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REALIZAÇÃO:
a) CONCEPÇÃO
b) ANÁLISE
c) DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO
d) DESENHOS E PLANTAS
Desta forma, seria intuitivo que um modelo que representasse uma analogia ao
tratamento analítico da estrutura contínua seria o mais adequado para a análise da
estrutura.
-COMPATIBILIDADE DE
DESLOCAMENTOS
-MODELO COMPLEXO
-RESPOSTAS MAIS
PRÓXIMAS DO
MODELO CONTÍNUO
MODELO
SIMPLIFICADO
-HIPÓTESES DE
VÍNCULOS IDEAIS
REPRESENTADOS
POR VIGAS E
PILARES
-POSSIBILIDADE DE
CÁLCULO MANUAL
Essas questões são de difícil resposta! Teoricamente, o melhor modelo é aquele cuja
formulação melhor caracteriza o funcionamento da estrutura analisada.
Nos modelos mais refinados temos um grau de complexidade maior inerente. Sendo
assim, quanto mais representativo é o modelo os seguintes fatores devem ser
observados:
Para a obtenção de esforços nas lajes considera-se que as vigas representam restrições
ou liberações perfeitas nos bordos. O carregamento nas vigas resulta dessa mesma
consideração.
Experiência;
Feeling Estrutural;
Sendo o modelo adotado o mais complexo e refinado possível será que podemos ter
total e irrestrita confiança nos resultados?
Exemplo 1.3.1
(b)
Modelo Automático- Esforços cortantes (a) e Momentos Fletores (b) nas vigas
(b)
Modelo Ajustado- Esforços cortantes (a) e Momentos Fletores (b) nas vigas
Exemplo 1.3.2
Observa-se que os pilares nascem em uma viga de transição. Desta forma, o cálculo
através do modelo mais sofisticado disponível, de pórtico espacial completo, não foi
coerente com o mecanismo da estrutura, uma vez que o edifício não é executado e
carregado simultaneamente, condição erradamente assumida pelo software.
Veremos com mais detalhes esta inconsistência, mas também é possível que o
engenheiro intervenha para obtenção de resultados mais satisfatórios, conforme
segue abaixo:
A seguir uma planta com distribuição dos cabos em uma laje plana protendida.
Neste caso, as barras rígidas necessárias para a consideração dos trechos rígidos dos
pilares para carga vertical geram distorções na análise da estrutura para esforços no
plano do pavimento.
Sabe-se que toda estrutura têm seus elementos dimensionados com coeficientes de
segurança, ponderando ações (majoração) e resistências (minoração). No caso do
Concreto Armado e Protendido a estrutura é dimensionada no Estado limite último,
condição com probabilidade ínfima de ocorrência.
Observar que essas duas características são associadas, pois a maior segurança na
estrutura hiperestática está associada à capacidade de adaptação plástica da mesma.
Colocados estes aspectos, a nova questão que surge apresenta outra conotação:
“Posso então ficar tranquilo utilizando qualquer modelo, desde que use-o
corretamente?”
Para a validação dos resultados, uma boa solução seria analisar a estrutura através de
modelos mais complexo e também com os mais simples. No caso do modelo mais
aproximado, é sempre importante verificar em que nível as condições de contorno da
Ninguém está imune de cometer erros! O que não pode acontecer é não identificá-los
quando isto é possível com uma simples análise.
Análise dos esforços nas vigas e pilares através do modelo de pórtico plano.
Neste modelo a distribuição de cargas das lajes nas vigas ainda é simplificada. Para o
caso de vigas apoiando sempre diretamente nos pilares, o sistema estrutural recai no
modelo de pórtico plano, mais especificamente na viga contínua com apoios
elásticos(análogo). Porém, este modelo possibilita um tratamento mais refinado em
cruzamentos de vigas, com os esforços definidos de forma mais adequada, através da
compatibilização dos deslocamentos utilizando um método para a análise estrutural
(em geral o método dos deslocamentos com tratamento matricial).
Vale ressaltar que um modelo análogo à grelha de vigas seria o pórtico espacial
formado pelas vigas do pavimento e os pilares, com seus lances superior e inferior
(similar ao pórtico plano). Neste caso, o carregamento das vigas proveniente das lajes
é simplificado.
Para este modelo, assim como na grelha de vigas, é possível representar os pilares dos
lances inferior e superior com elementos de barra verticais, formando-se um modelo
de pórtico espacial para o pavimento.
Grelha
Neste caso o pórtico é formado por todos os pavimentos. Este pórtico pode ser
formado somente por vigas e pilares, sendo o carregamento das lajes simplificado ou
obtido calibrando-se vigas e pilares com as reações nestes elementos no modelo de
grelha de cada pavimento. Também temos o pórtico completo, formado por vigas,
pilares e lajes, sendo que este último pode ser discretizado com elemento barra ou
placa/casca.
Estrutura 2.2
Fck=30MPa
Sobrecarga Permanente: 100kg/m²
Sobrecarga Acidental: 300kg/m²
Pé-direito estrutural; 3,00m
Neste caso não faremos a análise com viga contínua, com vínculos totalmente
restringidos ou liberados. Será feita a comparação entre modelos que são
caracterizados a seguir.
Para a estrutura 2.1, não observamos diferenças significativas entre os esforços nas
vigas. Focando a análise na viga V4, podemos observar que todos os modelos
apresentam resultados convergentes.
b)
b)
Os critérios relativos à análise NLF são idênticos, com os principais pontos destacados
a seguir:
Dados:
Combinação quase-permanente
ANÁLISE LINEAR
Deslocamentos(cm)
ANÁLISE NÃO-LINEAR
Para a consideração das armações das lajes, utilizam-se aquelas obtidas em um pré-
processamento linear.
Temos ainda duas possibilidades com relação à consideração da NLF para a obtenção
de flechas;
DETALHE A
CARGA INCREMENTO
DETALHE A
Combinação quase-permanente
Deslocamentos(cm)
Sendo o vão entre pilares de 9,00 metros, o limite para a flecha final é de
900/250=3,60cm. Assim, a verificação de ELS referente à flecha final total está
atendida para a análise linear. Como a fluência fora tratada de forma simplificada, é
importante a ressalva que ainda teríamos uma pequena folga para flechas maiores.
Mesmo que o valor obtido ainda passe ligeiramente do limite, o artifício da contra-
flecha pode ser utilizado. Observar que as dimensões da laje e capitel propiciam uma
estrutura sensivelmente mais esbelta, comparando as dimensões da laje que suporta
alvenaria.
DETALHE B
CARGA INCREMENTO
DETALHE B
A estrutura referente à flecha sob alvenaria apresenta uma fissuração bem inferior à
estrutura analisada para flecha final total. Desta forma, as diferenças observadas são
perfeitamente justificadas, pois quanto maior o nível de fissuração da estrutura, maior
a diferença de flechas entre as análises linear e não-linear e entre os dois modelos da
análise não-linear. No modelo CARGA TOTAL utiliza-se a carga total para a rigidez do
incremento, enquanto no CARGA INCREMENTO grande parcela do carregamento teve
sua respectiva flecha calculada com rigidez bem superiores. Portanto, fica evidente
que quanto maior o nível de fissuração (estádio II), maior será a diferença entre os
modelos, sendo as flechas do modelo CARGA TOTAL superiores ao modelo CARGA
INCREMENTO.
A pergunta que fica é: Qual dos dois modelos utilizar? Para estruturas usuais, não
observam-se diferenças significativas entre os modelos, pois a configuração fissurada
encontra-se pouco expressiva. Por isso temos modelos analíticos e experimentais para
os dois modelos que comprovam a boa representatividade de ambos.
Apresentamos a seguir dois exemplos que ilustram as diferenças entre os dois casos:
Exemplo 2.3.1 a
TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE
As lajes maciças são elementos que caracterizam propriamente uma placa. Desta
forma, na modelagem através de elementos discretos de placa ou barra, a espessura
do elemento já define as rigidezes à flexão e à torção.
Exemplo 2.3.2
As lajes nervuradas podem ser associadas à uma grelha de vigas “T”. Portanto, na sua
modelagem através de uma placa discretizada, não é possível estabelecer uma única
espessura que represente as rigidezes à flexão e torção com a espessura/altura
fornecida. Para a modelagem como grelha, deve-se fornecer as rigidez à flexão e
torção calculadas. Para a modelagem com placa, define-se a espessura correspondente
à rigidez à flexão e aplica-se um coeficiente de correção para a definição da rigidez à
torção.
Forma
Um aspecto que precisa ser verificado se refere ao dimensionamento das vigotas “T” à
combinação torção+cisalhamento. As dimensões extremamente reduzidas das
larguras, principalmente na capa, podem não ser compatíveis com os esforços
solicitantes.
Neste modelo toda a estrutura de concreto é discretizada: Pilares, vigas e lajes. Assim,
temos um modelo análogo ao anteriormente apresentado. Porém, a análise estrutural
é efetuada em um único modelo, com a inclusão da laje no pórtico espacial,
juntamente com as vigas e pilares.
No caso de pilares que recebem vigas apoiando na direção de menor rigidez da sua
seção/abas. Na modelagem de pórtico Espacial, em uma análise elástica-linear, esta
ligação apresenta uma rigidez que considera toda a inércia da seção do pilar (modelo
unifilar).
Porém, é fácil deduzir que a rotação do pilar não é uniforme ao longo de toda a sua
dimensão. Desta forma, apenas uma parcela da seção do pilar apresenta
compatibilidade de deslocamentos (rotação) com viga.
V1
Ex:
(Planta) P1
Ligações Elásticas
Observamos que ocorre uma distribuição diferente de cargas na laje em função dos
modelos para o pilar e interação entre as vigas de periferia e as cascas e barras
adjacentes.
(a)
(b)
Tal fato ocorre devido à desproporcionalidade entre as áreas das seções dos pilares e
suas respectivas áreas de influência de carga. O pilar P2 apresenta uma área de carga
superior aos pilares de extremidade P1 e P3 e uma área da seção transversal menor.
Este valor utilizado para o incremento de rigidez axial dos pilares deve ser calibrado. É
importante levar em conta que para uma parte dos carregamentos o modelo de
pórtico elástico é representativo (cargas acidentais e parte das cargas permanentes).
Isso ilustra que a adoção do pavimento isolado, com hipótese de apoios indeslocáveis,
também pode não ser representativa.
(a)
(b)
Diagramas de Momentos fletores (a) e Esforço Normal (b) –Modelo com incremento
da rigidez dos pilares
(a) (b)
Analisemos um caso onde temos pilares nascendo em vigas de transição e pilares que
nascem na fundação. Mesmo com a consideração de apoios elásticos para as
fundações, as vigas de transição, em geral, apresentam uma flexibilidade maior do que
o solo. A seguir temos um exemplo de um pórtico plano com dois pilares que seguem e
um pilar que nasce na viga de transição.
Para o pilar que nasce na viga de transição este tratamento apresenta-se mais
conservador. Porém, para carregamentos que atuam já com a estrutura executada, o
pórtico elástico é o modelo mais adequado. Assim, no cálculo do pavimento isolado, os
pilares que nascem na fundação podem apresentar solicitações que estariam contra a
segurança.
Para estruturas que apresentam assimetria de carregamento e/ou forma, a análise por
Pórtico espacial, através da compatibilização de deslocamentos da estrutura completa,
possibilita a obtenção de esforços e deslocamentos considerando estes efeitos. O
cálculo considerando os pavimentos isolados, conforme já comentado, não equaciona
este problema.
A seguir temos um exemplo que mostra uma estrutura real que apresenta essa
assimetria de forma. O núcleo rígido encontra-se distante do núcleo central da
estrutura em planta.
Exemplo 3.2.4
Corte Esquemático
Edifícios solicitados à ações laterais devem apresentar uma estrutura capaz de garantir
a estabilidade e capacidade resistente.
A capacidade resistente refere-se aos esforços oriundos das ações laterais. Assim, a
estrutura deve ser dimensionada para combinações que envolvam estas solicitações.
Núcleo Rígido
Fica evidente a simplicidade inerente à análise desta estrutura. Trata-se de uma haste
cujas únicas restrições são definidas pelo engaste na base(estrutura isostática).
Neste modelo os pórticos planos formados por vigas e pilares são definidos
separadamente. Para possibilitar dimensionamento e avaliação adequada da rigidez, é
necessário considerar o funcionamento conjunto entre pórticos. Para transformar este
problema tridimensional em bidimensional associam-se os pórticos planos
introduzindo-se um elemento de ligação. Este elemento deve possuir uma elevada
rigidez axial e uma baixa rigidez à flexão. Desta forma, compatibilizam-se os
deslocamentos em cada nível estrutural, possibilitando uma distribuição de esforços e
obtenção de deslocamentos compatíveis com a estrutura espacial.
Com essa metodologia também é possível associar os núcleos rígidos com os pórticos
planos.
No modelo de Pórtico espacial de vigas e pilares, a laje não está representada. Para
simular o efeito do diafragma rígido proporcionado pelas lajes, utilizamos alguns
artifícios, introduzindo elementos e alterando determinadas características de outros.
Como exemplos, podemos citar o aumento artificial da rigidez à flexão lateral das vigas
e a introdução de elementos ligando os pilares (isolados), similares àqueles
mencionados na associação de pórticos planos.
Este exemplo tem como objetivo avaliar uma estrutura submetida à ações laterais com
características que tornam essencial a adoção do modelo de pórtico completo. Ou
seja, a consideração da laje não deve se limitar à simulação do diafragma rígido. Sua
rigidez à flexão é fundamental para um modelo representativo para estrutura.
Dados principais:
Esquema Vertical
Fck=40MPa
Cargas Verticais:
Vento:
PILAR
geral localizadas nas extremidades dos elementos, aplicam forças axiais no concreto.
Tais forças axiais são exercidas pelos elementos de ancoragem e são distribuídas na
sua área de contato com o concreto. Desta forma, o maciço de concreto contínuo fica
sendo perfeitamente aplicável a representação das forças axiais através de uma carga
impedida pela massa de concreto. Uma ação vertical ao longo dos cabos passa a
aplicada nos cabos e à curvatura do traçado. Análogo ao que ocorre nas ancoragens,
a ação dos cabos no maciço de concreto caracteriza-se por uma carga vertical de
diretas.
das lajes bidirecionais não é trivial como nos elementos anteriormente descritos.
ABECE - Curso de Modelagem de Edifícios- Engº Mauricio Sgarbi Página 135
Para a escolha do modelo de cálculo, a identificação das ações impostas pelo
axiais nas ancoragens e cargas verticais ao longo dos cabos relacionadas com os
aplicadas pela protensão ocorrem na projeção dos cabos, no caso das lajes
mesma projeção das cargas que devem ser equilibradas, que estão distribuídas
pelo pavimento. Assim, não existe uma relação direta entre as cargas atuantes
modelo unifilar. A seguir serão mostrados os modelos para os quais são adotadas
essa simplicação, comparando-se com uma análise mais refinada aonde os cabos
pelos alinhamentos dos pilares (suport lines), nas duas direções. Cada pórtico se
compõe de uma linha de pilares (ou apoios) e uma faixa de laje (tributaries), limitada
lateralmente pelas linhas que unem os pontos médios dos painéis de lajes adjacentes
podem ser considerados isoladamente para cada piso, com os pilares superiores e
pilar. O ACI 318 leva em consideração o fato de existir uma grande diferença de
consideração é feita atribuindo uma rigidez à torção no encontro do pilar com a “laje-
rigidez equivalente.
Para cada faixa definida, obtemos os esforços totais em diferentes seções integrando
dos cabos na análise estrutural, cuja presença com características distintas nas
acordo com sua projeção comparada às projeções dos cabos. Neste contexto, temos
respectivas projeções;
Para as lajes ou direções com cabos distribuídos, não existe distinção entre
regiões, e todas são tratadas como regiões protendidas com o esforço normal
configurações de esforços.
B);
e esforços normais.
protensão.
a seção da faixa.
MEF-Tributária Total
4.4) Exemplos
resultados e comentários.
telas de resultados da ferramenta utilizada para análise, com a legenda dos dados e
Figura 4.15- Demonstrativo de dados e resultado das tensões para uma faixa
Combinação Frequente
4.4.1) Estrutura 1
lisa apoiada diretamente nos pilares, cuja disposição apresenta-se regular e simétrica.
Outra característica importante a ser ressaltada é a baixa rigidez a flexão dos pilares,
Figura 4.14 – Estrutura 1-: Distribuição dos cabos idealizada para análise pelo
MPE
Faixa analisada
direção. Considera-se a carga vertical dos cabos na laje apenas em uma faixa próxima
à projeção dos cabos. O esforço normal é obtido em cada seção, conforme seu
Região A
Região B
CABO. Inclusive para faixas com cabos concentrados (com projeção de distribuição
muito menor do que a largura da faixa), supõe-se toda a seção da faixa definida está
faixa.
princípio que os pontos A e B fazem parte d uma única seção transversal, com
vertical, armadura passiva etc... Pelo MEF-TC, é possível tratar essa seção mais
Tensão-Fibra Tensão-Fibra
Mk apoio Mk vão Mhip- Apoio Inferior- Superior-
(tf.m) (tf.m) (tf.m) Vão(kg/cm²) Apoio(kg/cm²)
MPE -70,2 45,75 11,1 17 25
MEF -81 51,17 10,41 27 47
MEF-TT e MPE para esta estrutura. Porém, esta pequena diferença percentual entre
protensão.
Conclui-se que temos uma boa razoável compatibilidade entre os dois métodos
faixa.
Apenas uma parcela da laje junto ao pilar extremo apresenta sua rotação
compatível com a restrição representada pelo pilar (na direção de maior inércia deste).
Desta forma, quando utilizamos o MEF, apenas as barras da grelha próximas ao pilar
obtidas tensões muito acima dos limites (Figura 4.37). Um aumento no número
deformação mais favorável, sendo que este último pode ser muitas vezes uma
necessidade.
métodos.
se entre duas faixas. Sabe-se que em uma estrutura contínua e monolítica todos os
especialmente sobre a análise por pórtico equivalente para uma estrutura com uma
fletor para casos de carregamentos diversos, cujo valor também deveria ser
compatível no ponto:
externo.
ABECE - Curso de Modelagem de Edifícios- Engº Mauricio Sgarbi Página 177
Desta forma, a análise que se adequa conceitualmente com a condição
verificada é o MEF-TC.
análise.
discretizada.
4.4.4) Estrutura 4
necessário utilizar protensão. Porém, como a estrutura tinha vizinhos nas fachadas
laterais, foi decidido pelo projetista que a protensão seria aplicada somente na direção
vertical.
distribuídos na laje com suas respectivas cargas equivalentes verticais. Desta forma
total(L/250=4cm):
elementos.
Neste caso, intuitivamente, fica claro que a laje passará apresentar curvaturas
maiores na direção vertical, aumentando os esforços nas lajes nesta direção e das
vigas que as apoiam (V1 e V2). Consequentemente, a outra direção apresenta uma
Figura 4.52 – Momentos nas barras de laje nas duas direções-CTNM (cargas
Verticais)
Figura 4.55 - Momentos nas vigas - Combinação das ações gravitacionais com
os hiperestáticos
Neste caso, o engenheiro pode até dimensionar a estrutura pela análise elástica.
Porém, os esforços no funcionamento real não ocorrem proporcionalmente às
armaduras detalhadas. Como estas são dimensionadas no ELU, é possível fazer desta
forma sem nenhum prejuízo para a estrutura, enquanto as diferenças nos esforços
estiverem cobertas por coeficientes de majoração.
Deve ser enfatizado que a capacidade de rotação plástica é feita na ruptura. Como a
configuração de esforços e resistências em serviço apresenta-se substancialmente
mais favorável, é possível que a estrutura permaneça integra. Porém, é comum
identificar patologias decorrentes de plastificações exageradas.
O caso “b)” é muito utilizado para plastificação de lajes, contínuas apoiadas em vigas
ou diretamente em pilares.
Em ambos os casos não é possível considerar uma relação direta para a obtenção de
um nível de plastificação definido. A seguir temos um exemplo com aplicação da
alteração da rigidez dos elementos no nó de ligação:
Dimensões:
Atribuem-se valores verificados em estudos para a média das rigidezes para cada tipo
de elemento, quando submetidos às combinações que envolvem ações gravitacionais
e laterais. A NBR 6118/2007 prescreve valores aproximados.:
𝑀
𝐸𝐼 =
𝜌
Porém, como para o concreto armado esta relação não é linear. É necessário construir
os gráficos Momentos x Curvaturas para cada seção, considerando as armaduras,
fissuração no concreto e esforço normal. Através das relações constitutivas dos
materiais, variam-se os níveis de deformação utilizando as deformadas de ruptura.
Fixa-se o esforço normal (Nd) e obtêm-se os momentos (Md) para cada deformada
para a seção atender às equações de equilíbrio.
Sendo assim, não adotam-se os valores aproximados para as rigidezes, mas sim valores
obtidos desta forma, com tratamento refinado.
Destacamos que para este tratamento da NLF, faz-se necessária a consideração das
armaduras, cuja variação tem influência direta nos resultados.
Porém, é possível observar diferenças razoáveis na análise estrutural para cada uma
destas considerações. A rigidez relativa entre pilar e viga apresenta grande variação
entre as considerações.
Exemplo 5.2.1.3
Interações
Ou seja, conforme antecipado, tem-se uma soma de uma P.G de razão r que relaciona
o momento final com o momento de 1ª ordem.
Para análise dos efeitos de 2ª ordem em pilares, o Método Geral é o único que
possibilita a consideração das condições de contorno conforme descrito. E neste
método a NLF e NLG são tratadas de forma refinada.
Sendo assim, como os lances de pilares serão analisados dentro do contexto global,
toda a estrutura deve ser tratada da mesma forma. Ou seja, é necessário o utilizar o
pórtico NLF e NLG (Pórtico NLFG).
Sabe-se que na prática a utilização do pórtico NLFG não é usual. Porém, essa
ferramenta possui larga aplicação para análise de diversos casos particulares. Por
exemplo, analisar um pilar engastado na base e livre no topo. Por mais que seja
possível utilizar uma correção de esbeltez e utilizar o modelo clássico bi-articulado, a
análise através do Pórtico NLFG possibilita equacionar essas condições de contorno
com muito mais precisão.
No caso mostrado a seguir, apenas ilustrado, o pilar não passa quando verificado como
bi-articulado, mesmo corrigindo o comprimento de flambagem para compatibilizar
com o pilar rotulado e engastado (0,7Le)
a) b)