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TRABALHOS DE ACABAMENTO:

Vedação Vertical
- Esquadrias: passagem de agentes: interno (visão, ar e calor); externo (ar, intempéries)

Revestimento de paredes:
- Chapisco: serve para dar aderência
- Emboço: serve para regularizar a base, corrigindo irregularidades. Sobre o emboço é aplicada a
impermeabilização.
- Reboco: acabamento final, pronto para receber pintura ou outros revestimentos.

Revestimento de pisos
Revestimento de forros
Painéis e divisórias
Pinturas: tipos, escolhas adequadas e aplicação
Sistemas Prediais: instalações elétricas e hidrossanitárias

DESEMPENHO X DURABILIDADE X VIDA ÚTIL

O produto deve apresentar certas propriedades para cumprir a função quando sujeito a certas ações.

Quanto mais durabilidade a obra tiver, maior será a sua vida útil, e menores serão os gastos com
manutenção.

EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO:
- Segurança: segurança estrutural, segurança no uso e na operação e segurança contra o fogo
- Habitabilidade: estanqueidade, desempenho térmico e acústico, saúde, higiene, qualidade do ar,
funcionalidade e acessibilidade (desempenho e funcionalidade)
- Sustentabilidade: permanência dos sistemas por um determinado tempo (durabilidade, manutenção e
impacto ambiental)

Consequências das ações ambientais nas edificações: deformações, trincas, fissuras, infiltração e
goteiras.

Erros de acabamento podem causar descolamentos.

IMPERMEABILIZAÇÃO: serve para proteger a construção contra a passagem de fluídos (líquidos e


gasosos), garantindo a salubridade dos ambientes para a segurança e o conforto dos usuários.

PATOLOGIAS: são manifestações que prejudicam o desempenho esperado das estruturas.


- Descascamento/deslocamento do revestimento
- Corrosão de armaduras: reação química entre metais, água e oxigênio.
- Queda de marquise: pode ser causada por falhas na execução, sobrecarga, falta de escoramentos,
corrosão da armadura e infiltração de água.

As principais patologias são: trincas, fissuras, umidade, infiltração, deslocamento de rebocos e pisos, e
corrosão da armadura.

As patologias em uma construção normalmente surgem por causa do erro de projeto, do erro de
execução, do uso inadequado dos materiais e da falta de manutenção.

O concreto com porosidade (espaços vazios) permite a passagem de água em seu interior, podendo
causar infiltração e corrosão da armadura.
A corrosão de armaduras gera a expansão da armadura, causando diminuição da resistência do
concreto.
É preciso prevenir as patologias para que não se tenha gastos com reformas e manutenção, ou seja, é
mais fácil prevenir os problemas ao invés de corrigi-los.

Principais manifestações:
- Deformações e fissuras
- Eflorescências
- Deslocamentos/descolamentos
- Deterioração dos materiais
- Aparecimento de mofo e bolores

As consequências da umidade sobre as edificações:


- Goteiras: pode ser causada por falta de calhas, inclinação incorreta do telhado, posicionamento
incorreto de calhas ou telhas e telhas quebradas.
- Manchas: são causadas pelo acúmulo de água nos materiais sujeitos a umidade.
- Mofo: é o desenvolvimento de fungos que irão causar deterioração dos materiais.
- Oxidação: é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade.
- Infiltração: acúmulo de água nos elementos
- Eflorescência: formação de cristais que se depositam nos materiais, causados pela umidade.
- Criptoflorescência: formação de sais que formam grandes cristais, aumentando muito de volume e
causando a desagregação dos materiais (grau elevado de eflorescência).

Formas de manifestação da umidade:


- Infiltração
- Umidade de obra
- Umidade acidental
- Água sob pressão
- Água de percolação
- Água de condensação
- Umidade do solo/ascencional

IMPERMEABILIZAÇÃO: conjunto de técnicas e serviços com o objetivo de proteger as construções


contra a passagem de fluídos, vapores e umidade, aumentando a vida útil das estruturas.

Impermeável: não permite a passagem de fluídos.

Os impermeabilizantes garantem a durabilidade da construção evitando patologias que surgem com a


umidade ou mesmo a proliferação de fungos e bactérias em locais úmidos.

As principais funções da impermeabilização são:


- Evitar a corrosão da armadura do concreto
- Proteger as estruturas da umidade, intempéries, manchas e fungos
- Aumentar a vida útil das estruturas
- Garantir ambientes salubres

A impermeabilização deve ter um projeto específico para detalhar os produtos e a forma de aplicação
de impermeabilização para cada obra.

O ideal é incluir a impermeabilização no projeto, prevendo seu peso, espessura, caimento e encaixes,
além de detalhar sua localização exata, em harmonia com os projetos hidráulicos e elétricos.

Fazer a impermeabilização durante a obra é mais fácil e econômico do que executá-la posteriormente
quando surgirem os problemas com a umidade, portanto é mais fácil prevenir os problemas ao invés de
corrigi-los.
As medidas adotadas posteriormente a execução da obra, e portanto sem previsão no projeto, irão gerar
custos adicionais, dificuldades operacionais.

IMPERMEABILIZAÇÃO X CUSTOS
- Antes: custo com impermeabilização de 1 a 3% do custo total de uma edificação
- Depois: custo com impermeabilização de 5 a 10% do custo total de uma edificação

Gasta-se menos quando o cuidado está previsto em projeto.

REQUISITOS GERAIS PARA IMPERMEABILIZAÇÃO:


- Evitar a passagem de fluídos e vapores
- Proteger as estruturas dos agentes agressivos
- Proteger o meio ambiente dos agentes contaminantes
- Possibilitar sempre que possível acesso à impermeabilização

DOCUMENTOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO:

- Desenhos:
- Plantas de localização e identificação das impermeabilizações
- Detalhes genéricos e específicos que descrevem todas as soluções de impermeabilização

- Textos:
- Memorial descritivo de materiais e camadas de impermeabilização
- Memorial descritivo de procedimentos de execução

O projeto de impermeabilização deve ser compatível com todos os elementos e detalhes, para não
causar interferências no projeto.

ANTEPROJETO:
É preciso prever:
- Espessuras das lajes
- Desníveis nas lajes
- Posicionamento de pilares
- Tipo, posição e diâmetro das tubulações que passam pelas lajes
- Tipo, posição e diâmetro dos ralos

Qualidade da execução da impermeabilização:


Recorrer sempre à mão de obra especializada na aplicação dos materiais impermeabilizantes, pois
melhor que seja o material ou sistema empregado, de nada adianta se o mesmo for mal aplicado.
Às vezes os problemas ocorrem pelo fato dos materiais serem mal aplicados, mesmo que sejam de boa
qualidade.

Qualidade da construção:
A impermeabilização sempre deve ser executada de forma a não sofrer interferência que comprometa
seu desempenho, tais como: regularização mal executada, fissuração do substrato, falhas de
concretagem, sujeiras, resíduos de desmoldantes, ralos e tubulações mal chumbadas.

Preservação da impermeabilização:
Deve-se impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por terceiros como colocação de
pregos, luminárias, para-raios, antenas, pisos e revestimentos.

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA IMPERMEABILIZAÇÃO:


- Comportamento físico da estrutura (estrutura rígida ou flexível)
- Atuação da água
Material escolhido a partir: do desempenho do material e do método construtivo (compatibilidade
construtiva)

QUANTO A ATUAÇÃO ÁGUA:


- Água sob pressão: água confinada, exercendo força hidrostática (subsolos, caixas d’água, piscinas,
etc.).
Água sob pressão positiva: água empurra contra a estrutura. Ex: piscinas
Água sob pressão negativa: umidade penetra através da estrutura e empurra a impermeabilização. Ex:
subsolo.
- Água de percolação: livre escoamento de água, não exercendo pressão hidrostática (água da chuva).
Ex: terraços e coberturas.
- Água de condensação: água que atua sobre as superfícies em função da condensação da umidade
presente, não exercendo pressão hidrostática.
- Umidade do solo ou ascencional: é a ação da água sobre elementos em contato com bases alagadas ou
solo úmido.

ÁREAS A SEREM IMPERMEABILIZADAS:

- Telhados e coberturas planas


- Paredes de alvenaria
- Baldrames
- Terraços e áreas descobertas
- Calhas
- Caixas d’água e piscinas
- Áreas molhadas: banheiros, áreas de serviços, lavanderias
- Marquises: pequenas coberturas na porta de entrada
- Paredes externas sujeitas as intempéries (chuvas, ventos, neve)
- Junta de dilatação estrutural e lesões em estruturas
- Esquadrias, peitoris de janelas e soleiras de portas externas
- Muros de arrimos
- Água contida no terreno, que sobe por capilaridade, ou se infiltra em subsolos, abaixo do nível
freático etc

IMPERMEABILIZAÇÃO:

Requisitos do usuário:
- Segurança estrutural: estabilidade da estrutura para que ela tenha o desempenho esperado (segurança
no uso e na operação, segurança contra o fogo)
- Habitabilidade: estanqueidade (funcionalidade e desempenho)
- Sustentabilidade: durabilidade (permanência de um sistema por um determinado tempo)

ESTANQUEIDADE: é a propriedade de impedir a penetração ou passagem de fluídos em uma


construção.

Para que um sistema de impermeabilização funcione, deve-se observar o grau de fissuração, a


deformação, a movimentação térmica, a geometria da peça, o material onde o sistema será aplicado e o
local na edificação.

Cuidados preliminares: antes de iniciar a impermeabilização é preciso:


- Verificar se a área está seca, pois a impermeabilização deve ser aplicada em local seco para garantir a
aderência entre os materiais.
- Verificar se não há acúmulo de argamassa
- Medir a área a ser impermeabilizada e indicar locais de ralos, tubulações, declives e caimentos
PARTES DE UM SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO:
1° - Base: definir exigências do sistema de impermeabilização em função do grau de fissuração, da
deformação em função das cargas, da movimentação térmica e da geometria das peças.
2° - Camada de Regularização: tem a função de regularizar a base (substrato), corrigindo
irregularidades, arredondar cantos e arestas (raio mínimo de 8 cm), e dar caimento mínimo a
impermeabilização (1% ou 2%).
3° - Camada de Impermeabilização: serve de barreira contra a passagem de fluídos.
4° - Camada de Separação: serve para evitar a aderência de outros materiais sobre a impermeabilização.
5° - Camada de Proteção Térmica: serve para proteger a camada impermeável dos danos causados pela
temperatura.
6° - Camada de Proteção Mecânica: serve para proteger a camada impermeável contra a ação dos
esforços.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FLEXIBILIDADE:

Dependendo do tipo de aplicação, as impermeabilizações podem ser rígidas ou flexíveis.


- Rígido: argamassa com aditivo impermeabilizante
- Flexível: emulsões e mantas

IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA: aplicada em estruturas não sujeitas a movimentações.


- São impermeabilizantes que não apresentam a propriedade de trabalharem com a estrutura principal
da edificação.
- Aditivos que preenchem todos os vazios dos poros, impedindo a acumulação da água
- Misturados ao concreto e argamassas

Indicados para locais não sujeitos à:


- Movimentação
- Forte exposição solar
- Variações térmicas e vibração

Exemplos:
- Reservatórios, piscinas e caixas d’água (enterrados)
- Fundações (alicerces)
- Subsolos
- Pisos em contato com o solo
- Paredes de encosta
- Muros de arrimo
- Poços de elevadores

Camada estanque (camada impermeável) é aplicada diretamente sobre a base e geralmente sem outras
camadas complementares.
Tipos:
- Argamassa impermeável: argamassa com cimento, areia e aditivo impermeabilizante.
Antes de aplicar, verificar se a superfície está seca, limpa e sem fissuras. Aplicada em piscinas,
reservatórios e em umidade vinda do solo em geral (baldrames e piso em contato com o solo).

- Argamassa polimérica: impermeabilização aplicada em substrato de concreto ou alvenaria. Aplicada


em reservatórios e piscinas, subsolos, paredes, pisos, baldrame etc.

- Cristalizantes: são compostos químicos que em contato com a água de infiltração geram uma barreira
impermeável. Aplicada em áreas sujeitas à umidade, reservatórios, piscinas, baldrames.

- Cimento polimérico: forma uma pasta cimentícia resistente à umidade que sobe pelas paredes e
fundações.

- Epóxi: revestimento com grande resistência mecânica e química. É usada para a impermeabilização de
estruturas de concreto, metálicas e argamassas.

IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL: aplicada em estruturas com características elásticas, sujeitas a


movimentações.

Exemplos:
- Lajes de cobertura
- Sacadas
- Terraços
- Pisos de cozinha, banheiro e lavanderia
- Reservatórios elevados

Sistema flexível moldado no local: é preciso preparar e regularizar as superfícies.


Membranas asfálticas e poliméricas

- Membrana de emulsão asfáltica: asfalto diluído na forma de emulsão (asfalto frio).


O substrato deve estar limpo.
A emulsão asfáltica é utilizada para preparar a base para recebimento de impermeabilização como
manta asfáltica ou mesmo para constituir membranas moldadas in loco sendo reforçadas com telas.
Usada em baldrames e blocos de fundação.

- Membrana asfáltica com elastômero: asfalto fundido. Substrato deve estar limpo, regular e com
declividade adequada. Aplicada com asfalto quente para garantir a aderência entre a membrana e o
substrato.

- Membrana de base acrílica:


- Sem adição ou com adição de cimento.
- Indicada para superfícies não muito grandes e protegidas.
- Usada em sheds, coberturas inclinadas, telhas pré-moldadas
Sistema flexível pré-fabricado: é preciso preparar e regularizar as superfícies.
Mantas asfálticas e poliméricas

- Mantas asfálticas:
- Compostas por mantas pré-fabricadas de asfalto oxidado (3 a 5mm) ou modificado com polímeros
- Indicada para estruturas sujeitas à movimentação e com grandes dimensões
- Fornecida em rolos, com variadas espessuras

Preparo da superfície:
- Substrato seco, firme, sem trincas, sem elementos estranhos
- Verificar todas as tubulações que ficarão entre a superfície e a impermeabilização
- Cuidado com tubulações de PVC
- Caimento mín 1% em direção aos coletores.
- Aplicar camada de imprimação de forma homogênea, aguardando sua total secagem.

Aplicação c/ auxílio de maçarico:


- Posicionar os rolos de forma alinhada
- A colagem deve ser inciada pelos ralos e coletores de água, vindo no sentido das extremidades
- A aplicação da manta é feita aquecendo-se a superfície da manta e do substrato. Logo que o plástico
de polietileno encolher e o asfalto brilhar, é quando deve-se colar.
- É importante verificar que não há bolhas de ar

Cuidados Finais:
- Fazer o teste com lâmina d´água, no mínimo 72 horas
- Colocar camada separadora: papel Kraft
- Lançar argamassa para proteção mecânica

- Manta de PVC:
- Necessita de proteção mecânica
- Usada em túneis, subsolos, fundações, telhados e coberturas.

- Mantas PEAD: laminada flexível de Polietileno de Alta Densidade


- Usada em aterros sanitários, tanques de tratamento de esgoto, lagos artificiais e tanques de criação de
peixes.
- Mantas EPDM: Elastomérica de etileno-propilenodieno-menômero
Necessita de duas camadas de proteção:
- Amortecimento: serve para proteger a camada impermeável contra a ação dos esforços.
- Berço: serve para proteger a camada impermeável contra agressões provenientes do substrato
- Usada em reservatórios, lagos artificiais e tanques de criação de peixes, canais de irrigação e
coberturas.

- Mantas TPO - termoplástica de poliolefina:


- Membrana flexível
- Pode ser aplicada diretamente sobre o material da cobertura
- A fixação é feita com parafusos e arruelas e as sobreposições são soldadas
- Usada em coberturas

DETALHAMENTOS
- No box de banheiro, subir a impermeabilização 1m acima do piso acabado
- Cuidar ralos e tubulações
- Nas áreas frias, a impermeabilização deve subir no rodapé 40 cm acima do piso acabado
- Subir a impermeabilização 15 cm acima da banheira
- Nos rodapés, paredes e muros a impermeabilização deve subir de 30 a 40 cm do piso acabado

FALHAS MAIS COMUNS NA IMPERMEABILIZAÇÃO:

Falhas na qualidade dos materiais: adulteração por parte do fornecedor (produto de má qualidade) ou do
aplicador (aplicação incorreta do material).
Muitas vezes os problemas nas estruturas não ocorrem pelos materiais serem de má qualidade, mas pelo
uso inadequado dos materiais.

Falhas na execução:
- Falta de camada de regularização
- Não arredondamento de cantos e arestas
- Impermeabilização aplicada sobre base úmida ou suja
- Falhas em emendas

Falhas básicas:
- Ausência de projeto
- Uso inadequado de materiais ou sistemas

Falhas de detalhes:
- Falhas nas juntas
- Ausência de rodapé de impermeabilização
- Falta de proteção mecânica

Falhas de utilização e manutenção:


- Danos causados na obra pela colocação de peso excessivo (entulho, equipamentos) sobrea
impermeabilização
- Perfuração da impermeabilização sem qualquer reparo, após a instalação de antenas, varais, etc.

Manutenção e reparos:
Problema com a impermeabilização: pode ser infiltração por calhas, condensação, platibandas,
tubulações, etc.

TESTES:
- Juntas de dilatação: fazer barragem de tijolos ao redor da junta e encher de água. Verificar se vaza.
- Rodapés: jogar água sobre a parede ou platibanda com uma mangueira
- Ralos: fechar a saída do ralo e encher de água até a borda. Se vazar o defeito é no ralo ou nas
tubulações
- Platibandas: verificar se há rachaduras na face externa, causando infiltração
- Se os defeitos forem na impermeabilização só resta retirar o material danificado e substituí-lo
Quando ocorrem patologias é preciso retirar o que precisa ser corrigido, verificar se a estrutura não
perdeu o seu desempenho e fazer um reforço estrutural.

ESQUADRIAS:

Esquadria: sistema de vedação de vãos com portas, janelas, persianas e venezianas, executados em
madeira ou plástico. Elementos de vedação das aberturas.

Caixilho: vedação de vãos por meio de portas e janelas executados em metal, seja de ferro ou alumínio.

FUNÇÕES DAS ESQUADRIAS:

- Iluminação: promove a iluminação de um ambiente por meio da entrada de luz natural


- Ventilação: aberta a esquadria, há circulação do ar do ambiente pela entrada de ar externo
- Isolamento: proporciona isolamento térmico e acústico
- Acesso: controle de entrada e saída (trânsito de pessoas e veículos)

As esquadrias têm função de garantir iluminação (entrada de luz), ventilação (entrada de ar),
isolamento térmico e acústico, e acesso de pessoas e veículos.

Projeto de esquadrias e sua confecção devem:


- Atender as especificações e detalhes estabelecidos em normas técnicas
- As exigências do usuário
- Ser adequadas à composição arquitetônica quanto a: utilização, dimensão, forma, textura, cor e
desempenho.

Desempenho:
 Segurança estrutural
 Segurança contra incêndio
 Segurança no uso e operação
 Estanqueidade
 Desempenho térmico
 Desempenho acústico
 Desempenho lumínico
 Durabilidade e manutenção
 Saúde
 Funcionalidade
 Adequação ambiental
Principais condições do sistema:

- Estanqueidade ao ar: proteger o ambiente da passagem de ar que possam causar prejuízo ao conforto
do usuário e gastos adicionais de energia para climatização (frio, calor)
- Estanqueidade à água: proteger o ambiente interno da passagem de água (infiltração)
- Resistência a cargas distribuídas: suportar pressões de vento estabelecidas nas normas técnicas
- Resistência ao manuseio: suportar os esforços provenientes de operações e manuseio
- Comportamento acústico: diminuir os sons provenientes de ambientes externos

Classificação quanto à função:


- Janelas: controle de ventilação, iluminação e entrada de insetos
- Portas: controle de fluxo de pessoas, isolamento térmico e acústico
- Outros: telas, grades, portões, alçapões de manutenção, brises.

Alçapões: portas horizontais que ficam entre dois pavimentos.

Classificação quanto ao material:

- Madeira: pintada ou natural


- Alumínio: anodizado ou pintado
- Aço: chapa dobrada ou perfilados
- Sintéticos: PVC
- Vidro: auto-portantes
- Concreto: partes da esquadria

ESQUADRIAS DE MADEIRA:

- Elemento versátil de fácil adaptação em qualquer projeto


- Deve ser protegida da umidade
- Deve ser tratada contra fungos e cupins
- Deve estar devidamente seca antes da fabricação
- Deve ser de primeira qualidade
- É preciso pintura de proteção com verniz periodicamente para manutenção de sua textura e beleza

Porta Maciça: indicada para uso externo em estilos rústicos, podendo ficar sujeita a intempéries.

Porta semi-oca: miolo com enchimento de sarrafos espaçados reforçado no local da fechadura e com
ambas as faces revestidas com lâminas acabadas de madeira.

Vantagens:
- Esquadria estruturada: pode ser instalada com ou sem vidros
- Manutenção da pintura: a repintura é fácil
- Maiores opções de escolha

Desvantagens:
- Esquadria personalizada tem custo superior, dependendo do tipo de madeira
- Baixa durabilidade e segurança
- Exigência de um tratamento anti-pragas
- Tendência ao inchamento: quando não impermeabilizada, a esquadria absorve água e aumenta de
volume, prejudicando o seu desempenho
ESQUADRIAS METÁLICAS DE FERRO E AÇO:

- Elemento adaptável a qualquer projeto arquitetônico


- Toda a ferragem deve ser lixada e limpa com solvente antes da pintura
- Não recomendado para regiões litorâneas devido a presença de salinidade
- Maior segurança, pois tem maior rigidez sem necessidade de reforço estrutural na esquadria
- Geralmente tem necessidade de pintura
- As portas em geral são instaladas já montadas

O metal é mais rígido que a madeira, ou seja, está menos sujeito a deformações.

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO:

- Elemento leve e adaptável a qualquer projeto arquitetônico


- É encontrado comercialmente em diversas cores e padrões
- Tem resistência a salinidade (indicado em áreas litorâneas)
- Diminui o fator psicológico no aspecto “segurança”
- Muito utilizado em edifícios residenciais e comerciais
- O alumínio natural não precisa de pintura
- Não deve receber respingos de argamassa ou concreto, pois sofre reação com a cal, manchando a peça

ESQUADRIAS DE PVC:

- Material durável, de baixa manutenção


- Material de alto isolamento térmico
- Elemento leve e adaptável a qualquer projeto arquitetônico
- Diminui o fator psicológico no aspecto “segurança”
- Não precisa de pintura
- Verificar se o produto é resistente à ação dos raios ultravioletas
- Maior resistência e estanqueidade maiores em relação aos outros materiais, por causa do reforço
interno em aço galvanizado e cantos soldados

Durabilidade: material durável (tempo de vida útil gira em torno de 35 a 40 anos)

Praticidade: a superfície não absorve partículas de poeira e sujeira, por isso, são portas e janelas
apropriadas para hospitais, laboratórios, berçários.

Segurança: Proteção nos casos de:


- Arrombamentos: são reforçadas com aço galvanizado, travas internas de segurança, ausência de
pontos vulneráveis
- Fogo: é um material não inflamável (resistência contra o fogo)

Vantagens:
- Não sofrem corrosão, não enferrujam
- Resistentes às intempéries
- Não racham
- Não mancham
- Não perdem o brilho
- Não apodrecem

Após a instalação e fixação da janela, deve-se vedar as frestas entre os batentes e o vão de instalação
com silicone.

ESQUADRIAS DE CONCRETO: molduras que servem para separar ambientes. Podem ser fixados
vidros.
PORTAS DE MADEIRA:

Componentes das portas:


- Batente ou marco: elemento fixo que fica ao redor do vão da parede onde se prende a folha da porta.
Elemento fixo que fica ao redor da esquadria
- Cunha: serve para fixar e travar o batente da esquadria
- Guarnição: peça fixada ao batente
- Folha (fechadura): parte móvel da porta (abre e fecha)
- Batedeira (mata-junta): peça de madeira utilizada para vedar a fresta entre duas folhas. Acabamento
para esconder as frestas. É feito de argamassa ou espuma expansiva
- Ferragens: peças metálicas para fixação e movimentação das esquadrias

Marco: batente com largura menor que a parede


Caixão: batente com a largura da parede (10 a 25 cm)

PORTAS BLINDADAS:
- Possui placa com aço de alta resistência mecânica
- Pode ser produzida em diversos modelos: com dobradiças, pivotantes, duplas e deslizantes.
- Possui isolamento térmico e acústico

PORTAS CORTA-FOGO:
- Retarda a propagação do incêndio de um ambiente para outro
- Uso obrigatório em edifícios com mais de 04 pavimentos

JANELAS:

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DAS ESQUADRIAS:

- Ocupação do espaço interno


- Eficiência da ventilação
- Proteção contra passagem de água
- Facilidade de limpeza
- Facilidade de manutenção
- Facilidade de utilização
- Custo inicial e de manutenção

INSTALAÇÃO DE PORTAS E JANELAS:

Fixação dos batentes de portas:


Cuidados com:
- Medidas
- Esquadro (cantos com ângulo de 90°)
- Prumo (verificar alinhamento vertical)
- Nível (verificar o nível)
- Alinhamentos
Qualquer desvio na colocação dos batentes irá provocar o funcionamento incorreto da porta.

SERVIÇOS PRELIMINARES À COLOCAÇÃO DOS BATENTES EM MADEIRA:

- Alvenaria concluída e vãos das aberturas aprumados e nas dimensões determinadas pelo projeto
(sempre com uma folga de 1 a 1,5 cm de cada lado)
- O contrapiso deve estar pronto e nível do piso deve estar rigorosamente marcado ou com taliscas até
seu nível final
- As taliscas (tacos) do revestimento das paredes devem ter sido colocadas
- Posicionar a travessa já cortada na medida indicada e fixar com pregos, fazendo furos
- Conferir o esquadro e fixar os travamentos (sarrafos)

Preparação do vão para a fixação do batente:


- O vão deve estar preparado para receber o batente
- Posicionar o batente junto ao vão apoiando os pés no nível do piso acabado, ajustando o prumo e
mantendo folgas iguais em ambos os lados
- Verificar o prumo e nível em todas as faces
Prumo: as faces laterais devem estar aprumadas
Nível: a base do vão deve estar nivelada (no mesmo nível)
- Verificar esquadro: os cantos devem estar com um ângulo de 90°

Chumbamento: fixação das esquadrias


- Antes do chumbamento da esquadria é preciso verificar folgas e locais de quebra da alvenaria para
encaixe das grapas.
- Posicionar as cunhas para travar o batente
- No dia seguinte, retirar as cunhas e o batente e preencher os vazios com argamassa

FIXAÇÃO COM ESPUMA EXPANSIVA:


- Com espuma expansiva, a superfície das faces deve estar chapiscada e emboçada, limpa e levemente
umedecida
- A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da instalação
- Deve ser feita em todo o perímetro da esquadria

PARAFUSO/ESPUMA EXPANSIVA
- Troca de esquadrias
- Quando a esquadria é instalada após o emboço da alvenaria

GRAPAS/CHUMABAMENTO:
- Reformas
- Quando a esquadria é instalada antes do emboço da alvenaria

COM CONTRAMARCO:
- Obras que precisam de regularidade nos vãos antes do reboco.

Contramarco: é uma moldura de madeira ou alumínio que serve de gabarito para fixar a esquadria.
Contramarco é uma moldura de madeira ou alumínio instalada ao redor da esquadria.

CALAFETAÇÃO EXTERNA: aplicação de produto de vedação como: silicone neutro.

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO:

Serviços preliminares à colocação dos contramarcos de alumínio:

- Dependem muito do tipo de caixilho a ser utilizado e seu acabamento


- A alvenaria deve estar concluída e chapiscada antes da colocação do contramarco de alumínio
- Aprumar e nivelar os contramarcos
Contramarcos de alumínio:
- Serve de gabarito para fixar a esquadria
- Serve para o acabamento ao redor do vão, sem provocar danos na esquadria

PATOLOGIAS DAS ESQUADRIAS:

- Quando a esquadria não está em um ângulo de 90° podem ocorrer infiltrações (acúmulo e entrada de
água no interior).

Pingadeira (Peitoril): é um acabamento externo de proteção que serve para desviar a água da chuva e
evitar que ela escorra sobre a parede.
Elemento que fica abaixo da janela para evitar que a água da chuva se concentre abaixo da janela.
A extremidade do peitoril deve se prolongar em relação às laterais do vão.

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