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BIOLOGIA e GEOLOGIA_11ºano

Erosão Costeira no concelho de


Esposende
Tema 1- Avanço das águas do mar; Ação abrasiva do mar; Obras
de intervenção na faixa litoral, efetuadas no passado, que
impedissem o avanço das águas do mar

Fig.1- Faixa litoral do concelho de Esposende

Índice
Introdução......................................................................................................................................................3
O que é a erosão costeira?............................................................................................................................3
Avanço das águas do mar..........................................................................................................................3
Monitorização................................................................................................................................................4
Objetivos do trabalho:...............................................................................................................................4
Praia de Ofir | Esposende..........................................................................................................................5
Medidas corretivas de erosão e defesa costeira...........................................................................................5
Proteção, reabilitação e reforço do sistema costeiro na praia da Bonança -Esposende..........................5
Reestruturação e consolidação de estruturas marítimas de defesa costeira.......................................6
Esporões de Ofir e Restinga...................................................................................................................6
Reabilitação do molhe norte da embocadura do rio Cávado................................................................6
Recuperação, proteção dos sistemas dunares e renaturalização de áreas naturais degradadas:...............6
Conclusão.......................................................................................................................................................7
Webgrafia:.....................................................................................................................................................7

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Introdução

As obras/intervenções na orla costeira de Esposende, tal como na orla costeira do restante


território nacional, são da responsabilidade do estado central ou de sociedades criadas com o
propósito da requalificação e valorização do litoral. Para a zona norte de Portugal a entidade é a Polis
Litoral Norte, sempre em coordenação com o Município de Esposende e, quando necessário, com a
colaboração da Esposende Ambiente.

Ao longo do tempo é importante analisar, compreender, classificar e quantificar a tendência


migratória das zonas costeiras no nosso país, pois são regiões que estão em constante mudança e
apresentam uma dinâmica elevadíssima. Esta análise é fundamental para determinar em que medida
a migração é influenciada por fatores naturais ou pela ação do homem e também para a necessidade
de compreender melhor a mobilidade destas áreas no sentido de quantificar os riscos envolvidos na
sua mudança e ajustar políticas de ocupação do território.

Para que se possa fazer um correto planeamento e gestão da zona costeira, é necessário ter
conhecimento sobre a dinâmica costeira, os efeitos dos agentes que a afetam e uma monitorização
regular para que se possa avaliar tendências morfodinâmicas evolutivas. Posto isto, é possível
identificar zonas de erosão de maior e menor risco.

O que é a erosão costeira?

A erosão costeira ocorre sempre que o mar avança sobre a terra e designa um conjunto de
processos complexos, cuja dinâmica envolve escalas temporais, muito distintas entre si. Mede-se em
termos de taxa de recuo médio ao longo de um período suficientemente, longo, de forma a eliminar
a influência do estado do tempo de tempestades e dos movimentos locais de transporte sedimentar.
Um dos fatores que mais contribui para a erosão costeira é a subida do nível das águas do mar.

Avanço das águas do mar

As alterações climáticas de origem antrópica, que resultam do aumento da concentração dos gases
com efeito de estufa na atmosfera, têm impactos negativos sobre zonas costeiras, especialmente a
médio e longo prazo.

Uma das consequências mais importantes do aquecimento global é o nível das águas do mar, quer
devido à expansão térmica dos oceanos quer, em menor escala, à diminuição das calotas polares e
dos glaciares.

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O aumento do nível médio da água do mar provoca um aumento da erosão costeira, o risco de
inundação das zonas do litoral baixo e arenoso e das zonas estuarinas, para além do risco de intrusão
salina nas reservas freáticas de água doce. As alterações climáticas apresentam ainda outros
impactos na zona costeira resultantes dos regimes de precipitação e de ventos.

Monitorização

A gestão das zonas costeiras, em função da elevada dinâmica que as caracteriza, requer um
profundo conhecimento das características iniciais dos sistemas naturais (entendido como o
referencial de comparação para a evolução futura), o acompanhamento da sua mudança ao longo de
diversas escalas de tempo e a determinação dos fatores que condicionam a sua mobilidade.

Assim, será possível quantificar e interpretar mudanças aproximadas da evolução que ocorrerá no
sistema, tendo sempre em conta erros e incertezas relativas a essas projeções e cenários evolutivos.
A medição da mobilidade de indicadores de dinâmica costeira, baseada na monitorização, é essencial
para:

identificar, quantificar, analisar e compreender os fatores de dinâmica costeira;


estabelecer uma duração de atuação dos processos;
determinar a extensão geográfica da influência de determinados processos;
proporcionar apoio a operações de planeamento e ordenamento do território;

No entanto, deve reunir-se todas as informações necessárias que servem como ponto de partida
para um determinado estudo, com o objetivo de se obter êxito no processo de monitorização.
Artigos relacionados com a evolução passada das zonas costeiras a estudar, fotografia aérea, dados
meteorológicos, dados de ondulação e dados relativos à construção de obras ou atividades de
extração de areias, são alguns exemplos da informação a compilar. Deve também ter-se em conta a
regularidade temporal da monitorização.

 No âmbito da disciplina biologia e geologia foi-nos proposto a realização de um trabalho que


tem como tema geral a erosão costeira na cidade de Esposende.

Objetivos do trabalho:

1. Conhecer a dinâmica da faixa litoral


2. Compreender a importância da motorização das zonas costeiras
3. Avaliar e medir os impactes positivos e negativos das operações resultantes do planeamento e
do ordenamento.
4. Procurar prever evoluções futuras;
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5. avaliar tendências evolutivas da morfodinâmica costeira com recurso a modelos
6. tridimensionais das aéreas de estudo;
7. complementar, criar e prover dados para futuros estudos de monitorização.

As praias arenosas da zona costeira de Esposende (NO de Portugal), ocupando uma faixa de cerca
de 15 km de comprimento segundo uma orientação geral N-S, desde a foz do Rio Neiva até à Apúlia,
têm sofrido erosão acentuada, e sido, gradualmente substituídas por praias de seixos, cuja
permanência é, agora, uma constante desde praia a Foz do Neiva até Cepães.

Praia de Ofir | Esposende

Na praia de Ofir, as intervenções estão enquadradas numa estratégia de reforço dos sistemas
dunares, arribas e outros elementos da linha de costa com vista à preservação dos ecossistemas
naturais e proteção de pessoas e bens.
Numa primeira fase, a intervenção incidiu sobre a área costeira compreendida entre a praceta das
Torres de Ofir e o esporão a sul e incluiu dois tipos de ações, nomeadamente as corretivas de erosão
superficial, através do reperfilamento complementar de areia na praia, e as de reordenamento de
áreas construídas em zonas de risco e consequente reposição das condições de ambiente natural,
através da reposição da estrutura de defesa em blocos de enrocamento, reforço da escada de acesso
à praia, reconstrução da rampa de acesso à praia, construção de um novo muro de defesa costeira e
repavimentação das áreas danificadas na praceta.
A área de intervenção da fase seguinte situa-se entre o limite norte da fase anterior e o esporão a
norte das Torres de Ofir e contemplou a construção de um núcleo dunar resistente composto por
cilindros de areia fortemente confinada por telas geossintéticas, com posterior reperfilamento de
areias na praia recobrindo aquela estrutura, e constituindo no final um cordão dunar mais resistente
ao avanço do mar.

Medidas corretivas de erosão e defesa costeira

Proteção, reabilitação e reforço do sistema costeiro na praia da


Bonança -Esposende

Na praia da Bonança, a intervenção passou pela construção de uma frente resistente ao avanço do
mar, com recurso a patamares de geocilindros resistentes, com núcleo em areia e encostados ao
atual alinhamento do pé das arribas de erosão.

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Reestruturação e consolidação de estruturas marítimas de defesa costeira

A Reestruturação e consolidação das estruturas de proteção existentes de forma a assegurar a


manutenção equilibrada das zonas costeiras particularmente ameaçadas pelo avanço do mar e
garantir a manutenção dos diferentes usos deste território (económicos, sociais e ambientais) numa
ótica sustentável de valorização e prevenção do risco é de extrema importância.

Esporões de Ofir e Restinga

Reestruturação e consolidação dos dois esporões que mantêm a estabilidade deste sistema dunar

Esporão de Esporão da
Ofir Antes Restinga

Depois
Reabilitação do molhe norte da embocadura do rio Cávado

Reabilitação desta estrutura de defesa costeira, mantendo o seu comprimento, tipo de estrutura e
implantação.

Recuperação, proteção dos sistemas dunares e renaturalização de


áreas naturais degradadas:

 Reforço de cordão dunar;

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 Reperfilamento de praias de godo;
 Recuperação de estruturas “leves” de defesa costeira;
 Reabilitação e colocação de paliçadas de proteção e estabilização dunar;
 Remoção de infraestruturas desqualificadoras do espaço natural;
 Reabilitação e/ou construção de passadiços pedonais sobrelevados;
 Regularização e/ou eliminação de caminhos existentes desnecessários;
 Erradicação / gestão de espécies infestantes exóticas arbóreas e herbáceas;
 Recuperação de vegetação.

Exemplos:
Belinho Cepães

Suave Mar Pedrinhas/ moinhos

Conclusão

A erosão costeira é uma situação preocupante e num país com uma faixa litoral tão grande como a
nossa essa preocupação ganha maior proporção, pelo que se torna urgente desenvolver planos de
intervenção, reabilitação e requalificação de estruturas marítimas da faixa costeira.
O Município de Esposende tem sido alvo de algumas intervenções no sentido de minimizar a ação
erosiva, nomeadamente nas freguesias de Fão, Belinho e Apúlia.
O avanço do mar e o consequente recuo da linha da costa são, no entanto, um problema que afeta o
concelho de forma generalizada e que requer uma ação e trabalho contínuos no sentido de minimizar o
risco para a população que aqui vive.
Essa intervenção passa assim, entre outros pelo reforço de cordão dunar, recuperação de vegetação
e reperfilamento de praias de godo, entre outras.

Webgrafia:

https://www.polislitoralnorte.pt/defesa-costera , ultimo acesso 28-11-2020

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