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Agricultura e

Suas Máquinas

Eng. Agrônomo
Gilson C. da Silva
Março de 2019
▪ Estatísticas e projeções
▪ Soja
▪ Ciclos das Culturas
▪ Clima e Interferências na produção

▪ Mecanização agrícola

▪ Sistemas de Geoposicionamento

▪ Interferência das máquinas no ciclo


produtivo das culturas

▪ Agricultura 4.0
O que é...

COMMODITY?

Gilson C. da Silva
COMMODITY?

Mercadorias que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial.


1 - São negociadas em bolsas mercadorias, preços são definidos em nível global;
2 - Produzidas por diferentes produtores e possuem características uniformes.
3 - Geralmente, podem ser estocados sem que haja perda de qualidade.
4 - Também se caracterizam por não ter passado por processo industrial, ou seja, são
geralmente matérias-primas.

Gilson C. da Silva
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
ago/10
out/10

54,18
dez/10
fev/11

45,9
abr/11
jun/11
ago/11
out/11
dez/11
fev/12
abr/12
jun/12
ago/12
out/12
75,11

dez/12
fev/13
abr/13
jun/13
ago/13
out/13
67,45

dez/13
fev/14
abr/14
65,55

jun/14
ago/14
out/14
dez/14
fev/15
Soja em R$/saca

abr/15
jun/15
ago/15
out/15
72,6

dez/15
fev/16
abr/16
jun/16
ago/16
84,57

out/16
dez/16
fev/17
68,25

abr/17
jun/17
ago/17
out/17
dez/17
fev/18
abr/18
76,23
• ATE 5 MILHÕES/CPF
• INSUMOS
• MÃO-DE-OBRA
• CORRETIVOS
• HORA MAQUINA
Produção Agrícola Hectares- Brasil

63152

61490

60661

58304

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19


Produção em mil Ton. - Brasil

237.658 232.822 244.598

186.595

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19


Produtividade/ha - Brasil

3.909
3.697
3.588
3.393 3.199

2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18


Milho
Trigo
Amendoim
Frutas
Horti-Fruti
Cevada Arroz
Centeio Leite
Uva Carne
Erva-mate
Silvicultura
Mel
Feijão
Soja
BRASIL: FRONTEIRAS AGRÍCOLAS

MATOPIBA
Década
2015-2024 CERRADO

AS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS DO
“MATOPIBA” ESTÃO INSERIDAS
NO CERRADO BRASILEIRO
CERRADO: POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE GRÃOS
O Potencial do Cerrado Brasileiro
Maranhão ▪ Até 2024, a expectativa é de que a produção* aumente
Tocantin Piauí +74% e a área plantada +41% em relação 2013/2014.
s
▪ A região é a maior fronteira agrícola do País, com o
Mato Bahia maior potencial de expansão de grãos sobre áreas de
Grosso pastagens, sem afetar biomas, nem provocar
Goiás desmatamentos.
Mato
Grosso do
Sul Produção (milhões ton) +72%
Área (milhões ha)
236,7
222,3

+1%
136,1 138,0

83,0
+41%
0%
36,7 36,8 49,6 51,6
26,5
09/10 13/14* 14/15* 22/23* 23/24*

*SOMATÓRIO DAS CULTURAS DE ALGODÃO, ARROZ, FEIJÃO (3 SAFRAS), MILHO (2 SAFRAS), SOJA E TRIGO
SOJA
Latossolos

Profundos e bem
drenados, podendo
apresentar toxidez por
alumínio com relevo
suave e boa aptidão
agrícola
▪ A soja é uma planta autógama (autofecundação)
▪ Desenvolvem vagens (legumes)
▪ Planta de dias curtos
▪ Centro de origem chinês
▪ 80 % da soja cultivada é transgênica
▪ Chuva é a principal fonte de água para maior parte da produção mundial
▪ Aprox. 90% da planta é água

▪ Glycine max (L.) Merril


Fenologia e Desenvolvimento

▪ A estatura, floração e ciclo da planta variam de acordo com o clima


▪ Planta de dias curtos – sob dias longos atrasa o florescimento e alonga o ciclo
▪ Os grupos de maturação tem base no ciclo da cultura que varia de acordo com
a região.
Para RS

Grupo I : < 115 dias


Grupo II : 115 a 135 dia
Grupo III : >135 dias
Chuva – Fator limitante

A distribuição desuniforme pluviométrica é fator limitante à obtenção de altos


rendimentos, a necessidade de água pela cultura vai aumentando com o
desenvolvimento da planta, atingindo o máximo durante a floração-enchimento de
grãos (7-8 mm/dia). A disponibilidade de água é importante, principalmente, em dois
períodos de desenvolvimento da cultura: germinação/emergência e floração/
enchimento de grãos.
Zoneamento agroclimático
do Ministério da Agricultura

Os elementos climáticos que


mais influenciam na produção
da soja são a precipitação
pluvial, temperatura do ar e
fotoperíodo.
O zoneamento agrícola é identifica
áreas aptas e os períodos de plantio com
menor risco climático para o cultivo da soja
no Estado, essa identificação é realizada
com base em um modelo de balanço
hídrico da cultura.O balanço hídrico é
estimado com o uso das seguintes variáveis
climáticas e agronômicas:

▪ Precipitação pluvial e temperatura


▪ Evapotranspiração potencial -
Aumento da Tº e Longos Períodos de
índices pluviométricos Estiagem
▪ Ciclo e fase fenológica da cultura - Consideradas as fases de
germinação/emergência, crescimento/ desenvolvimento, floração/enchimento de
grãos e maturação fisiológica.
Déficits hídricos expressivos, durante a floração e o enchimento de grãos,
provocam alterações fisiológicas na planta, como fechamento
estomático e enrolamento de folhas – aumentam a queda prematura
de flores, abortamento de vagens e o chochamento de grãos.

Foto: Dirceu Gassen


Chuvas excessivas
Chuvas em excesso durante a colheita
Impedem que os grãos atinjam a umidade ideal (inferior a 20%) - perdas
significativas na qualidade e na produtividade.
 Dificuldade no tráfego de máquinas
Grandes Prejuízos
Soja Cana-de-açucar

IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas)


ARROZ
Convencional
Cultivo Mínimo ou Direto
Pré - Germinado
Preparo da Área
Adversidades
Fonte: ibge
tratores
semeadoras

colhedoras

pulverizadores
A mecanização
agrícola
A história da agricultura se inicia quando o ser humano deixa de ser
nômade, ou seja, pessoas que não possuíam habitação fixa,
passando a desenvolverem o próprio alimento numa determinada
área para atenderem as necessidades de um número de indivíduos,
numa certa distância. Sabe-se que a utilização de paus e pedras, por
volta de 8.000 a.C, foram os primeiros instrumentos criados para
serem utilizados na busca pelo aumento da produtividade agrícola.

O desenvolvimento do primeiro arado de lâmina de madeira no


século 13 e, por volta de 1.600 são desenvolvidas na Europa
produtos como semeador mecânico, abanador de cereais, puxados
por bois, burros, cavalos ou acionados pelo braço humano
(ANFAVEA, 2011).
O ser humano deixa de ser nômade
Utilização de paus e pedras, por volta de 8.000 a.C, foram os primeiros
instrumentos criados para serem utilizados na busca pelo aumento da
produtividade agrícola.
A Mecanização
Agrícola

Calibração
Planejamento
Manutenção
Escolha de Equipamentos
Dimensionamento
Lucratividade
Soluções Tecnológicas
A tecnologia atual existe para executar automaticamente diversas funções
operacionais. Três áreas distintas de operações agrícolas podem hoje ser
controladas e gerenciadas por sistemas especificamente desenvolvidos para
facilitar a carga de trabalho e fornecer informações valiosas sobre
gerenciamento.
Controle de equipamentos
Controlar com eficácia todos os aspectos dos equipamentos da
sua fazenda — e, ainda melhor, automaticamente — é hoje
essencial para a operação eficiente e produtiva e para a
manutenção da sua margem competitiva.

Gerenciamento de equipamentos
Diagnóstico remoto, monitoramento e o registro automáticos de
movimentações e aplicações dos equipamentos e mapeamento
— todos os aspectos do gerenciamento de equipamentos que
beneficiam financeiramente o seu negócio.
Agricultura de precisão
GPS – Sistema de Posicionamento Global

DGPS – Faz a correção do sinal


RTK -Real Time Kinematic

Ou posicionamento cinemático
em tempo real, e alia a tecnologia
de navegação por satélites a um
rádio-modem, para obter correções
instantâneas.
Sinais pagos com erros de até 10cm
RTK – MÁX 5CM
Taipas de Arroz
Telemetria
Foi desenvolvido para registrar e transmitir diferentes e importantes pedaços de
informações, status de máquina, localização do
incluindo
veículo, horas de trabalho e muito mais.

Todas essas valiosas informações


são enviadas, através de um
modem de celular GSM e
podem ser visualizadas através
de um site de fácil utilização, a
partir de qualquer computador
ou notebook conectado à
Internet.
ISOBUS - O futuro

O padrão ISOBUS 11783 poderia ser descrito como o sistema operacional


'Windows®' para o segmento de produtos agrícolas eletrônicos, pois ele permite
uma economia considerável de tempo e dinheiro ao eliminar a necessidade de
terminais adicionais ou fiação no interior da cabine.
Conectando-se um cabo de um implemento compatível à saída ISOBUS do trator, o
sistema atualiza automaticamente os menus operacionais e os exibe na tela.
A padronização ISOBUS agora é administrada pela VDMA, associação de máquinas
e equipamentos da Alemanha, que concede certificados de conformidade aos
fabricantes de equipamentos que apresentam software para aprovação compatível
com as normas ISOBUS.
As Interferências das Máquinas
Agrícolas no Ciclo produtivo

Gilson C. da Silva
Semeadoras
Semeadoras – Adubadoras

Pantográficas/Pivotadas

Comuns/Pneumáticas

Dosadores de Fertilizantes
Caixas de Adubo
Caixas de Sementes

Dosadore
s de
adubo
Pantógrafos

Distribuidores
de semente

Discos de
Corte

Sulcadores
Compactadores Pneus
Rodas e discos
limitadores
Fator Determinante
Manejo da Palha
O Ataque ao Solo

Sulco mais profundo para a deposição da


semente do tipo hastes ou facão...

Germinação mais homogênea, suportando melhor a deficiência de


água, rompendo a camada superficial compactada do solo.
Velocidade de Semeadura...
Espaçamentos Adequados
Aproveitamento dos
Recursos
DISPOSITIVOS
Economia e + Precisão

Irregularidades do solo
Plantio + Homogêneo
Limitadores e
Compactadores
A Calibragem
Em função do:
Solo
Cultivar
Fertilizante
Relevo
• 50 metros
• Medição de linhas individuais
• Discos Corretos

DETALHES!!!
Distribuição
Diferentes potenciais?
3,6km/h = 1m/seg
7,2km/h = 2m/seg

Em um segundo é preciso cortar a


palha, preparar o solo
Posicionar as sementes, na mesma
profundidade e distancia, e
finalmente fechar o sulco e
expulsar o ar.
Cada conjunto
andará 200 a 800km
para semear soja

10 a 40ha/linha
de semeadura
Velocidade e Sementes/seg.

Km/h 3,6 7,2 12

Milho 4 8 13
Soja 12 24 40
Arroz 70 140 230

3 cm de profundidade e sulco fechado


Uma semente/m²
1,6kg/há – R$10,00/ha
Tratores
ADEQUAÇÃO

PESO/
POTÊNCIA

DIMENSIONAMETO
CORRETO
Comparativos
Transmissões
Automáticas x Mecânicas
Ação Humana
Conjuntos Eletro-Hidráulicos Maior Tração (Força)
Economia Combustível
+ Rendimento
+ Conforto ao operador
Patinhagem Sist. Hidráulico
Tração

Calibragem de Pneus

Lastros
RODAGENS
DUPLAS X SIMPLES
Quantos CVs por linha?
Práticas
De Conservação
do Solo
Introdução Na medida em que o
manejo do solo, nas diversas atividades
humanas, elimina a cobertura vegetal,
sua superfície fica mais exposta à ação
do impacto das gotas de chuva e da
enxurrada.

Desta forma, tanto o impacto das gotas de


chuva quanto à enxurrada contribuem para
modificar as condições físicas da superfície
do solo, alterando a rugosidade superficial, a
porosidade e a taxa de infiltração de água.
A erosão é um processo que faz com que as
partículas do solo sejam desprendidas e
transportadas pela água, vento ou pelas
atividades do homem.

O controle da erosão é fundamental para a


preservação do meio ambiente, pois o
processo erosivo faz com que o solo perca suas
propriedades nutritivas, impossibilitando o
crescimento de vegetação no terreno atingido
e causando sério desequilíbrio ecológico e
grandes perdas econômicas e sociais.
A erosão descontrolada
e seus impactos.
Cobertura Vegetal
Os solos do pampa encontram-se em uma situação de relevo plano com
longo comprimento de declive, cobertos por vegetação nativa
denominada de pastos finos de boa qualidade forrageira.

Este fato, aliado a tradição


da região, faz com que a
pecuária seja uma vocação
do pampa.

Esta atividade tem sido


utilizada ao longo dos
anos sem grandes
registros de degradação
do solo, salvo em
situações de excesso de
lotação de animais.
Manejo
Plantio
Direto
Plantio
Convencional
Diferentes manejos , porem há a necessidade de
dimensiona-los corretamente
As tentativas de aumentar a rentabilidade econômica incluíram, na década
de 70, a substituição do campo nativo por cultivos agrícolas, notadamente com
a cultura da soja.
O sistema de preparo utilizado
(convencional), associado a
não adoção de práticas
conservacionistas levaram a
uma situação de rápida
degradação do solo.
Alguns municípios da Fronteira
Sudoeste do Rio Grande do Sul, em
poucos anos a cultura da soja atingiu
área de 35 a 40.000 ha, porém
transcorridos cinco a sete anos, devido
ao processo de degradação, esta
área retornou a um patamar inferior a
7.000 há (AMADO, 2007)
Preservação das favoráveis características físicas do solo desenvolvidas
ao longo de muitos anos no campo nativo. Ha, também, a possibilidade de
integração lavoura-pecuária, com o cultivo de grãos durante o verão e
a manutenção de pastagens durante o inverno.
Estabelecimento de
sistemas que
minimizem as perdas
de solo e ao mesmo
tempo sejam rentáveis
Propriedades voltadas exclusivamente a pecuária, a implantação de
áreas com forrageiras no sistema plantio direto durante o período de
outono-inverno, combinado com o retorno do campo nativo durante o
período de primavera-verão ou mesmo o melhoramento do mesmo .
Plantio Direto
Perdas de solo em diferentes coberturas...
Redução na frequência de mobilização do solo e substituição dos
implementos de disco, como a grade pesada, por implementos de
haste, como o subsolador e o escarificador, havendo valorização da
manutenção de resíduos semi-incorporados e cobertura vegetal.
A manutenção da cobertura vegetal aliada á mobilização das
camadas sub-superficiais proporciona uma maior e melhor
infiltração de agua e consequentemente aprofundamento das raízes.

Compactação
Sistemas de
prevenção e
plantio visando:
Uso de barreiras e sistemas para diminuição da
enxurrada.
Contenção da erosão
em lavouras.
Deposição de materiais
Cultivo de vegetais
Desviar a agua
Canais escoadouro
em estradas
Preparação da áreas de modo a diminuir o escorrimento
superficial e diminuir a velocidade da agua.
Proteção do solo com vegetação é ESSENCIAL!!!
Ocasionando perdas de solo, insumos e consequentemente R$
desde o estabelecimento da cultura
▪ Plantio em contorno,
obedecendo o nível do terreno
Preste atenção nas operações, pequenas mudanças como utilização
de
cobertura no inverno, ou até mesmo pequenas barreiras...

Farão a diferença de colher o que se planta ou mandar tudo por


agua a baixo...
fica claro a importância de se promover sistemas que promovam o
eficiente uso do solo, não somente como base e sim como um substrato
que deve ser tratado como um conjunto.
Tecnologias de
Aplicação

Eng. Agrônomo
Gilson C. da Silva
O mais Importante
Pulverizadores
1 Conceitos de Tecnologia de Aplicação

2 Clima

3 Distribuição

4 Seleção de Pontas

5 Segurança e Manutenção
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação de Defensivos

MÁQUINA

PRODUTO

ALVO
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação x Pulverização
◼ O que é Aplicação? Aplicação é a colocação do produto químico no alvo.

◼ O que é Pulverização? Pulverização é um processo mecânico de repartir um


volume de líquido em pequenas partículas chamadas “gotas”.
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Porque Pulverizar?

Com o mesmo
volume de líquido
Maior área de
superfície tratada
Maior eficiência na
distribuição do produto
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação
O sucesso da aplicação não depende somente de um bom equipamento
e do defensivo usado de forma correta. Depende também de fatores a
serem determinados no campo.

◼ Definir o alvo e saber seu comportamento.

◼ Conhecer o produto a ser aplicado e modo de ação.

◼ Momento certo para aplicar. ( CLIMA)

◼ Escolher a ponta de pulverização.

◼ Boa cobertura. (ARQUITETURA DE PLANTA E ESPAÇAMENTO)


Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação
Definir o alvo e saber seu comportamento:

◼ Praga (lagarta, percevejo, etc);

◼ Erva daninha (folha larga, folha estreita);

◼ Fungo (ferrugem, etc).


O alvo
Reconhecer o Inimigo
Resistências
O que é a planta daninha?
Como atingir?
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação
Conhecer o produto a ser aplicado e modo de ação:

◼ Fungicida (contato, sistêmico, etc);

◼ Inseticida (fisiológico; piretróide);

◼ Herbicida (pós-emergente, pré-emergente, sistêmico, contato).


Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação
Momento certo para aplicar

◼ Índice de infestação;

◼ Manhã, tarde, noite.

◼ Condições climáticas.
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Aplicação
Escolher a ponta de pulverização

◼ Gota fina;

◼ Gota média;

◼ Gota grossa.
CLIMA
Variação das condições climáticas

Definição do Horário de Aplicação

VENTO TEMPERATU UMIDADE


Boa cobertura
RA

◼ Velocidade de aplicação;

◼ Dosagem correta;

◼ Sobreposição;
Precisão x Exatidão

Gilson C. Silva
Perdas na aplicação
Erros de
Erros na Área Rótulo
8% 2%

Deriva
33%

Equipamento
24%

Mistura de Fonte: Spray Drift Task


Tanque Force
33%
Fonte: Spray Drift Task Force

◼ Produtos Sistêmicos: Podem ser aplicados com


gotas maiores e menor densidade (gotas/cm²).
◼Produtos de Contato: Devem ser aplicados com
gotas menores e maior densidade (gotas/ cm²).
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Agitação da Calda e Uso de Filtros Corretos


◼Gota fina; ▪ Pequena o suficiente
◼Gota grossa. para produzir boa
◼Gota média; cobertura.
Escolher a ponta de pulverização

▪ Grande o necessário
para provocar menor
perda deriva e
evaporação.

Quando se misturam produtos das duas classes


(sistêmico + contato) aplicar com gotas menores.
Deriva
Conceitos de Tecnologia de Aplicação

Tipos de Perdas
Evaporação

Deriva

Escorrimento/lixiviação
Tamanho de Gotas

◼ Pequena o suficiente para produzir boa cobertura.

◼ Grande o necessário para provocar menor perda por deriva e evaporação.


1 Conceitos de Tecnologia de Aplicação

2 Clima

3 Distribuição

4 Seleção de Pontas

5 Segurança e Manutenção
Clima

Inversão Atmosférica

◼ “A névoa permanece estacionada sobre a lavoura e se desloca coesa por


grandes distâncias”
1 Conceitos de Tecnologia de Aplicação

2 Clima

3 Distribuição

4 Seleção de Pontas

5 Segurança e Manutenção
Distribuição

Tipos de Distribuição
◼ Distribuição: forma do jato emitido e a respectiva distribuição volumétrica.
Distribuição

Altura da Barra

◼ Altura das Pontas com relação ao alvo: As pontas possuem um ângulo de


pulverização, onde a altura com relação ao solo influencia na uniformidade
de distribuição impedindo a sobreposição ou falha entre os jatos.
1 Conceitos de Tecnologia de Aplicação

2 Clima

3 Distribuição

4 Seleção de Pontas

5 Segurança e Manutenção
FATORES
DETERMINANTES Jato
Dificuldade de Chegar no Plano
Alvo Comum
Jato
Plano
Uniforme
Jato
Cônico
Comum
Jato Cônico
Vazio
Seleção de Pontas

Seleção de pontas de pulverização

◼ Importância: As pontas de pulverização podem ser consideradas como um


dos principais componentes dos pulverizadores agrícolas, uma vez que elas
são responsáveis pelo desempenho final do trabalho a ser executado pelo
pulverizador.

Jato Plano Jato Plano Jato Jato


Cônico Cônico
Comum Uniforme Comum Vazio
Seleção de Pontas
Função da Ponta de
Pulverização
As três funções da ponta de pulverização:

◼ Determinam a vazão (volume de aplicação);

◼ Produzir gotas com tamanho desejado (qualidade);

◼ Proporcionar a distribuição do líquido pulverizado (uniformidade)


Seleção de Pontas

Penetração do Produto
Nomenclatura ponta
Seleção de Pontas

Pulverização
Taxa ou Volume de
Seleção de Pontas

Aplicação
Seleção de Pontas

Tabela de Vazão das Pontas

Capacidade de um bico em
Litros por minuto
Faixa de pressão permitida
Velocidade de trabalho
desejada
Taxa de aplicação em Litros
por hectares
1 Conceitos de Tecnologia de Aplicação

2 Clima

3 Distribuição

4 Seleção de Pontas

5 Segurança e Manutenção
Segurança e Manutenção

Vida útil das pontas de


pulverização
X X

V
“Para proteção de plantas a arma química
deve ser usada como estilete e não como
uma foice”.
(Brown - 1951)
Quanto Colhe?
Fatores
Frota de colheitadeiras no mundo

800
ASPECTOS TÉCNICOS E PRÁTICOS DA COLHEITA DE
GRÃOS E CEREAIS NO BRASIL

Gilson C. da Silva
Atraso em colheitas
Tangenciais Graneleiro
Tubo de
Posto de descarga
Operação

Picador
Cilindro
Peneiras/
Separaçã
Canal o/limpeza
Embocador
Plataforma
AXIAIS Graneleiro

Posto de
Operação
Tubo de
Descarga

Resíduos

Peneiras

Rotor

Canal
Embocador
Plataforma
AXIAIS

▪ Valor R$
▪ Operação ▪ Mão de Obra especializada
▪ Calibragem
▪ Rendimento
▪ Qualidade de Colheita
▪ Umidade do produto
▪ Manutenção
▪ Estiagem proporciona grãos menores - Eficiência de
colheita
Comparando:
Vantagens da axial:

• Aumento da capacidade de trabalho sem aumento das dimensões da


máquina (deslocamento entre lavouras).
• A eliminação dos saca-palhas reduz vibrações. Estrutura mais robustas
das transmissões.
• Incremento da capacidade de trabalho aumentando a potencia
dos motores (eficiência energética?).
• Especialmente indicadas para cultivos como milho, feijão e soja
semente.
Comparando:

Inconvenientes da axial

• Dificuldade para encher a máquina com baixa produção


ou em colheitas irregulares (regulagens).
• Balanceamento do rotor (desgaste?).
• Problemas com altos conteúdos de umidade.
AXIAIS X CULTURAS DE INVERNO
PLATAFORMAS DE CORTE

Caracol x “Draper”

▪ Valor
▪ Manutenção
▪ Operação
▪ Qualidade
▪ Rendimento
Plat. Convencionais
Molinete

Caracol

Régua/Serra

Transmissões
Draper
Molinete

Régua/Serra

Esteira
1 pé ?

30,48 cm
Impacto na colheita

“No Centro Oeste, em função do período de plantio, a


janela de colheita da soja super-precoce e precoce é de
no mínimo de 07 e máximo de 14 dias. Período
considerado ideal para após a colheita realizar o plantio
da safrinha”.

“A capacidade média recomendada para colheitadeira,


é de 31ha/pé de plataforma por safra, observando
se a velocidade média de 7 km/ h”.
Fonte: Fundação MT
Atraso em colheitas
PERFIL DA FROTA DE COLHEITADEIRAS NO BRASIL
11-15 anos
10%

16-20 anos
10%

Acima 20 anos
47%

Até 10 anos
33%

Gilson C. da Silva
Perdas de colheita em função da idade da
colheitadeira

Idade colheitadeira (anos) Perdas na colheita (sc/ha)

0–5 1,2

6 – 10 1,9

> 10 1,9

Campos, et al (2005).
“Em média, colhedoras com mais de cinco anos
apresentam valores de perdas de grãos 30% superiores
em relação a máquinas com até esta idade”.

Por quê?
• Manutenção;
• Regulagens e ajustes finos;
• Velocidade;
• Operação.
Perdas quantitativas pelas colheitadeiras

Perda média de grãos Brasil: 2,2 sc/ ha (132 kg/ ha)

A média do RS é de 1,85 Sacas/ ha (112 Kg/ha)

Fonte Embrapa soja Londrina PR


Maiores índices de perdas Brasil

1- Maranhão: 3,50 sc/ha (210 Kg/ ha)

2- Mato Grosso: 2,71 sc/ha (163 Kg/ ha)

3- Bahia: 2,60 sc/ha (156 Kg/ ha)

4- Goiás: 2,46 sc/ha (148 Kg/ ha)

Paraná: 0,96 Sacas/ha (57,6 Kg/ha)


A perda na colheita é acentuada em lavouras com
maior incidência de ferrugem asiática, devido a
aplicação de fungicida. O caule permanece verde,
que passa também a ser um ambiente favorável à
propagação da ferrugem pelo volume de plantas
nascidas por perdas na máquina.
Caule verde
RESULTADO DE PERDAS NA COLHEITA DE SOJA

Perdas (kg/ha) Relativa ao total (%)

PRÉ-COLHEITA: 14,6 11,5

PLATAFORMA: 108,0 82,44

INSERÇÃO: 6,9 5,26

TRILHA: 0,4 0,31

SEPARAÇÃO: 0,4 0,31

LIMPEZA: 0,7 0,53

TOTAL NA COLHEITA: 131,0 5,5

TOTAL COLHEDORA: 116,0 4,8

Produtividade: 2.400 kg/ha, umidade 12 a 16%.


PERDAS

• As perdas estão divididas em 4 etapas:


A) Antes da colheita - 3%
B) Plataforma - 80%
C) Saca-palhas*
D) Peneiras * * A soma de C e D ~ 17%
PERDAS NA COLHEITA

• PREPARO DO SOLO
• MANEJO DA CULTURA (invasoras)
• CULTIVARES
• ATRASO NA COLHEITA
• MÁQUINA (mecanismos, manutenção)
• TREINAMENTO OPERADORES
• SEMENTES: danos mecânicos
PERDAS NA PLATAFORMA

• DEBULHA P/ MOLINETE
• VAGENS ABAIXO CORTE (INSERÇÃO VAGENS)
• PLANTAS CORTADAS E JOGADAS AO SOLO
• PRINCIPAIS CAUSAS:
• - Velocidade, altura e posição do molinete
• - Velocidade avanço da máquina
• - Tipo de barra de corte (flexível: 25% < que fixa)
Colheita
• Início (terreno X semeadura)

Perdas de grãos de soja por inserção da vagem em diferentes preparos, UFRGS, Eldorado do
Sul – RS, safra 2001/2002.
Preparo do solo Perda de grãos (kg/ha)

SD 1,1
E 35,0
EG 16,5
SD = semeadura direta; E = escarificação; EG = escarificação e gradagem.
Altura da inserção da vagem:
Perda por excesso de velocidade de deslocamento
PERDA PLATAFORMA, FUNÇÃO UMIDADE GRÃO

Umidade do grão (%) Perda (kg/ha)

14 – 16 85

12 – 14 119

<12 121

Custo secagem soja com umidade 14-16% para atingir 14% (2% do peso líquido
armazenado )

• O que é pior, secar ou perder?


Pouco mais de 5% da composição da
palha é de minerais (K, P, Ca, Mg, S, Fe,
Mo, Mn, Na, B, Cu, Zn...). A distribuição
da palha em faixas determina a
concentração de minerais e de
atividade biológica. Pode-se afirmar
que a uniformidade de distribuição de
palha tem importância semelhante à
aplicação de fertilizantes em taxa
variável, na fertilidade do solo.
Germinação desuniforme de trigo semeado
sobre palha de soja mal distribuída na colheita
Operação
.
Nova Era
AGRICULTURA 4.0

A tendência para os próximos


anos é que as propriedades sejam
totalmente otimizadas e mais
automatizadas.
6 principais tecnologias
que estão mudando a
vida do agricultor
1. Drones: Acompanhando tudo por cima
2. Tratores autônomos
A primeira colheitadeira produzida no Brasil é datada de 1965.
Quando há a comparação dela com as modernas colheitadeiras da
atualidade, vemos que o avanço tecnológico foi imenso.

3. Máquinas agrícolas modernas


4. Software de gestão

.
5. Internet das coisas
6. Transgênicos
Obrigado...

Eng. Agrônomo
Gilson Calistro Da Silva
Assistagro Agricultura – Passo Fundo
gilsonsilva.agro@gmail.com
054 99971-8946

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