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Modelagem Termo PDF
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MODELO MATEMÁTICO
2.1
CIRCUITO DE COLETORES CONCENTRADORES SOLARES PARABÓLICOS
Este circuito é aquele por onde vai circular o chamada fluido térmico (HTF).
Este fluido deverá passar pelos coletores solares para ser dirigido depois para o
gerador de vapor, onde cederá calor para o fluido orgânico do ciclo Rankine. Da
saída do gerador, o fluido térmico volta para os coletores solares. Normalmente
este circuito trabalha à pressão atmosférica ou pressões próximas. Devido a
perdas de carga nos coletores, no gerador de vapor e outras tubulações é
necessário uma bomba responsável pela circulação.
71
2.1.1
Processos no circuito de coletores concentradores solares parabólicos
assumidos
2.1.2
Condições de análise do circuito de coletores concentradores solares
parabólicos
Como resulta notório este circuito tem dois elementos principais para sua
análise: os coletores solares e o gerador de vapor. Este último elemento será
analisado na seção 2.2, já que está ligado com maior importância ao ciclo
Rankine orgânico e constitui a interação entre os dois circuitos. Assim, a análise
nesta seção estará centrada no comportamento do coletor concentrador solar
parabólico de forma individual, para posteriormente somar o efeito combinado
do conjunto de coletores. As seguintes condições são assumidas como
verdadeiras para modelar o coletor descrito e seu fluxo:
O sistema coletor concentrador solar parabólico se encontra trabalhando
em regime permanente.
As variações nas energias cinética e potencial são desprezíveis para o fluido
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térmico.
Os gradientes de temperatura nos diferentes componentes do sistema
coletor concentrador solar são desprezíveis com exceção do fluido térmico
(HTF).
2.1.3
Cálculo dos ângulos solares
Ângulo de declinação
(2.1)
Onde n é o número de dia do ano
Ângulo horário
(2.2)
73
Ângulo de incidência
É o ângulo mais importante na interação da radiação solar na superfície
incidente. A fórmula principal em relação aos outros ângulos solares é:
(2.3a)
Ângulo de Zenith
O ângulo de Zenith, como já foi descrito, resulta no ângulo de incidência no
plano horizontal, então e a fórmula resulta:
(2.4)
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(2.5)
(2.6)
(2.7)
(2.8)
(2.9)
(2.10)
2.1.4
Análise do refletor
(2.12a)
(2.12b)
Onde:
G0: fluxo de radiação numa superfície horizontal extraterrestre
Gsc: constante de radiação solar
(2.13)
(2.14)
(2.15)
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(2.16)
(2.17)
(2.18)
(2.19)
(2.20)
(2.22)
(1.23)
Onde:
: fluxo de radiação direta numa superfície inclinada
: fluxo de radiação direta numa superfície horizontal
E os ângulos θ e θ são determinados a partir do ângulo de inclinação do plano
de abertura do coletor.
Finalmente este fluxo de radiação real no coletor tem que ser multiplicado
pela eficiência óptica do refletor para se encontrar o fluxo de radiação incidente
no conjunto receptor (Gs):
(2.24)
2.1.5
Balanço de energia na cobertura
(2.25)
Onde:
: constante de Steffan-Boltzmann
: emissividade do tubo absorvedor
Aa: área da superfície exterior do tubo absorvedor
: temperatura do tubo absorvedor
: emissividade da cobertura
: área da superfície interior da cobertura
: temperatura da superfície interior da cobertura
(2.27)
Onde:
: emissividade da cobertura
Tsky: temperatura do céu
(2.28)
Onde:
: energia solar incidente no conjunto cobertura - absorvedor
: absortância da cobertura
(2.29)
2.1.5.1
Condução térmica na cobertura
(2.31)
2.1.5.2
Determinação do coeficiente de transferência de calor por convecção entre o ar
ambiental e a cobertura,
(2.33)
viscosidade dinâmica ( ):
(2.34)
(2.35)
(2.36)
(2.37)
(2.38)
(2.39)
(2.40)
Tabela 2.2 – Constantes para o cálculo de Nusselt para fluxo externo [18]
C m
0,4-4 0,989 0,330
4-40 0,911 0,385
40-4000 0,683 0,466
4000-40000 0,193 0,618
40000-400000 0,027 0,805
81
(2.42)
2.1.6
Balanço de energia no tubo absorvedor
O tubo absorvedor, como seu nome indica, tem que absorver a maior
quantidade de energia solar e transmiti-la na maior proporção possível para o
fluido térmico (HTF) circulante no interior. Tal qual a cobertura, aqui também as
perdas térmicas por convecção, radiação e condução são inevitáveis, tentando-
se mantê-las em valores baixos. Os fluxos de calor que chegam ou saem do tubo
absorvedor são:
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(2.43)
(2.45)
2.1.6.1
Determinação do coeficiente de transferência de calor por convecção entre o
tubo absorvedor e o fluido térmico (HTF),
(2.49)
( ) e saída ( ), isto tem que ser realizado para cada coletor individualmente:
(2.50)
(2.51)
(2.52)
(2.53)
(2.54)
(2.55)
84
(2.56)
(2.57)
2.1.7
Influência das propriedades radiativas dos materiais
Cobertura
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(2.58)
(2.59)
(2.60)
(2.61)
Tubo absorvedor
Este tubo, metálico e com uma superfície seletiva, permite alcançar uma
elevada absortância e uma menor emissividade que materiais convencionais. É
importante que o tubo não sofra corrosão em contato com o fluido térmico.
85
(2.62)
(2.63)
2.1.8
Considerações geométricas
2.1.9
Análise alternativa por resistências térmicas
calor.
Para exemplificar esta análise vamos considerar o fluxo de calor por
radiação trocado entre o tubo absorvedor e a cobertura:
(2.68)
(2.69)
2.1.10
Queda de pressão no fluxo do fluido térmico (HTF)
(2.70)
(2.71)
(2.72)
(2.73)
(2.74)
(2.75)
(2.76)
2.2
CIRCUITO DO CICLO RANKINE ORGÂNICO
elétrica. Por esta razão, é importante entender todas as etapas deste ciclo e
calculá-lo adequadamente, para predizer o comportamento final do sistema.
2.2.1
Definição dos processos e estados termodinâmicos do ciclo
Líquido
Saída do
saturado : pressão baixa do ciclo
condensador /
1
Entrada da
Pressão baixa
bomba
: a partir de e
Vapor
: no caso ideal igual a , caso
superaquecido Saída do
contrario considerar perdas no
recuperador -
condensador
6 Pressão baixa lado quente /
Entrada do
: determinado a partir de
Resfriado no condensador
análise DTML no recuperador
recuperador
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Saída da zona
: no caso ideal igual a , caso
superaquecida /
Vapor saturado contrario considerar perdas na
Entrada na zona
7 zona saturada do condensador
saturada
Pressão baixa
(ambas do
condensador)
Saída da zona
: no caso ideal igual a , caso
sub-resfriada /
Líquido contrario considerar perdas na
Entrada na zona
saturado zona sub-resfriada do gerador
8 saturada
de vapor
(ambas do
Pressão alta
gerador de
vapor)
Saída da zona
: no caso ideal igual a , caso
saturada /
contrario considerar perdas na
Vapor saturado Entrada na zona
zona saturada do gerador de
9 superaquecida
Pressão alta vapor
(ambas do
gerador de
vapor)
91
2.2.2
Parámetros do ciclo
(2.77)
Trabalho específico de entrada (bomba)
(2.78)
Trabalho específico útil do ciclo
(2.79)
Calor específico fornecido ao ciclo (gerador de vapor)
(2.80)
Calor específico rejeitado pelo ciclo (condensador)
(2.81)
Balanço geral de energia em estado estável
(2.82)
Rendimento termodinâmico do ciclo
(2.83)
Trabalho líquido do ciclo
(2.84)
92
2.2.3
Relações de pressões
(2.90)
(2.91)
2.2.4
Bomba
(2.92)
Onde, e são as entalpias reais nos estados 1 e 2, e é a entalpia
isentrópica no estado 2, ou seja, caso a entropia permanecesse constante:
(2.93)
93
2.2.5
Expansor
(2.95)
Onde, e são as entalpias reais nos estados 4 e 5, e é a entalpia
isentrópica no estado 5:
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(2.96)
2.2.6
Recuperador
2.2.6.1
Balanço energético do recuperador
6), já que no caso ideal não existe perdas de calor ao exterior no equipamento.
Para o lado frio (fluido a ser pré-aquecido) o fluxo de calor é:
(2.97)
2.2.6.2
Características geométricas do recuperador
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O trocador de calor utilizado como recuperador tem que ter uma grande
área de troca, devido a que o lado quente deste equipamento vai receber um
fluido gasoso. Em geral, os fluidos gasosos têm baixos coeficientes de
transferência de calor por convecção, requerendo longas tubulações no caso de
trocadores de casco e tubos convencionais. Por este motivo, é melhor a
utilização de trocadores compactos, os quais têm maiores áreas de troca em
volumes menores. No caso, considerou-se um trocador de calor de tubos e
placas transversais a os tubos, similar ao que está na figura seguinte:
O uso de uma placa continua neste trocador de calor poderia ser visto
como equivalente a uma aleta anular retangular de dimensões s e p, associada a
o tubo respectivo de diâmetro exterior d0.
A razão entre as áreas de troca de calor fria e quente (Ai / Ar) pode ser
determinada facilmente calculando uma área de troca de calor associada a uma
aleta individual e seu segmento de tubo correspondente tanto para o lado
quente ( ) e para o lado frio ( ):
(2.101)
(2.102)
(2.103)
96
(2.104)
(2.106)
Com a área frontal ao fluxo a través das placas se determina a área de fluxo
livre a través das placas da seguinte maneira:
(2.110)
Se as áreas das duas aletas são iguais e 2r1 = d0, então é possível calcular r2:
(2.111)
(2.112)
(2.114)
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(2.115)
(2.116)
A eficiência da aleta é:
(2.117)
(2.118)
2.2.6.3
Análise do fluxo na tubulação do recuperador
(2.119)
(2.120)
(2.121)
(2.122)
(2.123)
(2.124)
(2.125)
(2.126)
(2.127)
(2.128)
99
(2.129)
(2.130)
2.2.6.4
Análise do fluxo pelas placas do recuperador
(2.131)
(2.132)
(2.133)
(2.134)
(2.135)
(2.136)
(2.137)
(2.138)
Onde m e n são parâmetros que dependem da configuração do trocador.
(2.139)
(2.141)
2.2.6.5
Área de troca de calor no recuperador
(2.143)
101
(2.145)
(2.147)
(2.148)
(2.149)
(2.150)
2.2.7
Condensador
Para facilitar a análise do condensador, ele vai ser dividido em duas zonas
(método multizonas): uma parte que trabalha com o fluido superaquecido e
outra que trabalha com o fluido saturado. É o equivalente a trabalhar com dois
trocadores de calor em serie. No final dos cálculos a área de troca de calor
necessária será igual à soma das duas áreas calculadas nos dois casos:
102
(2.151)
(2.152)
2.2.7.1
Balanço energético do condensador
(2.154)
Onde é o calor específico a pressão constante da água
(2.156)
(2.158)
103
2.2.7.2
Características geométricas do condensador
(2.159)
(2.160)
(2.161)
104
Área frontal ( ):
(2.162)
Raio r2:
(2.164)
Raio r1:
(2.165)
Perímetro da aleta ( ):
(2.166)
(2.167)
(2.168)
(2.169)
(2.170)
(2.171)
(2.172)
105
(2.173)
(2.174)
(2.175)
2.2.7.3
Análise do fluxo na tubulação do condensador
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(2.176)
(2.177)
(2.178)
(2.179)
(2.180)
(2.181)
106
(2.182)
(2.183)
(2.184)
(2.185)
(2.186)
(2.187)
2.2.7.4
Análise do fluxo pelas placas na zona superaquecida do condensador
(2.188)
(2.189)
107
(2.190)
(2.191)
(2.192)
(2.193)
(2.195)
(2.197)
2.2.7.5
Área de troca de calor na zona superaquecida do condensador
(2.199)
(2.201)
Capacitâncias térmicas:
(2.202)
(2.203)
(2.204)
(2.205)
(2.206)
109
2.2.7.6
Análise do fluxo pelas placas na zona saturada do condensador
(2.208)
(2.209)
(2.210)
μ
(2.212)
(2.213)
110
Número de Reynolds:
(2.214)
Fator de atrito:
(2.215)
(2.216)
Fator j de Colburn:
(2.217)
Número de Stanton:
(2.218)
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2.2.7.7
Área de troca de calor na zona saturada do condensador
(2.220)
(2.222)
Capacitâncias térmicas:
(2.223)
(2.224)
(2.225)
(2.226)
saturada:
(2.227)
2.2.8
Gerador de vapor
2.2.8.1
Balanço energético do gerador de vapor
(2.229)
(2.231)
(2.233)
(2.234)
(2.235)
(2.237)
(2.238)
(2.239)
(2.241)
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(2.242)
(2.243)
2.2.8.2
Características geométricas do gerador de vapor
(2.245)
(2.246)
(2.247)
A velocidade da massa
115
(2.248)
2.2.8.3
Análise do fluxo na tubulação do gerador de vapor
(2.249)
(2.250)
(2.251)
(2.252)
(2.253)
(2.254)
(2.255)
(2.256)
(2.257)
(2.258)
116
(2.259)
A queda de pressão nos tubos do gerador de vapor está então dada por:
(2.260)
(2.261)
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2.2.8.4
Análise do fluxo pelo casco do gerador de vapor na zona sub-resfriada
(2.262)
(2.263)
(2.264)
(2.265)
(2.266)
(2.267)
(2.268)
(2.269)
(2.270)
2.2.8.5
Área de troca de calor na zona sub-resfriada do gerador de vapor
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(2.271)
(2.273)
(2.274)
118
(2.275)
(2.276)
A partir dos dois parâmetros anteriores pode-se obter outros dois novos
parâmetros St1 e Wt1 que servirão para calcular o fator de correção ( ):
(2.277)
(2.278)
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(2.279)
(2.280)
2.2.8.6
Análise do fluxo pelo casco do gerador de vapor na zona saturada
(2.282)
(2.283)
Então:
(2.287)
(2.288)
(2.289)
(2.290)
(2.291)
(2.292)
(2.293)
(2.294)
(2.295)
(2.296)
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(2.297)
(2.298)
2.2.8.7
Área de troca de calor na zona saturada do gerador de vapor
(2.299)
121
(2.301)
(2.302)
Efetividade de temperatura:
(2.303)
(2.304)
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Parâmetros St2 e Wt2 que servirão para calcular o fator de correção Ft2:
(2.305)
(2.306)
(2.307)
(2.308)
2.2.8.8
Análise do fluxo pelo casco do gerador de vapor na zona superaquecida
(2.309)
(2.310)
(2.311)
(2.312)
(2.313)
(2.314)
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(2.315)
(2.316)
(2.317)
2.2.8.9
Área de troca de calor na zona superaquecida do gerador de vapor
(2.318)
(2.320)
(2.321)
Efetividade de temperatura:
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(2.322)
(2.323)
Parâmetros St3 e Wt3 que servirão para calcular o fator de correção Ft3:
(2.324)
(2.325)
(2.326)
(2.327)
124
2.3
ARMAZENAMENTO TÉRMICO NO CICLO RANKINE ORGÂNICO COM ENERGIA
SOLAR
2.3.1
Funcionamento sem utilização de armazenamento térmico
2.3.2
Funcionamento em carga térmica (horas de claridade)
(2.330)
Onde:
e : entalpias específicas do fluido térmico nos estados a e b
: calor específico a pressão constante médio do sal fundido
: temperatura do sal fundido no tanque quente
: temperatura do sal fundido no tanque frio
(2.331)
(2.332)
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2.3.3
Funcionamento em descarga térmica (horas sem luz solar)
maneira a vazão mássica que circula pelo gerador de vapor é a mesma vazão
mássica que circula pelo trocador:
(2.333)
(2.335)
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