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Turma: T01
Lizza Adrielle
Maria Auxiliadora
Matheus de Santana
Rafael Santos
Além disso, vale ressaltar que, desde antigamente até os tempos atuais vários
núcleos populacionais estabeleceram-se e se estabelecem para a realização das
atividades citadas, sendo assim a realização de uma gestão integrada das águas, para
evitar conflitos e trazer benefícios para as presentes e futuras gerações.
A lei n° 9433/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, pode ser
considerada como o principal marco para o gerenciamento das águas no Brasil, e seu
conteúdo foi formulado de acordo com acontecimentos que ocorreram ao longo da
história.
Os primeiros registros que datam da maneira que os recursos hídricos foram
geridos ocorreram na época da Roma Antiga, quando houve a construção de aquedutos
com a finalidade do abastecimento humano. Em 97 a.C. Julius Frontinus foi nomeado
pelo imperador da época ao cargo de Comissário de Águas de Roma, tendo como
função gerir um complexo sistema de captação de água em fontes afastadas para
distribuição em reservatórios existentes ao longo da cidade. Além disso, havia a questão
da divisão da água em classes de acordo com a finalidade de uso, que hoje em dia pode
ser relacionada com o enquadramento dos corpos d’água – um dos instrumentos da
PNRH, presente no artigo 5 -, bem como do uso múltiplo dos mesmos, que faz parte dos
fundamentos daquela lei, especificamente no artigo 1°.
Este princípio pode ser facilmente relacionado com o artigo 2, que traz os
objetivos da PNRH, que dentre eles estão:
Art. 43. As águas públicas não podem ser derivadas para as aplicações da
agricultura, da indústria e da higiene, sem a existência de concessão administrativa, no
caso de utilidade pública e, não se verificando esta, de autorização administrativa, que
será dispensada, todavia, na hipótese de derivações insignificantes.
Art. 110. Os trabalhos para a salubridade das águas serão executados á custa
dos infratores, que, além da responsabilidade criminal, se houver, responderão pelas
perdas e danos que causarem e pelas multas que lhes forem impostas nos regulamentos
administrativo. (Paramos aqui).
Com a Constituição Federal de 1946, fica estabelecido à União, o domínio de
todos os corpos hídricos que banham mais de um estado ou que ultrapassem o território
nacional, cabendo também aos Estados o domínio dos corpos hídricos que se encontram
exclusivamente em seus territórios.
Após isso, a gestão das águas ganhou maior notoriedade com a Constituição
Federal de 1988, a qual foi responsável por extinguir o domínio das “águas privadas”,
abordado no Código das Águas, definindo este recurso como um bem de domínio
público, que deve ser preservado e cuja exploração e uso não venham a prejudicar as
gerações futuras. Ela estabeleceu a propriedade estatal das águas nos seus artigos 20,III
e 26,I, estabelecendo uma esfera de domínio das águas federal (rios de fronteira ou de
limite interestadual e rios que atravessam mais de um Estado ou país) e estaduais (rios
internos aos Estados e águas subterrâneas).
Artigo 20:
São bens da União: III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais;
Artigo 26:
Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União
Além disso, esta Lei também foi responsável pela criação dos Conselhos
Nacionais de Recursos Hídricos-CNRH, cuja finalidade é de formular políticas de
recursos hídricos e estabelecer diretrizes complementares à sua implementação e
aplicação dos instrumentos para a atuação do SNGRH.
Em 2000, foi aprovada a Lei nº 9.984, que "dispõe sobre a criação da Agência
Nacional de Águas - ANA". Trata-se de uma instituição vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente, que integra o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos. Entre suas atribuições está a outorga do direito de uso de recursos hídricos em
corpos d'água de domínio da União, além de outras funções de caráter normativo,
executivo e de fiscalização relativas ao uso dos recursos hídricos e de assessoramento
técnico ao Sistema Nacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS