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CRISTO, PAIXAO DE A expressão “paixão de Cristo” tem a sua origem na

tradução do infinitivo aorista do verbo pascho em Atos 1.3, onde Lucas diz que
Cristo “depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis
provas”. O verbo aqui colocado no particípio significa “sofrer”, e é frequentemente
usado para se referir aos sofrimentos e à morte de Cristo (Mt 26.21; 17.12), e
especificamente à morte de Cristo em Lucas 22.15; 24.26. A expressão não deve
ser confundida com as “paixões dos homens”, que se referem às emoções
humanas (At 14.15; Tg 5.17). O seu uso em relação a Cristo personifica a ideia
dos seus sofrimentos e da morte na cruz.

(WYCLIFFE, 2007) CRISTO, HUMILHAÇÃO DE O título “Cristo" quer dizer


“ungido": refere-se ao ofício que é desempenhado como consequência do
propósito de salvação e redenção oferecidos por Deus. É mais adequado,
portanto, falar, em primeiro lugar, em termos da humilhação do Filho de Deus.
Aquele título evidencia a sua identidade eterna e Divina, e a sua humilhação só
pode ser entendida no contexto de tal dignidade. Teria sido uma humilhação para
o eterno Filho de Deus vir a este mundo e tornar-se homem sob as condições
terrenas mais ideais, uma humilhação simplesmente por causa da disparidade
entre Deus e o homem. No entanto, não foi a um mundo ideal que o Filho de Deus
veio, mas a este mundo de pecado, de sofrimento e de morte. Todas as
circunstâncias da sua vinda foram condicionadas por esses fatos. Ele não veio
somente para lidar com o pecado, o sofrimento e a morte; Ele os tomou sobre si,
como aquele que pagaria pelos pecados, para dar fim ao pecado e abolir a morte
para o seu povo, A cruz de Cristo foi uma auto humilhação que chegou aos
níveis mais baixos que se pode imaginar. Devido à dignidade da sua pessoa
como aquele que sempre foi “em forma de Deus" e igual a Deus” (Fp 2.6), e à
condenação que Ele tomou sobre si mesmo, como aquele que pagaria pelos
pecados, não existe um paralelo para essa humilhação; ela é inimitável e
impossível de se repetir,

1 - A humilhação começou com a geração no útero por meio do Espírito Santo e


na concepção por uma virgem, A entrada e o desenvolvimento no útero de uma
mulher que era pecadora, como todos os demais membros da sua raça, indicam a
sua condescendência. Jesus não compartilhou do pecado de Maria, mas
compartilhou a sua essência.

2 - As condições nas quais Jesus nasceu em Belém expressam a humilhação por


meio da qual Ele deveria cumprir o plano da sua vinda.

3 - A humilde condição de vida em Nazaré,

4 - O batismo por João no Jordão, 5 - a tentação no deserto, 6 - os sofrimentos


com: o cansaço, a fome e a sede, as perseguições, as zombarias e os insultos
durante o seu julgamento perante o sumo sacerdote e Pilatos, a agonia no
Getsêmani - tudo exemplifica a humilhação sofrida, que chegou ao seu
clímax no Calvário. A humilhação não terminou na cruz. O seu espírito foi para o
paraíso, mas o seu corpo ficou no sepulcro. O Filho de Deus estava no sepulcro,
no que diz respeito ao seu corpo, e Ele esteve sob o poder da morte durante
algum tempo. A humilhação terminou somente com a ressurreição. A
ressurreição foi a primeira etapa daquela honra por meio da qual lhe é conferida a
maior exaltação que se possa imaginar (Fp 2.9). Veja Esvaziamento.

Fp 2:5 “Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar (sentimento/atitude) de


Cristo Jesus,”

Modo de pensar, disposição para realizar algo/atitude, fazer o bem, tendo


consciência do bem que faz e desejando fazer este bem, ou de modo mais
simples, “fazer de boa vontade”. Algumas pessoas fazem o bem de má vontade,
não desejando, por força/imposição de outro.

Fp 2:6 “que, mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a
Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo”
Existindo na forma...antes do nascimento, ele já existia como Deus. Em seguida,
ele não se recusou abrir mão dos privilégios que possuía como Deus, não se
apegou aos seus privilégios, não considerou que estes privilégios como algo o
qual ele não poderia renunciar.

Fp 2:7 “Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se


semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana,”

Se esvaziou > se tornar nada, anular-se, tornar-se com nenhum valor se


comparado ao que ele tinha, significa que voluntariamente ele assumiu a
carne/natureza humana com todas as suas fragilidades junto. O esvaziamento
significa que ele como Deus, veio como servo, assumiu a posição mais humilde
(Este é o Jesus que vemos lavando os pés de seus discípulo, assumindo a função
exercida pelo escravo da casa).

Ele veio para servir ao Pai obedecendo a aliança, servir aos homens e como
homem estava sujeito as todas as limitações e fragilidades humanas.

Fp 2:8 “ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”

Paulo destaca que sua morte não foi de um tipo qualquer, mas foi morte de cruz.
Porque era a forma mais cruel, dolorosa e vergonhosa,

De acordo com Moises quem morria no madeiro, deveria ficar pendurado somente
até o fim do dia e depois deveria ser removido, porque segundo a Lei, quem morre
pendurado no madeiro é maldito de Deus/ é maldição.

Para os romanos era o pior tipo de morte, eles colocavam os crucificados a


margem das estradas para exemplo do que acontecem com os criminosos ou nas
entradas das cidades, em lugares mais altos, como o alto do monte do gólgota
onde Cristo foi crucificado, para ser visto por todos. Além da dor dos pregos, havia
também a zombaria da multidão que passava, esse tipo de morte representava a
completa destruição da pessoa, destruição física, moral, psicológica, espiritual e
de sua reputação.
Fp 2:9 “ Por isso também Deus o exaltou de maneira superior (sobremaneira),
com Glória ainda maior do que ele tinha antes.

Deus lhe deu autoridade plena no céu e na terra

A HUMILHAÇÃO DO FILHO DE DEUS (Fp 2:5-11)

Ilustração:

 Daí porque o título “A HUMILHAÇÃO DO FILHO DE DEUS” e não a


humilhação de Jesus (salvador), ou do Cristo (ungido de Deus, messias)
fala de sua missão, mas sim do Filho de Deus, porque fala de sua natureza
e posição como Deus.

 Não estamos falando de um homem que saiu da posição de gerente


pra sub gerente, de diretor para vice diretor em uma grande empresa, não
se trata um homem saindo de uma posição para outra, mas sim de Deus
que se fez homem. Mas para entender isso, você precisa pensar sobre
quem é Deus e quem é o homem (poder, espaço, tempo, sabedoria). Mais
do que isso, qual a posição que Deus ocupava e qual a posição que ele
passou a ocupar.

João 17 diz que antes de vir ao mundo: ele já era um com o pai, tinha Glória
com o Pai, antes do mundo existir Deus já havia lhe dado um povo e que ele
veio ao mundo com a missão de conquistar esse povo e trazê-lo para si.

Jo 17:1-2 “Depois de dizer essas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: -
Pai, é chegada a hora. Glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti, 2.assim
como lhe deste autoridade sobre a humanidade, a fim de que ele conceda a vida
eterna a todos os que lhe deste.” Fala sobre a missão de Jesus de conceder a
vida eterna

Jo 17:3 “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, a quem enviaste”
Jo 17:4 “Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer”

Jo 17:5 “E agora, ó Pai, glorifica-me contigo mesmo com a glória que eu tive junto
de ti, antes que houvesse mundo”

 Portanto, dizer que Jesus é o Filho de Deus, destaca sua identidade


eterna e Divina, e a sua humilhação só pode ser entendida percebendo
tamanha dignidade.

 Teria sido uma humilhação para o eterno Filho de Deus vir a este
mundo e tornar-se homem sob as condições terrenas mais ideais, uma
humilhação simplesmente por causa da disparidade/diferença entre Deus e
o homem.

No entanto, não foi a um mundo ideal que o Filho de Deus veio, mas a este mundo
de pecado, de sofrimento e de morte. Todas as circunstâncias da sua vinda foram
condicionadas por esses fatos. Ele não veio somente para lidar com o pecado, o
sofrimento e a morte; Ele os tomou sobre si, como aquele que pagaria pelos
pecados, para dar fim ao pecado e abolir a morte para o seu povo,

Como Deus Jesus foi humilhado ao: se fazer homem; ao viver em um mundo de
pecado, com todas as suas consequências (sofrimento e morte);

Como Deus que se fez homem, ele foi humilhado ao: estar sujeito a todos os
sofrimentos que o mundo impõe e por fim sujeito a morte; mas sobretudo pelo
modo cruel e vergonhoso como morreu ao ser crucificado.

Fp 2:5 “Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar (sentimento/atitude) de


Cristo Jesus,” Fp 2:6 “que, mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o
ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo”

 Ele não se recusou abrir mão dos privilégios que possuía como
Deus, não se apegou aos seus privilégios, não considerou que estes
privilégios como algo que ele não poderia renunciar.

 Retomando o verso 5. Modo de pensar, disposição para realizar


algo/atitude (atitude certa acompanhada de disposição para fazer), fazer o
bem, tendo consciência do bem que faz e desejando fazer este bem, ou de
modo mais simples, “fazer de boa vontade”. Algumas pessoas fazem o bem
de má vontade, não desejando, por força/imposição de outro.

Fp 2:7 “Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma (essência humana)


de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em
figura (aparência externa) humana,”

 Se esvaziou > se tornar nada, anular-se, tornar-se com nenhum


valor se comparado ao que ele tinha, significa que voluntariamente ele
assumiu a carne/natureza humana com todas as suas fragilidades
junto. O esvaziamento significa que ele como Deus, veio como servo,
assumiu a posição mais humilde (Este é o Jesus que vemos lavando os pés
de seus discípulos, assumindo a função exercida pelo escravo da casa).

 Ele veio para servir ao Pai obedecendo a aliança, servir aos homens
e como homem estava sujeito as todas as limitações e fragilidades
humanas.

Fp 2:8 “ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”

 Paulo destaca que sua morte não foi de um tipo qualquer, mas foi
morte de cruz. Porque era a forma mais cruel, dolorosa e vergonhosa,

 De acordo com Moises quem morria no madeiro, deveria ficar


pendurado somente até o fim do dia e depois deveria ser removido, porque
segundo a Lei, quem morre pendurado no madeiro é maldito de Deus/ é
maldição.

 Para os romanos era o pior tipo de morte, eles colocavam os


crucificados a margem das estradas para exemplo do que acontecem com
os criminosos ou nas entradas das cidades, em lugares mais altos, como o
alto do monte do gólgota onde Cristo foi crucificado, para ser visto por
todos. Além da dor dos pregos, havia também a zombaria da multidão que
passava, esse tipo de morte representava a completa destruição da
pessoa, destruição física, moral, psicológica, espiritual e de sua reputação.
Foi reservada para os escravos, o mais baixo dos criminosos e inimigos do
Estado. Nenhum cidadão romano poderia ser crucificado, não importa o
quão notório o seu crime. Em seu livro A Vida de Cristo, Frederick Farrar
descreve a crucificação apresentando como: um tipo de condenação que
parece incluir se não todas, mas diversas formas de dor, câimbras,
tonturas, horrível medo, sede, fome, falta de sono, febre traumática, a
vergonha da exposição pública, duradouros tormentos, horror de
antecipação da morte, a dor e as feridas todas intensificadas apenas até ao
ponto em que eles podem ser suportados em tudo, parando ao ponto em
que daria ao doente o alívio da inconsciência, cada movimento doloroso; as
veias lacerados e tendões esmagados pulsava com a angústia incessante”

 parando apenas curto, do ponto o que daria ao doente o alívio da


inconsciência .... A posição não natural feito cada movimento doloroso; as
veias lacerados e tendões esmagados pulsava com a angústia incessante

 A cruz de Cristo foi uma auto humilhação que chegou aos níveis
mais baixos que se pode imaginar. Devido à dignidade da sua pessoa
como aquele que sempre foi “em forma de Deus" e igual a Deus” (Fp
2.6), e à condenação que Ele tomou sobre si mesmo, como aquele que
pagaria pelos pecados, não existe um paralelo para essa humilhação;
ela é inimitável e impossível de se repetir,

1 - A humilhação começou com a geração no útero por meio do


Espírito Santo e na concepção por uma virgem, A entrada e o
desenvolvimento no útero de uma mulher que era pecadora, como
todos os demais membros da sua raça, indicam a sua condescendência.
Jesus não compartilhou do pecado de Maria, mas compartilhou a sua
essência.

2 - As condições nas quais Jesus nasceu em Belém expressam a


humilhação por meio da qual Ele deveria cumprir o plano da sua vinda.

3 - A humilde condição de vida em Nazaré,


4 - O batismo por João no Jordão,

5 - A tentação no deserto,

6 - Os sofrimentos com: o cansaço, a fome e a sede, as perseguições,


as zombarias e os insultos durante o seu julgamento perante o sumo
sacerdote e Pilatos, a agonia no Getsêmani - tudo exemplifica a
humilhação sofrida, que chegou ao seu clímax no Calvário (enquanto
homem).

A humilhação não terminou na cruz. O seu corpo ficou no sepulcro. O Filho de


Deus estava no sepulcro, no que diz respeito ao seu corpo, e Ele esteve sob o
poder da morte durante algum tempo. A humilhação terminou somente quando
Jesus venceu a morte e nesse momento, também iniciou sua exaltação.
Oremos.

 a fonte (2:9 a), o título (2:9 b), a resposta (2:10-11a), e da finalidade


(2:11 b)

Fp 2:9 “Por isso também Deus o exaltou de maneira superior (sobremaneira), com
Glória ainda maior do que ele tinha antes.

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