CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA
Tarefa em equipe aula 25/04
Santos, 2023 1. Pré-dimensionamento do quebra-mar.
O pré-dimensionamento do peso dos blocos de armadura foi realizado com a
clássica fórmula de Hudson:
Para o cálculo da fórmula, foram adotados os seguintes valores, além de uma
inclinação de 2:1 (30º):
Assim, obtemos um valor de P ≥ 9,31 toneladas de força para o peso do
enrocamento. Para o cálculo da espessura da seção transversal, foi utilizada a seguinte fórmula:
A partir disso, adotando n = 3, obtivemos o valor de espessura = 4,05 metros.
O memorial de cálculo se encontra na planilha
Pré-dimensionamento do quebra-mar.
2. Análise crítica do artigo.
O artigo é uma revisão de pesquisas realizadas na Itália com o tema dos impactos ambientais na infraestrutura portuária de duas técnicas para a proteção costeira, de quebra-mares desligados e a alimentação de praias. No litoral da Itália essas técnicas são amplamente utilizadas para proteger a costa contra a erosão e para conter o avanço do mar. Mas há preocupações em relação aos impactos ambientais dessas técnicas, como a mudança da dinâmica da praia, a perda dos habitats naturais costeiros e os possíveis danos à biodiversidade. O artigo "Assessing of detached breakwaters and beach nourishment environmental impacts in Italy: a review", publicado na revista Environmental Science and Pollution Research, apresenta uma revisão de estudos realizados em regiões da Itália relatando sobre os impactos ambientais de duas técnicas utilizadas na gestão costeira: quebra-mares desligados e alimentação de praias. O objetivo do estudo é avaliar a eficácia das técnicas propostas para proteção costeira e identificar seus possíveis impactos ambientais. Os autores concluem que os quebra-mares são amplamente utilizados para proteger a costa contra a erosão costeira e o avanço do mar. No entanto, há preocupações em relação aos impactos causados, incluindo mudanças na dinâmica da praia, perda de habitats costeiros e efeitos na biodiversidade. O estudo contém limitações quanto à abrangência de sua execução, deixando de fora outros países que também utilizam técnicas na gestão costeira. Outro ponto importante é que o estudo não fornece recomendações claras sobre como reduzir ou mitigar os impactos ambientais das técnicas avaliadas. Em geral, o artigo fornece uma revisão útil dos estudos realizados na Itália sobre os impactos ambientais de quebra-mares desligados e alimentação de praias na gestão costeira. Porém, é importante ressaltar que a proteção costeira não deve ser vista como uma solução única para os desafios enfrentados pela costa, mas sim como uma abordagem complementar a outras estratégias de adaptação, como o ordenamento costeiro e a restauração de habitats costeiros. Além disso, a proteção costeira deve ser planejada e implementada com cuidado para minimizar seus impactos ambientais e garantir a sustentabilidade a longo prazo da costa. Vale ressaltar que o conjunto de técnicas de preservação de ambientes costeiros, como a restauração da vegetação natural do local, mitigação de impactos relacionados a erosão causados por construções civis entre outros aspectos que podem ser os principais ocasionadores ou potencializadores dentre as fontes de impactos. 3. Discutir em equipe e responder às seguintes questões: a. Quais os impactos dessas construções?
Os quebra-mares são estruturas utilizadas na gestão costeira para proteger a
costa contra a erosão e o avanço do mar. No entanto, essas construções também podem ter impactos ambientais negativos. Dentre os principais impactos estão:
● Mudanças na dinâmica da praia: Os quebra-mares podem alterar a dinâmica
natural da praia, resultando em mudanças no perfil e na localização da linha de costa. Isso pode afetar a acessibilidade à praia e a disponibilidade de habitats para a vida marinha.
● Perda de habitats costeiros: A construção de quebra-mares desliga pode
levar à perda de habitats costeiros, como dunas, estuários e áreas de várzea, que são importantes para a biodiversidade e a resiliência costeira.
● Impactos sobre a biodiversidade: A construção de quebra-mares pode ter
impactos sobre a biodiversidade costeira, afetando a fauna e a flora marinhas.
● Impactos socioeconômicos: A construção de quebra-mares pode afetar as
atividades econômicas locais, como a pesca e o turismo, especialmente se as construções afetarem a qualidade da água e a acessibilidade à praia.
Portanto, é importante que a construção de quebra-mares seja cuidadosamente
planejada e implementada para minimizar seus impactos ambientais e garantir a sustentabilidade da costa a longo prazo. Além disso, é fundamental que sejam adotadas abordagens integradas na gestão costeira, considerando não apenas a proteção costeira, mas também outras estratégias de adaptação, como o ordenamento costeiro e a restauração de habitats. b. Como vocês enxergam a atuação do engenheiro ambiental em uma obra desse porte?
O engenheiro ambiental tem uma função crucial na execução de obras de
proteção costeira, como a construção de quebra-mares desligados e a alimentação de praias. Seu papel envolve diversas responsabilidades, tais como avaliar os impactos ambientais potenciais da obra, planejar e projetar a obra de forma a minimizar esses impactos, atuar no processo de licenciamento ambiental, realizar o monitoramento ambiental durante a execução da obra e coordenar as equipes de monitoramento ambiental, implementando medidas de mitigação e orientando os trabalhadores sobre as boas práticas ambientais.
A avaliação ambiental é essencial para identificar os potenciais impactos da
obra, levando em consideração fatores como a biodiversidade, a qualidade da água, a erosão costeira e as atividades econômicas locais. Com base na avaliação ambiental, deve-se planejar e projetar a obra de forma a minimizar esses impactos. Isso pode incluir a adoção de tecnologias e materiais sustentáveis, a implementação de medidas de mitigação e o monitoramento ambiental durante a execução da obra.
Em síntese, o engenheiro ambiental desempenha uma função crucial na
garantia da sustentabilidade e da conformidade ambiental de obras de proteção costeira, trabalhando em uma abordagem interdisciplinar, em colaboração com outros profissionais, como engenheiros civis, biólogos marinhos e consultores ambientais.