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Guia do professor

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Neste subtema é importante a análise
de diferentes situações, por vezes
catastróficas, que têm sido agrava-
das pela intervenção antrópica. As
situações referidas no manual ocor-
reram nos últimos anos no país e
foram divulgadas pela comunicação
social. Contudo, existirão, por certo,
outros problemas de cariz mais
regional ou mesmo local que têm
afectado a área da escola e a sua
população e que, provavelmente,
pela sua proximidade, tocam mais
de perto os alunos. Será de todo o
interesse a análise de problemas
mais próximos para depois passar
para problemas mais gerais. Um tra-
balho interdisciplinar nesta área
será fundamental, de modo a cons-
ciencializar a escola e, através dela,
a comunidade para a importância de
regras de ordenamento do território.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Produção de energia hidroeléc-
trica.
2. Poderão referir:
– armazenamento de água para
vários fins: agricultura, abasteci-
mento das populações;
– controlo dos caudais.
3. Espera-se que façam referência:
– aos efeitos sobre os ecossistemas
circundantes e aquáticos;
– a perigos de rupturas com o pas-
sar do tempo.
4. Não foi totalmente resolvido.
5. Espera-se que os alunos, pelo
menos, refiram os perigos para as
populações e obras humanas no
caso de haver inundações em perío-
dos de cheia.

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Existe alguma discrepância entre os


dados dos dois gráficos, pelo facto
desses dados se referirem a anos
diferentes (1996 e 2001). É, por
exemplo, de salientar o que ocorre
com o rio Guadiana. A construção da
barragem do Alqueva levou ao seu
aproveitamento para a produção de
energia eléctrica.

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Sugere-se que sejam equacionados


problemas relacionados com a cons-
trução de barragens, valorizando não
só os aspectos positivos como tam-
bém os novos problemas que podem
levantar.
É de salientar a importância das
cheias na remobilização dos sedi-
mentos que estão acumulados no
fundo da albufeira: quando é neces-
sário abrir as comportas, grande
parte desses sedimentos são eva-
cuados, podendo seguir para jusante.

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Podem ser realizados os seguintes


exercícios:
– observação de cartas no sentido
de localizar zonas de erosão e zonas
de deposição na faixa litoral do
nosso país;
– identificação do sentido das cor-
rentes marinhas e, consequente-
mente, dos sedimentos ao longo do
litoral.

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Os alunos que habitam estas dife-


rentes zonas assinaladas como
zonas de risco podem ser motivados
no sentido de se informarem das
medidas previstas para minimizar
esses riscos.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
2. As zonas situadas entre
Esposende e Mira; Nazaré e Mafra;
Almada e Alcácer do Sal e a genera-
lidade da costa algarvia.
3. Os alunos poderão sugerir por
exemplo: não fazer construções, de
grandes empreendimentos junto à
costa; diminuir o pisoteio das dunas
litorais; consolidar as dunas com o
plantio de espécies cujo raizame
permita a fixação das areias.
4. Continuará a avançar para o inte-
rior do continente.

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Sugere-se a leitura e a exploração


do livro ou do documentário Uma
Verdade Inconveniente, de Al Gore.
Este pode dar uma perspectiva da
gravidade do problema da subida do
nível das águas do mar em todo o
planeta. Dá ainda pistas relativas às

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responsabilidades antrópicas no
agravamento do fenómeno.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. SW-NE.
2. Oeste-este.
3. Aumento da erosão a este e depo-
sição a oeste do esporão.
4. A erosão foi aumentando ao longo
da faixa costeira.
5. Como acabaram de ver, a deposi-
ção de areia aumenta a ocidente do
esporão, mas a este aumenta a
remoção da areia e, por esse motivo,
o mar avança para o interior da faixa
costeira.

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A geotecnia é um ramo da Geologia


e da Engenharia Civil que procura
estudar de que forma as obras
humanas podem interferir com o
substrato onde vão ser implantadas,
seja ele rocha ou solo.

A Revista da Escola Nacional de


Bombeiros, no volume dedicado aos
Riscos Naturais (Ano 5, n.° 17,
Janeiro/Março de 2001), é um pre-
cioso auxiliar bibliográfico relativa-
mente a situações de instabilidade e
risco geomorfológico ocorridas em
Portugal.
Para mais informações, o colega
poderá consultar o sítio www.enb.pt.

O estudo do comportamento mecâni-


co dos materiais rochosos é muito
importante para a avaliação da peri-
gosidade de uma dada zona, quando
nela se pretende edificar certas
estruturas. A identificação de possí-
veis superfícies de descontinuidade
num determinado material rochoso é
um dado importante para a com-
preensão do seu comportamento
mecânico. Assumem particular rele-
vância, quando se pretende urbanizar
uma dada zona, o reconhecimento de
superfícies de descontinuidades
existentes num dado material geoló-
gico, como as diaclases, as falhas,
os planos de estratificação e os pla-
nos de xistosidade, pois podem ser
indutores de movimento. Muitas
vezes é a existência de uma rede de
falhas e de fracturas de um dado
maciço que permite que a infiltração
da água se realize de forma mais efi-
caz e atinja níveis progressivamente
mais profundos, facilitando assim a

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alteração da rocha em profundidade
e, consequentemente, a possibilida-
de de movimentação das massas
superficiais.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. A existência de superfícies de
descontinuidade, no caso específico
de diaclases.
2. O aluno poderá referir os seguin-
tes tópicos: a água, ao infiltrar-se no
granito, vai provocar a sua alteração
mineralógica, a abertura das diacla-
ses e a criação de tensões que ten-
dem a diminuir a resistência interna
do maciço.
3. A edificação de certas estruturas,
como, por exemplo, habitações,
muros e aterros.
4. Remoção dos aterros e depósitos
de cobertura e a realização de pre-
gagens e ancoragens.
5. O ordenamento do território impli-
ca a adopção de medidas integra-
das, onde se inclui a organização
física do espaço natural. Nesta pers-
pectiva, é importante identificar
áreas de instabilidade geomorfológi-
ca com vista a limitar ou a interditar
a sua .ocupação antrópica. Só com a
promoção de um correcto ordena-
mento do território é possível evitar
situações dramáticas como as que
têm acontecido em algumas regiões
do nosso território. Se forem adopta-
das medidas que promovam um cor-
recto ordenamento do território, é
possível mitigar os efeitos de certos
processos geológicos, como os
movimentos em massa e, deste
modo, proteger dos seus efeitos as
pessoas e bens.

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É preciso ter em consideração a


diferença entre o modelo e o proces-
so geológico, tendo em conta as
diferentes variáveis envolvidas e as
diferentes escalas de tempo e de
espaço em que ocorrem os fenóme-
nos geológicos.
Alguns solos muito ricos em argilas
expansivas (esmectites e montmori-
lonites) podem potenciar situações
de risco geomorfológico após abun-
dantes precipitações. As argilas
expansivas, ao incorporarem molé-
culas de água na sua estrutura cris-
talina, vão aumentar de volume.
Quando estas argilas secam, com a
libertação das moléculas de água,

4
ocorre uma redução de volume
(hidrocompactação). Estas variações
volumétricas alteram significativa-
mente a estabilidade de uma zona
de vertente.

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Planos Directores Municipais (PDM):


instrumento de administração elabo-
rado por um dado município que
estabelece uma estrutura espacial
para o território desse município, a
classificação dos solos e os índices
urbanísticos, tendo em conta, entre
outros aspectos, os objectivos de
desenvolvimento, a distribuição
racional das actividades económi-
cas, as carências habitacionais de
um dado concelho.

A água é um factor importante no


que respeita ao comportamento geo-
técnico dos materiais geológicos,
uma vez que a sua presença num
dado local pode modificar as forças
que actuam numa dada zona de ver-
tente. A água pode existir no solo
sob diferentes formas:
– água livre, que está a ocupar os
vazios de um dado material geoló-
gico;
– água capilar, que é frequente nos
solos não saturados e que se man-
tém em contacto com as partículas
sólidas devido às tensões superfi-
ciais criadas nas interfaces água-ar;
– água absorvida, formando em
torno dos grãos uma película muito
aderente;
– água que faz parte da composição
química de certos minerais.
No que respeita às propriedades
hidráulicas de um solo, tem especial
interesse a água livre e a água capi-
lar.

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Quando após o estudo das caracte-
rísticas geológicas e geomorfológi-
cas de um dado local se prevê a pos-
sibilidade de ocorrerem movimentos
em massa, devem ser adoptadas
determinadas medidas de estabiliza-
ção com o objectivo de evitar a
perda de vidas humanas e dos seus
bens. Entre as medidas que podem
ser aplicadas em zonas de elevada
instabilidade geomorfológica desta-
cam-se: a modificação da sua geo-
metria, o aumento da drenagem
dessa zona (valetas ou canais de
drenagem), o aumento da resistên-
cia ao movimento (estacas, prega-

5
gens e ancoragens) e certas medi-
das de protecção superficial (muros
de gabiões, muros de betão…).
Pregagens: medida de estabiliza-
ção de um talude e que consiste na
introdução de barras de aço nessa
zona, que com a sua resistência con-
tribuem para o aumento da resistên-
cia à tracção e, por conseguinte, à
diminuição do risco geomorfológico.
Ancoragens: elemento de estabili-
zação formado por cabos ou barras
de aço que são fixados a uma zona
estável do maciço. A sua aplicação
contribui para a estabilização do
maciço rochoso, dado que propor-
ciona uma força contrária ao movi-
mento do terreno, ou seja, produz o
aumento das tensões normais sobre
a superfície potencial de movimento.
Muro de gabiões: medida de esta-
bilização de uma dada zona de risco
geomorfológico constituída por
estruturas flexíveis, formadas por
gaiolas de arame de aço, que são
preenchidas com pedras. Entre algu-
mas vantagens conferidas por estes
muros pode destacar-se: a elevada
resistência mecânica (proporcionada
pela rede metálica e pelo atrito
entre os blocos de rocha sã), a ele-
vada flexibilidade, absorvendo o
excesso de deformação, e a elevada
permeabilidade (a granulometria
uniforme dos blocos facilita a drena-
gem das águas de percolação) que
evita a acumulação de pressões
intersticiais.

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Sugere-se a exploração da transpa-


rência n.° 7 – Zonas de vertente –
Perigos naturais e antrópicos.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.1. D.
1.2. A – F; B – F; C – V; D – V;
E – V.
1.3. Deve ser referida a falta de
ordenamento do território como:
urbanização caótica; ocupação de
leitos de cheia; entulhamento e
estrangulamento dos canais de
escoamento.
1.4.1. A.
1.4.2. B.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.4.3. C.
1.4.4. Pode ser referido, por exemplo:

6
– Vantagens – regularização do
curso de água; armazenamento de
água para vários fins;
– Desvantagens – alteração ecológi-
ca tanto em ecossistema terrestre
como em ecossistemas aquáticos.
2.1.1. B.
2.1.2. C.

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2.2. A – F; B – V; C – V; D – V;
E – V; F – F.
2.3. C.

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3.1. A – S; B – N; C – S; D – N;
E – S; F – S; G – N; H – S.
3.2. A.
3.3. A.
3.4. E – C – B – D – A.
3.5. A resposta deverá contemplar
os seguintes tópicos:
– A precipitação é um factor desen-
cadeante de movimentos em massa
em zonas de vertente.
– O acumular de precipitação pode
potenciar a ruptura, quer por perda
de coesão dos materiais geológicos
quer pelo peso que ela exerce sobre
a zona de vertente.
– Quando um dado local é conside-
rado de elevada instabilidade geo-
morfológica (risco geológico eleva-
do), a ocupação antrópica desse
local deve ser limitada ou não auto-
rizada.
– Uma correcta ocupação do espaço
natural (ordenamento do território) é
fundamental como medida de pro-
tecção das populações e dos seus
bens.

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Sugere-se a exploração da transpa-


rência n.° 8 – Ciclo das Rochas.

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Os conceitos de rocha e de mineral


são conceitos transversais que se
vão desenvolvendo ao longo de todo
o programa.
A propósito das rochas sedimenta-
res é abordado o conceito de mine-
ral e respectivas propriedades, mas
esse conceito vai sendo burilado e
completado a propósito das rochas
magmáticas e metamórficas.

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página 47

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Tem dureza 1 ou 2.
2. Entre 6 e 10.
3. Entre 3 e 5.
4. 6.
5. Deve iniciar os ensaios pelos
minerais mais duros, para evitar a
deterioração rápida dos termos
menos duros.
6. O aluno deve recorrer à técnica
descrita.

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As rochas sedimentares constituem


um assunto que requer não só aulas
de campo como também trabalho de
laboratório.
Pela abundância destas rochas à
superfície da Terra, será aconselhá-
vel a organização, em colaboração
com os alunos, de saídas de campo,
dentro do possível, nas proximida-
des da escola. Essas aulas devem
ser complementadas com aulas de
laboratório, para selecção, estudo
das propriedades e classificação dos
materiais recolhidos.
Recorda-se que a recolha de mate-
rial geológico deve obedecer ao cri-
tério de não danificar os afloramen-
tos nem deixar qualquer vestígio de
destruição. Apenas devem ser reco-
lhidas amostras soltas e somente
em número suficiente para os
ensaios laboratoriais. Será impor-
tante o registo fotográfico dos aflo-
ramentos e da paisagem envolvente.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Diminui a quantidade de água
entre as partículas; as partículas
ficam em contacto e os poros são
cada vez menores.
2. A porosidade da areia varia entre
cerca de 8% e 30% e a porosidade
das argilas varia entre 12% e 24%.
3. À medida que aumenta a profun-
didade, a porosidade diminui.
4. O volume diminui e a densidade
aumenta.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. – C’.
– B.
– C.
2. As águas podem transportar
hidrogenocarbonato de cálcio em

8
solução. Em determinadas condi-
ções, por exemplo, devido a varia-
ções de temperatura, o hidrogeno-
carbonato pode precipitar sob a
forma de carbonato de cálcio.
A deposição e cimentação do carbo-
nato de cálcio formam calcário.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. A percentagem de água diminui
da turfa para a lignite, desta para o
carvão betuminoso e deste para a
antracite.
A antracite é o carvão que tem
menor percentagem de substâncias
voláteis.
A percentagem de carbono aumenta
desde a turfa até à antracite.
2. Poderão ser referidos valores pró-
ximos dos seguintes:
Carbono – 72%
Substâncias voláteis – 20%
Água – 8%
3. A lignite contém bastante água e
materiais voláteis na sua composi-
ção e, por isso, liberta fumos e vapo-
res.
4. Antracite. É aquele carvão que
tem maior quantidade de carbono.

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ALGUMAS SUGESTÕES RELATIVAS À


ACTIVIDADE N.° 13
O petróleo é menos denso que a
água (0,9 para 1), por isso tende a
subir lentamente em direcção à
superfície. Ao encontrar a camada
de argila acumula-se sob ela.
Ao injectar-se petróleo pelo tubo B,
o petróleo desce progressivamente e
sobe do lado esquerdo ao longo da
placa metálica.
Nesta simulação a placa metálica
corresponde a uma falha e a camada
de argila representa uma rocha-
cobertura.

página 87

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. A idade dos estratos diminui no
sentido ascendente.
– Princípio de sobreposição dos
estratos – cada estrato é mais
recente do que os estratos que
estão abaixo dele e mais antigo do
que os estratos que o recobrem.
2. Podem ser referidas, por exemplo:
A e B – as rochas sedimentares são,
em regra, estratificadas e original-
mente os estratos são horizontais e
9
paralelos.
C e D – tal como hoje acontece, no
passado existiram marcas de ondu-
lação que ficaram preservadas em
certas rochas antigas, dando infor-
mações sobre o ambiente em que se
formaram.
E e F – no passado também se for-
maram fendas de dessecação em
rochas argilosas, tal como acontece
em vasas argilosas actuais.

página 91

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Numa sequência de estratos, na
sua posição original, cada estrato é
mais recente do que aqueles que
estão por baixo e mais antigo do que
aqueles que o recobrem.
2. C é a mais antiga, depois a E e D
é a mais recente.
3. O filão F atravessa as camadas A,
B, C, D, E e, portanto, formou-se
depois delas.
4. Superfícies de separação entre
uma sequência de rochas mais anti-
gas, que foram deformadas e erodi-
das, e uma sequência mais recente
que se depositou posteriormente
sobre essa superfície já erodida.
5. As rochas, pelas suas característi-
cas, conservam informações sobre o
passado da Terra, não só sobre as
condições ambientais em que se for-
maram, como também sobre a vida
que existia aquando da sua forma-
ção.

página 93

Sugere-se a exploração da transpa-


rência n.° 9 – Diversificação da
Vida.

página 94

SUGESTÕES DE RESPOSTA
Pode ser referido:
• Os dinossauros viveram apenas
durante o Mesozóico, enquanto as
trilobites existiram no Paleozóico e,
portanto, as rochas com fósseis de
dinossauros são mais recentes do
que as rochas com fósseis de trilobi-
tes.
• O grupo dos tubarões tem uma
longa longevidade, pois existem
desde o Devónico até à actualidade
e, portanto, não são bons fósseis de
idade.
• As trilobites aparecem no início
do Paleozóico e extinguiram-se defi-
nitivamente no fim dessa era.
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• O género Olenellus apenas existiu
durante o Câmbrico e, por isso, as
rochas que contêm fósseis desse
género tiveram de se formar nesse
período.
• O género Elrathia apenas existiu
durante parte do Câmbrico, enquanto
o género Phacops existiu desde o
Silúrico até ao fim do Devónico.
Como o género Elrathia teve longevi-
dade mais curta é melhor fóssil de
idade.

página 97

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Moluscos.
2. Conchas.
3. Deve ter-se formado em água
pouco profunda, temperada ou quen-
te.
4. Deve ter-se formado em zonas de
água doce (lagos, charcos).
5. Princípio das causas actuais ou
Princípio do actualismo.

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Embora apenas se registem as épo-


cas do Palogénico e do Neogénico,
por serem os períodos mais recen-
tes, é de notar que nos períodos
anteriores, ou seja, nos períodos do
Mesozóico e do Cenozóico, também
existem diferentes épocas.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. D – 443 M.a. – fim do Ordovícico.
C – 359 M.a. – fim do Devónico.
B – 251 M.a. – fim do Pérmico.
A – 65,5 M.a. – fim do Cretácico.
2. São cada vez mais curtas, pois
existe maior número de dados fós-
seis que permitem datar mais facil-
mente as formações.
3. Três extinções.
4. No fim do Cretácico.
5. Peixes e Mamíferos.
6. O número de famílias aumentou
significativamente, passando de
cerca de 170 famílias para cerca de
500.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.1.1. A.
1.1.2. D.
1.1.3. C.
1.1.4. C.
1.1.5. B.

11
1.2.1. A – Caulinite;
B – Caulinização;
C – Sedimentação;
D– Diagénese;
E – Detrítica / consolidada.
1.2.2. A – 2,5;
B – 3;
C – 2,5.

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2.1. Conjunto de formações rochosas


ou de estruturas geológicas que
impedem a migração do petróleo até
à superfície, favorecendo a sua acu-
mulação em certas zonas, formando
um jazigo petrolífero.
2.2. A, C, F.
2.3. Densidade. Como a água é mais
densa, fica por baixo, seguindo-se o
petróleo e por cima o gás, que é o
menos denso.
2.4. I – Dobra;
II – Dobra;
III – Falha.
3.1. A – Arenito mais antigo do que
a falha A.
B – Falha A mais antiga do que o
conglomerado.
C – Conglomerado mais antigo do
que o argilito.
D – Falha B mais antiga do que o
filão B.
E – Conglomerado mais antigo do
que a falha B.
F – Argilito mais antigo do que a
falha B.
G – Conglomerado mais antigo do
que o filão A.
H – Filão C mais antigo do que o
filão A.
3.2.
A – Princípio da intersecção;
C – Princípio da sobreposição;
D – Princípio da intersecção.
3.3. O granito é mais antigo do que o
filão B, pois é intersectado por esse
filão, e mais recente do que a falha
B, pois a falha B não o intersecta.

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4.1.1. D.
4.1.2. B.
4.2. A – V; B – F; C – V; D – V;
E – F; F – V.
4.3. Unidade A – IV;
Unidade B – II.
4.3.1. Só no intervalo IV coexistiram
todos os seres que originaram os
fósseis encontrados na unidade A (2,
3, 4, 5 e 6).
4.4. A.
5.1. As trilobites apenas existiram

12
no Paleozóico. Apareceram alguns
géneros no início dessa era, diversi-
ficaram-se e a sua representativida-
de no Pérmico foi diminuta, tendo-se
extinguido.
5.2. Ordovícico e Silúrico.
5.3.1. O estrato I é mais antigo do
que o estrato II.
5.3.2. O estrato II sobrepõe-se ao
estrato I.
5.4. A – V; B – F; C – F; D – V;
E – V; F – F; G – V.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Nas zonas de divergência e de
convergência de placas.
2. No interior de placas continentais
ou de placas oceânicas relacionadas
com a existência de pontos quentes.
3. Nos riftes oceânicos.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. O gráfico I.
1.1. O movimento das placas em
sentidos divergentes ao longo dos
riftes.
2. Nas zonas de subducção. A placa
subductada contém sedimentos e
estes, por sua vez, contêm água,
cuja presença faz baixar o ponto de
fusão dos materiais, favorecendo a
formação de magmas.
3. No ponto 1 os materiais mantéli-
cos estão no estado sólido. Mas ao
ascenderem, devido ao abaixamento
da pressão, começam a passar ao
estado líquido, gerando-se uma mis-
tura de cristais e substâncias no
estado líquido.
No ponto 2, aproximadamente à
mesma profundidade e temperatura
do ponto 1, e na presença de água
contida nos sedimentos, existe já
uma mistura de cristais e de líquido.
Se não existir água a essa profundi-
dade os materiais mantêm-se sóli-
dos.

página 109

A actividade apresentada pode sus-


citar algumas dúvidas pelo facto de
o açúcar ser solúvel na água.
Salienta-se, no entanto, que a quan-
tidade de água utilizada é mínima
relativamente à quantidade de açú-
car. É importante comparar os condi-
cionalismos de que infere esta acti-
vidade com aqueles que se verificam
nas zonas de subducção.
13
página 116

Outras actividades podem ser


desenvolvidas pelos alunos fora das
aulas, como, por exemplo, a “ali-
mentação” ou formação de cristais
de alúmen (sulfato duplo de alumí-
nio e potássio) ou de sulfato de
cobre em soluções saturadas.

página 120

Sugere-se a observação de alguns


destes minerais, se a escola os pos-
suir.
A visita a um museu mineralógico
pode ajudar também a conhecer
melhor o maravilhoso mundo dos
minerais.
A realização de uma pequena colec-
ção pode ser motivadora para a
exploração deste tema.

página 124

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Não é. Para essa profundidade
apenas a grafite é estável.
2. Diamante.
2.1. 2,5 * 105 bar.
3. No diamente os átomos de carbo-
no situam-se no centro e nos vérti-
ces de tetraedros e as ligações entre
eles são muito fortes.
Na grafite os átomos de carbono
situam-se em planos constituídos
por hexágonos de átomos ligados
fortemente entre si.
Os planos situam-se paralelamente
uns aos outros e as forças de liga-
ção são fracas.

página 126

Sugere-se a leitura do documento


Séries de Bowen e diferencia-
ção gravítica, presente no Dossier
do Professor e a utilização da trans-
parência n.° 10 – Cristalização
fraccionada de uma mistura
magmática basáltica.

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. As olivinas com as plagioclases
cálcicas, as anfíbolas com a biotite e
as plagioclases sódicas, etc.
2. O quartzo cristaliza a baixas tem-
peraturas e o basalto é uma rocha
que consolida a temperaturas eleva-
das e, por isso, é constituído essen-
cialmente por minerais ferromagne-
sianos e plagioclases cálcicas que
são os minerais que têm temperatu-
ra de consolidação mais elevada.
3. Anfíbolas, biotite e plagioclases
14
sódicas.
4. É o último mineral a cristalizar e,
por esse motivo, ocupa o espaço dei-
xado pelos outros minerais já cristali-
zados.

página 127

Os filões de quartzo são bastante


frequentes nos afloramentos; os alu-
nos podem fazer a pesquisa da sua
existência nas zonas em que vivem.

página 128

Dos movimentos de turbilhão resul-


tantes da mistura dos magmas pode
acontecer que consolidem minerais
mais densos misturados com mine-
rais menos densos.
É necessário que os alunos fiquem
conscientes que a consolidação e
formação dos magmas são fenóme-
nos muito complexos em que inter-
ferem numerosos factores.

página 131

Podem ser apresentadas rochas com


a diversidade de aspectos texturais.
Do contacto com especialistas desta
matéria concluímos que a nomencla-
tura proposta pelo programa é con-
troversa. Contudo, parece-nos que
os alunos a devem conhecer por
causa dos exames.

página 132

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Família do granito.
2. Entre 15% e 4%, aproximada-
mente.
3. A cor escura, a presença de pla-
gioclases ricas em cálcio, piroxenas
e possivelmente a existência de
anfíbola e olivina.
4. Riólitos.
5. A presença de maior quantidade
de minerais ferromagnesianos confe-
re-lhes uma tonalidade mais escura.
6. Valores próximos de:
– Piroxenas 22%
– Anfíbola 20%
– Plagioclase 58%

página 133

Se na escola existirem diapositivos


com o aspecto microscópico de pre-
parações de lâminas de rochas, pode
ser feita a tentativa de reconheci-
mento dos minerais que constituem

15
as rochas e, consequentemente,
fazer a sua identificação.

página 136

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.1. B.
1.2. C.
2.1. Polimorfismo.
2.2. Por exemplo, o CaCO3, que pode
aparecer sob a forma de calcite ou
de aragonite. O diamante e a grafite,
que são constituídos por carbono.
2.3. Pressões que não execedam os
3000 bares e temperaturas com-
preendidas entre 900 °C e 1450 °C,
aproximadamente.
2.4. Os diferentes minerais de sílica
formam-se em condições bem defi-
nidas de temperatura. A pressão a
que estão submetidos também é de
considerar.

página 137

3.1.1. Aproximadamente 20 km e
1250 °C.
3.1.2. Aproximadamente 100 km e
1600 °C.
3.2. Não.
3.2.1. A curva, relativa às condições
de pressão e temperatura na zona
de subdução, nunca intercepta a
curva de fusão das rochas.
3.3. Por exemplo, a presença de
água faz baixar o ponto de fusão.
3.4. Desde que se verifiquem tempe-
raturas superiores a cerca de 1750
°C.
3.5.
A – V; B – F; C – V; D – V; E – V;
F – F.

página 138

Os materiais geológicos, quando são


sujeitos a estados de tensão, defor-
mam. No entanto, nos estudos de
geologia não observamos as ten-
sões, apenas conseguimos identifi-
car as estruturas e, a partir delas,
procura-se deduzir o estado de ten-
são que as originou.
Reologia: estudo do comportamento
dos materiais face à deformação.
Em geologia aplica-se à análise das
rochas, à determinação das condi-
ções de fracturação, bem como à
caracterização geométrica da defor-
mação das rochas.

16
página 139

Todos os corpos que apresentam


secção circular, quando sujeitos a
processos de deformação, transfor-
mam-se numa elipse (elipse de
deformação). Por exemplo, num cal-
cário oolítico, é possível inferir pela
observação dos oólitos se a rocha
esteve sujeita a processos de defor-
mação, se estes elementos, inicial-
mente com secção circular, apresen-
tam uma forma elíptica.

página 141

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. A resposta dos materiais pode ser
elástica ou plástica.
2. Quando os materiais geológicos
apresentam um comportamento
elástico, verifica-se uma relação de
proporcionalidade entre a tensão
aplicada e a deformação obtida.
Este comportamento é facilmente
identificável em gráficos tensão-
deformação, uma vez que essa res-
posta é traduzida graficamente atra-
vés de uma linha recta.
3. A partir do limite de elasticidade
(ponto de cedência), a deformação
adquirida permanece, ou seja, o
estado inicial do material não é
recuperado.
4. Por exemplo, poderão referir a
temperatura e o teor em água, a
pressão…

O comportamento reológico dos


materiais geológicos é muito variado
e depende do tipo de material, da
temperatura, tensão e da velocidade
de deformação. Por exemplo, em cer-
tas rochas, como os calcários, quan-
do sujeitos a uma dada tensão, num
primeiro estádio apresentam um
comportamento elástico, ou seja, se
for retirada a carga, a amostra, quase
de uma forma instantânea, recupera
a forma inicial (linha recta do gráfico
tensão-deformação). Se a tensão
aplicada não for retirada e continuar
a aumentar, o calcário começa a
deformar plasticamente. Neste caso,
o campo elástico é ultrapassado e a
amostra adquire uma deformação
permanente, não sendo recuperada a
forma original. A diminuição do decli-
ve da curva marca a entrada no
campo plástico e permite visualizar
que são necessárias menores ten-
sões para ser produzida uma dada
deformação (encurtamento).

17
página 142

O comportamento dos materiais


(reologia) tem em conta diversas
propriedades e grandezas. No caso
dos materiais geológicos, as mais
importantes são as condições de
temperatura e a disponibilidade de
água livre ou estrutural (incluída nas
redes cristalinas). À escala macros-
cópica, a cedência diz-se frágil
quando a deformação é acomodada
sob temperaturas inferiores a 1/3 da
temperatura de fusão da rocha.
Quando a deformação acomodada é
superior a 1/3 da temperatura de
fusão, independentemente das
macroestruturas formadas, a defor-
mação diz-se dúctil.

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. A temperatura e o teor em água.
2. No caso do granito seria necessá-
ria uma tensão de, aproximadamen-
te, 20 kbar, ao passo que no piroxe-
nito essa tensão seria inferior,
próxima dos 17 kbar.
3. O aumento da temperatura permi-
te que os materiais acomodem
maior percentagem de deformação
(maior ductilidade), tornando mais
difícil a ruptura.
4. A tensão necessária para alcançar
a mesma percentagem de deforma-
ção diminui substancialmente quan-
do o ensaio é realizado com maiores
teores em água.

página 143

É importante salientar as diferenças


entre a modelação e a situação real.
Certas variáveis, como a escala tem-
poral e espacial, não podem ser
reproduzidas neste tipo de simula-
ção. Também os materiais e as con-
dições ambientais são muito distin-
tos dos existentes nos processos
geológicos que se pretendem simu-
lar.

No sentido de os alunos visualiza-


rem melhor a influência de certos
factores no comportamento dos
materiais, sugere-se a discussão de
algumas “experiências” simples que
podem ajudar a compreender a
influência de certos parâmetros físi-
cos, como a temperatura e o teor em
água, no comportamento dos mate-
riais.
Por exemplo, pode ser discutido na
aula qual será o comportamento pre-
visível de um cilindro de cera quan-
do este é sujeito a uma tensão com-
pressiva à temperatura ambiente ou
18
quando este cilindro é ligeiramente
aquecido.

página 144

Por vezes, é também frequente a uti-


lização da designação de bloco sus-
penso como sinónimo de tecto e a
designação de bloco de apoio como
sinónimo de muro.
As falhas podem existir em todas as
escalas, desde a escala do cristal até
à escala do Globo no seu conjunto.

página 145

Certas falhas geológicas do tipo


inverso, com pouca inclinação (infe-
rior a 30°), são designadas por
cavalgamentos. Os cavalgamentos
são estruturas geológicas resultan-
tes da actuação de tensões com-
pressivas e, geralmente, estão asso-
ciados a dobramentos. Nas cadeias
montanhosas do tipo alpino, podem
ser identificados enormes cavalga-
mentos de grande amplitude (à
escala crustal). O seu movimento
resulta num transporte de material
que pode atingir dezenas de quiló-
metros (por vezes mais de 100 km),
sendo, neste caso, designadas estas
estruturas por carreamentos.

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Cerca de 60 cm.
2. Falha normal.
3. Uma falha normal forma-se, geral-
mente, através da actuação de um
estado de tensão distensivo em regi-
me frágil.

página 146

O eixo da dobra é uma linha imagi-


nária que não se encontra materiali-
zada na superfície dobrada. Este ele-
mento caracterizador da geometria
de uma dobra é apenas válido para
dobras cilíndricas, ou seja, as super-
fícies que se podem imaginar gera-
das pelo deslocamento de uma recta
paralelamente a si própria. De uma
forma prática, podemos definir eixo
da dobra como a linha imaginária
que está na intersecção dos dois
flancos da dobra, ou seja, fica algu-
res na zona de charneira.
Tal como o eixo da dobra, também o
plano axial é outro elemento da geo-
metria de uma dobra que não pode
ser materializável em afloramento.

19
página 147

Em alternativa às placas de espuma,


pode ser utilizada uma lista telefóni-
ca para criar um dado dobramento,
por exemplo simétrico (o mais reco-
mendável). Imediatamente após a
aplicação de uma tensão compressi-
va, ficarão materializados nessa
superfície dois flancos e um domínio
de charneira (transição entre os flan-
cos). Seguidamente, com o auxílio
de uma folha de papel, colocá-la
numa posição em que seja possível
imaginar a divisão da dobra em duas
partes simétricas. O eixo da dobra é
a intersecção entre esse plano (folha
de papel) e o domínio de transição
(zona de charneira).

página 148

Sugere-se a realização da actividade


prática Determinação da atitude
de uma camada (trabalho prá-
tico), do Dossier do Professor.

página 149

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Anticlinal.
1.2. Esta dobra apresenta a abertura
voltada para baixo e no núcleo então
as rochas mais antigas.
1.3. @ || " .
2. 25° no flanco oeste e 35° no flan-
co este.
3. É importante que os alunos come-
cem a contactar com as cartas geo-
lógicas, realizando leituras simplifi-
cadas desses documentos. Seria
interessante que essa interpretação
da carta geológica constituísse uma
primeira abordagem relativamente à
geologia da região onde a escola se
insere.

Sugere-se a leitura do documento


Leitura de uma carta geológica,
do Dossier do Professor.

página 152

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Redução de volume: tensão litos-
tática; dobramento: tensão não litos-
tática; orientação preferencial dos
minerais: tensão não litostática.
2. Por exemplo, a colisão entre duas
placas continentais (contexto orogé-
nico/formação de montanhas).

20
página 153

Um corpo imerso num fluido é sub-


metido a uma pressão que é exerci-
da igualmente em todos os seus
pontos, e que se designa por pres-
são hidrostática. Uma partícula de
rocha encerrada a grandes profundi-
dades na crusta terrestre, em virtude
da carga exercida pelas rochas que
a rodeiam, experimenta uma pres-
são equivalente à hidrostática,
embora não idêntica, uma vez que a
densidade das rochas é superior à
dos líquidos e existem diferentes
litologias com diferentes densidades
até à profundidade considerada. Este
tipo de pressão é denominada pres-
são litostática. Nos ensaios reali-
zados em laboratório, pelo facto de
ser exercida em todos os sentidos, e
com valores idênticos nas amostras
de rocha, é designada por pressão
confinante.

página 155

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. A ardósia é uma litologia típica de
metamorfismo de baixo grau, ao
passo que o gnaisse é uma rocha
associada, geralmente, a um meta-
morfismo de alto grau.
2. Por exemplo, quartzo, minerais de
argila, clorite, moscovite e biotite.
3. Por exemplo, a silimanite e a gra-
nada.
4. Acima dos 450 °C.
5. Por exemplo, a silimanite, a cianite
e a granada.

página 157

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Temperatura = 530 °C; Pressão =
0,42 GPa.
2.1. Silimanite.
2.2. Andaluzite.
3. A identificação destes polimorfos
de Al2SiO5 numa rocha metamórfica
pode fornecer ao geólogo a indica-
ção das condições de pressão e de
temperatura do contexto em que
ocorreu a sua génese. Desta forma,
estes minerais funcionam como indi-
cadores de um dado ambiente meta-
mórfico ocorrido numa dada região
há milhões de anos, funcionando
assim como “paleobarómetros” e
“paleotermómetros”.

21
página 158

A consulta do sítio www.bgs.ac.


uk/scmr (Subcommission on the
Systematics of Metamorphic Rocks)
pode ser interessante para o escla-
recimento de questões relacionadas
com a temática do metamorfismo.
De acordo com esta subcomissão, o
metamorfismo pode ser classificado
como local e regional. No metamor-
fismo local podem considerar-se os
seguintes tipos: metamorfismo de
contacto; metamorfismo hidroter-
mal; metamorfismo cataclástico e
metamorfismo de impacto. Dentro
do metamorfismo regional é incluído
o metamorfismo orogénico (meta-
morfismo regional em sentido estri-
to), o metamorfismo de fundo oceâ-
nico e o metamorfismo de
afundimento (associado a bacias de
subsidência).
Uma vez que nas orientações curri-
culares é apenas feita referência ao
metamorfismo de contacto e ao
metamorfismo regional, não deverá
ser dada ênfase a outros tipos de
metamorfismo.

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Um contexto orogénico.
2. Tensões dirigidas (tensão não
litostática).
3.1. A ardósia e o filito.
3.2. Micaxisto.
3.3. Gnaisse.
4. A acção da tensão dirigida é parti-
cularmente importante na textura de
uma rocha metamórfica, uma vez
que este tipo de tensão vai induzir
um alinhamento preferencial de cer-
tos minerais. Os minerais, geralmen-
te os de hábito tabular (ex.: micas),
orientam-se perpendicularmente à
direcção da força exercida sobre o
material.

página 159

Embora no programa seja incluído o


xisto argiloso como uma rocha meta-
mórfica, muitos autores consideram
esta litologia como uma rocha sedi-
mentar que apresenta fissilidade. Os
xistos argilosos correspondem, na
terminologia dos autores anglo-
saxónicos, ao shale . Esta é uma
rocha essencialmente argilosa, por
vezes silto-argilosa, contém quase
sempre quartzo e algum feldspato
na fracção silte, compacta, e que
apresenta uma fissilidade evidente
devido à facilidade dos minerais de
argila se orientarem apenas com a
acção da tensão litostática (foliação
22
primária de origem diagenética).
Contudo, certos autores referem que
algumas destas rochas, classifica-
das como xistos argilosos, corres-
ponderiam já a uma rocha metamór-
fica, uma vez que os minerais
constituintes indicam terem sido
gerados em condições de pressão e
de temperatura superiores às do
domínio da diagénese.
Uma vez que existe alguma ambigui-
dade na classificação desta rocha,
dado estar num domínio de transi-
ção entre a diagénese e o metamor-
fismo, optámos por não incluir esta
litologia nas rochas metamórficas.
A utilização do termo “xisto” está
exclusivamente reservada para as
rochas metamórficas.

página 160

Embora, muitas vezes, se associe os


mármores e os quartzitos ao meta-
morfismo de contacto como exemplo
de litologia típica deste tipo de pro-
cesso geológico, estas rochas
podem ser originadas num contexto
de metamorfismo orogénico (meta-
morfismo regional). Atente-se, por
exemplo, no caso das cristas quartzí-
ticas de muitas regiões portuguesas
(Valongo, Penha Garcia…), intima-
mente ligadas a contextos orogéni-
cos.

página 161

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Metamorfismo regional.
2. A existência de uma alternância
composicional (mineralógica) que
confere ao gnaisse um aspecto ma-
croscópico bandado. O grau de meta-
morfismo associado à formação de
um gnaisse é, em regra, de alto grau.
3. Quando atinge uma temperatura
de 800 °C, o material entra em
fusão, pelo que entramos no domí-
nio do magmatismo.
4. Quando uma dada rocha atinge o
domínio do ultrametamorfismo,
começam a existir processos de
fusão parcial, sendo um domínio de
transição entre o metamorfismo e o
magmatismo.

A foliação é uma estrutura planar


que corresponde ao arranjo geomé-
trico dos elementos constituintes de
uma rocha, observável a uma escala
e dimensões tais que vários desses
elementos desse arranjo são identi-
ficáveis. Certas estruturas, como a

23
estratificação, a clivagem, a xistosi-
dade e o bandado gnáissico, são
consideradas como foliação.
No entanto, as falhas não podem ser
consideradas como uma foliação,
uma vez que, apesar de normalmen-
te serem estruturas planares, não
são parte intrínseca das rochas.

página 162

Nem sempre a origem de um gnais-


se resulta de um contexto de meta-
morfismo de alto grau.
Normalmente, assume-se como ori-
gem do gnaisse (paragnaisse) o
resultado de um conjunto de trans-
formações de rochas pelíticas que, à
medida que aprofundam na crusta,
vão originando rochas com grau
crescente de metamorfismo. No
entanto, um granito pode dar origem
a um gnaisse (ortognaisse), bastan-
do que o protólito (neste caso o gra-
nito) seja submetido a tensões diri-
gidas.

página 166

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.1. A.
1.2. A.
1.3. C.
1.4. A resposta deverá contemplar
os seguintes tópicos:
– Os relevos mais acentuados no
perfil correspondem à serra de Pias
e à serra de Sta. Justa.
– Cada um desses relevos está
talhado em rochas quartzíticas.
– Uma vez que os quartzitos apre-
sentam maior resistência ao desgas-
te comparativamente às litologias
que constituem o núcleo do anticli-
nal de Valongo, verifica-se um des-
gaste diferencial, o que justifica que
sejam as zonas de maior altitude no
perfil representado.
1.5. Deformação em regime frágil.

página 167

2.1. D.
2.2. D.
2.3. D.
2.4. B.
2.5. C – D – E – B – A.

página 170

Sugere-se a exploração do acetato


n.° 12 – Uma visão global e inte-
gradora, da edição de 2004.

24
Pode ser solicitada aos alunos uma
pesquisa em suas casas relativa ao
uso dos diferentes recursos geológi-
cos utilizados nos materiais com que
lidam no seu dia-a-dia.

página 171

Sugere-se uma investigação, por


exemplo, relativa à evolução dos
transportes através dos tempos e
tipos de energia utilizados.

Sugere-se ainda a exploração da


transparência n.° 11 – Recursos
geológicos – impactes resultan-
tes do consumo excessivo des-
ses recursos, sobre a consequên-
cia do aumento previsto de CO 2
atmosférico no nosso país.

página 172

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. América do Norte, México e
Europa Ocidental.
2. Os países mais industrializados e
de maior nível económico são os
maiores consumidores de combustí-
veis fósseis e, por isso, os mais po-
luidores.
3. Depende do número de habitantes.
3.1. Países como, por exemplo, a
China produzem pouco CO2 per capita,
mas como são muito populosos a
totalidade de CO2 produzida é grande.
4. Países da OPEP.
5. Conflitos pela conquista das
zonas possuidoras de combustíveis
fósseis.
6. Esgotamento das reservas; graves
tensões económicas e sociais a nível
mundial. Possivelmente verificar-se-
-ão graves problemas de poluição.

página 173

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Autunite.
2. U-235.
3. Energia térmica.
4. Contaminação radioactiva.

página 175

Recordar algumas das aplicações da


energia geotérmica e o contexto em
que é possível dispor deste tipo de
energia.

25
página 179

Muitas situações de conflito são


mantidas com os proventos resultan-
tes da exploração de certos jazigos
minerais.
Nos últimos tempos os media, por
exemplo, referiram-se à existência
no mercado dos chamados “diaman-
tes de sangue”. Este tema pode ser
objecto de pesquisa e discussão
entre os alunos.

página 180

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Destruição de solos; contamina-
ção de aquíferos; destruição de
fauna e flora, etc.
2. A existência de metais pesados
nas águas subterrâneas pode afec-
tar a qualidade de vida das popula-
ções vizinhas de explorações minei-
ras não controladas.
3. Resposta dependente do contexto
geológico da região onde a escola
está inserida.
4.
• Colonização vegetal.
• Tratamento de efluentes.
• Aproveitamento de resíduos.

página 181

Os alunos podem investigar a natu-


reza dos materiais utilizados na
construção do património cultural
das suas regiões (monumentos,
habitações, estatuária…).

Sugere-se a exploração do docu-


mento O radão e a saúde pública,
incluído no Dossier do Professor.

página 184

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.
– Num aquífero cativo, a formação
geológica onde a água se acumula é
limitada por duas camadas imper-
meáveis. No aquífero livre, apenas a
camada da base é impermeável,
sendo a mais superficial permeável.
– A água que se encontra acumula-
da no aquífero livre está à mesma
pressão que a pressão atmosférica,
enquanto no caso de um aquífero
cativo a água encontra-se a uma
pressão superior à pressão atmosfé-
rica.
– A recarga de um aquífero livre rea-
liza-se através das camadas mais
superficiais. Como no aquífero cati-

26
vo a camada superior é impermeá-
vel, a recarga é efectuada lateral-
mente.
2. A captação artesiana repuxante.
3. No esquema está em evidência
uma acção antrópica que pode impli-
car impactes negativos nas águas
subterrâneas, no caso, a poluição de
origem agrícola. Muitos dos produ-
tos utilizados na agricultura intensi-
va, como adubos e pesticidas,
podem ser mobilizados pelas águas
das chuvas, atingindo os aquíferos.
4. O aquífero livre, pois neste reser-
vatório a recarga é feita através das
camadas mais superficiais.

página 186

Por vezes, torna-se necessário defi-


nir outros parâmetros caracterizado-
res dos aquíferos, além da porosida-
de e da permeabilidade, e que são a
retenção específica e a cedência
específica. A cedência específica ou
porosidade eficaz pode ser definida
pela relação entre o volume de água
cedida por acção da gravidade e o
volume total da amostra. Este volu-
me de água corresponde à água livre
ou gravítica, que apenas está sujeita
a forças gravitacionais, ou seja, a
água que não está ligada aos grãos
de areia por forças de adesão, de
coesão ou de capilaridade ou retida
nas anfractuosidades dos grãos. A
retenção específica é uma relação
idêntica à da cedência específica, só
que, neste caso, refere-se ao volume
de água que fica retida no material
geológico.
A cedência específica tem particular
interesse numa captação a partir de
um aquífero livre, pois a sua extrac-
ção corresponde, na realidade, a um
esvaziamento dos poros. Nos aquífe-
ros cativos, quando se extrai a água,
não há esvaziamento de poros, pois
a diminuição da pressão provoca a
compressão do aquífero devido ao
peso dos terrenos suprajacentes.

Sugere-se a realização das activida-


des Qual a permeabilidade de
diferentes materiais geológicos?
(trabalho prático) e Como calcu-
lar a porosidade de uma rocha?
(trabalho prático), incluídas no
Dossier do Professor.

página 187

Estreitamente ligado ao conceito de


permeabilidade está o conceito de

27
transmissividade, cuja definição tem
em conta o aquífero como um todo,
ou seja, trata-se de uma macropro-
priedade. A transmissividade caracte-
riza a capacidade que um dado aquí-
fero tem para transmitir a água ao
longo de toda a sua espessura e na
direcção do escoamento. Repre-
senta-se por T e a suas unidades são
m/dia. A transmissividade é igual ao
produto do coeficiente de permea-
bilidade (K) pela espessura do aquí-
fero (b): T = K * b.

página 188

Sugere-se a realização da actividade


Que características podem ser
identificadas nas águas disponí-
veis para consumo? (trabalho
prático), incluído no Dossier do
Professor.

página 189

Entre as práticas termais frequentes


em algumas termas, salientam-se a
hidropinia (ingestão da água mine-
ral), as técnicas destinadas ao siste-
ma respiratório, os duches e os
banhos, simples ou com massagens.

Actualmente, consideram-se dois


tipos de termalismo: o termalismo
clássico e o SPA termal. O termalis-
mo clássico foi pensado e direccio-
nado para os termalistas que pade-
cem de alguma doença, a quem,
após uma consulta efectuada pelo
médico termal, são prescritos os tra-
tamentos adequados e a água ter-
mal com os efeitos terapêuticos
recomendados. Em contrapartida, o
SPA termal foi concebido para todos
os utentes que desejem usufruir das
termas numa vertente de prazer, pro-
curando, ao mesmo tempo, a promo-
ção do seu bem-estar.

página 190

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Bacia sedimentar.
2. Em anos de seca, o armazena-
mento superficial é escasso, o que
não permite suprir as necessidades
de água no barlavento algarvio.
3. Extracções para fins agrícolas;
elevados consumos em determina-
dos meses do ano, em virtude do
enorme fluxo de turistas que procu-
ram esta região do país.
4. A entrada de água salobra, devido
ao rebaixamento do nível da água e

28
ao acentuado regime de extracções
(intrusão salina).
5. Não devem ser autorizadas novas
captações; não autorizar o aumento
dos caudais; maior fiscalização com
vista a evitar captações clandestinas.
6. A resposta pode variar de acordo
com a região em que a escola se inse-
re. Devem ser discutidas com os alu-
nos as situações-problema que mais
preocupam a comunidade local. Em
articulação com algumas entidades,
como a autarquia local, o Instituto da
Água, faculdades ou mesmo recorren-
do a técnicos especializados em hidro-
geologia, realizar a caracterização pos-
sível relativamente à gestão dos
recursos hídricos da região, colocando
especial ênfase nas águas subterrâ-
neas.

Sugere-se a aquisição da Carta


Hidrogeológica de Portugal, na esca-
la de 1:1 000 000. As escolas locali-
zadas na região algarvia têm publi-
cada a Carta Hidrogeológica da Orla
Algarvia, na escala de 1:100 000,
que pode ser um bom instrumento
de trabalho sobre a hidrogeologia da
região.
Estes materiais podem ser pedidos
para o Centro de Dados Geológico-
Mineiros:
Tel.: 21 470 54 00; Fax: 21 471 90 18
Sítio web: http://e-geo.ineti.pt/geo-
ciencias/cartografia/cartas_papel.aspx

O sistema aquífero Querença-Silves


está inserido na unidade geológica
denominada por orla meridional. Esta
unidade ocupa todo o litoral algarvio
entre Sagres e Vila Real de Santo
António, sendo constituída, do ponto
de vista litológico, por rochas, quase
na sua totalidade, de natureza sedi-
mentar.

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Sugere-se a exploração da transpa-


rência n.° 12 – Aquíferos: Que ris-
cos? Que gestão?

SUGESTÕES DE RESPOSTA
1. Por exemplo: indústrias, pecuária,
efluentes urbanos não tratados,
deposição não controlada de resí-
duos sólidos urbanos…
2. Os resíduos provenientes das sui-
niculturas e os efluentes urbanos
não tratados podem ser fontes de
poluição bacteriológica.
3. A deposição controlada dos resí-
duos sólidos urbanos em aterros é
uma das medidas que permitem evi-
tar a poluição das águas subterrâ-

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neas, uma vez que nestes locais
existe uma monitorização dos lixivia-
dos e outras substâncias perigosas,
o que já não acontece em locais
onde essa deposição não tem qual-
quer controlo. Também o local de
deposição antes de receber os resí-
duos foi preparado no sentido de
poder garantir uma deposição segu-
ra desses resíduos.
4. Os perímetros de protecção são
um instrumento importante ao nível
do ordenamento do território com
uma finalidade preventiva. Estas
áreas de protecção das zonas vizi-
nhas onde se realizam captações de
água subterrânea para consumo
humano pretendem assegurar a pro-
tecção das captações de modo a sal-
vaguardar a qualidade da água.
5. A promoção de um efectivo orde-
namento do território é fundamental
para a preservação dos recursos
hídricos subterrâneos, uma vez que
ao garantir uma eficaz gestão do
espaço natural está a contribuir para
que os aquíferos não sejam contami-
nados de forma irreversível pelas
actividades antrópicas.

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SUGESTÕES DE RESPOSTA
1.1. A – F; B – V; C –V; D – F;
E – F; F – V.
1.2. B.
1.3. C.
1.4. B.

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2.1. Estados Unidos.


2.2. É um país altamente industriali-
zado e, por esse motivo, grande utili-
zador de combustíveis fósseis.
2.3. Com o desenvolvimento estes
países devem tornar-se grandes
poluidores.
2.3.1. São países com grande núme-
ro de habitantes. Ao desenvolverem-
se certamente se tornarão grandes
consumidores de energia e, conse-
quentemente, serão países muito
poluidores.
3.1. Alentejo.

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3.2.1. D.
3.2.2. C.
3.2.3. D.
4.1. Escombreiras.
4.2. Por exemplo, metais pesados e
ácido sulfúrico.

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4.3. Estas substâncias são tóxicas e


podem poluir solos e águas subter-
râneas.
4.4. Certamente porque se esgota-
ram os minerais exploráveis à super-
fície.
5.1. B.
5.2. D.
5.3. B.
5.4. O metamorfismo.

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6. C – E – B – D – A.
7.1. A.
7.2. C.
7.3. B.
7.4. A resposta deverá contemplar
os seguintes tópicos:
– Muitas actividades humanas,
como, por exemplo, a pecuária,
podem gerar situações de poluição
bacteriológica.
– Num aquífero livre, a sua zona de
recarga situa-se nas camadas mais
superficiais, onde podem existir acti-
vidades humanas.
– Se não existirem perímetros de
protecção e outros mecanismos que
evitem a contaminação da zona de
recarga, os poluentes atingem a
zona saturada do aquífero e a quali-
dade da água subterrânea será afec-
tada.

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