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O pescado chega diariamente à Docapesca pela mão dos pescadores e é descarregado rapidamente, a
frescura é um dos fatores mais importantes. O pescado já vem separado por espécies dentro de caixas
próprias.
Uma vez dentro da lota a primeira tarefa é pesar, cada caixa é registada no sistema informático e o gelo
ajuda a manter essa frescura, o pescado é então exposto para que seja avaliado por potenciais
compradores num leilão diário. O leilão contribui para uma maior frescura e qualidade do pescado. Uma
vez concluída a venda o pescado adquirido é levado para ser transportado para o seu próximo destino.
Entrando assim no circuito comercial e assim chegar ao consumidor final (o processo é semelhante em
todas as lotas do país)
Na banca da D.Luísa situada no mercado local, o seu pescado é exposto de manhã bem cedo
devidamente identificado com etiqueta CCL (Comprovativo de compra em lota), garantia de que o cliente
leva para casa um peixe fresco e saboroso.
Pesca sustentável= uma pesca em que se pode manter ou conservar as espécies-alvo da pescaria,
também manter conservado os ecossistemas onde ocorre a pesca e também conservar a própria atividade
da pesca, para que futuro possamos ter profissionais que se possam dedicar á pesca.
As técnicas artesanais são mais sustentáveis porque têm uma menor quantidade de captura, percorrem
menos distancias e estão menos tempo no mar (dados de 2020- 84% da pesca em portugal era artesanal)
e ao escolher pescado nacional, estão a escolher uma técnica de pesca artesanal e uma pesca mais
sustentável.
80% dos resíduos encontrados no mar vêm da terra e os restantes 20% é que são produzidos por
atividades que ocorrem no mar. Então, o que podem os profissionais da pesca fazer?
⁃ Não deitar lixo borda fora
⁃ Ter um local para colocar esse resíduos e separá-los corretamente
⁃ Sempre que possível trazer para a terra aparelhos de pesca danificados e lixo apanhado
durante a atividade
⁃ Sensibilizar a restante comunidade piscatória
Em 2016 a Docapesca criou o projeto “a pesca pelo mar sem lixo” com a associação portuguesa do lixo
marinho e baseia-se em: melhorar a gestão de resíduos a bordo das embarcações de pesca;
sensibilizar e apoiar os pescadores na adoção de boas práticas ambientais; melhorar as condições
ambientais da zona costeira e preservar os ecossistemas marinhos. O projeto funciona da seguinte
forma: disponibilizam-se contentores para que os pescadores possam por os resíduos que encontrarem e
produzirem durante a pesca (o projeto começou em peniche mas hoje em dia existem mais de 17 portos
de pesca)
Eredes: fomento ao uso de redes biodegradáveis como ferramenta de promoção da sustentabilidade
(estudo piloto que decorre no parque natural do litoral norte)
Objetivos: redução de plástico nos oceanos; combater a pesca fantasma e fomentar o uso de
materiais biodegradáveis.
As redes com material biodegradáveis apenas serão utilizadas caso a sua capacidade efetiva de
pesca seja idêntica à conseguida com recurso às artes com material convencional e serão apenas
utilizadas pelos pescadores; foram efetuadas campanhas de pesca experimental comparativa entre as
artes convencionais e as biodegradáveis de forma a apresentar resultados rigorosos que comprovem, ou
não, a eficiência destas redes.
Verificou-se que as redes feitas com material sintético tiveram , ligeiramente, uma melhor eficiência do que
as redes biodegradáveis. Mas o processo ainda está na fase inicial e como tal este vai ser testado e
afinado ainda mais.
Transporte, reciclagem e/ou reaproveitamento de lixo marinho: artes de pesca recuperados dos
fundos marinhos são geralmente depositadas em aterros. No entanto podem ser transformadas e
regeneradas em materiais de alta qualidade para o fabrico de produtos têxteis; os restantes resíduos
recolhidos através de várias ações para a recolha de plásticos das praias serão tratados e preparados
para receção para reciclagem; fomentar práticas de cidadania ambiental e de promoção da economia
circular
Plano de comunicação: o plano de comunicação pretende reunir a comunidade piscatória, com vista ao
esclarecimento do fomento ao uso de redes biodegradáveis; serão criadas plataformas de comunicação,
nomeadamente um website e uma página nas redes sociais onde as atividades e a problemática serão
exploradas; está prevista a promoção de seminários com cientistas convidados da Noruega, em particular
do SINTEF, para partilha de experiências prévias em estudos da aplicação de redes de pesca
biodegradáveis.