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São Paulo
2018
1. INTRODUÇÃO
Diversas pessoas já se depararam com o termo Rating, porém não imaginam
seu significado. Resumidamente, o rating ou classificação de risco, se refere ao
mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, país, um título ou
uma operação estruturada.
O rating busca avaliar a probabilidade de default de obrigações financeiras, ou
seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O mesmo é
um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores
uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
Para a economia, este termo é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser
utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating
se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer
título de dívida.
As três principais organizações que prestam esse serviço em escala global são
as norte-americanas Moody´s, Standard & Poors (S&P) e Fitch ratin´s. A classificação
é revista periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) de
uma empresa ou país pode se alterar de um período ao outro.
As definições usadas baseiam-se na probabilidade de inadimplência da
empresa e na proteção que os credores têm nesse caso. Para realizar uma classificação
de risco de crédito, as agências de rating recorrem tanto as técnicas quantitativas, como
análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de
elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e percepções sobre o
emissor e seus processos.
Existem duas escalas diferenciadas para os rating´s: internacional e nacional.
Um rating em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em moeda
estrangeira e representa uma medida absoluta da capacidade de pagamento das dívidas
denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os rating´s em escala
internacional sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis entre países.
Está pesquisa abordará a empresa de rating Moody´s e quais são suas
classificações e critérios adotados, assim como abordará também os fluxos de capitais
entre países; como funciona; como se organiza e qual é a classificação de risco que o
Brasil possui perante esta empresa.
2. FLUXO DE CAPITAIS ENTRE PAÍSES
Em mundo globalizado em que se vive atualmente, diversas operações de fluxo
de capital acontecem a todo instante (transações financeiras, como compra e venda de
ações de empresas, títulos e moedas), esse tipo de atividade ocorre a partir de evoluções
que aconteceram nos meios de comunicação. O mundo nos dias atuais está interligado
por meio de uma complexa rede de comunicação, tais como: telefonia móvel e fixa,
satélites, internet e etc. Estes meios permitem que bilhões de dólares sejam transferidos
entre os mais variados países do mundo em um único dia. Por meio de um mouse uma
pessoa pode investir milhões de reais em qualquer parte do mundo, isso é um exemplo
claro de fluxo de capital.
Operações dessa natureza são efetuadas entre distintos países quase que em
tempo real, isso é possível entre nações integradas no mercado financeiro internacional.
Em minutos vultosos negócios sucedem e inúmeros outros são abertos, envolvendo um
grande volume de capital (dinheiro), sendo que estas negociações movimentam no
planeta em um único dia aproximadamente 1 trilhão de dólares.
O lugar onde grande parte dessas negociações ocorre é nas bolsas de valores
espalhadas por diferentes pontos do planeta, e essas se encontram interligadas.
Atualmente, as principais bolsas estão localizadas em cidades de países desenvolvidos,
entre as quais podemos destacar: Nova Iorque (Estados Unidos), Londres (Inglaterra),
Paris (França) e Tóquio (Japão). Além daquelas localizadas em países em
desenvolvimento, tais como: São Paulo (Brasil) e Buenos Aires (Argentina). Incluindo
ainda nações subdesenvolvidas industrializadas, como: Jacarta (Indonésia) e Seul
(Coréia do Sul).
Estas cidades abrigam também sedes administrativas ou filiais de
multinacionais, principais bancos e instituições financeiras, entre outras de renomes
internacionais. Ou seja, estas cidades são centros financeiros, incluídas na rota global de
capitais, geralmente as mesmas possuem o “status” de cidades globais ou mundiais.
Além disso, a globalização dos mercados financeiros internacionais deixou
clara a importância dos investidores internacionais na formação da dinâmica dos fluxos
de capitais. Estes investidores em muitos casos deixam de aplicar recursos em seus
mercados locais, para aplicar estes mesmos recursos em países que possam oferecer
remuneração mais atrativa. Mesmo considerando que estes são investimentos de maior
risco, o portfólio destes investidores fica sujeito á graus menores de volatilidade em
função da diversificação de seus ativos.
Estes investidores buscam alavancarem sua rentabilidade por meio de
investimentos em países emergentes, transformando estes capitais em voláteis e
sensíveis á conjuntura internacional. Porém, a entrada de investidores internacionais na
economia trás consigo efeitos positivos e negativos, dos quais podem-se destacar:
Positivos
Possibilidade de financiamento de déficit de governo;
Aumento nos fluxos de divisa;
Melhora da imagem internacional do país.
Negativos
Dificuldade de controlar a fuga de capitais em crises financeiras;
Maior a preocupação por parte dos investidores em relação às tarefas do governo
e possíveis saídas abruptas de recursos em casos de perda de confiança;
Incremento descontrolado do fluxo de divisas, que pode gerar desequilíbrio nas
contas do país.
Os principais investidores globais são investidores institucionais,
administradores de fundos de investimento. Em grande parte dos casos, os grandes
fundos globais investem em títulos de países que possuem grau de investimento,
deixando apenas um volume de recursos marginal para investimentos em países com
notas especulativas. Porém, existem fundos elaborados especificamente para
investimentos em países considerados mais arriscados, em busca de maior rentabilidade
para seus ativos.
É tradicional neste mercado a adoção de índices de benchmark, para a
performance dos fundos. Os fundos globais aplicadores nos mercados emergentes em
geral adotam índices que refletem o comportamento de preços nestes mercados, tais
como o MSCI EM (Morgan Stanley Capital International for Emerging Markets).
Considerando apenas os países pertencentes à Americana Latina, estes investidores
adotam o índice MSCI América Latina.
5. MOODY´S BRASIL
A Moody’s América Latina (Moody’s Brasil) presta serviços de rating da mais
alta qualidade aos investidores e emissores do Brasil desde 1997. Hoje, a Moody’s
atribui ratings a centenas de emissores corporativos, estruturados e financeiros. Os
analistas da Moody’s Brasil cobrem uma variedade de setores, incluindo bancos,
seguradoras, gestores de recursos, empresas dos mais diversos setores, companhias de
infraestrutura e projectfinance, além de operações estruturadas.
A Moody’s oferece ao mercado financeiro brasileiro diversos produtos e
serviços, incluindo análises de crédito, relatórios especiais, metodologias de rating,
conferências e teleconferências. A experiência da Moody’s, tanto local como
globalmente, permite que os produtos e serviços sejam adaptados para atender às
necessidades de seus clientes, ao mesmo tempo em que garante rating´s
internacionalmente consistentes.
REFERÊNCIAS
G1. Fitch rebaixa nota do Brasil e país fica mais longe do selo de bom pagador.
Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 07 de Abril de 2019, às 09h00.
Rating. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/entenda-que-um-rating-
para-que-ele-serve-10238064>. Acesso em: 03 de Abril de 2019, às 11h30.
MOODY´S. Disponível em: <https://www.moodys.com/pages/default_br.aspx>. Acesso
em: 03 de Abril de 2019, às 11h00.
REZENDE, Victor; FAGUNDES, Mateus; DE LORENZO, Francine. Moody´s
mantém rating do Brasil e muda perspectiva para estável. O Estado de S. Paulo.
2018. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br>. Acesso em: 07 de Abril de
2019, às 08h00.
TESOURO NACIONAL. Disponível em: <HTTP://www.tesouro.gov.br>. Acesso em:
07 de Abril de 2019, às 08h30.