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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL

Estruturas de Betão Armado II


11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 1

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL


11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
INTRODUÇÃO
O punçoamento é um tipo de rotura característico de lajes
sujeitas a forças aplicadas em pequenas áreas.

Mecanismo de colapso local,


associado em geral a uma rotura
repentina, sem qualquer
ductilidade (rotura frágil). Embora
a rotura por punçoamento seja um
fenómeno localizado, em alguns
casos pode dar início a uma
rotura progressiva e ao colapso
total da estrutura, pelo facto da
perda de um ponto de apoio
aumentar os esforços
transmitidos aos apoios vizinhos.

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 2

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA AO ESTADO LIMITE
ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO
A verificação ao Estado Limite de Resistência ao punçoamento é
efectuada garantindo que o efeito da acção não excede a resistência
correspondente.
Ed ≤ Rd
O efeito da acção corresponde ao valor de cálculo da máxima tensão de
corte por punçoamento (vEd);
O valor de cálculo da resistência é determinada em duas zonas distintas:
• a tensão de corte correspondente à resistência à compressão no
perímetro do pilar de apoio, ou perímetro da carga concentrada,

vEd ≤ vRd,max
(vRd,max);

• e a tensão de corte correspondente à resistência num perímetro de


controle, calculado sem armadura específica de punçoamento (vRd,c)
ou com armadura de punçoamento (vRd,cs).

vEd ≤ vRd,c ou vEd ≤ vRd,cs


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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO ACTUANTE (VEd)
A força de punçoamento é a carga aplicada na laje, ou a reacção
do pilar às cargas aplicadas na laje.

À força de punçoamento poderão ser subtraídas as cargas


aplicadas na laje que são transferidas directamente para o pilar.
Na figura seguinte estão alguns exemplos práticos.

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO CENTRADO
A força de punçoamento é equilibrada por momentos
flectores e forças de corte num determinado contorno de
referência.

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO CENTRADO
A tensão de punçoamento (vEd) num perímetro de
controle em redor do pilar (u1) é dada por:
vEd = VEd / u1d
onde d é a altura útil da laje.

V vN
u1

Estas tensões são uniformes ao longo de todo o


perímetro u1.
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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PERÍMETRO DO CONTORNO DE REFERÊNCIA
O perímetro do contorno de referência (u1) deve ser considerado a uma
distância 2d do perímetro do pilar, ou da área carregada, devendo o seu
traçado corresponder a um comprimento que seja mínimo.

u1

u0
z
θ ≈ 27º d
2d
2d
cz bz CORTE
y
cy

cy

by

PLANTA
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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PERÍMETRO DO CONTORNO DE REFERÊNCIA

u1 u1 u1
Em pilares u0
u0 u0
2d
interiores: 2d
2d bz

2d

b by

Em pilares de u1 u1
2d

2d

bordo ou de 2d

canto: u1
2d

2d 2d

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PERÍMETRO DO CONTORNO DE REFERÊNCIA

Em pilares com aberturas a menos de 6d do seu contorno, não deve ser


considerada a parte do contorno compreendida entre as duas tangentes à
abertura traçadas desde o centro da área carregada.
1

2d
√(l 2 . l 2)

l2

l1 ≤ l2
l1 > l2 ≤ 6d ≤ 6d

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Existe momento transferido entre a laje e o pilar, que conduz a
uma distribuição de tensões de corte não uniforme ao longo do
perímetro de controle.

O momento transferido
entre a laje e o pilar é
eqilibrado com momentos
flectores, torsores e
forças de corte.

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO

Distribuição obtida através de


uma análise elástica

Para um pilar quadrado:


34% por flexão
16% por torção
50% por corte

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Regulamentos
REBAP (MC78)
• contorno de referência à distância de d/2 da área carregada;
• distribuição linear de força de corte.

Expressão aproximada para


pilares rectangulares:

⎛ ex ⎞
vEd ,eff = VEd ⎜1 + 1.5 ⎟
⎜ bx by ⎟
⎝ ⎠

bx = c1 + d

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 b y = c2 + d 12

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Regulamentos
EC2
A força de punçoamento (VEd) está, normalmente, associada a
transferência de momentos entre a laje e o pilar (MEd), os quais
introduzem uma distribuição de tensões de corte não uniforme ao
longo do perímetro de controle.
Punçoamento Punçoamento
centrado excêntrico
V vN vM
My
u1 u1

A tensão máxima de punçoamento (vEd), devido a VEd e a MEd,


pode ser obtida da seguinte expressão:

VEd M
vEd = + k Ed
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
u1d w1 13

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Máxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2

VEd M VEd
vEd = + k Ed ou vEd = β
u1d w1d u1d
com M Ed u1
β = 1+ k
VEd w1
β tem em conta o efeito da excentricidade da força de punçoamento
k é a percentagem do momento MEd que é equilibrada por tensões de
corte no perímetro de controle.
u1
w1 é o módulo de flexão do perímetro de controle,
correspondente à distribuição de tensões w 1 = e dl ∫
apresentada (distribuição plástica). 0
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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Máxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2

Para um pilar rectangular interior:


w1 = c12/2 + c1c2 + 4c2d + 16d2 + 2πdc1
c 1

M
c1/c2 ≤0.5 1.0 2.0 ≥3.0
c 2 2d
k 0.45 0.60 0.70 0.80

2 2
Ou, de forma aproximada e para ⎛ ey ⎞ ⎛ ez ⎞
β = 1+ 1.8 ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟
excentricidade nas duas direcções y e z: ⎝ bz ⎠ ⎝ b y ⎠

bz Mz z
by Com:
cz MEd,z MEd,y
My ey = ; ez =
ey ez
y VEd VEd
cy
u1
by= cy + 4d e bz= cz + 4d
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 V 15

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Máxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2
Para pilares circulares: u1

e
β = 1 + 0 .6 π
2d D

D + 4d
D+4d

Para pilares de bordo e de canto:


u1 u1
1.5d
≤ 0.5c1 ≤ 1.5d Para pilares β = +k epar
≤ 0.5c2
de bordo: u1* w1
u1*
2d u1* é o perímetro de controle modificado (ver
c2
figuras ao lado);
c2
≤ 1.5d u1* epar é a excentricidade pararela ao bordo da laje
2d
≤ 0.5c1
w1= c22/4 + c1c2 + 4c1d + 8d2 + πdc2 (pilar rect.)
c1 2d
u1
β =
c1 2d
Para pilares de canto:
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 u1* 16

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Máxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2

Os valores aproximados
de β indicados na figura,
podem ser usados em
estruturas onde:
1- a estabilidade lateral
não depende do
funcionamento de pórtico
entre a laje e os pilares, e
2- os vãos adjacentes não
diferem mais de 25%.

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 17

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Máxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd)
EN1992-1-1 - EC 2 REBAP
ey ey
β = 1 + 1 .8 β = 1 + 1. 5
c z + 4d cz + d
Em pilares rectangulares interiores βREBAP/βEC2
β
1,4
5,0

4,0
EC2 1,3
REBAP

3,0 1,2

2,0 1,1

1,0 1,0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 e (m) 18
e(m)

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO RESISTENTE (VRd)
A fendilhação de corte ao
longo da espessura da laje Mecanismo de Resistência
inicia-se para uma carga ao Punçoamento
vertical de cerca de 1/2 a
2/3 de VRd.

A inclinação da superfície de rotura


com a horizontal (α) em geral varia
entre os 25º e os 35º.

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 19

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO RESISTENTE (VRd)
MECANISMO DE RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO

Forças que equilibram a força de


Punçoamento:
1. Componente vertical da
compressão readial;
2. Componente vertical da força
de atrito entre os inertes na
fenda;
3. Componente vertical da força
do efeito de ferrolho.

Verificações:
1. Corte ao longo do contorno de referência;
2. Compressão no betão junto ao contorno da área
carregada.
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 20

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PUNÇOAMENTO RESISTENTE (VRd)
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA:
1- Quantidade de armadura de flexão amarrada para além da
intersecção desta com a fenda de corte;
- Abertura da fenda, e consequentemente o atrito entre os
inertes,
- Efeito de ferrolho,
- Altura da zona comprimida (linha neutra).

2- Resistência à tracção do betão;


- Resistência dos inertes às forças de atrito (limitada para
betões de alta resistência).
3- “Efeito de escala”- dimensão relativa entre os inertes e a altura
útil da laje;
- Atrito entre inertes.
4- Resistência à compressão do betão;
5- Resistência das armaduras transversais que atravessam a fenda
de corte.
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 21

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS

In “Punçoamento Excêntrico em Lajes


Fungiformes de Betão Armado”,
J.M. Pinheiro Soares

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 22

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS

In “Punçoamento em Lajes Fungiformes


Pré-Esforçadas”, A.P. Ramos

Aspecto Geral do Ensaio

Face Superior

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 23

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS
In “Punçoamento em Lajes Fungiformes
Pré-Esforçadas”, A.P. Ramos

Face Inferior

Corte

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 24

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS

In “Waffle Slab Structures under Vertical


and Horizontal Loading”, V. Lúcio

Aspecto Geral do Ensaio

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 25

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS

In “Waffle Slab Structures under Vertical


and Horizontal loading”, V. Lúcio

Pilar de bordo

Pilar de canto

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 26

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - EN1992-1-1 - EC 2

RESISTÊNCIA SEM ARMADURAS ESPECÍFICAS (EC2)

vRd,c = 0.12 k (100ρl fck)1/3 ≥ 0.035 k3/2 fck1/2

vRD,c - valor da tensão resistente ao punçoamento sem armadura


específica;
fck - valor característico da resistência à compressão do betão, em
MPa;
ρ l = ρ ly .ρ lz ≤ 0.02
ρly e ρlz – percentagens geométrica das armaduras (aderentes) de
flexão da laje, segundo y e z, respectivamente, considerando o seu
valor médio numa largura igual à do pilar adicionada de 3d para cada
lado deste.
200
k = 1+ ≤ 2,0 Com d em mm.
d
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 27

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP

RESISTÊNCIA SEM ARMADURAS ESPECÍFICAS (REBAP)

VRd = vRd u vRd = (1.6 - d)τ1 d


τ1 = 0.6 fctd
fctd - valor de cálculo da resistência à tracção do betão;
d – altura útil, em m.

• Só há que considerar punçoamento, se:


- no caso da área carregada ser circular o seu diâmetro não
exceder 3.5d;
- no caso de da área carregada ser rectângular, o seu
perímetro não exceder 11d, nem a relação entre o
comprimento e a largura exceder 2.
• Nas zonas que excedem estes valores limites deve ser considerada
a resistência ao esforço transverso das lajes, a qual é 40% menor que
a resistência ao punçoamento.
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 28

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd)
RESISTÊNCIA SEM ARMADURAS ESPECÍFICAS
EN1992-1-1 - EC 2 REBAP
VRd = 0.12 k (100ρl fck)1/3 dxu VRd = (1.6 - d)τ1 dxu

VRd,EC2/VRd,REBAP
1.60
0.50% 1.00%
1.50% 2.00%
1.40

1.20

1.00 Em pilares
rectangulares
interiores com
0.80 cx=cz=0.6m
20 25 30 35 40 e d=0.20m.
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 29
fck (MPa)

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd,cs) - EN1992-1-1 - EC 2

RESISTÊNCIA COM ARMADURAS ESPECÍFICAS (EC2)

vRd,cs = 0.75 vRd,c + (1.5d/sr) Asw fywd,ef senα /(u1d)

Asw - área de armadura de punçoamento num perímetro


em volta do pilar;
sr - espaçamento radial dos perímetros de armadura de punçoamento;
fywd,ef - valor efectivo de cálculo da resistência da armadura de
punçoamento (com d em mm):
fywd,ef = 250 + 0.25d ≤ fywd [MPa]
α – ângulo entre a armadura de punçoamento e o plano da laje
(se apenas é usada uma linha de barras inclinadas, deve ser considerado d/s=0.67).

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 30

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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL
11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - EN1992-1-1 - EC 2
RESISTÊNCIA COM ARMADURAS ESPECÍFICAS (EC2)
Segurança em relação ao esmagamento do betão na face inferior
da laje junto ao perímetro u0 do pilar.
VEd
v Ed = β ≤ v Rd,max = 0.5 υ fcd
u0 d
vEd - valor de cálculo da máxima tensão de corte no perímetro do pilar
u0 - para um pilar interior = perímetro do contorno do pilar
para um pilar de bordo u0 = c2 + 3d ≤ c2 + 2 c1
para um pilar de canto u0 = 3d ≤ c1 + c2
ν - coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado por corte
υ = 0.6 [1 − fck 250]
fck e fcd - valores característico e de cálculo, respectivamente, da
tensão resistente do betão à compressão em provetes cilíndricos, aos
28 dias.
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 31

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP

RESISTÊNCIA COM ARMADURAS ESPECÍFICAS (REBAP)

VRd = 4/3 Asw fyd senα


Asw - área total da armadura de punçoamento entre o perímetro a
1.5d da área carregada e a área carregada;
fyd - valor de cálculo da resistência da armadura de punçoamento, o
qual não deve ser considerado superior a 350MPa;
α – ângulo entre a armadura e o plano da laje

A resistência assim obtida é limitada pelo seguinte valor:

VRd,max = 1.6(1.6 - d)τ1 d × u

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 32

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP
REBAP
1800
1600
1400
VRd = (1.6 - d)τ1 dxu
1200
1000
800 VRd = 4/3 Asw fyd senα
600
400 VRd VRd,max
60f6 90f6
200
0
120f6 VRd,max = 1.6(1.6 - d)τ1 d × u
20 25 30 35 40
fck(MPa)

Em pilares rectangulares
interiores com: ρ=1%,
cx=cz=0.6m e d=0.20m.

Armaduras consideradas:
60φ6, 90φ6
A. Ramos/V. e 120φ6.
Lúcio Out. 2006 33

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL


11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - EC2

EN1992-1-1 - EC 2
3500

3000 VRd [kN]


2500
VRd VRd,max
2000 60f6 90f6
120f6
1500

1000

500

0
20 25 30 35 40
fck(MPa)

VRd = 0.12 k (100ρl fck)1/3 dxu

Em pilares rectangulares VRd,cs = 0.75 VRd,c + (1.5d/sr) Asw fywd,ef


interiores com: ρ=1%,
cx=cz=0.6m e d=0.20m.
VRd,max = 0.5 υ fcd d × u0
Armaduras consideradas:
60φ6, 90φ6
A. Ramos/V. e 120φ6.
Lúcio Out. 2006 34

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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL
11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP versus EC2

1800
REBAP EN1992-1-1 - EC 2
3500
1600 VRd [kN] 3000 VRd [kN]
1400
1200 2500
VRd VRd,max
1000 2000 60f6 90f6
120f6
800 1500
600
1000
400 VRd VRd,max
60f6 90f6 500
200
120f6
0 0
20 25 30 35 fck (MPa)
40 20 25 30 35 fck(MPa)
40

VRd,EC2 1.80
VRd,REBAP 1.70 60f6
1.60 90f6
1.50 120f6
Em pilares rectangulares 1.40
interiores com: ρ=1%,
1.30
cx=cz=0.6m e d=0.20m.
1.20
1.10
Armaduras consideradas: 1.00
60φ6, 90φ6
A. Ramos/V. e 120φ6.
Lúcio Out. 2006 20 25 30 35 40 35
fck (MPa)

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11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO

O perímetro de controle para além


do qual não é necessário colocar d
armadura de punçoamento ≤1.5d
designa-se por uout e é CORTE

determinado por:
β ⋅ VEd uout
uout =
v Rd,c ⋅ d
v Ed β ⋅ v Ed
ou u out = u com v Ed =
v Rd ,c 1 u1 ⋅ d ≤1.5d

A distância entre o perímetro


exterior da armadura de
≤1.5d

punçoamento e uout não deve


exceder 1.5d.
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 PLANTA 36

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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL
11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO
a - a distância entre a face do pilar
e o primeiro varão não deve d

exceder 0.5d, e deve ser maior CORTE >0.3d ≤0.5d ≤1.5d

≤0.75d
≤0.75d
que 0.3d;
b - a distância radial entre dois
varões não deve exceder 0.75d; uout

≤1.5d
c - o varão mais afastado do pilar ≤1
.5d

deve encontrar-se a menos de


1.5d de uout;
d - o número mínimo de varões na
direcção radial é de 2; >0.3d ≤0.5d ≤1.5d

≤0.75d
≤0.75d
e - para varões a menos de 2d do
pilar, a distância tangencial entre
varões de um mesmo perímetro
não deve exceder 1.5d, para
varões mais afastados do pilar
esse limite é de 2d. PLANTA
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 37

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL


11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO

Quando é necessária armadura de


punçoamento, a área de um ramo de um
estribo (ou equivalente) é dado por: t

A sw ,min (1.5 senα + cos α ) 0.08 fck



sr

sr ⋅ s t fyk
t

sr
α – ângulo entre a armadura e o plano da laje;
sr - espaçamento radial dos perímetros de
armadura;
st - espaçamento tangencial entre a armadura de
punçoamento;

Para armaduras verticais (α=90º):


1.5 A sw ,min 0.08 fck

sr ⋅ s t fyk
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 38

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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL
11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO
Espessura mínima da laje para utilizar armadura de punçoamento
hmin = 200mm
Armadura para evitar o colapso progressivo da laje por punçoamento:
Para evitar o colapso progressivo devemos ter pelo menos 2 varões de
Ø12 a atravessar o pilar em cada direcção ou uma armadura calculada
pela expressão As fyd + Aspfpd ≥ PEd em que: As representa a área das
armaduras na face inferior da laje que atravessam o pilar, Asp a área
dos cabos que atravessam o pilar e PEd a força transmitida ao pilar,
tendo em conta o efeito do pré-esforço. :
armadura de pré-esforço
armadura ordinária

d l b,net

l b,net + d l b,net + d l b,net + d

Pilar Interior Pilar de Bordo ou de Canto


A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 39

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL


11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
ALGUNS EXEMPLOS DE ROTURAS EM ESTRUTURAS
EM LAJE FUNGIFORME

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 40

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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL
11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
ALGUNS EXEMPLOS DE ROTURAS EM ESTRUTURAS
EM LAJE FUNGIFORME
Centro Comercial Bullocks

A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 41

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fct - UNL


11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
ALGUNS EXEMPLOS DE ROTURAS EM ESTRUTURAS
EM LAJE FUNGIFORME
Sampoong Department Store - Seul

Às 17:55 de 29 de Junho de 1995 a laje do 5º piso entra em rotura,


levando ao colapso da estrutura. Deste acidente resultaram cerca de
500 mortos.

Causas do acidente: betão com 18MPa de resistência em vez dos


21MPa recomendados, d de 360mm em vez de 410mm, pilares com
diâmetro de 600mm em vez de 800mm, e alteração da utilização do
5ºpiso de ringue de patinagem para restaurante (incremento de cargas
permanentes de cerca de 35%)
A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006 42

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