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Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Departamento de Engenharia Ambiental e Sanitária - DEAM

MARCO HISTÓRICO DA GESTÃO DE RECURSOS


HÍDRICOS

Disciplina: Gestão de Recursos


Hídricos

Turma: T01

Professora: Daniella Rocha

Discentes: José Carlos

Lizza Adrielle

Maria Auxiliadora

Matheus de Santana

Rafael Santos

São Cristóvão, 2018


INTRODUÇÃO
A água é um recurso renovável devido a sua capacidade de se recompor na
natureza, através do ciclo hidrológico, porém apesar de ser renovável é considerado um
recurso limitado pelo uso no que diz respeito a sua qualidade e quantidade disponível.
Durante o ciclo, a água sofre alterações na sua qualidade pois ela possui a capacidade de
diluir e assimilar efluentes e resíduos devido a processos físicos e químicos.

Águas superficiais, subterrâneas e atmosféricas fazem parte do ciclo hidrológico


e seu frequente movimento é uma consequência de suas propriedades e de seus estados
sólidos, líquidos e gasosos. As características do ciclo hidrológico não são homogêneas
e por isso e isso é determinante para a distribuição desigual no planeta.

Segundo a consultoria legislativa, a parcela de água acessível à humanidade, no


estágio tecnológico atual e à custos compatíveis com seus diversos usos, é denominado
“recursos hídricos”. Em outras palavras, os recursos hídricos são as águas superficiais e
subterrâneas disponíveis para uso.

Os recursos hídricos são bastante importantes para a manutenção das diversas


formas de vida do planeta e também para o equilíbrio ecológico entre os fatores bióticos
e abióticos existentes no meio ambiente.

No que se refere ao aspecto antrópico, os recursos hídricos são importantes para


a realização de diversas atividades essenciais para os seres humanos como
abastecimento humano, processos industriais, agricultura, recreação, entre outras.

Além disso, vale ressaltar que, desde antigamente até os tempos atuais vários
núcleos populacionais estabeleceram-se e se estabelecem para a realização das
atividades citadas, sendo assim a realização de uma gestão integrada das águas, para
evitar conflitos e trazer benefícios para as presentes e futuras gerações.

HISTÓRICO DA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO MUNDO

A lei n° 9433/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, pode ser
considerada como o principal marco para o gerenciamento das águas no Brasil, e seu
conteúdo foi formulado de acordo com acontecimentos que ocorreram ao longo da
história.
Os primeiros registros que datam da maneira que os recursos hídricos foram
geridos ocorreram na época da Roma Antiga, quando houve a construção de aquedutos
com a finalidade do abastecimento humano. Em 97 a.C. Julius Frontinus foi nomeado
pelo imperador da época ao cargo de Comissário de Águas de Roma, tendo como
função gerir um complexo sistema de captação de água em fontes afastadas para
distribuição em reservatórios existentes ao longo da cidade. Além disso, havia a questão
da divisão da água em classes de acordo com a finalidade de uso, que hoje em dia pode
ser relacionada com o enquadramento dos corpos d’água – um dos instrumentos da
PNRH, presente no artigo 5 -, bem como do uso múltiplo dos mesmos, que faz parte dos
fundamentos daquela lei, especificamente no artigo 1°.

Após a Idade Média, os indivíduos tinham certo pavor em relação ao consumo


da água, bem como por não haver a existência de hábitos de higiene, praticamente a
água foi trocada por perfume. Vale ressaltar também que desse período até a revolução
industrial, não houve alguma forma que fosse relacionada à gestão adequada dos
recursos hídricos.

Com a revolução industrial foi necessário a exploração de diversos recursos


naturais para acompanhar o crescimento das populações nas áreas urbanas, que sem os
devidos projetos hídricos de um sistema de esgotamento sanitário adequado, poluiu os
reservatórios de água, tornando escasso este recurso.

Alguns problemas começaram a serem identificados e a partir daí começa a


Gestão Hídrica Urbana com a finalidade de organizar a distribuição da água para a
população, principalmente na questão do tratamento para que houvesse satisfatória
qualidade para a água.

Logo após o período da revolução industrial, devido principalmente às ações


antrópicas exploratórias com o intuito de crescimento econômico, houve cada vez mais
a preocupação com a possível escassez dos recursos naturais existentes no planeta. Com
isso, em 1972 houve a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, realizada em Estocolmo, onde dentre os principais objetivos estava a questão
da qualidade de água e as bases para o desenvolvimento sustentável e os princípios
definidos pela Declaração sobre o Meio Ambiente, que dentre eles traz que:
Princípio 2
Os recursos naturais da terra incluídos o ar, a água, a terra, a flora e a fauna e
especialmente amostras representativas dos ecossistemas naturais devem ser
preservados em benefício das gerações presentes e futuras, mediante uma cuidadosa
planificação ou ordenamento.

Este princípio pode ser facilmente relacionado com o artigo 2, que traz os
objetivos da PNRH, que dentre eles estão:

Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:


I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

Em 1983, a médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-


Primeira Ministra da Noruega, foi convidada pela Secretaria Geral da Organização das
Nações Unidas para reger a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento. Porém o relatório Brundtland, também conhecido como “Nosso
Futuro Comum”, só ficou pronto em 1987, após algumas reuniões da Comissão, que era
composto por diversos especialistas de várias áreas. Esse relatório foi o primeiro a levar
ao público o conceito de desenvolvimento sustentável, importante para a gestão de
recursos naturais, dentre eles os recursos hídricos, sendo importante para a manutenção
das futuras gerações. Tal relatório também contribuiu significativamente para a
elaboração das ideias contidas nos objetivos da Lei 9433.

Já em 1992, houve a realização da Conferência de Dublin, que teve como


principal resultado o advento da Declaração de Dublin sobre Água e Desenvolvimento
Sustentável, que dentre os princípios traz:
Princípio 1
A água doce é um recurso finito e vulnerável, essencial para sustentar a vida, o
desenvolvimento e o meio ambiente.
Princípio 4
A água tem um valor econômico em todos os usos competitivos e deve ser
reconhecida como um bem econômico.
E estes princípios podem ser relacionados com um dos fundamentos presentes
no primeiro artigo da lei das águas, o qual diz que “a água é um recurso natural
limitado, dotado de valor econômico”. E, bem como pode ser relacionado com a
cobrança pelo uso de recursos hídricos, um dos instrumentos presentes na mesma lei,
especificamente em seu artigo 5°.
No mesmo ano, no Rio de Janeiro, foi realizada a Conferência Mundial para o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde diversos temas foram tratados, como
desenvolvimento sustentável e a exploração de recursos naturais no mundo. Nessa
conferência foi criada a Agenda 21, definida como um instrumento de planejamento
para a construção de sociedades sustentáveis, incluindo a proteção da qualidade e do
abastecimento dos recursos hídricos abordado no capítulo 18 deste documento. Vale
ressaltar que o conteúdo deste foi fundamental para a formulação das seguintes
diretrizes gerais de ação da lei das águas:

Art. 3º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política


Nacional de Recursos Hídricos:
I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de
quantidade e qualidade;
II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidade físicas, bióticas,
demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

O primeiro registro a respeito da gestão hídrica no Brasil encontra-se em


documentos do reino, que data do Alvará de 1804 e posteriormente do Alvará de 1818.
Neste, há a questão de que os rios navegáveis e caudais pertenciam ao reino e, era
necessária a concessão do império para alguma determinada utilização. Esta questão
pode ser relacionada com a outorga de direito de uso, um dos instrumentos da Lei 9433.
Além disso, o Alvará de 1818 trata da utilização das águas de rios e de ribeiras para
usos particulares, industriais e para a irrigação.

Posteriormente, na Constituição Federal de 1824, dentro do artigo 179., ficava


definido que todos os mananciais, sejam eles subterrâneos e superficiais que se
encontravam dentro de propriedades particulares, poderiam ser utilizados em toda a sua
plenitude para alguma finalidade, ou seja, pertenciam exclusivamente ao proprietário de
terras.

Já a Constituição Republicana de 1891 não apresentou informações relevantes


quanto ao uso da água e nem tampouco quanto a quem possuía a propriedade dos rios,
mas através do seu artigo 34. § 6° trazia a questão de que o Congresso Nacional era
responsável por legislar a respeito da navegação em rios que ultrapassassem mais de um
estado ou em águas que ultrapassassem o limite do território nacional.

Em seguida, foi publicado o Código Civil de 1916, o qual considera o uso da


água como um bem essencialmente privado e de valor econômico limitado, atestando ao
proprietário a utilização dela, de forma a respeitar os direitos de vizinhança. Porém, o
mesmo não oferecia proteção às águas, tampouco critérios amplos para o seu uso.

A Constituição de 1934 trouxe competências a respeito da legislação das águas.

Art 20 - São do domínio da União:


I - os bens que a esta pertencem, nos termos das leis atualmente em vigor;
II - os lagos e quaisquer correntes em terrenos do seu domínio ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países ou se estendam a
território estrangeiro;
III - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas fronteiriças.
Art 21 - São do domínio dos Estados:
I - os bens da propriedade destes pela legislação atualmente em vigor, com
as restrições do artigo antecedente;
II - as margens dos rios e lagos navegáveis, destinadas ao uso público, se
por algum título não forem do domínio federal, municipal ou particular.
(BRASIL, 1934).
Esta primeira abordagem foi de extrema importância, pois tal configuração foi
moldada até os dias atuais em relação às competências para a legislação dos recursos
hídricos, consideradas fundamentais para a aplicação do conteúdo da lei das águas,
como a aplicação dos instrumentos.
Com o passar do tempo, observa-se uma nítida evolução em relação ao
gerenciamento dos recursos hídricos no país. Para exemplificar isso, foi criado no ano
de 1934, o Código de Águas, que promoveu a estabilização da legislação básica dos
recursos hídricos no país. Este foi o considerado um verdadeiro marco a respeito do
gerenciamento dos recursos hídricos, nunca verificado antes. Tratava de questões como
a proibição da contaminação das águas; a punição dos infratores que cometiam perdas e
danos destes recursos, através da aplicação de multas convertidas em financiamento
para a salubridade das águas; concessão para uso agrícola, de maneira que não trouxesse
prejuízos para a navegação, ou para consumo humano e animal. Tais questões podem
ser comparadas com a outorga de direito de uso novamente, com as infrações e
penalidades previstos no artigo 49, presentes na lei das águas.

Art. 43. As águas públicas não podem ser derivadas para as aplicações da
agricultura, da indústria e da higiene, sem a existência de concessão administrativa, no
caso de utilidade pública e, não se verificando esta, de autorização administrativa, que
será dispensada, todavia, na hipótese de derivações insignificantes.

Art. 53. Os utentes das águas públicas de uso comum ou os proprietários


marginais são obrigados a se abster de fatos que prejudiquem ou embaracem o regime
e o curso das águas, e a navegação ou flutuação exceto se para tais fatos forem
especialmente autorizados por alguma concessão.

Art. 109. A ninguém é lícito conspurcar ou contaminar as águas que não


consome, com prejuízo de terceiros.

Art. 110. Os trabalhos para a salubridade das águas serão executados á custa
dos infratores, que, além da responsabilidade criminal, se houver, responderão pelas
perdas e danos que causarem e pelas multas que lhes forem impostas nos regulamentos
administrativo. (Paramos aqui).
Com a Constituição Federal de 1946, fica estabelecido à União, o domínio de
todos os corpos hídricos que banham mais de um estado ou que ultrapassem o território
nacional, cabendo também aos Estados o domínio dos corpos hídricos que se encontram
exclusivamente em seus territórios.

Com o advento da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), houve


a instituição do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), e neste encontra-se
o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Este órgão é responsável pelo
estabelecimento de normas, critérios e padrões relacionados com o controle da
qualidade do meio ambiente, visando a utilização de forma racional dos recursos
ambientais, dentre eles os hídricos.

Após isso, a gestão das águas ganhou maior notoriedade com a Constituição
Federal de 1988, a qual foi responsável por extinguir o domínio das “águas privadas”,
abordado no Código das Águas, definindo este recurso como um bem de domínio
público, que deve ser preservado e cuja exploração e uso não venham a prejudicar as
gerações futuras. Ela estabeleceu a propriedade estatal das águas nos seus artigos 20,III
e 26,I, estabelecendo uma esfera de domínio das águas federal (rios de fronteira ou de
limite interestadual e rios que atravessam mais de um Estado ou país) e estaduais (rios
internos aos Estados e águas subterrâneas).

Artigo 20:
São bens da União: III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais;
Artigo 26:
Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União

Esta Constituição também determinou, através do artigo 21, XIX, como


competência da União "instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos
e definir critérios de outorga de direito de seu uso".
Esse último dispositivo foi obedecido com a promulgação da Lei 9433, de 08 de
janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamentando o inciso XIX do art.
21 da Constituição Federal. Esta Lei prega a gestão participativa da água e a
organização dos comitês de bacias hidrográficas como unidade principal de atuação da
sociedade e poder público em conjunto, além de definir os cinco instrumentos da
Política Nacional de Recursos Hídricos:

● os Planos de Recursos Hídricos;


● o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água;
● a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
● a compensação a município;
● o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

Além disso, esta Lei também foi responsável pela criação dos Conselhos
Nacionais de Recursos Hídricos-CNRH, cuja finalidade é de formular políticas de
recursos hídricos e estabelecer diretrizes complementares à sua implementação e
aplicação dos instrumentos para a atuação do SNGRH.

Em 2000, foi aprovada a Lei nº 9.984, que "dispõe sobre a criação da Agência
Nacional de Águas - ANA". Trata-se de uma instituição vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente, que integra o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos. Entre suas atribuições está a outorga do direito de uso de recursos hídricos em
corpos d'água de domínio da União, além de outras funções de caráter normativo,
executivo e de fiscalização relativas ao uso dos recursos hídricos e de assessoramento
técnico ao Sistema Nacional.

Além disso, no ano de 2005 houve o advento da resolução CONAMA nº 357,


que trata da classificação dos corpos hídricos, bem como das diretrizes que regem o seu
enquadramento. E, também trata do estabelecimento das condições e padrões do
lançamento de efluentes. Ressalta-se que o enquadramento das águas é um dos
instrumentos presentes na Política Nacional de Recursos Hídricos.

No ano de 2007, houve o surgimento da Política Nacional de Saneamento


Básico, através da lei nº 11.445, que trata das diretrizes nacionais para o saneamento
básico no país. E, dentre as esferas que compõem este setor, destaca-se a questão do
abastecimento público de água potável. Mas, ressalta-se que:

Art. 4o Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento


básico.
Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços
públicos de saneamento básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos e
outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei 9.433,
de 8 de Janeiro de 1997, de seus regulamentos e das legislações estaduais.
(BRASIL, 2007).

Já em 2011, foi instituída a Resolução CONAMA nº 430, que vem alterar


parcialmente e complementar a Resolução nº 357. Esta Resolução dispõe sobre
condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em
corpos d'água receptores e representa um grande avanço da legislação ambiental
brasileira por considerar algumas peculiaridades do setor de saneamento básico, além de
abordar questões como: capacidade de suporte do corpo receptor, avaliação da
ecotoxicidade do efluente, detalhamento e atualização dos parâmetros de lançamento de
efluentes para substâncias inorgânicas e orgânicas, dentre outras.
No dia 3 de outubro de 2017, através do DOU nº 119, foi publicada a Portaria de
Consolidação nº 5 de 28 de setembro de 2017, na qual através do Art. 864 revogou a
Portaria nº 2914/2011 que dispões sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano. Entretanto essa portaria foi revogada por
consolidação, ou seja, embora ela não esteja mais vigente, seu conteúdo foi inserido
dentro da portaria de consolidação.
Já no 30 de outubro de 2017, houve a instituição da Lei nº 13.501, que trata da
inclusão da questão do aproveitamento da água de chuva, como um dos objetivos da
Política Nacional de Recursos Hídricos.
E, no ano de 2018, mais precisamente em 06 de Julho, ocorreu a aprovação da
medida provisória nº 844, que atualizava o marco legal do saneamento básico no país,
que bem como atribuía a Agência Nacional de Águas a competência para a edição de
normas de referências sobre o setor de saneamento, porém, a sua vigência foi encerrada
no dia 19 de novembro do mesmo ano.
CONCLUSÃO
Pode-se perceber que as práticas de gerenciamento dos recursos hídricos
remonta há milhares de anos atrás. Apesar de não se utilizar diretamente a palavra
“Gestão”, era notória nas civilizações mais antigas, a realização de obras e atividades,
para facilitar o abastecimento público. E sabendo da importância deste recurso para a
manutenção da vida e do desenvolvimento econômico, diversas ações e políticas
públicas têm sido implementadas e discutidas, a fim de garantir sua qualidade e
quantidade em níveis aceitáveis.
No Brasil, por exemplo, foram criadas diversas leis que abordam a gestão de
recursos hídricos, fazendo do regime jurídico do país um dos mais desenvolvidos do
mundo nesta área. Entretanto, muito embora se tenha evoluído em termos legais, na
prática, a situação é diferente. Ainda há uma grande dificuldade para executar os
requisitos estabelecidos em Leis e a fiscalização ineficiente tem “aberto brechas” para o
descumprimento das mesmas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº
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http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acesso em 25 de
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para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036,
de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de
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DF, 5 jan. 2007. Acesso em 25 de nov. de. 2018.

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(CONAMA). Resolução nº 430/2011, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as
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Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 18 mar. 2005.
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