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ENGENHARIA CIVIL - CAMPUS CACOAL

O PROJETO HIDRÁULICO DE ÁGUA FRIA - NBR 5626:1998

Professor: Guilherme Bodanese GuilhermeBodanese@unescnet.br


Prof: Guilherme Bodanese
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‣ Componentes e nomenclatura
1. Reservatório: tanque que se destina a reservar a agua a ser consumida pelos usuários da
edificação.
2. Barrilete: tubulação que sai do reservatório e se divide em colunas de distribuição, quando o
tipo de abastecimento é indireto. No sistema direto é a tubulação que está diretamente ligada
ao ramal predial.
3. Coluna de distribuição: tubulação que se deriva do barrilete e se destina a alimentar os
ramais
4. Ramal: tubulação que deriva da coluna de distribuição, normalmente na horizontal,
alimentando os sub-ramais.

5. Sub-ramal: trecho de tubulação que liga o ramal


aos pontos de utilização
6. Dispositivos de controle: componentes como
registros de pressão e válvulas que controlam a
vazão e/ou a passagem de água
7. Peças de utilização: são os registros e torneiras
de banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros
ambientes semelhantes, que nos permitem utilizar
a água, sendo conectados aos sub-ramais

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‣ De maneira geral, um projeto de instalações hidráulicas compreende:

‣ Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e


traçado dos condutores

‣ Memórias descritivas e de cálculo

‣ Especificações do material e normas para a sua aplicação

‣ Orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços


unitário e global da obra

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‣ Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e traçado dos condutores

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‣ Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e traçado dos condutores

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‣ Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e traçado dos condutores

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‣ Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e traçado dos condutores

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‣ Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e traçado dos condutores

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5.3.5.1 Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos


de utilização deve ser estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto indicada
na tabela 1 e o bom funcionamento da peça de utilização e de aparelho sanitário.
Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do
ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, até
um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde
a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.

‣ 5.3.5.2 Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da


água em condições dinâmicas (com escoamento) não deve ser inferior a
5 kPa.

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‣ Memórias descritivas e de cálculo

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‣ Memórias descritivas e de cálculo

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‣ Orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços unitário e


global da obra

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‣ De acordo com a NBR 5626:1998 as exigências a serem observados


no projeto de água fria são:
Item 5.1.2 Exigências a observar no projeto

a) Preservar a potabilidade da água


b) Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade

adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito


funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais
componentes
c) Promover economia de água e energia
d) Possibilidade de manutenção fácil e econômica
e) Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente
f) Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização

adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e


atendendo as demais exigências do usuário

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‣ Reservatórios

• Os reservatórios destinados a armazenar água potável devem preservar


o padrão de potabilidade. Em especial não devem transmitir gosto, cor,
odor ou toxicidade à água nem promover ou estimular o crescimento de
micro-organismos

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‣ Reservatórios
‣ O reservatório deve ser construído ou instalado de tal modo que seu interior
possa ser facilmente inspecionado e limpo

‣ Deve haver um afastamento, mínimo, de 60 cm entre as faces externas do


reservatório (laterais, fundo e cobertura) e as faces internas do
compartimento

Atenção !! Muito comum o reservatório ser


! instalado em local de difícil acesso

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‣ Reservatórios
Extravasão do volume de água
em excesso do reservatório,
60 cm para impedir seu
transbordamento (Tubulação de
aviso)

O diâmetro da
tubulação de
extravasão deve ter
! o diâmetro maior que
o da tubulação de
alimentação

60 cm 60 cm

Limpeza do reservatório, para


garantir seu esvaziamento
completo sempre que
necessário

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NBR 5626:1998
Mínimo 24 h de consumo
armazenado, boa prática Mais utilizado
recomenda 48h

2,5 m/s

0,5 m.c.a

0,5 m.c.a

1,0 m.c.a
1,5 m.c.a

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‣ Informações preliminares:

a) Características do consumo predial (volumes, vazões máximas e médias,


características da água, etc.)

b) características da oferta de água (disponibilidade de vazão, faixa de


variação das pressões, constância do abastecimento, características da
água etc.)

c) necessidade de reservação, inclusive para combate a incêndio;

d) no caso de captação local de água, as características de água, a posição do


nível do lençol subterrâneo e a previsão quanto ao risco de contaminação

NBR 5626:1998 - item 5.1.4.1

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‣ Generalidades

‣ Observar as leis, decretos e regulamentos emanados das autoridades


federais, estaduais ou municipais, da concessionária ou outro órgão
competente. NBR 5626:1998 - item 5.1.3

‣ A instalação predial de água fria abastecida com água não potável deve ser
totalmente independente daquela destinada ao uso da água potável
NBR 5626:1998 - item 5.2.1.3

‣ Para elaboração do projeto, são imprescindíveis as plantas completas de


arquitetura, bem como entendimento entre o projetista estrutural e o autor do
projeto hidráulico. Importantíssimo

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‣ Generalidades Evita problemas de falta de pressão,


diminui as perdas de carga

‣ Ao invés de criar ramais muito longos, é preferível criar mais colunas

‣ As tubulações NÃO DEVEM ser posicionadas solidárias à estrutura

‣ Para facilitar a manutenção de qualquer parte da rede predial de distribuição,


deve ser prevista a instalação de registros de fechamento no barrilete, na
coluna de distribuição (a montante do primeiro ramal) e/ou no ramal (a
montante do primeiro sub-ramal)

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‣ Generalidades

ALTURA DOS PONTOS HIDRÁULICOS (m)


Aparelho Altura do ponto
Válvula de descarga 1,10
0,20 do piso e 0,15 à esquerda
Vaso com caixa acoplada
do eixo
Caixa de descarga 2,00
Banheira 0,30
Bidê 0,30
Chuveiro 2,00 a 2,20
Lavatório 0,60
Máquina de lavar roupa e louça 0,75
Tanque 0,90
Pia de cozinha 1,00

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‣ Planilha de cálculo

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‣ Dimensionamento das Tubulações de Água Fria

As primeiras informações que precisamos saber para o dimensionamento das tubulações de


água fria são:

1) O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;

2) A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar perfeitamente

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‣ Exemplo:

Determinar os diâmetros das tubulações da instalação da figura a seguir, que ilustra uma
instalação hidráulica básica de uma residência.

Considerar o pé direito da edificação igual a 3,00 m.

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‣ Solução:

1) Esquema isométrico com a divisão desse sistema em vários trechos


2) Identificação dos trechos da rede: AB, BC, DE, EF e FG
O cálculo deve ser iniciado a partir do reservatório, ou seja, trechos AB e DE.
Iniciar calculando o trecho AB e os ramais que o mesmo atende

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‣ Techo AB
3) A vazão que passa por esse trecho é correspondente a soma dos pesos de todas as
peças alimentadas por esta tubulação

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4) Calcular a vazão estimada para cada trecho por meio da equação:

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5) Selecionar o diâmetro interno da tubulação de cada trecho com o auxílio do


ábaco de luneta

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5) Selecionar o diâmetro interno da tubulação de cada trecho com o auxílio do


ábaco de luneta

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5) Considerando que a velocidade da água não deve ser superior a 2,5 m/s,
registrar o valor da velocidade e o valor da perda de carga unitária em cada
trecho, utilizando a equação seguinte:

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5) Considerando que a velocidade da água não deve ser superior a 2,5 m/s,
registrar o valor da velocidade em cada trecho, utilizando a equação seguinte:

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6) Determinar a diferença de cota entre a entrada e a saída do trecho, considerando


positiva quando a entrada tem cota superior à da saída e negativa em caso contrário

Considerando a altura
do ponto do vaso
sendo 0,37 m.

Diferença de cota:
DC = 1,00 + 3,00 - 0,37
DC = 3,63 m

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7) Determinar a pressão disponível na saída de cada trecho, somando ou subtraindo a


pressão residual na sua entrada o valor do produto da diferença de cota pelo peso
específico da água (10kN/m3).

Pressão Disponível:
3,63 x 10 = 36,3 kPa

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8) Medir o comprimento real do tubo que compõe o trecho considerado

Comprimento da tubulação:
Lreal trecho = 1,50 + 2,63
Lreal = 4,13 m

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9) Determinar o comprimento equivalente de cada trecho somando ao comprimento real


os comprimentos equivalentes das conexões

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9) Determinar o comprimento equivalente de cada trecho somando ao comprimento real


os comprimentos equivalentes das conexões

Comprimento equivalente da tubulação:


Lconexões Trecho = cotovelo 90 - 40mm = 3,20 m
Lcon. = 3,20 m
Leq. = Lreal + Lcon.
Leq. = 7,33 m

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10) Determinar a perda de carga de cada trecho multiplicando os valores das colunas 6 e
10
Perda de carga = Perda de Carga unitária x Leq.

Perda de carga = 0,538 x 7,33


Perda de carga = 3,94 kPa

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11) Determinar a perda de carga provocada por registros e outras singularidades dos
trechos

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12) Obter a perda de carga total de cada trecho, somando os valores das colunas 11 e 12
da planilha

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13) Determinar a pressão disponível residual na saída de cada trecho, subtraindo a


perda de carga total (coluna 13) da pressão disponível (coluna 8).

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14) Se a pressão residual for menor que a pressão requerida no ponto de utilização, ou
se a pressão for negativa, repetir os passos 5 ao 13, selecionando um diâmetro interno
maior para a tubulação de cada trecho

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