes
estágios de conservação, onde se encontra: Uso Local da Flora
Tipo Herbáceo: O componente herbáceo inundável é Na atualidade a planta mais utilizada é a taboa, seguido das
bastante comum nesta restinga. São frequentemente frutas nativas tais como pitanga, guabiroba, araçá,
usados como pasto. São espécies comuns neste bacopari.
compartimento capins ou grama como o tiriricão. A Plantas Invasoras
presença de espécies exóticas de gramíneas é marcante,
Casuarina – pode ser encontrada, cultivada ou
como o capim estrela.
espontaneamente, junto às praias, podendo ser vista em
Tipo Arbustivo Aberto não Inundável: São moitas áreas de dunas, cordões arenosos e até em bordas de
constituídas de arbustos, arvoretas e árvores entre 1,5m à brejos, lagoas e rios.
8m. Seus frutos são muito apreciados pela avifauna. Neste
Flor de seda – pode ser encontrada nos domínios da
aspecto o micume tem papel destacado.
Formação Reptante.
Tipo Arbustivo Aberto Inundável: Apresenta uma
Espécies Ameaçadas de Extinção:
transição entre o tipo arbustivo aberto não inundável e o
herbáceo inundável. São características as moitas de Jacquinia brasiliensis Mez, Theophrastaceae - ocorre
diferentes dimensões e formas. No espaço entre as moitas, na restinga aberta não inundável.
Fauna Terrestre
Panorama dos Habitats da AII aos ambientes da restinga. Na região, as espécies mais
comuns foram: lagarto-das-pedras ou calango, lagarto-liso
Em áreas bem estudadas, é possível determinar as espécies
e o lagarto verde, entre outros. Do grupo das serpentes,já
da fauna de provável ocorrência através da análise dos
foram descritas espécies como a boipeva, a corre-campo e
habitats, observando-se o tipo de vegetação remanescente,
falsa-coral.
o clima e a topografia e a altitude.
Dentre os mamíferos registrados na área de restinga os mais
A área do Distrito Industrial é formada por manchas de
comuns foram o rato-do-mato e o ouriço-caxeiro.
vegetação de restinga, entremeada por pastagens e plantios
de canaviais, maxixe, abacaxi, entre outros. Para a avifauna é comum a ocorrência das espécies: anu-
preto, sabiá-do-campo, além de urubu, quero-quero,
As transformações na paisagem no decorrer de mais de
garça-vaqueira, asa-branca, ananaí, bem-te-vi e tico-tico-
quatro séculos contribuiu para reduzir o contingente
do-campo-verdadeiro.
populacional da fauna silvestre na região.
Papa Vento - Polychrus marmoratus
44 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Biótico
46 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Biótico
Scianidae (corvina).
48 Ecologus Agrar
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Meio Biótico
Colônia de Pescadores
Grandes Pelágicos
Para o litoral norte do Rio de Janeiro são encontradas as Destacam-se o peroá, a corvina, a pescadinha, o dourado, o
seguintes espécies de grandes pelágicos: dourado, pargo-rosa e os cações como as principais categorias de
espada-preto, agulhão-branco, peixe-lua, dentre outros. peixes comercialmente explorados na região. No trecho de
Há apenas uma espécie de grande pelágico, a albacora-laje costa entre Farol de São Tomé e a foz do rio Itabapoana, é
(Thunnus albacares), classificada como espécie com notável a abundância de espécies de camarão,
“baixo risco/quase ameaçada”. principalmente, o camarão-rosa e o camarão-sete-barbas,
o mais comum na área de estudo.
Peixes Cartilaginosos
Na área de inserção do empreendimento, ocorrem as
seguintes espécies de elasmobrânquios: raia-viola, cação,
tubarão-azul, tubarão-martelo, entre outros.
Recursos Pesqueiros
Os recursos pesqueiros podem ser explorados, tanto de
forma artesanal pelas populações ribeirinhas, como de Tartaruga Cabeçuda - Caretta caretta
forma profissional, utilizando barcos e equipamentos
especializados.
Tartarugas
A área de estudo do empreendimento inclui diversos pontos
Na costa brasileira, a tartaruga-cabeçuda ou amarela
de desembarque de relevância regional, como São João da
(Caretta caretta) é a espécie predominante. Sua desova está
Barra, São Francisco de Itabapoana e Campos dos
compreendida principalmente na região costeira dos
Goytacazes na região Norte Fluminense.
Estados do Rio de Janeiro até Alagoas.
Boto-cinza - Sotalia guianensis
Conservação de Quelônios Marinhos na Região
Há uma base do Projeto TAMAR próxima ao
empreendimento, no Farol de São Tomé (Campos dos
Goytacazes/RJ), que é ativa apenas durante a temporada
reprodutiva. Esta base monitora atualmente 100 km de praia
e protege cerca de 900 desovas por ano.
Cetáceos
As principais espécies ocorrentes na região do
empreendimento são: o golfinho-nariz-de-garrafa, o boto-
cinza e o golfinho-de-dentes-rugosos.
Contexto Regional
A Região Norte Fluminense experimenta uma fase de extrarregionais.
mudanças em seu dinamismo econômico que está A análise das dinâmicas socioeconômicas da AID (Área de
redefinindo seu papel no Estado do Rio de Janeiro, em Influência Direta) permite identificar cinco subespaços
virtude das atividades de exploração e produção de semelhantes sob o ponto de vista das relações
petróleo na Bacia de Campos. estabelecidas entre os recursos naturais e as atividades
Os primeiros efeitos da instalação dos empreendimentos humanas, configurando cada um deles uma paisagem
que irão compor o Complexo Logístico e Industrial do Açu geográfica distinta.
já se fazem sentir no município em que será instalado - São Na imagem da página seguinte, podem ser visualizados os
João da Barra - e nos vizinhos Campos dos Goytacazes e limites destes subespaços, bem como a distribuição sobre
São Francisco de Itabapoana. eles das localidades da AID e do sistema viário que as
A implantação de um novo pólo de desenvolvimento interliga. Verifica-se também, nesta figura, a sobreposição
econômico atrai a atenção de diversos setores de uma zona das área do Distrito Industrial ao território da AID, podendo-
historicamente marcada por ciclos econômicos de declínio se observar que, em termos territoriais, o “Núcleo Agrícola”
(com a consequente diminuição das oportunidades de é a zona mais impactada pelo empreendimento.
trabalho) e pela evasão dos seus habitantes, especialmente
os das áreas rurais, em direção a centros urbanos
50 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Socioeconômico
Núcleo Agrícola
É justamente nessa zona da AID que está prevista a
implantação do DISJB. De acordo com o Plano Diretor
Municipal de São João da Barra, uma grande zona do 5°
Distrito daquele município – que forma expressiva parte
deste subespaço – foi destinada ao uso industrial, uma vez
que já se previa a instalação de uma área portuária e
empreendimentos industriais na propriedade
tradicionalmente denominada “Fazenda Saco Dantas”.
De acordo com o censo demográfico de 2000, o 5° Distrito
Campo de Areia
de São João da Barra - que constitui parte expressiva do
território do “Núcleo agrícola da AID” - possuía uma
população total de 5.777 pessoas, dentre as quais 4.664
residentes em áreas rurais e 1.113 em áreas urbanas. Isso
representaria cerca de 80% de população assentada no
meio rural. De fato, as transformações em curso na região
ainda não resultaram na mudança desse padrão. Ainda se
observa uma paisagem bastante rural nessas áreas onde
estão as seguintes localidades:
Amparo Pipeiras
Mato Escuro
Bajuru Sabonete
as localidades não contam com rede de abastecimento
Barra do Jacaré Vila Abreu público. A qualidade da água disponível, que vem
Campo da Praia Azeitona principalmente de poços caseiros, é definida pela
Capela São Pedro população como ruim, apresentando cor amarelada e
Campo de Areia
cheiro desagradável.
Cazumbá Córrego Fundo
O esgotamento sanitário é feito por meio da descarga do
Mato Escuro Quixaba
efluente em fossas. Esta zona segue a tendência nacional
no quesito do saneamento ambiental, isto é, suas
Segundo dados do último Censo Agropecuário (2006), o 5°
debilidades estão mais concentradas na coleta e tratamento
Distrito de São João da Barra é formado por 1.480
de resíduos líquidos, enquanto já se encontra um pouco
propriedades rurais de até 30 ha e 165 de tamanho maior.
mais estruturada na questão da coleta de lixo.
Isso indica um padrão de ampla distribuição, com cerca de
80 % de propriedades médias e pequenas. As grandes Alguns serviços públicos são disponíveis em apenas
propriedades são destinadas proncipalmente à pecuária, algumas localidades, como agência dos correios e posto
enquanto nas pequenas e médias o cultivo é mais de saúde. Alguns carecem de iluminação pública e oferta
diversificado (abacaxi, quiabo, maxixe, aipim). Também de telefones públicos, o que é agravado pelo fato de que há
são relevantes as atividades extrativistas de aroeira, taboa e poucos telefones fixos e que a área é precariamente
a pesca em lagoas. coberta por sinal de telefonia celular. O transporte coletivo,
com itinerários e frequência insuficientes, também é uma
O serviço de abastecimento de água consiste em um dos
carência importante desta região.
principais problemas estruturais do Núcleo Agrícola, pois
52 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Socioeconômico
Pescadores
Faixa Costeira
Marcada pela posição geográfica junto ao mar e pela A pesca continental é por sua vez divida entre pesca de
expressiva presença de sistemas lagunares e/ou alagadiços subsistência e artesanal. Esta pesca ocorre principalmente
litorâneos, a faixa costeira tem localidades cuja formação e nas lagoas de Grussaí, Iquipari, Açu, Salgado e Taí e é
consolidação foram predominantemente determinadas realizada com o auxílio de pequenas embarcações
pela atividade pesqueira. Ainda hoje, a pesca ocupa utilizando tarrafa e rede de espera.
posição importante na base econômica e social desta
Posteriormente, recebendo conexões viárias com centros
região, gerando numerosos empregos e uma atividade
mais populosos (principalmente a cidade de Campos), este
comercial intensa nos locais de desembarque junto ao mar,
litoral atraiu um desenvolvimento imobiliário intenso e
além de atividades de subsistência relevantes em corpos
voltado para a expansão de bairros de “casas de praia” –
hídricos interiores que compõem o ecossistema costeiro.
ocupados predominantemente por habitações de famílias
A pesca marinha se desenvolve sob os tipos artesanal e de média e baixa renda. Esta fase “veranista” do
industrial, explorando mais de uma centena de espécies. As desenvolvimento da zona hoje se sobrepõe, na paisagem
principais espécies capturadas são o camarão sete-barbas, urbana, ao pacato passado de “vilas de pescadores” das
pargo, cações, dourado e anchova e as principais técnicas localidades costeiras, trazendo novas oportunidades e
empregadas são o arrasto duplo, a rede de deriva “caída”, a conflitos em um quadro no qual sobressai a intensa
rede de espera de fundo “mijuada”, o espinhel, a vara com variação sazonal da população presente, sendo o verão
isca viva e a linha de fundo. marcado por uma população flutuante que ocupa as
numerosas casas de veraneio existentes.
Atafona
54 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Socioeconômico
Zona da Sede Municipal de São João da PSF (Programa de Saúde da Família). Em Cajueiro há
também uma UBS.
Barra
Esta região tem ainda situação favorável, no contexto da
A capital sanjoanense foi fundada no início do século XVII e
AID, em termos de suprimento hídrico, já que apenas a
experimentou um apogeu em meados do século XIX, em
localidade de Caetá não conta com água encanada de boa
grande parte motivado por sua posição de sítio portuário e
qualidade em nenhum de seus domicílios. Cajueiro e
entreposto comercial na navegação que ligava o baixo
Degredo são quase inteiramente atendidos por redes de
Paraíba do Sul aos demais portos da costa brasileira. Hoje,
abastecimento de água, assim como a sede municipal. A
em seu perímetro e adjacências estão concentrados a
coleta e disposição de esgotos segue o padrão de virtual
administração pública e as principais unidades dos
ausência observado na AID, estando presente apenas em
serviços públicos (educação e saúde), comércio e serviços
um restrita área da sede municipal.
privados do município.
O comércio e os serviços são as principais atividades
Além da sede municipal, segunda maior localidade da AID
econômicas desta área, e também as maiores geradoras de
(menor apenas do que Campos dos Goytacazes),
empregos.
pertencem a este subespaço as localidades de Cajueiro,
Degredo e Caetá, todas próximas ao traçado da BR-356 -
principal via de acesso ao distrito-sede. Apesar de
apresentarem traços em parte rurais, estas outras
localidades são fortemente articuladas à capital municipal,
da qual depende a principal parte de suas dinâmicas
socioeconômicas. A zona da sede municipal de São João
da Barra possui 10.720 habitantes.
Concentrando a maior parte dos serviços públicos do
município, esta região tem na sede municipal atendimento
em todos os ciclos do ensino até o nível médio. Na saúde a
situação não é diferente, estando concentrados nesta zona
os principais recursos hospitalares do município:
Policlínica de São João da Barra, Santa Casa de Estação das Artes em São João da Barra
Misericórdia, Posto de Urgência e uma Unidade Móvel de
Saúde (UTI resgate). Além disto, a sede municipal conta
com uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e um núcleo do
Cambaiba
Canavial
56 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Meio Socioeconômico
Na metade norte deste subespaço, onde se encontra a formada, em sua quase totalidade, por pastagens e
maioria das localidades, três pólos centralizam os serviços pequenas áreas de agricultura familiar, abrangendo três
de educação, oferecendo todos os níveis do ensino pré- localidades: Campo da Praia, Saco Dantas e Água Preta.
universitário e sendo referência para os demais núcleos: Na imagem da página seguinte pode ser observada a
Barcelos, São Sebastião e Saturnino Braga. Nesta região, posição do perímetro do DI em relação às comunidades de
apenas as pequenas localidades de Espinho e Baltazar não seu interior e arredores, bem como ao sistema viário
contam com estabelecimentos do primeiro ciclo do ensino existente. São destacadas nesta imagem as concentrações
fundamental. Campo Novo, Venda Nova e Poço Gordo têm maiores e menores dos aglomerados rurais que constituem
escolas que atendem alunos até a 9ª série e são referências estas localidades, porém existem também ocupações
intermediárias para suas vizinhanças imediatas. Na metade isoladas ou em agrupamentos muito pequenos fora destas
sul, que tem povoamento mais disperso, Baixa Grande é a zonas.
localidade com maior centralidade no ensino, oferecendo
todas as séries até o ensino médio e sendo referência para Já foi feito pela LLX na área um cadastramento fundiário e
as demais localidades em torno. socioeconômico pela LLX que identificou um total de 581
famílias ocupantes na área do distrito, entre proprietários de
Esta região conta com abastecimento de água por rede lotes urbanos, possuidores de lotes rurais, moradores
pública nas localidades de Barcelos, São Sebastião, Poço inquilinos ou ocupantes de casas cedidas. A estrutura
Gordo, Saturnino Braga, Baixa Grande e Santo Amaro, fundiária do perímetro do futuro DISJB é composta por 389
Cambaíba e Olhos d'Água (parcial). Em localidades como imóveis rurais, ocupando 6.876 hectares, o que significa
Baixa Grande e Poço Gordo, a rede pública não atende todos uma área média de 17,7 hectares por imóvel. Apesar da
os domicílios, muitos dos quais são obrigados a recorrer a baixa área média, a posse da terra na zona do DISJB é
poços caseiros. De modo geral, o serviço de abastecimento relativamente concentrada.
de água parece não atender adequadamente às
necessidades da população e não há redes de esgoto. Organização Social
O apreço à tranquilidade da vida, sem as pressões e o Na área de estudo é possível notar a atuação de
distanciamento interpessoal do ambiente urbano- organizações sociais que se dedicam ao enfrentamento de
metropolitano é um valor manifestado na maioria dos uma grande diversidade de questões socioambientais, tais
contatos locais mantidos, neste sub-espaço. como: trabalho e renda, pobreza, ausência de infraestrutura
urbana e de serviços públicos, meio ambiente, educação e
Ocupação Atual da ADA cultura, esporte e lazer.
Como se sabe, o terreno do futuro Distrito Industrial é
caracterizado de maneira geral por uma vasta área plana
58 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Espaços Territoriais Protegidos e
Patrimônio Histórico-arqueológico
Áreas Protegidas
Reserva da Biosfera - Sua área abrange as florestas da destaca-se o manguezal da foz do rio Paraíba do Sul.
mata atlântica em 13 estados litorâneos. O ecossistema- Margens de Lagoas - As margens das lagoas do Tai,
tipo é caracterizado pela floresta úmida tropical, com Grussai, Iquipari, Salgada, Veiga e Açu constituem Áreas de
componentes costeiras marinhas. A área deste estudo está Preservação Permanentes.
inserida no perímetro da Reserva da Biosfera nos
Faixas Marginais de Proteção (FMP) - regulamentadas
municípios de São João da Barra e Campos dos
pelas Portarias da Superintendência Estadual de Rios e
Goytacazes.
Lagoas (SERLA) 261/97 e 324/03; se destina a proteger o
Área Natural Tombada da Foz do Rio Paraíba do Sul - corpo hídrico.
Situada na divisa dos municípios de São Francisco de
A demarcação das FMP margeando os corpos d'água é
Itabapoana e São João da Barra, com aproximadamente
atribuição do INEA. Nesse sentido a LLX, mediante ato
64ha, compreende a foz do rio Paraíba do Sul, incluindo
administrativo do INEA, demarcou as FMPs das lagoas de
todo o manguezal, bem como a Ilha da Convivência e as
Grussaí e de Iquipari. Nestas áreas de FMP demarcada não
outras ilhas vizinhas
será realizada qualquer tipo de construção, e será
Áreas de Preservação Permanente (APP) - recuperada a vegetação, caso necessário.
estabelecidas por regulamentos específicos como o
Áreas de Desova de Tartaruga - Sendo a praia de Iquipari
Código Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 4.771/65), e as
e outras, criadouros naturais de tartaruga, as mesmas
Resoluções CONAMA 302/02 e 303/02. Neste estudo as
encontram-se protegidas pelo próprio efeito da Lei Federal
APPs referem-se às formações de restinga, aos
nº 5.197/1967, que dispõe sobre a proteção à fauna. O
manguezais, às lagoas naturais e aos locais de reprodução
grupo EBX vem realizando monitoramento de tartarugas na
da fauna silvestre.
região há vários anos, criando um importante banco de
Formações de Restingas- abrangendo a faixa mínima de dados.
300 metros, medidos a partir da linha de preamar máxima e
Reserva Legal - é a porção de floresta a ser mantida ou
também quando recoberta por vegetação com função
recomposta, em cada propriedade rural,
fixadora de dunas.
independentemente da conservação das florestas e demais
Manguezal - Na região próxima ao empreendimento, formas de preservação permanente. Este espaço territorial
protegido foi criado em 1989 pela Lei 7.803.
60 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Espaços Territoriais Protegidos e
Patrimônio Histórico-arqueológico
Na AID do Distrito Industrial está situada a lagoa Salgada O Solar do Barão de Barcelos, localizado em Barcelos,
que abriga as raras ocorrências de estromatólitos, que são construído em meados do século XIX, o Cais do Imperador,
um dos vestígios de vida mais antigos na Terra, construídas local onde desembarcou D. Pedro II e sua comitiva em 1847
por ação de bactérias em mares rasos e quentes. Desta e 1883, e o Prédio do Fórum Municipal, localizado no
forma constitui um sítio com natural vocação para a centro do município, são importantes prédios que
preservação e para pesquisa científica. testemunham o desenvolvimento de São João da Barra
durante o século XIX, na condição de escoadouro natural da
Pela grande importância destas ocorrências, a região da
produção açucareira regional.
lagoa Salgada em breve deverá ser incluída pelo DRM/RJ
Igreja em São João da Barra
no Projeto de Caminhos Geológicos, que visa divulgar
elementos da geologia do Rio de Janeiro dignos de
preservação e de interesse para a pesquisa e estudos
científicos.
Patrimônio Arquitetônico
O Norte Fluminense é uma das regiões de ocupação mais
antiga do país, com um acervo de bens e locais históricos
que vêm desde os primórdios da colonização, enriquecidos
com o período áureo da exploração canavieira.
Possui uma formação histórica rica e cheia dos mais
diversos acontecimentos tais como o movimento do
abolicionismo, as visitas do imperador D. Pedro II, a luta
republicana e a descoberta de petróleo na bacia campista.
A grandeza da agricultura canavieira encontra-se
materializada na paisagem do município através dos
casarões e sedes destas fazendas.
O aparecimento da ferrovia, em 1837, transformou o
município em centro ferroviário da região.
São João da Barra apresenta importantes construções
históricas, na qual se destaca a arquitetura religiosa.
62 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Análise Ambiental Integrada
O Ambiente Marinho
A importância do ambiente marinho para a presente análise lamosos próximos à linha de costa, que se entendem até a
está associada à área de empréstimo marítimo para região de Farol de São Tomé. Já na seção marinha, mais
constituição de aterro hidráulico e ao entorno do emissário distante da costa, é comum a presença de areias.
submarino. A fauna marinha está intimamente relacionada com a
Um fator importante na conformação do padrão de presença de águas de diferentes origens (salgada e doce –
sedimentação do fundo marinho é determinado pelos continental) e tipo de fundo.
aportes continentais, especialmente os do rio Paraíba do Também ocorrem cetáceos e quelônios, que utilizam a região
Sul. Os sedimentos fluviais lançados na costa, como parte de suas rotas migratórias. Igualmente com
especialmente em períodos de grande vazão deste rio características migratórias observam-se cardumes de peixes
depositam-se ao longo de extensas áreas formando fundos migratórios e de grande importância para a pesca local.
64 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
Descrição dos Impactos
Sobre o Meio Físico
}Alteração da Qualidade do Ar
As emissões atmosféricas mais significativas acontecerão PAC, especificamente no componente Conservação da
durante a fase de implantação do DISJB e serão formadas Qualidade do Ar.
por material particulado e gases dos motores, Para garantia da eficiência das medidas propostas, também
movimentação de máquinas, veículos e equipamentos para será realizado o monitoramento das áreas vizinhas aos
preparação do terreno, terraplenagem, aterros, além do canteiros ou junto às rotas de transporte (Programa de
transporte de equipamentos. Monitoramento Meteorológico e de Qualidade do Ar).
A emissão de partículas se dará, basicamente, através do }Alteração dos Níveis de Ruídos
arraste pelo vento de materiais depositados sobre
Os critérios legais sobre os níveis de ruído são dados pela
superfícies expostas, e pelo trânsito de veículos. Já os
Resolução CONAMA nº 001/90, que estabelece que "são
gases serão emitidos pelos veículos e equipamentos
prejudiciais à saúde e ao sossego público, os ruídos com
acionados por motores de combustão interna.
níveis superiores aos considerados aceitáveis pela Norma
As ações a serem tomadas para diminuir esse impacto na NBR 10.151, da Associação Brasileira das Normas
fase de implantação são principalmente preventivas, Técnicas - ABNT", conforme o quadro a seguir.
conforme descritas no Plano Ambiental de Construção -
Barra do Açu
66 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
A fase de implantação do empreendimento demandará uma De qualquer maneira, esses efeitos tendem a ocorrer nas
série de atividades que modificarão as condições atuais do imediações das áreas expostas, sendo facilmente evitados
com medidas de controle durante as obras.
68 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
Estação de Tratamento
70 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
extremamente lenta, o que possibilitaria tomar medidas de Para mitigar este impacto são previstos alguns dispositivos
contenção e remediação bastante eficientes, caso e procedimentos operacionais, como:
ocorresse algum vazamento acidental. Isto indica mais uma Operações envolvendo manuseio de produtos
vez a relevância de um sistema de detecção ágil através de q u í m i c o s s e r ã o re a l i z a d a s e m á re a s
monitoramento ambiental. impermeabilizadas e dotadas de bacia de
No que diz respeito ao aquífero confinado (fundo) não se contenção;
espera risco de contaminação já que este se encontra Locais sujeitos a presença de resíduos oleosos
separado no lençol de água superficlal através de uma serão dotados de separadores de água e óleo
expessa camada de argila impermeável. Mesmo assim, o (SAOs) de forma e impedir que fluxos
monitoramento incluirá sua avaliação sempre que contaminados se dispersem sobre o terreno ou
necessário. sejam encaminhados para a drenagem pluvial;
Na fase de operação o manuseio de produtos químicos, Sistemas de acompanhamento;
resíduos do tratamento de água (ETA) e do tratamento de
Áreas pavimentadas e/ou cobertas, para
esgotos (ETE), assim como a geração de efluentes líquidos
armazenamento temporário com procedimentos de
da lavagem de filtros da ETA são aspectos que podem
gestão e controle de acordo com as normas
ocasionar impactos de poluição acidental do solo e das
específicas para a atividade.
águas subterrâneas. Além disso, as atividades de coleta e
transporte dos resíduos das unidades de tratamento são Além destas medidas de prevenção de impactos, também
também aspectos com potencial de contaminação deverão ser seguidas as diretrizes ambientais do Plano
acidental. Ambiental de Gestão além da execução do Programa de
Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero.
}Descarga de Água Salina do Aterro Hidráulico este, por si só, um fator que minimiza o eventual impacto
Para a constituição do aterro será necessário o aporte de descrito.
grande volume de material, estimado em aproximadamente }Alteração na Hidrodinâmica do Aquífero Superficial
44 milhões de metros cúbicos. Uma das intervenções previstas na instalação do DISJB é a
Uma opção viável, sob o ponto de vista ambiental e de construção do trecho final do canal Campos-Açu. Por se
engenharia, é o uso de material a ser escavado para a constituir em uma nova linha de drenagem, escavada em
implantação do canal da Unidade de Construção Naval área de lençol freático elevado, com sua cota de fundo
(UCN). Outra possível fonte para aterro mecânico é o abaixo do nível deste lençol, sua presença deverá
material a ser escavado para a construção do canal Campos- estabelecer uma nova tendência no fluxo de escoamento do
Açu. aquífero livre nas áreas vizinhas.
Mesmo sob esta perspectiva, é possível que este aterro seja Para simular o comportamento da hidrodinâmica do
complementado por dragagem marítima. Esta alternativa de aquífero livre com a construção do canal, este foi
aterro hidráulico implicaria no lançamento sobre o terreno, introduzido em um modelo numérico de fluxo subterrâneo
de areia com considerável quantidade de água do mar. (simulação de computador). Pelos resultados dessas
Apesar dos dispositivos previstos no projeto para retorno simulações é possível identificar que a abertura do canal
hidráulico da água para o mar logo após o lançamento do induzirá uma inversão no sentido de escoamento do
aterro, poderá haver infiltração de água salina no lençol de aquífero na porção situada entre o canal e a lagoa Salgada.
água superficial, o que poderia provocar uma alteração Para que tal tendência seja controlada, o projeto prevê a
temporária na salinidade, assim como na qualidade de água construção de uma estrutura de controle de níveis, no ponto
dos corpos hídricos. Estes impactos serão monitorados de deságue deste na bacia da unidade de construção naval,
durante a obra conforme diretrizes proposta no Programa de que comunica-se com o mar.
Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero. Portanto, com a adoção deste mecanismo, não é esperado
Ressalta-se que o lençol de água e os corpos hídricos, como que a construção do trecho final canal Campos Açu
as lagoas de Iquipari, Grussaí e Açu, apresentam variação de provoque impactos relevantes de rebaixamento no nível do
salinidade para condições de água doce e salobra, sendo aquífero livre.
Resultado do Modelo Mostrando o Padrão de Fluxo Sem e Com Influência do Canal Campos Açu
72 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
Para o acompanhamento das condições hidrodinâmicas do O controle dos procedimentos operacionais das atividades
aquífero livre e principalmente do nível de água da lagoa de dragagem, será realizado através das diretrizes do
Salgada, deverá ser instalado sistema de medição de nível Programa de Controle das Atividades de Dragagem.
nesta lagoa e rede piezométrica na área sujeita a inversão do
}Alteração da Qualidade de Água do Mar
sentido de fluxo, conforme orientações do Programa de
Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos e Aquífero. Para a operação do DISJB o sistema de tratamento previsto
para efluentes industriais e esgotos domésticos
}Aumento da Turbidez na Coluna d'Água compreende a disposição oceânica conjunta, através de
Este impacto refere-se à geração de pluma (mancha) emissário submarino, após tratamento.
decorrente de sedimentos de dragagem em área de
Serão instaladas duas redes receptoras destinadas às
empréstimo marinha (jazida), para o aterro hidráulico.
coletas separadas dos esgotos domésticos para tratamento
Ressalta-se que este impacto é avaliado contando-se com a e dos efluentes industriais a serem gerados nas instalações
possibilidade de utilização de alternativa de dragagem fabris e nos prédios administrativos a serem implantados.
marítima, mas que esta não é a alternativa prioritária no Cada uma destas redes será provida de elevatórias de rede,
projeto. ao longo de toda sua extensão.
De forma geral, este impacto se manifesta na forma de uma Conforme previsto nas diretrizes do Programa de Gestão
mancha de concentração variável de sólidos finos em Operacional do DISJB, os sistemas de gestão de efluentes
suspensão, que se forma durante o processo de dragagem, das futuras indústrias deverão ser dotados de recursos que
numa etapa conhecida como overflow. permitam o controle de sua qualidade antes do lançamento
Ressalta-se que a ressuspensão dos sedimentos durante a na rede coletora do Distrito, de maneira que a entrada na
operação de overflow vem sendo minimizada, pois as referida rede seja precedida de protocolo de verificação de
dragas modernas possuem um controle maior sobre esta conformidade.
operação. Considerando o comportamento hidrodinâmico da área de
Para avaliar este impacto foram analisados os resultados de descarte, não se prevê interferência da zona de diluição de
estudo de modelagem hidrodinâmica, cujos resultados efluentes com a zona de balneabilidade. Para esta
mostram que a dispersão das plumas de sedimentos fica avaliação, foi realizada no EIA, uma modelagem
restrita basicamente à região da área de empréstimo, nas matemática.
diversas situação de ventos. Para verificar e controlar ao longo do tempo o desempenho
Tendo em vista a grande distância da costa (35 km) e a do sistema proposto, deverão ser adotadas medidas de
pequena extensão e duração das plumas considera-se que monitoramento de qualidade da água na zona marítima de
este processo não seja capaz de gerar impactos expressivos influência do ponto de lançamento, conforme diretrizes
na qualidade das águas costeiras. apresentadas no Programa de Monitoramento dos
Draga Ecossistemas Aquáticos e Aquífero.
A garantia das condições operacionais será provida pela
implementação do Programa de Gestão Ambiental
Operacional do DISJB. Este Programa configurará a
operacionalização do Marco Regulatório Ambiental – MRA
sendo sua implementação de responsabilidade do Ente
Gestor do DISJB.
74 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
76 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
Descrição dos Impactos Sobre Já o processo de realocação deverá ser orientado por um
Plano de Deslocamento, previsto no Programa de
o Meio Socioeconômico Deslocamento da População Ocupante das Terras Situadas
na Área do Distrito Industrial, que contém premissas para a
Alteração do Modo de Vida da População Local e das
realização do processo com o menor impacto possível.
Formas de Apropriação e Uso da Terra
Geração de Expectativas Negativas para as
A área do DISJB é atualmente ocupada por pequenas,
Comunidades Locais
médias e grandes propriedades agrícolas, e por
residências. Toda essa área, que compreende No geral, as expectativas geradas por empreendimentos da
aproximadamente 7.036 hectares está sendo objeto de natureza do DISJB são variadas, gerando impressões tanto
desapropriação, seguida de indenização e/ou realocação. positivas quanto negativas.
Segundo os estudos da LLX, na área há atualmente 581 As impressões positivas são associadas às oportunidades
famílias proprietárias ou inquilinas de lotes, os quais são abertas pelo empreendimento, principalmente geração de
utilizados para fins residenciais e/ou produtivos. empregos e aumento da arrecadação tributária, com o
consequente aumento da renda local e regional, com
Resumidamente, o impacto sobre os modos de vida e
melhorias na qualidade de vida da população residente.
economia local encontram-se circunscritos pelo:
Já as expectativas negativas estão relacionadas às
Rompimento de relações de vizinhança e comunitária
desapropriações e relocações, aumento da pressão sobre
existentes;
os serviços públicos e sobre a dinâmica social, e piora das
Desestruturação de relações simbólicas da condições de segurança pública, devido à atração de um
população com o lugar; grande número de pessoas para a região.
Desestabilização da estrutura agrária local pela Com relação à comunidade pesqueira, as principais
mudança dos padrões de apropriação da terra; preocupações estão focadas na possibilidade de perda ou
Interrupção de práticas locais de produção e de de restrição de áreas de pesca, e também no risco de
subsistência. acidentes com embarcações e a consequente perda de
Como medida de mitigação inicial devem ser materiais e instrumental de trabalho.
estabelecidas ações de comunicação social, integradas a Em geral, estas expectativas negativas poderão ser
um Programa de Comunicação Social e Divulgação mitigadas pela implantação de um Programa de
paralelamente ao processo de negociação com os Comunicação Social e Divulgação.
proprietários.
78 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
a evitar a intensificação da imigração de trabalhadores, de ocupação das casas do litoral está mudando de uma
conforme Programa de Mobilização, Capacitação e ocupação predominantemente sazonal, ligada ao veraneio,
Desmobilização da Mão de Obra. para uma ocupação permanente. Ademais, foi observado
Por garantia, deve-se realizar o monitoramento dos índices que houve um aumento significativo do valor de casas,
de segurança pública no âmbito do Programa de terrenos e aluguéis em algumas localidades.
Acompanhamento das Comunidades Vizinhas, de modo a Assim, a população do entorno do empreendimento sujeita
identificar possíveis aumentos nos índices de ao impacto da perda das características de seu ambiente
criminalidade e violência em geral, como subsídio para cotidiano poderá, ao mesmo tempo, beneficiar-se pela
medidas corretivas ainda no início deste processo. valorização econômica de suas terras, estabelecendo
} Interferências no Desenvolvimento Agrícola Local eventualmente um efeito de compensação entre os dois
impactos.
A implantação do DISJB tende a intensificar a urbanização
das áreas em seu entorno, deslocando atividades e usos Por outro lado, pode acontecer um processo de expulsão de
agrícolas da terra. populações de baixa renda das áreas mais valorizadas,
fazendo com que elas se desloquem para locais mais
Durante os levantamentos de campo, moradores da região
distantes e com infraestrutura e serviços piores. Cabe
apontaram como fator de preocupação em relação ao futuro
monitorar este processo, através de ações essas previstas
da agricultura local dois aspectos relacionados à chegada
no Programa de Acompanhamento das Comunidades
do empreendimento: o receio dos efeitos sobre a
Vizinhas.
transformação das áreas agrícolas e a redução do interesse
dos jovens em trabalhar na agricultura. } Dinamização da Economia Local
Contudo, cabe lembrar que a dinamização econômica e o Durante a implantação do DISJB espera-se uma
crescimento da população do município têm como efeito o dinamização da economia dos municípios próximos
aumento da demanda local por alimentos. Este fator pode (principalmente São João da Barra e Campos dos
ser favorável ao desenvolvimento agrícola, se gerenciado Goytacazes), tanto em decorrência da geração de empregos
de maneira a concentrar benefícios na produção local. e renda quanto do aumento da arrecadação municipal e da
Além disto, contribuiria para o aprimoramento técnico e demanda por bens e serviços. Este efeito será
comercial do segmento agrícola,estabelecer convênios potencializado pela inter-relação com os outros
com órgãos especializados – EMATER, Secretaria de empreendimentos em implantação, já licenciados ou em
Agricultura e SEBRAE - para a capacitação dos fase de licenciamento, como o Porto do Açu, seu Pátio
agropecuaristas locais em técnicas de produção, Logístico, a Unidade de Tratamento de Petróleo (UTP), duas
administração e comercialização e, ainda, no usinas termoelétricas, o Estaleiro OSX e a Siderúrgica
aprimoramento e formalização das relações trabalhistas. Ternium.
E, por fim, o estabelecimento do programa de assistência Para potencialização deste impacto prevê-se no contexto do
técnica agrícola, integrado ao Programa de Fortalecimento Programa de Mobilização, Capacitação e Desmobilização
da Agricultura, contribuiria para minimizar esse impacto. da Mão de Obra, o desenvolvimento de cursos de
capacitação de trabalhadores e pequenos empresários.
} Aumento de Preços e Aluguéis de Imóveis
Além disso, serão realizados estudos e ações de
O empreendimento tem potencial para criação de um efeito
ordenamento e qualificação de áreas urbanas, conforme
positivo de valorização imobiliária na região, já que o perfil
especificado no Programa de Inserção Regional.
80 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
82 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Impactos Ambientais
} Melhoria das Condições de Acessibilidade Local e disponível do Paraíba do Sul (identificada em estudos
Regional hidrológicos) e a demanda de todo o empreendimento
3
(correspondente a 10 m /s), a necessidade de suprimento
Com a implantação do DISJB, diferentes vias de acesso
de água para o empreendimento é 35 vezes menor do que a
receberão melhorias em termos de pavimentação e
vazão disponível no rio.
sinalização. Também serão implantados outros acessos
rodoviários que possibilitarão acesso mais facilitado a Ressalta-se que, mesmo prevendo-se um crescimento a
partir da Estrada do Cajueiro (SB-24), passando pelo longo prazo de população urbana da ordem de 700 mil
entono ao Distrito em direção a Barra do Açu e também habitantes para a região, tal crescimento representaria um
interligando a SB-24 com a RJ-240. consumo adicional de água de 2,5 m3/s, perfeitamente
suportável pelas vazões do rio Paraíba do Sul já se
Desta forma, sobretudo para a população de São João da
considerando a captação realizada para o DISJB.
Barra, será proporcionado um ganho em relação à
acessibilidade entre as localidades do interior e entre estas As indústrias que se instalarem no Distrito estarão
e a sede municipal, pois atualmente as vias de acesso se comprometidas com diversas premissas e condições de
encontram em mau estado de conservação. operação, em especial a de garantir um uso eficiente da
água, o que impõe às mesmas a adoção de tecnologias
Como medida potencializadora, está previsto manter as
eficientes para o seu uso racional..
estradas do sistema viário interno do DISJB abertas à
população em condições adequadas de trafegabilidade. O Ente Gestor do DISJB estabelecerá os procedimentos que
permitirão monitorar e avaliar o desempenho ambiental
} Utilização de Recursos Hídricos
com relação ao consumo de água industrial e potável e à
Entre as opções para abastecimento de água para o DISJB, geração de efluentes industriais coletados e tratados nas
que incluíam uso do aquífero subterrâneo (lençol freático), instalações do DISJB, por meio do Programa de Gestão
da água do mar e a água superficial, a mais viável, tanto do Ambiental do DISJB.
ponto de vista econômico quanto ambiental, foi a
A gestão das águas deverá pautar-se nos padrões definidos
alternativa de captação de água do rio Paraíba do Sul.
no Marco Regulatório Ambiental, baseados em ações e
Portanto, considerando-se a vazão de 353,77m3/s práticas de prevenção e controle ambiental.
84 Ecologus Agrar
Engenharia Consultiva
Uma empresa do Grupo EBX
Matriz de impactos Ambientais e
Medidas Para o Meio Físico
MEIO FÍSICO
Avaliação de Impactos MEDIDAS ASSOCIADAS
N° IMPACTOS
Temporalidade
Reversibilidad
Manifestação
Abrangência
FASES
Ocorrência
Relevância
Magnitude
Incidência
Natureza
Duração
IMPACTO AMBIENTAL
DESCRIÇÃO
Programa de Monitoramento
1 Alteração da Qualidade do Ar (N) (T) (D) (R/P) (D) (CP) (R) (L) (R) (M) Meteorológico e de Qualidade do Ar
2 Alteração dos Níveis de Ruído (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (R) (L) (M) (B) Programa de Monitoramento de Ruído
Programa de Supressão Vegetal e
3 Perda de Solo Suérficial (Top Soil) (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (P) (M) (B)
Resgate de Flora
4 Indução de Processos Erosivos (N) (T) (D) (P) (D) (CP) (R) (P) (M) (B) Plano Ambiental de Construção
5 Interferências com Drenagens Naturais (N) (P) (C) (R) (D) (CP) (I) (P) (M) (B) Plano Ambiental de Construção
Plano Ambiental de Construção
Programa de Gerenciamento de
Alteração da Qualidade dos Corpos Resíduos e Efluentes na Implantação
6 (N) (T) (D) (P) (D) (MP) (R) (L) (M) (B)
Implantação
13 Alteração na Qualidade do Aquífero (N) (T) (C) (P) (I) (MP) (R) (L) (R) (M) Livre
Programa de Gestão Ambiental do
DISJB
Programa de Monitoramento dos
Alteração na Hidrodinâmica do Aquífero
14 (N) (P) (C) (R) (D) (MP) (I) (L) (M) (M) Ecossistemas Aquáticos e Aquífero
Superficial
Livre
Programa de Monitoramento dos
Ecossistemas Aquáticos e Aquífero
15 Alteração da Qualidade de Água do Mar (N) (P) (C) (P) (D) (CP) (R) (L) (M) (B) Livre
Programa de Gestão Ambiental do
DISJB
Legenda
Atributos Qualitativos e Probabilidade de
Natureza Duração Manifestação Incidência
Quanti tativos Ocorrência Legenda cores
(P) Positiva (T) Temporária (C)Contínua (R) Real (D) Direto Natureza do Impacto
Classificações
(N) Negativa (P) Permanent e (D) Descont ínua (P) Potencial (I) Indireto (P) Positivo
Atributos Qualitativos e Abrangência (N) Negativo
Temporalidade Reversibili dade Relevância Magnitude
Quanti tativos Territorial
Magnitude
(A) Alta
(I) Irrelevante
(CP) Curto Prazo (P) Pontual (A) Alta
(R ) Reversível (M) Moderada (M) Moderada
Classificações (MP) Médio Prazo (L) Local (M) Moderada
(I) Irreversível (R) Relevante (B) Baixa
(LP) Longo Prazo ® Regional (B) Baixa
(MR) Muit o Relevante
MEIO BIÓTICO
Avaliação de Impactos MEDIDAS ASSOCIADAS
N° IMPACTOS
Temporalidade
Reversibilidade
Manifestação
Abrangência
Ocorrência
FASES
Incidência
Relevância
Magnitude
Natureza
Duração
IMPACT O AMBIENTAL
DESCRIÇÃO
1 Perda de Habitats e Espécimes Vegetais (N) (P) (D) (R) (D) (CP) (I) (L) (R) (M) Plano Ambiental de Construção
Programa de Resgate e Manejo de
Fauna Terrestre
2 Afugentamento da Fauna Terrestre (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (I) (R) (R) (A) Plano Ambiental de Construção
Programa de Reposição Vegetal e
Manejo da Biodivesridade
Programa de Gerenciamento de
3 Alteração da Biota Aquática (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (L) (R) (M) Resíduos e Efluentes na Implantação
Programa de Monitoramento dos
Implantação
8 Alteração da Biota Aquática (N) (T) (D) (P) (D) (CP) (R) (L) (R) (M)
Programa de Monitoramento dos
Ecossistemas Aquáticos e Aquífero Livre
Modificação na Estrutura das Programa de Monitoramento de Fauna
9 (N) (P) (C) (R) (D) (CP) (R) (L) (M) (B)
Comunidades Planctônica Aquática
Modificação na Estrutura das Programa de Monitoramento de Fauna
10 (N) (P) (C) (R) (D) (MP/LP) (I) (L) (M) (M)
Comunidades Bentônica Aquática
Legenda
Atributos Qualitativos e Probabilidade de
Natureza Duração Manifestação Incidência
Quanti tativos Ocorrência
Legenda cores
(P) Positiva (T) Temporária (C)Contínua (R) Real (D) Direto
Classificações
(N) Negativa (P) Permanent e (D) Descont ínua (P) Potencial (I) Indireto
Natureza do Impacto
Atributos Qualitativos e Abrangência (P) Positivo
Temporalidade Reversibili dade Relevância Magnitude
Quanti tativos Territorial (N) Negativo
86 Ecologus Agrar
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Uma empresa do Grupo EBX
Matriz de impactos Ambientais e
Medidas Para o Meio Socioeconômico
MEIO SOCIOECONÔMICO
Reversibilidade
Temporalidade
Manifestação
Abrangência
FASES
Ocorrência
Relevância
Incidência
Magnitude
Natureza
Duração
IMPACTO AMBIENTAL
DESCRIÇÃO
Interferências no
5 (N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M) Programa de Fortalecimento da Agricultura
Desenvolvimento Agrícola Local
Familiar
Programa de Mobilização, Captação e
Desmobilização da Mão de Obra
Programa de Comunicação Social e
6 Aumento dos Riscos Sociais (N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M)
Divulgação
Programa de Acompanhamento das
Comunidades Vizinhas
Implantação
8 Aumento dos Preços de (P) (P) (C) (R) (D) (MP) (I) (R) (MR) (A) Programa de Acompanhamento das
Aluguéis e Imóveis Comunidades Vizinhas
9 Sobrecarga nas Vias de Acesso (N) (T) (D) (R) (D) (CP) (R) (R) (R) (M) Programa de Controle de Transporte e
Tráfego
Programa de Comunicação Social e
Divulgação
10 Interferência com a Pesca (N) (T) (D) (R) (D) (MP) (R) (R) (MR) (A) Programa de Educação Ambiental
Programa de Educação Ambiental dos
Trabalhadores
Interferências sobre Patrimônio Programa de Prospecção e Resgate do
11 (N) (P) (C) (P) (D) (CP) (I) (L) (R) (A)
Arqueológico Patrimônio Arqueológico
20 Utilização de Recursos Hídricos (N) (P) (C) (R) (D) (CP) (I) (L) (R) (A) Programa de Gestão Ambiental do DISJB
Interferências no
21 (N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M) Programa de Fortalecimento da Agricultura
Desenvolvimento Agrícola Local Familiar
Programa de Mobilização, Captação e
desmobilização da Mão de Obra
22 Aumento dos Riscos Sociais (N) (P) (C) (P) (I) (LP) (R) (L) (MR) (M) Programa de Comunicação Social e
Divulgação
Programa de Acompanhamento das
Comunidades Vizinhas
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Uma empresa do Grupo EBX
Matriz de impactos Ambientais e
Medidas Para o Meio Socioeconômico
Legenda
Atributos Qualitativos e Probabilidade de
Natureza Duração Manifestação Incidência
Quanti tativos Ocorrência
Legenda cores
(P) Positiva (T) Temporária (C)Contínua (R) Real (D) Direto
Classificações
(N) Negativa (P) Permanent e (D) Descont ínua (P) Potencial (I) Indireto
Natureza do Impacto
Atributos Qualitativos e Abrangência (P) Positivo
Temporalidade Reversibili dade Relevância Magnitude
Quanti tativos Territorial (N) Negativo
O prognóstico ambiental consiste em prever cenários Com o Empreendimento ou Cenário Alvo, projeta de forma
ambientais alternativos considerando-se as tendências das integrada as transformações da área de influência do
atividades que podem transformar a região onde se insere empreendimento, considerando seus impactos e
o empreendimento. benefícios em presença das ações de controle, redução de
A finalidade de se fazer essa avaliação é permitir a impactos negativos e maximização de impactos positivos.
visualização, mesmo que aproximada, das alternativas de Cenário Sem o Empreendimento
cenários ambientais futuros para a região.
A alternativa da não realização do empreendimento,
Neste caso, consideram-se as tendências de transformação
em uma primeira análise, poderia ser visualizada
do ambiente e das atividades humanas que podem ocorrer
como um cenário de manutenção das condições
na região, em virtude da implantação do empreendimento e
atuais. Contudo, a área desapropriada para instalação
na hipótese de que este não venha a ser implantado.
do DISJB consta no Plano Diretor do Município de São
Essa previsão das tendências da qualidade ambiental
João da Barra como Área de Expansão Industrial,
compreende o conhecimento do projeto do DISJB
localizando-se em torno da Área Industrial do Porto do
juntamente com o diagnóstico ambiental da área em
questão, prevendo-se, na forma de cenários as situações
Açu.
futuras. Atualmente, estão em construção nesta última área, o
Para a realização desta análise serão apresentados dois Porto do Açu, a estrutura de chegada do mineroduto
cenários ambientais: o Cenário Sem o Empreendimento, que trará o minério até o porto, o pátio para
ou Cenário Tendencial, prevê transformações futuras recebimento de minério e suas obras correlatas.
unicamente em função da ação natural e da evolução das Também estão já licenciados para serem implantados
atividades antrópicas hoje existentes na região; já o Cenário na Área Industrial do Porto do Açu: duas usinas
90 Ecologus Agrar
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Prognóstico Ambiental
termoelétricas, um pátio logístico para movimentação passará por transformações associadas à implantação
de cargas e uma unidade para tratamento de petróleo. de aterros com materiais de escavação ou dragagem.
Na Área de Expansão Industrial já está licenciada a O mesmo acontece com a construção do emissário
Unidade de Construção Naval – UCN e em fase de submarino, uma vez que o Porto do Açu e a Siderúrgica
licenciamento a Usina Siderúrgica Ternium Brasil e o Ternium consideram a utilização de estruturas
Terminal Sul do Porto do Açu. similares.
disponíveis para ocupação industrial ou mesmo para município. Contudo, a ausência do DISJB, com suas
ocupação urbana ou rural desordenada e, neste caso, facilidades e infraestrutura, retardaria a concretização
os remanescentes de vegetação, incluindo restingas, de uma transformação mais ampla e de mais longo
seriam da mesma forma suprimidos ao longo do prazo, representada pela atração de uma cadeia
tempo, pelo desmatamento para ocupação das áreas diversificada de produção de bens e serviços
ou extração de lenha, assim como a fauna silvestre aí Em relação ao uso do solo, a não implantação do
existente estaria susceptível à caça e perda de habitat. DISJB pode desencadear dois processos distintos.
Em que pese estar prevista a supressão de vegetação Uma primeira abordagem seria de ocupação irregular,
para implantação das infraestruturas do DI e a futura podendo ocorrer uma expansão da ocupação urbana
ocupação dos lotes, na ausência do empreendimento prevista pelo Plano Diretor para a área contígua. Esta
esta supressão não contará com um plano integrado ocupação, mesmo irregular, levaria a uma
de resgate e manutenção de biodiversidade, mais especulação imobiliária informal, em um processo
eficaz na mitigação dos impactos da perda habitats estimulado pela tendência dos trabalhadores atraídos
naturais. pelas oportunidades de emprego nas obras e na
No meio marinho, mesmo que não haja a implantação operação das empresas de se fixarem próximo ao Porto
deste empreendimento, os outros empreendimentos do Açu e demais projetos.
em processo de licenciamento ou de implantação Outra perspectiva seria que, estando esta área
estabelecerão impactos sobre a biota marinha na designada à expansão industrial, mesmo não
região do Açu. ocorrendo a implantação do DISJB a área venha a ser
A interação entre os municípios de São João da Barra e ocupada por indústrias.
Campos dos Goytacazes é típica de suas próprias CENÁRIO COM O EMPREENDIMENTO
dinâmicas internas. Existe uma relação de O empreendimento consiste na implantação das
subordinação da dinâmica socioeconômica do infraestruturas e do sistema de gestão do DISJB e é
segundo em relação ao primeiro. Campos dos compatível com a Política de Pólos de Desenvolvimento do
Goytacazes é caracterizado como pólo regional de Governo do Rio de Janeiro. A implantação do DISJB acelera
serviços e São João da Barra apresenta deficiências a inserção regional do complexo do Porto do Açu, gerando
em termos de oferta destes, o que não deve se alterar atrativos para a implantação de indústrias complementares.
em um cenário tendencial de curto ou médio prazo. A concepção de infraestruturas de uso comum, para
atendimento as todas as indústrias que se pretende atrair
Entretanto, a implantação dos empreendimentos já
para o complexo do Açu, tem como vantagem concentrar
licenciados para a região do Açu poderá, mesmo na
em sistemas projetados de maneira a alcançar maior
ausência do DISJB, induzir mudanças na dinâmica
eficiência com menor impacto de implantação e operação.
local capazes de alterar as perspectivas
Em especial o sistema de macrodrenagem, pelas
socioeconômicas de São João da Barra.
características naturais da área, requer concepção
O aumento da oferta de empregos e da arrecadação de integrada, o que não seria possível mediante solução
tributos, principalmente durante as obras de independente para todas as indústrias. Além da concepção
implantação destes projetos, irá gerar um impacto integrada de projeto, este sistema demanda uma operação
positivo no ritmo de desenvolvimento econômico do unificada e orientada por objetivos regionais, o que se torna
92 Ecologus Agrar
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Prognóstico Ambiental Prognóstico Ambiental
possível com a administração centralizada das As áreas comuns do Distrito, sujeitas à contaminação,
infraestruturas comuns do Condomínio Industrial. Com serão dotadas de sistemas de controle e prevenção de
esta modalidade de gestão a operação do sistema beneficia poluição, bem como de sistema de monitoramento da água
não só a área do Distrito, mas também as áreas vizinhas sob subterrânea.
influência da rede de canais, a qual estará integrada a A supressão da vegetação, gerando perda de habitats e
macrodrenagem do Distrito. afastamento da fauna, decorrente da implantação de
Consideração semelhante pode ser feita com relação ao infraestruturas industriais será, com o projeto do DISJB,
sistema viário. O planejamento das vias, integrado objeto de programa unificado de Reposição Vegetal e
internamente e articulado externamente com a malha viária Manejo da Biodiversidade, cujos resultados serão
do município, atende não só à demanda das indústrias de maximizados, pela ação conjunta decorrente da adesão das
forma mais eficiente, como também aprimora a futuras indústrias. Mais benefícios poderão ser obtidos pela
acessibilidade numa ampla região do município de São unificação de esforços em programas de Monitoramento
João da Barra. Além disso, a gestão do sistema viário por dos Ecossistemas e da Fauna Aquática.
parte do condomínio prevê mecanismos de resposta a Conforme anteriormente mencionado, a área de retroporto
emergências e manejo de fluxos de tráfego, aumentando a do Açu por suas potencialidades logísticas,
segurança, reduzindo o risco de acidentes ambientais e o disponibilidade de terrenos e capacidade de suporte
controle de emissões atmosféricas em situações especiais. ambiental, é propícia para um desenvolvimento industrial.
O suprimento unificado de água contribui para o uso A concepção planejada para ocupação do DISJB inclui,
racional do recurso e minimiza o impacto de implantação além dos lotes para abrigar um núcleo base de grandes
da rede de distribuição. Da mesma forma, a utilização de indústrias, espaços destinados a um cinturão de pequenas
emissário submarino para lançamento coletivo de efluentes e médias empresas que forma o núcleo potencial.
propicia uma gestão mais eficaz em termos econômicos e Além de maior eficiência na formação de cadeias
ambientais. integradas, o que favorece a competitividade, a presença de
Os principais recursos ambientais do Meio Físico pequenas e médias empresas tem maior capacidade de
potencialmente afetados pelas infraestruturas para a geração de empregos, já que em geral estas utilizam
ocupação industrial da área , são os mananciais, o ambiente processos produtivos menos mecanizados. Por outro lado,
marinho, os corpos hídricos e o lençol freático. Porém, com a presença de empreendimentos de menor investimento
as infraestruturas e a gestão do DISJB implantadas como atrai a participação do empreendedorismo regional,
previsto neste estudo, pode-se antever que: favorecendo assim que maiores benefícios permaneçam na
O uso dos mananciais hídricos, se dará de forma economia da região.
otimizada, sem conflitos de disponibilidade; A presença de um Condomínio Industrial organizado facilita
Os descartes de efluentes no ambiente marinho serão a instalação dos empreendimentos e desta forma atrai
feitos de maneira unificada, contando com rigorosos empreendedores de forma mais rápida e eficaz.
controles e monitoramento de qualidade do corpo Por fim, o compartilhamento das infraestruturas reduz
receptor; custos e, assim, torna as empresas mais eficientes em
A operação da macrodrenagem, além de preservar o termos econômicos, portanto menos sujeitas aos
necessário controle de níveis para evitar impactos ao desequilíbrios financeiros que poderiam inviabilizar
sistema de drenagem e irrigação da região, contará com investimentos em programas sociais e ambientais.
monitoramento de qualidade nas zonas de influência de
seus deságues nos corpos receptores ─ canal do
Quitingute, canal Campos-Açu e o mar;
94 Ecologus Agrar
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Uma empresa do Grupo EBX
Programas Ambientais
Retomar os aspectos originais da paisagem local; Divulgar informações a respeito das vagas de trabalho
oferecidas, para facilitar o acesso aos postos de
Controlar e/ou evitar processos erosivos decorrentes da
trabalho gerados pelo empreendimento;
implantação da obra, que possam desestabilizar o
terreno. Cadastrar trabalhadores com interesse em ocupar os
postos de trabalho;
PROGRAMA DE CONTROLE DE TRANSPORTE E
TRÁFEGO Oferecer cursos de capacitação e profissionalizantes;
Aumentar a segurança dos usuários, lindeiros e Promover medidas de acompanhamento e suporte para
sistemas ecológicos; a fase de desmobilização, de modo a possibilitar ao
trabalhador sua rápida alocação em outro projeto.
Reduzir riscos de acidentes e promover o ordenamento
do tráfego local; PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS
TRABALHADORES
Fiscalização e supervisão ambiental para o
cumprimento das ações e diretrizes estabelecidas. Estabelecer vínculos e promover articulação permanente
com o Programa de Educação Ambiental e o Programa de
PROGRAMA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES DE
Comunicação Social e Divulgação;
DRAGAGEM
Estabelecer ações de treinamento rotineiro e diálogos
As atividades de dragagem deverão seguir as
diários de segurança, saúde, meio ambiente e
premissas, diretrizes ambientais e técnicas descritas no
responsabilidade social;
Plano de Dragagem;
Promover o conhecimento das características
Informar as coordenadas da área e período de dragagem
socioculturais e ambientais da área de influência do
à Autoridade Marítima para divulgação do Aviso aos
empreendimento.
Navegantes;
Viveiro
96 Ecologus Agrar
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Uma empresa do Grupo EBX
Programas Ambientais
É responsável pela coordenação técnica dos demais meteorológicas abrange o acompanhamento das variações
programas da fase operacional que estão relacionados: dos níveis de poluentes na atmosfera, de maneira que se
com o desempenho ambiental do DISJB, a qualidade possa estimar o grau de risco ao qual os habitantes dessas
ambiental da área de influência, as relações com a áreas estarão expostos.
comunidade e a gestão de riscos ambientais. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RUÍDOS
Supervisiona o avanço dos demais programas e os Promover o acompanhamento da qualidade acústica dos
resultados, estrutura um banco de dados, consolida locais próximos aos empreendimentos, por meio de
relatórios, avalia a eficácia das estratégias adotadas em monitoramento do ruído nas fases de implantação e de
cada programa e, caso necessário, propõe ações de operação, de acordo com a norma NBR 10.151, da ABNT, a
realinhamento. qual é incorporada na Resolução CONAMA nº 01/90.
PROGRAMA DE GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Este Programa envolve a formulação de linhas de ação para De acordo com a legislação vigente (Lei Federal n°
a gestão de riscos relacionados às estruturas comuns, 9.985/2000, art.36) “ao órgão ambiental licenciador
assim como diretrizes que deverão ser seguidas pelas compete definir as unidades de conservação a serem
indústrias a serem instaladas na área do DISJB. beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no
PROGRAMA DE INSERÇÃO REGIONAL DO EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser
EMPREENDIMENTO contemplada a criação de novas unidades de
conservação”.
Ações voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva da
pesca; Tendo em vista este fato, recomenda-se investir os recursos
de compensação ambiental do empreendimento
Apoio às prefeituras em obras de infraestrutura urbana;
exclusivamente na implantação e criação de unidades de
Desenvolvimento da agricultura familiar e da pesca conservação que protejam habitats de restinga e de mata
artesanal local; aluvial da Baixada dos Goytacazes, priorizando:
Programas de capacitação de mão de obra para Parque Estadual da Lagoa do Açu;
indústrias e demais atividades do CLIPA.
APA de Grussaí.
PROGRAMAS DE MONITORAMENTO
PROGRAMA DE MONITORAMENTO
METEOROLÓGICO E DA QUALIDADE DO AR
O monitoramento da qualidade do ar e das condições
98 Ecologus Agrar
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Programas Ambientais
Apoio à Prefeitura de São João da Barra em obras de infraestrutura urbana (drenagem e reciclagem de lixo);
Estudos para futura implantação de um novo bairro integrado à malha urbana do Distrito de Grussaí, como alternativa
para fixação de população .
Programa de desenvolvimento de fornecedores eda cadeia
de serviços demandada pelos novos empreendimentos.
Programas de capacitação de mão de obra para indústrias
e demais atividades do CLIPA.
Essas linhas de ação somadas a outras que venham a ser
desenvolvidas poderão potencializar a consecução dos
objetivos de inserção regional desse complexo portuário e
industrial.
Geração de empregos e de impostos decorrentes da equilíbrio nas forças de centralidade regional entre
implantação e operação das futuras indústrias do Campos e São João da Barra.
DISJB; O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado
Aumento no nível de atividade econômica associado para São João da Barra representará uma valorização
à plena ocupação do DISJB; econômica importante no contexto regional e
demarcando uma nova posição para o município em
Transformações na forma de uso e ocupação do solo
termos de produtividade econômica do trabalho no
da região;
contexto estadual.
Aumento no tráfego marítimo e sua potencial
O crescimento econômico e populacional dos municípios
interferência com a atividade pesqueira;
traz consigo novas necessidades em termos de
Perda de vegetação nativa na totalidade da área do infraestruturas. As principais necessidades adicionais de
DISJB e do Corredor Logístico; infraestrutura previstas são:
Geração de resíduos e criação de oportunidades de Sistema de captação, tratamento e distribuição de
negócios ligadas à gestão de resíduos industriais; 0,7 m3/s de água para abastecimento humano de
Viabilização de oferta de gás para a região de São São João da Barra e de 2,1 m3/s para suprir os
João da Barra, pela previsão de abastecimento do habitantes de Campos;
DISJB por um futuro gasoduto, que integra o projeto Construção de 123 mil novas casas em São João da
do Corredor Logístico. Barra e de 103 mil em Campos.
Os estudos de impacto estratégicos mostraram ser viável Em contrapartida, a geração de impostos tem grande
a presença do conjunto de empreendimentos planejados, potencial de crescimento, principalmente – mas não
considerando que os mesmos adotarão modernas exclusivamente - no município de São João da Barra,
tecnologias de produção e controle ambiental, as quais aumentando as chances de que as administrações locais
serão detalhadas em seus respectivos licenciamentos possam fazer frente adequadamente aos importantes
ambientais. encargos adicionais previstos para ordenamento territorial
Como resultados dos estudos sobre o desenvolvimento e provimento de infra-estruturas . Estima-se que a
econômico e o crescimento da população associados à arrecadação anual da Prefeitura de São João da Barra
ocupação do DISJB, espera-se para 2025, ano previsto tenha um acréscimo devido aos empreendimentos
para sua plena ocupação, os indicadores do quadro a planejados para a região do Açu de R$ 290 milhões até
seguir: 2025, aumento previsto para ser da ordem de R$ 50
Os indicadores apontam uma tendência de maior milhões anuais para a Prefeitura de Campos dos
Goytacazes.
Campos dos
Indicadores São João da Barra
Goytacazes
Total em 2025 834 mil habitantes 410 mil habitantes
População
Crescimento 2012-2025 3,9% a.a. 17,8% a.a.
AS RECOMENDAÇÕES
No cenário de plena ocupação do DISJB são relevantes o recomendações visam preparar a região para o crescimento
compromisso ambiental de cada uma das indústrias a populacional e econômico.
serem instaladas no DISJB e a continuidade do Programa Estas recomendações visam o fortalecimento de setores do
de Gestão Ambiental do DISJB, apresentado no item de governo e a priorização de ações específicas dentro das
Programas Ambientais. políticas publicas, gerando condições para que o
Também, por conta do grande potencial que a ocupação desenvolvimento esperado para a área ocorra de forma
futura do DISJB tem de induzir transformações na região, e organizada, e em bases sustentáveis do ponto de vista
que estas transformações podem significar um salto de ambiental, social e econômico.
desenvolvimento para a região Norte Fluminense, foram O Quadro a seguir apresenta uma relação dos temas
elaboradas recomendações aos poderes públicos - abordados no EIA
estadual e dos municípios da área de influência. Estas
A
Abiótico: Lugar ou processo caracterizado Aspecto Ambiental: Qualquer intervenção direta ou
pela ausência de vida. indireta das atividades e serviços de uma organização sobre
Acostagem: ato de acostar um navio o meio ambiente, quer seja adversa ou benéfica.
(aproximar, arrimar, encostar, pôr junto de). Ex.: uma lancha o de elevação de uma superfície por deposição de
acostou ao navio. sedimentos. Acúmulo de areia ou de terra causada por
Água Bruta: Água que ainda não recebeu tratamento. enchentes ou construções.
Ambiente: Todos os fatores (vivos e não-vivos) que de fato Aterro: Espaço destinado à deposição final de resíduos
afetam um organismo ou população determinados, em sólidos gerados.
qualquer ponto do ciclo de vida. Audiência Pública: (1) Consulta à população sobre um
Amostragem: Operação que consiste em extrair amostras problema ambiental ou sobre um projeto que pode causar
de solo, rocha, ar ou água de um local para análises física, problemas ao meio ambiente. (2) Exposição à comunidade
química e/ou bacteriológica individuais. interessada ou afetada por um empreendimento ou política
Amplitude de maré: Variação da altura da maré medida a ser implantada, previamente à implantação, da proposta
entre o ponto de maré baixa até a maré alta. e, ao Meio Ambiente (RIMA), diminuindo dúvidas e
recolhendo críticas e sugestões a respeito. A audiência
Amplitude de onda: Metade da altura de onda. pública pode ser solicitada por entidade civil, pelo
Antrópico/Antropizada(o): Relativo à ação do ser Ministério Público ou por cinquenta ou mais cidadãos.
humano no meio ambiente. Quando houver pedido de audiência pública, qualquer
Antropização: Modificações do ambiente em decorrência licença concedida sem sua realização não terá validade. (3)
de ações humanas. Procedimento de consulta à sociedade, ou a grupos sociais
interessados em determinado problema ambiental ou que
Aquífero: Porção do subsolo capaz de armazenar e
estejam potencialmente afetados pelo projeto. A audiência
fornecer água.
pública faz parte dos procedimentos, como canal de
Área de Preservação Permanente: Área protegida nos participação da comunidade nas decisões em nível local.
termos dos artigos 2º e 3º da Lei nº 4.771/65 (Código
Avaliação de Impacto Ambiental: Estudo realizado para
Florestal) e Resolução CONAMA 303/02, coberta ou não
identificar, prever e interpretar, assim como, prevenir as
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
consequências ou efeitos ambientais que determinadas
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
ações, planos, programas ou projetos podem causar à
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
saúde, ao bem estar humano e ao entorno.
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas. Avaliação de Risco: Processo pelo qual os resultados da
análise de riscos são utilizados para a tomada de decisão
Arqueológico: Sítio arqueológico, local arqueológico ou
(Sánchez, 2006).
estação arqueológica é um local ou grupo de locais onde
ficaram preservados testemunhos e evidências de Avifauna: Conjunto das aves existentes em uma região
C
Baixamar: Nível mínimo de uma maré vazante.
um rio ou porto, serve para embarque e
Balanço Hídrico: Resultado da quantidade de água que
desembarque de pessoas e mercadorias.
entra e sai de uma certa porção do solo em determinado
intervalo de tempo. Certidão de Uso de Solo: Documento com informações
sobre as atividades permissíveis ou toleradas, e
Balneabilidade: Capacidade que um local tem de
parcelamento do solo no município.
possibilitar o banho e atividades esportivas em suas águas,
ou seja, é a qualidade das águas destinadas á recreação de Cobertura Vegetal: Expressão usada no mapeamento de
contato primário. dados ambientais para designar tipos ou formas de
vegetação, natural ou plantada, que recobrem uma certa
Batimetria: Determinação da profundidade e da topografia
área.
de áreas submersas. A batimetria é expressa
cartograficamente por curvas batimétricas que são curvas Contaminação: Aumento das concentrações normais de
que unem pontos de mesma profundidade com algum microorganismo patogênico (bactérias, etc), ou
equidistâncias verticais, à semelhança das curvas de nível elemento químico, cujas altas concentrações podem ser
topográfico. danosas à saúde não só de seres humanos, mas de outros
organismos.
Batipelágico: animais aquáticos que nadam livremente
em águas de grandes profundidades, correspondentes à Cordões Arenosos:Terrenos arenosos praticamente
zona batial. planos com pequenas elevações aproximadamente
paralelos em relação à costa. Estes cordões formam arcos
Bentônica: Seres marinhos que durante a vida apresentam
abertos voltados para o litoral com direções próximas a
alguma dependência ecológica do fundo do mar.
norte-sul, originando uma planície costeira com
Biodiversidade: Representa a diversidade de aproximadamente 30 km de largura.
comunidades vegetais e animais que se interrelacionam e
convivem num espaço comum, que pode ser um
Corpos d'água: Qualquer coleção de águas interiores. EIA/RIMA: Instrumento Legal do Licenciamento
Denominação mais utilizada para águas doces, abrangendo Ambiental, é uma exigência constitucional para a instalação
rios, igarapés, lagos, lagoas, represas, açudes etc. de obra ou atividade potencialmente poluidora de
(Glossário MUNIC/IBGE, 2002). significativa degradação do meio ambiente.
Degradação ambiental: Alteração
D
Emissão: Ação de emitir ou expelir de si.
imprópria às características do meio
Empreendimento: Toda e qualquer ação física com
ambiente.
objetivos sociais ou econômicos específicos, seja de
Diagnóstico ambiental: É a avaliação da área de
cunho público ou privado, que cause intervenções sobre o
influência de um determinado empreendimento.
território, envolvendo determinadas condições de
Doca elevatória: Plataforma flutuante suscetível de ser ocupação e manejo dos recursos naturais e alteração sobre
alagada e, depois, esgotada, destinada a erguer as peculiaridades ambientais.
embarcações da água.
Endemismo: Isolamento de uma ou mais espécies em um
Dragagem: Método de amostragem, de exploração de espaço geográfico, após uma evolução genética diferente
recursos minerais, de aprofundamento de vias de daquelas ocorridas em outras regiões.
navegação (rios, baías, estuários, etc.) ou dragagem de
Entorno: Área que circunscreve um território.
zonas pantanosas, por escavação e remoção de materiais
sólidos de fundos subaquosos. Eólico: Pertencente ou relativo ao vento.
Drenagem: Remoção natural ou artificial de água Espécies Sinantrópicas: São aquelas que vivem
superficial ou subterrânea de uma área determinada; feição próximas às habitações humanas devido à disponibilidade
linear negativa, produzida por água de escorrência, que alimento e abrigo, servindo-se de frestas em paredes e
modela a topografia de uma região. forros de telhado, ou mesmo objetos empilhados em
Ecologia Industrial: ramo das ciências quintais para se abrigar. Entre eles estão ratos, pombos,
Efluente: Qualquer tipo de água ou líquido, que flui de um Estratégia: Habilidade de aplicar os meios disponíveis
sistema de coleta, ou de transporte, como tubulações, com vista à consecução de objetivos específicos.
canais, reservatórios, e elevatórias, ou de um sistema de Estudo de Impacto Ambiental (EIA): Estudo detalhado
tratamento ou disposição final, com estações de tratamento destinado a identificar e avaliar todas as alterações que
e corpos de água receptores. (Dicionário de Meio Ambiente determinada atividade poderá causar ao meio ambiente.
do IBGE).
Deve ser elaborado apenas para as atividades capazes de Gleissolo: Tipos de solos constituídos por areia fina e
provocar impactos significativos. argila, oriundos de antigos brejos assoreados. Geralmente
Estudos Ambientais: São todos e quaisquer estudos estão associados à paleocanais, distribuídos entre as
relativos aos aspectos ambientais relacionados à colinas aplainadas. Este tipo de solo é aproveitado para
localização, instalação, operação e ampliação de uma agricultura, pois são ricos em matéria orgânica.
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio Geotécnica: Ramo da geologia que utiliza a informação
para a análise da licença requerida, tais como: relatório geológica como subsídio para elaboração de projetos e
ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório execução de obras de engenharia.
ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de Granalha: Pequenos fragmentos, em forma de grânulos ou
manejo, plano de recuperação de área degradada e análise de palhetas, a que se reduz o metal fundido.
preliminar de risco. (Resolução Conama nº 237/97).
Granel líquido: Todo líquido transportado diretamente nos
Fauna: Conjunto de espécies animais de porões do navio, sem embalagem e em grandes
Geralmente são os ovos e larvas de peixes teleósteos. São Lençol Freático: Depósito subterrâneo
mais comuns no ambiente marinho.
Iminente: Fato que pode ocorrer a qualquer momento. L de água situado a pouca profundidade.
Lêntico: Refere-se a habitats aquáticos
Impacto Ambiental: Qualquer alteração das propriedades caracterizados por águas calmas e paradas.
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada (ex. lagos, poças).
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das Licença Ambiental: Ato administrativo pelo qual o órgão
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a ambiental competente estabelece as condições, restrições
saúde, a segurança e o bem-estar da população, as e medidas de controle ambiental que deverão ser
atividades sociais e econômicas, a biota, as condições obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica,
estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos
recursos ambientais. ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
Impacto Ambiental Adverso: Ação resultante em danos à consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental. (Resolução Conama nº 237/97).
Impacto Ambiental Local: Impacto ambiental direto que
ocorre dentro dos limites territoriais do município. Licença Prévia (LP): É o documento que deve ser
solicitado na fase preliminar de planejamento da atividade,
Impacto Ambiental Regional: É todo e qualquer impacto
correspondente à fase de estudos para definição da
ambiental que diretamente (área de influência direta do
localização do empreendimento.
projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais
Estados. (Resolução Conama nº 237/97). Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativo
pelo qual o órgão ambiental competente licencia a
Implantar: Estabelecer, inaugurar.
localização, instalação, ampliação e a operação de
Indicadores: São índices de medida que nos ajudam a empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
compreender uma determinada situação. Por exemplo: o ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
número de árvores por habitante de um município indica a poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
sua cobertura vegetal e é um dos indicadores de sua causar degradação ambiental, considerando as
qualidade ambiental. Este número pode ser comparado ao disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
recomendável e usado para decidir se é necessário plantar aplicáveis ao caso. (Resolução Conama nº 237/97).
mais árvores. Depois, este mesmo indicador servirá para
Lixiviação: Processo que sofrem as rochas e solos, ao
medir o sucesso ou fracasso de um programa de
serem lavados pelas águas das chuvas. Nas regiões
reflorestamento.
equatoriais e nas áreas de clima úmido verifica-se com
Insumos: Combinação de fatores de produção, diretos maior facilidade os efeitos da lixiviação.
(matérias-primas) e indiretos (mão de obra, energia,
Lótico: Refere-se a habitats aquáticos caracterizados por
tributos), que entram na elaboração de certa quantidade de
águas correntes. (ex. rios, riachos).
bens ou serviços.
Macrófitas: Planta geralmente de
M
Intrinsecamente: Essencial; inseparável; próprio e
espécie aquática (ex.: agarapé) de
inerente.
tamanho macroscópico.
Intrusão: Ação ou efeito de introduzir-se, contra o direito
Manancial: São as fontes, superficiais ou subterrâneas,
ou as formalidades, de proceder como intruso. No estudo
utilizadas para abastecimento humano e manutenção de
em questão, representa o ingresso de águas salinas, por
atividades econômicas.
desbalanço hidrológico do aquífero subterrâneo.
Manejo ambiental: Ato de intervir no meio natural com tóxicos aos animais e às plantas. Esses metais acumulam-
base em conhecimentos científicos e técnicos, com o se no organismo ao invés de se degradarem ou dissiparem,
propósito de promover e garantir a conservação da natureza. causando diversas doenças degenerativas. Dois elementos
Mata Ciliar: Formação vegetal localizada nas margens dos não-metálicos, o arsênico e o selênio, também integram o
rios, córregos, lagos, represas e nascentes grupo. Embora o alumínio não seja um metal pesado,
também é tóxico para as plantas.
Material Orgânico: Todos os elementos vivos e não vivos
do solo que contêm compostos de carbono,ou seja, ele Mineroduto: Sistema de tubulações por onde se
serve para fertilizar o solo transportam minérios a longas distâncias.
O
sociais que caracterizam as condições humanas,
econômicas e culturais de determinada área. pouco evoluído de coloração preta, cinzenta
muito escura, ou marrom, e com elevados
Metais pesados: Grupo de metais de peso atômico
teores de carbono orgânico. São solos fortemente ácidos,
relativamente alto. Alguns, como zinco e ferro, são com baixa saturação em base.
necessários ao corpo humano, em pequeníssimas
concentrações. Outros, como chumbo, mercúrio, cromo e
cádmio, mesmo em baixas concentrações costumam ser
Planície Aluvial: São terrenos baixos e saúde, a segurança e o bem-estar da população, criem
oceânica onde vivem normalmente seres vivos que não Recuperação ambiental: É uma série de
dependem dos fundos marinhos (o bentos e os organismos
demersais).
R atitudes visando devolver ao ambiente suas
características, a estabilidade e o equilíbrio
dos processos atuantes naquele determinado ambiente
Planctônica: Conjunto de organismos aquáticos que
flutuam na superfície ao sabor das correntes. Em sua maioria degradado.
são seres microscópicos. Recurso natural: Toda matéria e energia que ainda não
Plano de Controle Ambiental (PCA): Estudo ambiental tenha sofrido um processo de transformação e que é usada
que, além da apresentação do empreendimento, identifica diretamente pelos seres humanos para assegurar as
os impactos gerados, suas magnitudes e as diversas necessidades fisiológicas, socioeconômicas e culturais,
medidas mitigadoras, tudo dentro de planos e programas tanto individuais quanto coletivas.
ambientais. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA): Documento
que reflete as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental,
Plano Diretor: Instrumento básico de planejamento de uma
redigido em linguagem acessível, de modo que se possa
cidade e que dispõe sobre sua política de desenvolvimento,
entender as vantagens e desvantagens de um projeto, bem
ordenamento territorial e expansão urbana.
como todas as consequências ambientais de sua
Plataforma continental: Porção dos fundos marinhos que implementação.
começa na linha de costa e desce com um declive suave até
Resíduo: Material descartado, individual ou
ao talude continental (onde o declive é muito mais
coletivamente, pela ação humana, animal ou por
pronunciado). Em média, a plataforma continental desce até
fenômenos naturais, que pode ser nocivo à saúde e ao meio
uma profundidade de 200 metros, atingindo as bacias
ambiente quando não reciclado ou reaproveitado.
oceânicas.
Risco ambiental: Potencial de realização de
Pluvial: Relativo à chuva; que provém da chuva. Águas
conseqüências adversas para a saúde ou vida humana, para
pluviais, águas de chuva.
o ambiente ou para bens materiais. (Segundo Society for
Poluição: É a degradação da qualidade ambiental resultante Risk Analysis).
de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a
U
Unidades de Conservação: Porções do
processos de cooperação. território nacional com características de
SISNAMA: Sistema Nacional de Meio Ambiente, relevante valor ecológico e paisagístico, de
constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, domínio público ou privado, legalmente instituídas pelo
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem poder público com limites definidos sob regimes especiais
como as fundações instituídas pelo Poder Público, de administração, aos quais se aplicam garantias
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade adequadas de proteção. Exemplo: Parque Nacional,
ambiental. Tem como principais funções: (i) implementar a Reservas Biológicas, Estações Ecológicas.
Política Nacional do Meio Ambiente; (ii) estabelecer um Usina Termoelétrica: Instalação industrial usada para
conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas geração de energia elétrica/eletricidade a partir da energia
responsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidade liberada em forma de calor, normalmente por meio da
ambiental; e (iii) garantir a descentralização da gestão combustão de algum tipo de combustível renovável ou não
ambiental, através do compartilhamento entre os entes renovável.
federados (União, Estados e Municípios).
Vazão: Certo volume transportado em um
Software: Qualquer programa ou conjunto de programas
de computador.
Susceptíveis: Que pode receber certas modificações,
V intervalo de tempo (Ex.: litros por segundo,
metros cúbicos por segundo).
Vegetação: (1) Conjunto de vegetais que ocupam uma
impressões, qualidades. determinada área; tipo da cobertura vegetal; as
Supressão vegetal: Extinção, eliminação, desaparição da comunidades das plantas do lugar; termo quantitativo
cobertura vegetal. caracterizado pelas plantas abundantes. (2) Quantidade total
Teores de não conformidade: de plantas e partes vegetais como folhas, caules e frutos que