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Proposta de Atividade Continuada

Módulo Dragagens
Dragagem para criação de terminal de pesca em Cananeias

Felipe Carvalhaes Agune, 143.943


Gerson Roberto de Souza Junior, 140.978
Giulia Strupeni, 140.922
João Pedro Carvalho Alves da Silva, 142.539
Wanessa Gentil Mandelli, 140.164

Um grupo de pesca pretende implementar um terminal para receptar pescado em Cananeia,


região sul do Estado de São Paulo. Para isso, deverá ser feita uma operação de dragagem no local
para possibilitar a navegação de embarcações com mais de 3,0 metros de calado. A figura a seguir
apresenta a região de acordo com a carta náutica nº 23.200 da DHN (Diretoria de Hidrografia e
Navegação) da Marinha do Brasil.

Fig. 1. Região de Cananéia-SP indicando localização do terminal pesqueiro e canal a ser


dragado.
A implementação do terminal requer a construção de um cais na área A (próxima ao município
de Cananéia) e, ainda, que seja realizada a dragagem da bacia de evolução e do canal de navegação
(regiões em vermelho na carta náutica acima). O berço de atracação e bacia de evolução apresentam
200m de comprimento por 150m de largura e o canal 2.500m de extensão e 45m de calha de
navegação, todos com 5m de profundidade final.
Pelo que foi conversado, quais seriam as opções de descarte do sedimento dragado? Indique
os prós e contras de cada opção.

RESPOSTA
Ao realizar um projeto de dragagem como o proposto para o terminal de pesca em Cananeia-
SP, o descarte adequado do sedimento dragado é crucial. Das opções disponíveis estudadas em aulas
cada uma com seus prós e contras, são:

1. Descarte em Terra (Aterro ou Reutilização)


Prós:
- Reutilização do Material: O sedimento pode ser reutilizado em projetos de construção,
aterros, ou recuperação de áreas degradadas.
- Redução do Impacto Ambiental no Meio Aquático: Evita o retorno do sedimento ao ambiente
aquático, minimizando a turbidez e impactos na vida marinha.

Contras:
- Logística e Custo: Pode ser logisticamente desafiador e caro transportar o material para
locais em terra.
- Restrições Ambientais e de Uso da Terra: Existem restrições legais e ambientais que podem
limitar onde e como os sedimentos podem ser depositados ou utilizados.

2. Descarte em Áreas Marinhas Designadas


Prós:
- Conveniência: Geralmente é o método mais prático e de baixo custo, especialmente se a área
de descarte estiver próxima ao local de dragagem.
- Restauração de Habitats: Em alguns casos, pode ser usado para restaurar habitats submarinos
ou criar habitats.

Contras:
- Impacto Ambiental: Pode ter impactos significativos na vida marinha, especialmente se o
sedimento estiver contaminado.
- Mudanças na Dinâmica do Fundo Marinho: Pode alterar a topografia do fundo marinho e
afetar as correntes locais.

3. Confinação Aquática Controlada (CAC)


Prós:
- Controle de Contaminantes: Ideal para sedimentos contaminados, pois impede a
disseminação de poluentes.
- Menor Impacto Visual e Físico em Terra: Reduz a necessidade de grandes áreas de aterro em
terra.

Contras:
- Custo e Manutenção: Construir e manter CACs pode ser caro.
- Risco de Vazamento de Contaminantes: Existe sempre um risco de vazamento de poluentes,
especialmente a longo prazo.

4. Uso em Recuperação de Praias e Engenharia Costeira


Prós:
- Benefícios Duplos: Auxilia na recuperação de praias erodidas e contribui para a proteção
costeira.
- Valorização Estética e Recreativa: Melhora as características estéticas e recreativas das
praias.

Contras:
- Compatibilidade de Sedimentos: A compatibilidade do sedimento dragado com o ambiente
da praia é crucial.
- Possíveis Impactos Ambientais: Pode afetar a dinâmica costeira e a vida marinha local.

Para o projeto de dragagem no terminal de pesca em Cananeia-SP, com o sedimento não sendo
contaminado, as opções mais apropriadas seriam a utilização do material na recuperação de praias e
em engenharia costeira, e o descarte em áreas marinhas designadas.
A recuperação de praias e o uso em engenharia costeira representam uma oportunidade de
melhorar a integridade das zonas costeiras locais, combatendo a erosão e melhorando as áreas
recreativas. Este uso não só aproveita o material de maneira construtiva, mas também ajuda a proteger
o ecossistema costeiro contra os efeitos adversos das mudanças climáticas e da atividade humana.
Por outro lado, o descarte em áreas marinhas designadas, para os volumes maiores de
sedimento, é prático e econômico, especialmente se essas áreas estiverem próximas ao local de
dragagem. Este método requer cuidadosa escolha da localização de descarte para minimizar os
impactos ambientais, garantindo que não afete negativamente a vida marinha ou os habitats locais.

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