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Exercícios com Diodos


Deivid Lejes Quevedo
Cristian da Rosa Melo
Lucas Alencastro da Luz

Resumo--Este artigo contém a resposta ao primeiro Iniciou-se com a execução dos circuitos de corrente continua,
relatório de laboratório da disciplina 4459F-02 – nos quais foram utilizados diodos 1N4007, resistores de 4,7kΩ,
Laboratório de Introdução a Dispositivos Eletrônicos da 1kΩ e 100Ω, fonte simétrica, protoboard e multímetro. Foi
graduação de Engenharia Elétrica-Eletrônica da Escola solicitado o cálculo e medição dos valores de corrente e tensão
Politécnica da PUCRS. Trata-se de um exercício prático nos pontos indicados.
sobre diodos e suas aplicações.

I. INTRODUÇÃO

O Diodo é um componente eletrônico semicondutor


composto por cristais de silício ou germânio numa película
cristalina cujas faces são dopadas por diferentes materiais
durante sua formação, causando a polarização de suas
extremidades. Devido a sua constituição, sua principal função é
controlar o fluxo de corrente, permitindo que a corrente elétrica
circule apenas em um sentido. O estudo será realizado através Fig. 1 - Circuitos a, b, c e d.
da análise sobre o comportamento da corrente e tensão elétrica
em circuitos compostos por diodos, resistores e fontes.

II. SISTEMA ESTUDADO


A principal característica a ser estudada no diodo é a
condutibilidade, a qual depende da intensidade da dopagem,
feita através da introdução de elementos em cristais de cilício
ou germânio com finalidade de criar regiões de condução. Um
dos polos é formado por átomos neutralizados e que possuem
um elétron excedente, caso dos cristais tipo N, e o outro por Fig. 2 - Circuitos e, f, g e h.
“lacunas” provenientes de átomos que necessitam de um elétron
para tornarem-se neutros, caso dos cristais tipo P. Dependendo
das características dos materiais e dopagem realizada nos
semicondutores pode-se obter uma diversificada gama de
dispositivos variantes do diodo.
Diz-se que a polarização do diodo é direta quando o lado do
cristal P, chamado ânodo, está em contado com o polo positivo
da fonte geradora e o cristal N, chamado cátodo, em contato
com o polo negativo. Quando a tensão da fonte for maior que a
tensão interna do diodo, os portadores livres serão repelidos
Fig. 3 - Circuitos i e j.
devido a polaridade da fonte geradora e conseguirão assim
ultrapassar a junção P-N, ou seja, haverá passagem de corrente
elétrica. No caso da polarização inversa ocorre o surgimento
de lacunas no ânodo, ocasionado pela polarização negativa da
fonte, enquanto no cátodo ocorre a atração dos elétrons livres
pelo polo positivo, impossibilitando assim o fluxo de portadores
livres na junção P-N, o que ocasiona o bloqueio da corrente
elétrica.

III. DESENVOLVIMENTO Fig. 4 – Circuitos k e l.


Foram realizados experimentos envolvendo circuitos de
corrente continua e circuitos de corrente alternada, Os valores teóricos foram calculados previamente a fim de
possibilitando a comparação entre os resultados teóricos e obter uma referência e viabilizar uma análise de maior
práticos obtidos. qualidade durante o procedimento experimental.
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 Circuito a 𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 5 − (4,3𝑚𝐴 × 1𝑘Ω) − 0,7𝑉 = 0𝑉


𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0,06𝑉
10𝑉 − 0,7𝑉
𝐼𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 1,97𝑚𝐴
4,7𝑘Ω
𝐼𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 1,9𝑚𝐴  Circuito f

𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 10𝑉 − (4,7𝑘Ω × 1,97𝑚𝐴) = 0,741𝑉 5𝑉 − 0,7𝑉 − (−5𝑉)


𝐼 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 1,63𝑚𝐴
𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0,6𝑉 4,7𝑘Ω
𝐼 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 1,6𝑚𝐴
𝑉𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0,741𝑉
𝑉𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0,6𝑉 𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 5𝑉 − (1,63𝑚𝐴 × 4,7𝑘Ω) − 0,7𝑉 = −3,361𝑉
𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = −3,34𝑉

 Circuito b
 Circuito g
𝐼𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0𝑚𝐴
𝐼𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0𝑚𝐴 0 − 0,7 − (−5𝑉)
𝐼 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 4,3𝑚𝐴
1𝑘Ω
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 10𝑉 − 0𝑉 = −10𝑉 𝐼 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 4,3𝑚𝐴
𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 10𝑉
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = (0,7 − 0,75)𝑉 = −0,05𝑉
𝑉𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0𝑉 − 10𝑉 = 𝑉 𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = −0,06𝑉
𝑉𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = −10𝑉

 Circuito h
 Circuito c
(5𝑉 − −0,7 + 5𝑉)
𝐼 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 1,63𝑚𝐴
0𝑉 − 0,7𝑉 − (−10𝑉) 5,7𝑘Ω
𝐼𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 1,97𝑚𝐴 𝐼 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 1,67𝑚𝐴
4,7𝑘Ω
𝐼𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 1,9𝑚𝐴
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = (+2,66 + 0,7)𝑉 = 3,36𝑉
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = (1,97𝑚𝐴 × 4,7𝑘Ω) − 10𝑉 = −0,741𝑉 𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 3,35𝑉
𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = −0,6𝑉

𝑉𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0𝑉 − (−0,741𝑉) = 0,741𝑉  Circuito i


𝑉𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0,6𝑉
5,3 11,3 4,3
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = + + = 4,09𝑉
3 3 3
 Circuito d 𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 4,75𝑉

𝐼𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0𝑚𝐴 (5,3 − 4,09)𝑉


𝐼1 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 12,1𝑚𝐴
𝐼𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0𝑚𝐴 100Ω
𝐼1 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 12,2𝑚𝐴
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = −10𝑉 − 0𝑉 = −10𝑉
𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = −10𝑉 (11,3 − 4,09)𝑉
𝐼2 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 72,1𝑚𝐴
100Ω
𝑉𝐷 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0𝑉 − (−10𝑉) = 10𝑉 𝐼2 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 71,5𝑚𝐴
𝑉𝐷 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 10𝑉
(4,09 + 4,3)𝑉
𝐼3 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 83,9𝑚𝐴
100Ω
𝐼3 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 85,0𝑚𝐴
 Circuito e

5𝑉 − 0,7𝑉
𝐼 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 4,3𝑚𝐴
1𝑘Ω
𝐼 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 4,3𝑚𝐴
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se as seguintes ferramentas: gerador AC, protoboard,


 Circuito j multímetro, osciloscópio, diodos 1N4007, diodos zener 3,3V e
4,7V e resistores 1kΩ e 100Ω.
11,3 4,3 Foram propostas três questões sobre AC, nas quais
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = + = 2,33𝑉 objetivou-se a análise da diferença de potencial, observando o
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𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 2,5𝑉 os ciclos positivos e negativos da fonte. O exercício a teve como
propósito o estudo de um retificador de meia onda. Para
(11,3 − 2,33)𝑉 registrar os valores, utilizou-se a função de captura de tela do
𝐼1 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 8,97𝑚𝐴 osciloscópio utilizado no experimento.
1𝑘Ω
𝐼1 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 8,9𝑚𝐴 O seguinte circuito foi analisado:

(2,33 + 4,3)𝑉
𝐼2 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 6,63𝑚𝐴
1𝑘Ω
𝐼2 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 6,9𝑚𝐴

(2,33 − 0,7)𝑉
𝐼3 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 1,63𝑚𝐴
1𝑘Ω
𝐼3 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 1,9𝑚𝐴

 Circuito k Fig. 5 – Circuito a – análise AC.

𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = (3,48 + 0,54 − 2,05)𝑉 = 1,97𝑉


𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 1,88𝑉 Sendo
𝑉𝑖𝑛 = 3𝑉 sin 𝜔𝑡 e R = 1kΩ,
(7,3 − 1,97)𝑉
𝐼1 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 53,3𝑚𝐴
100Ω temos que:
𝐼1 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 58,9𝑚𝐴

(1,97 + 4,3)𝑉
𝐼2 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 62,7𝑚𝐴
100Ω
𝐼2 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 59,0𝑚𝐴

(11,3 − 1,97)𝑉
𝐼3 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 9,3𝑚𝐴
100Ω
𝐼3 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0𝑚𝐴

 Circuito l

8,3 5,7
𝑉 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = + = 4,67𝑉
3 3
𝑉 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 4,60𝑉
Fig. 6 –Forma de onda da tensão de entrada do circuito.
(8,3 − 4,67)𝑉
𝐼1 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 3,63𝑚𝐴
1𝑘Ω
𝐼1 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 3,9𝑚𝐴

𝐼2 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 𝑁ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑧


𝐼2 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0𝑚𝐴

(4,67 − 0,7)𝑉
𝐼3 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 3,97𝑚𝐴
1𝑘Ω
𝐼3 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 3,9𝑚𝐴

Após análise dos circuitos em corrente continua foram


analisados os circuitos em corrente alternada aonde utilizaram-
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Fig. 7 –Forma de onda da tensão AC retificada Fig. 9 - Forma de onda da tensão de entrada do circuito

Fig. 8 – Forma de onda da tensão sob a resistência Fig. 10 - Forma de onda da tensão retificada
Através da aplicação da lei de Ohm foi possível obter de
forma teórica o valor da corrente sobre o diodo, onde:

𝑉𝑅 = 2,32𝑉

Ω = 1𝑘Ω

2,32𝑉
𝑖𝐷 = = 2,32𝑚𝐴
1𝐾Ω

Assumindo,

𝑉𝑖𝑛 = 10𝑉 sin 𝜔𝑡 e 𝑅 = 1𝑘Ω,

Foram obtidos através da análise do circuito, as seguintes


formas de onda:
Fig. 11 - Forma de onda da tensão sob a resistência

A corrente no diodo foi novamente definida através da lei de


Ohm, onde:

𝑉𝑅 = 9,2𝑉

Ω = 1𝑘Ω
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𝑅 = 1𝑘Ω

Fig. 14 - Circuito e diagrama de saturação.

9,2𝑉
𝑖𝐷 = = 9,2𝑚𝐴
1𝐾Ω

No exercício b, utilizou-se o diodo zenner com a finalidade


de promover uma queda de tensão no circuito, controlando
desta forma, a tensão de saída Vo.

Fig. 15 - Captura de imagem osciloscópio Vin x Vout

Fig. 16 - Circuito e diagrama de saturação.

Fig. 12 - Circuito b - análise AC.

Fig. 16 - Captura de imagem osciloscópio Vin x Vout

Fig. 13 - Circuito b – análise AC


No procedimento seguinte foi solicitado o diagrama de
saturação, relacionando as tensões Vin em sincronismo com Vo.
Assume-se: Fig. 17 - Circuito e diagrama de saturação.

𝑉𝑖𝑛 = 10𝑉 sin 𝜔𝑡


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Fig. 18 - Captura de imagem osciloscópio Vin x Vout Fig. 22 - Captura de imagem osciloscópio Vin x Vout.

Fig. 19 - Circuito e diagrama de saturação.

IV. CONCLUSÕES
Este trabalho apresentou o estudo sobre o comportamento de
correntes e tensões continuas e alternadas em diodos,
possibilitando o entendimento de forma prática e clara através
de sua aplicação em circuitos de variadas configurações. A
Fig. 20 - Captura de imagem osciloscópio Vin x Vout. comparação entre valores teóricos e práticos possibilitou a
visualização do efeito das condições ambientais sobre o diodo.
A utilização do diodo como limitador e retificador será de
grande importância ao decorrer da disciplina, na qual tais
elementos terão grande importância para estudo de outros
componentes e dispositivos associados.

V. REFERÊNCIAS
[1] MALVINO A. E BATES D.J. Eletrônica Volumes 1 e 2. Bookman/Mc
Graw Hill, 2007 (ou edições posteriores e anteriores).
Fig. 21 - - Circuito e diagrama de saturação.

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