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FLORIANÓPOLIS
2017
JOÃO PEDRO STEIL
AVALIAÇÃO DE SUSCETIBILIDADE À AÇÃO DE PERIGOS COSTEIROS
NA COSTA DE SANTA CATARINA ATRAVÉS DO MODELO COASTAL
HAZARD WHEEL
FLORIANÓPOLIS
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................4
2. OBJETIVOS ........................................................................................................5
2.1. Objetivo Geral............................................................................................................5
2.2. Objetivos Específicos............................................................................................5
3. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................6
3.1. Levantamento e processamento de dados...................................................................8
3.1.1. Layout Geológico....................................................................................................8
3.2.1. Exposição às ondas................................................................................................8
3.1.3. Amplitude de maré..................................................................................................9
3.1.4. Flora/Fauna ...........................................................................................................10
3.1.5. Balanço sedimentar................................................................................................11
3.1.6. Clima de tempestades............................................................................................11
4. RESULTADOS PARCIAIS......................................................................................12
5. DIFICULDADES ENFRENTADAS........................................................................13
6. CRONOGRAMA.......................................................................................................13
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................14
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Classificar a costa de Santa Catarina quanto à suscetibilidade a diversos perigos
costeiros utilizando o modelo conceitual Coastal Hazard Wheel.
2.2. Objetivos específicos
a) Analisar de maneira integrada dados de tipo de linha de costa, exposição às ondas,
amplitude de maré, vegetação costeira, balanço sedimentar e de ciclones
extratropicais em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG).
b) Gerar cinco representações cartográficas da suscetibilidade da costa de Santa
Catarina aos perigos propostos pelo Coastal Hazard Wheel.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Portanto a aquisição dos dados de Hs 12h/ano foi feita através da ferramenta SMC
Tools disponível pelo Sistema de Modelagem Costeira do Brasil (SMC-Brasil), a qual inclui
uma base de dados de onda DOW (Downscaling Ocean Waves). Essa base de dados apresenta
uma série temporal que contém dados desde 1/fevereiro/1948 até 31/dezembro/2008. A
resolução temporal é dada a cada hora (BRASIL, 2017). Foram coletados um total de 17
pontos os quais foram analisados para obter os respectivos valores de Hs12. Pelo fato do SMC
Tools disponibilizar 16 diferentes valores de Hs12 (um valor para cada direção), foram
selecionados apenas os dados que somados representavam um valor de probabilidade de
direção superior a 90%. Estes dados foram organizados em uma planilha do Excel, somados e
multiplicados pelo seu valor respectivo de probabilidade de direção e divididos pelo número
total de dados utilizados. Sendo assim foi possível obter, através de uma média ponderada,
um único valor de Hs12 para cada ponto. Após obter este valor pode-se classificar os pontos
em Expostos (EXP) ou Moderadamente Expostos (MDE).
3.1.4. Flora/fauna:
A classificação desta variável é feita baseada em nove diferentes categorias: marisma
intermitente, manguezal intermitente, marisma/planície de maré, manguezal/planície de maré,
vegetada, não vegetada, coral e qualquer.
As classes “marisma intermitente” e “marisma/planície de maré” assim como as
classes “manguezal intermitente” e “manguezal/planície de maré” estão presentes em costas
as quais o layout geológico seja classificado como “planície sedimentar”, “ilha barreira” e
“deltas/ilhas estuarina”. As classes “vegetada” e “não vegetada” se enquadram nos layout
geológicos “falésias”, onde a vegetação desempenha um papel importante nas características
da costa. Nesse caso, categoria “vegetada” é aplicada às falésias com mais de 25% cobertas
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por vegetação e a categoria “não vegetada” se adequa a falésias com menos de 25% de
cobertura de vegetação (APPELQUIST; BALSTRØM; HALSNÆS, 2016).
Para analisar esta variável será utilizada a classe “vegetação costeira”, presente na
linha de costa digitalizada por Serafim (2014). As regiões que foram definidas pela autora
como vegetação costeira serão novamente avaliadas através de imagens de satélite para
auxiliar na identificação de onde nesta classe, podemos encontrar “marisma ou manguezal
intermitente”, “marisma ou manguezal/planície de maré” ou ainda as classes “vegetada” e
“não vegetada” que estão de acordo com o CHW.
Figura 4: Mapa global classificado quanto ao clima de onda e área sob influência de ciclone
tropical.
4. RESULTADOS PARCIAIS
Durante o período desde o início do estudo até o presente momento pode-se gerar duas
linhas de costa classificadas de acordo com as duas primeiras variáveis de entrada
necessárias para a utilização do CHW, o layout geológico e a exposição às ondas. Para o
layout geológico foi obtida uma linha de costa classificada como vegetação costeira, praia,
estruturas artificiais, costão rochoso ou desembocadura de rio. Vale ressaltar que esta
classificação será modificada para que haja aplicabilidade desta linha de costa no CHW.
Em relação à variável exposição às ondas foi obtida uma tabela com os valores únicos de
Hs12 para cada um dos pontos analisados pelo software SMCTools. Como resultado
desses valores foi possível obter uma linha de costa classificada de acordo com a
exposição às ondas.
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5. DIFICULDADES ENCONTRADAS
As maiores dificuldades encontradas foram em relação ao levantamento dos dados de
onda e à definição da melhor estratégia para interpretar e adaptar estes dados de modo com
que eles apresentassem compatibilidade com o CHW. Além disso, notou-se certa limitação
quanto nível técnico necessário para realizar as operações nos softwares Quantum GIS e SMC
Tools o que demandou tempo de aprendizado. Houveram também problemas com a utilização
da linha de costa preteritamente disponibilizada pelo LOC já que a mesma possui uma escala
de detalhes bastante alta, o que dificultou a realização de algumas operação do Quantum GIS.
6. CRONOGRAMA
Quadro 1: Ordem cronológicas das atividades a serem realizadas durante o segundo semestre
de 2018.
ago/18 set/18 out/18 nov/18
Revisão da Literatura X X X
Levantamento de dados
X
complementares
Adaptação dos dados de
X
acordo com o CHW
Processamento dos dados no
X X
QGIS
Representação espacial dos
X X
resultados obtidos
Elaboração da apresentação X
Elaboração do TCC X X X
Entrega e defesa do TCC X
Fonte: do autor, 2017.
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7. REFERÊNCIAS
APPELQUIST, Lars Rosendahl; HALSNÆS, Kirsten. The Coastal Hazard Wheel system for
coastal multi-hazard assessment & management in a changing climate. Journal Of Coastal
Conservation, v. 19, n. 2, p.157-179, 20 mar. 2015. Springer Nature.
http://dx.doi.org/10.1007/s11852-015-0379-7.
GORNITZ, V. Global coastal hazards from future sea level rise. Palaeogeography,
Palaeoclimatology, Palaeoecology (Global and Planetary Change Section), Amsterdam, v.
89, p. 379-398, 1991.