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E 464-2005
CDU
DOCUMENTAÇÃO NORMATIVA 691.327:691.5 (083.74)
CI/SfB
BETÕES
METODOLOGIA PRESCRITIVA PARA UMA VIDA ÚTIL DE PROJECTO
DE 50 E DE 100 ANOS FACE ÀS ACÇÕES AMBIENTAIS
MARÇO 2005
BÉTON CONCRETE
Méthodologie prescriptive pour une vie utile Prescriptive methodology for a design working
de projet de 50 et de 100 années sous les life of 50 and of 100 years under the
actions environnementales environmental exposure
OBJET SCOPE
Ce document établit I'aptitude des mélanges de ciment et This document establishes the suitability 01 cement and addi-
d'additions et les prescriptions pour le béton des structures avec tions mixtures and the prescriptions lor the concrete 01 structures
une vie utile de 50 ou 100 ans. L'aptitude du concept de la perfor- with warking lile 01 50 ar 100 years. The suitability 01 the equivalent
mance équivalente est aussi établie. perfarmance concept is also established.
1 - OBJ ECTO .
2 - REFERÊNCIAS NORMATIVAS . A presente Especificação estabelece a aptidão dos
ligantes hidráulicos - cimentos e misturas de cimentos
3 - APTIDÃO DOS CIMENTOS, ADiÇÕES
e adições - como constituintes do betão, esclarece
E MISTURAS COMO CONSTITUINTES
a selecção das classes de exposição em que na NP
DO BETÃO 2
EN 206-1 foram organizadas as acções ambientais
4 - A DEGRADAÇÃO DO BETÃO E AS
agressivas para o betão e fixa as medidas prescritivas
CLASSES DE EXPOSiÇÃO AMBIENTAL 3
que permitem esperar que seja satisfeita a vida útil de
5 - PRESCRiÇÕES QUANTO À COMPOSiÇÃO
projecto das estruturas de betão de 50 ou de 100 anos
E CLASSE DE RESISTÊNCIA DO BETÃO
nos ambientes correspondentes às diversas classes de
PARA CONSIDERAR A DURABILIDADE 3
exposição.
5.1 - Prescrições para a vida útil de 50 anos 3
Esta Especificação estabelece ainda o enquadra-
5.2 - Prescrições para a vida útil de 100 anos .. 3
mento geral para garantir a vida útil de projecto
5.3 - Prescrições gerais 3
das estruturas de betão ~ a aptidão do conceito de
6 - COMBINAÇÕES DE CLASSES
desempenho equivalente.
DE EXPOSiÇÃO 6
7 - ENQUADRAMENTO GERAL DA GARANTIA
DO TEMPO DE VIDA ÚTIL DE PROJECTO
DAS ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO 2 - REFERÊNCIAS NORMATIVAS
NP EN 1504-2 - Produtos e sistemas para a pro- 3 - APTIDÃO DOS CIMENTOS, ADiÇÕES E MISTURAS
tecção e reparação de estruturas de betão - Definições, COMO CONSTITUINTES DO BETÃO
requisitos, controlo da qualidade e avaliação da
conformidade. Parte 2: Sistemas de protecção superficial A aptidão geral dos cimentos para serem constituintes
do betão.
do betão está estabelecida na secção 5.1.2 da
NP EN 12350-1 :2002 - Ensaios do betão fresco.
NP EN 206-1 para os cimentos correntes que satisfaçam
Parte 1: Amostragem.
NP EN 12390-2:2003 - Ensaios do betão endurecido. a NP EN 197-1.
Parte 2: Execução e cura dos provetes para ensaios de A aptidão geral das adições como constituintes do
resistência mecânica. betão está estabelecida na secção 5.1.6 da NP EN
NP EN 12390-3:2003 - Ensaios do betão endurecido.
206-1 para os fíleres que satisfizerem a NP EN 12620
Parte 3: Resistência à compressão dos provetes de
e para as cinzas volantes siliciosas que satisfizerem a
ensaio.
NP EN 450. Fica estabelecida para as sílicas de fumo
NP EN 12620:2004 - Agregados para betão.
NP ENV 13670-1 :2005 - Execução de estruturas em que satisfizerem a Especificação LNEC E 377, para
betão. Parte 1: Regras gerais. as pozolanas que satisfizerem a NP 4220 e para a
NP 4220:1993 - Pozolanas para betão. Definições, escória granulada de alto-forno moída que satisfizer a
especificações e verificação da conformidade. Especificação LNEC E 375.
EN 1992-1-1 :2004 - Eurocode 2 - Design of
Tal como refere a NP EN 206-1 em 5.1.1, o facto
concrete structures - Part 1-1: General rules and rules
da aptidão geral dum material para constituinte do betão
for buildings.
EN 1992-1-2:2004 - Eurocode 2 - Design of estar estabeleci da não implica aptidão em todas as
concrete structures - Part 1-2: General rules - Structural situações e em todas as composições.
fire designo É o caso das situações relacionadas com a
EN 10088-1: 1995 - Stainless steels - Part 1: List durabilidade e, nomeadamente, com a utilização de
of stainless steels.
misturas, que são ligantes hidráulicos obtidos pela
Especificação LNEC E 375-1993 - Escória granulada
junção na betoneira de um cimento satisfazendo a NP
de alto-forno moída para betões. Características e
verificação da conformidade. EN 197-1 com adições satisfazendo os documentos
Especificação LNEC E 377-1993 - Sílica de normativos correspondentes atrás indicados.
fumo para betões. Características e verificação da A aptidão duma dada mistura para ser constituinte
conformidade. do betão fica estabelecida desde que sejam satisfeitas
Especificação LNEC E 391-1993 - Betões.
simultaneamente as seguintes condições:
Determinação da resistência à carbonatação.
Especificação LNEC E 392-1993 - Betões. a) o cimento seja do tipo CEM I ou CEM li/A e da
Determinação da permeabilidade ao oxigénio. classe de resistência 42,5 ou superior;
Especificação LNEC E 393-1993 - Betões. b) as adições sejam do tipo I de origem calcária e
Determinação da absorção de água por capilaridade.
satisfazendo a Especificação LNEC E 466 ou do
Especificação LNEC E 461-2004 - Betões.
tipo 11;
Metodologia para prevenir reacções expansivas
internas. c) a composição da mistura satisfaça os limites
Especificação LNEC E 462-2004 - Cimentos. estabelecidos para a composição de um dos
Determinação da resistência dos cimentos ao ataque cimentos do Quadro 1 da NP EN 197-1 constantes
por sulfatos. dos Quadros 6 a 9 desta Especificação (no Anexo
Especificação LNEC E 463-2004 - Betões. A apresenta-se o procedimento para o cálculo da
Determinação do coeficiente de difusão dos cloretos por
composição de misturas);
ensaio de migração em regime não estacionário.
d) a proporção de sílica de fumo em relação ao
Especificação LNEC E 465-2005 - Betões.
Metodologia para estimar as propriedades de desempenho clínquer (se ela existir na composição da mistura)
do betão que permitem satisfazer a vida útil de projecto seja igualou inferior a 11%.
de estruturas de betão armado ou pré-esforçado sob as
exposições ambientais XC e XS. Os cimentos e as misturas constituem ligantes
Especificação LNEC E 466-2005 - Fíleres calcá rios hidráulicos, que se designam apenas por ligantes.
para ligantes hidráulicos. Características e verificação Se na composição do betão for utilizada uma mistura
da conformidade.
com aptidão para constituinte do betão, os termos
Especificação LNEC E 468-2005 - Revestimentos
"dosagem de cimento" e "razão água/cimento" devem ser
por pintura para protecção do betão armado contra a
penetração de cloretos. substituídos pelos termos "dosagem de ligante" e "razão
ASTM A 775/A 775M - 04a: Standard specification água/ligante", aplicando-se à mistura o estabelecido na
for epoxy-coated steel reinforcing bars. secção 5 para o correspondente cimento.
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4 - A DEGRADAÇÃO DO BETÃO E AS CLASSES DE simples que o betão deve satisfazer para que o tempo
EXPOSiÇÃO AMBIENTAL de vida útil das estruturas de betão, sob as acções
ambientais, seja de 50 anos.
A deterioração do betão pode resultar das condições Indicam-se também em cada um destes Quadros
ambientais a que o betão está exposto, de reacções os tipos de cimento que se podem utilizar e, nos casos
químicas expansivas internas (reacções álcalis-agregado das classes de exposição XC e XS, Quadros 6 e 7
e reacções sulfáticas) ou de outras acções, normalmente respectivamente, os valores mínimos do recobrimento
tratadas no cálculo estrutural (p.e., acções térmicas, nominal (a especificar no projecto e a garantir na
fluência, retracções, desgaste). obra pelo utilizadorC) do betão, ver Anexo B) que,
Os mecanismos que conduzem a reacções expan- conjuntamente com estes requisitos do betão, permitem
sivas internas no betão e a forma de as prevenir são esperar que, em cada classe de exposição XC ou XS,
objecto da Especificação LNEC E 461. fique garantida aquela vida útil de projecto de 50 anos.
Quanto às acções ambientais, estão classificadas na
NP EN 206-1 em 6 grupos, 3 relativos à deterioração do
betão por corrosão das armaduras por acção do dióxido 5.2 - Prescrições para a vida útil de 100 anos
de carbono e dos cloretos provenientes da água do
mar ou de outras origens (XC, XS e XD), 2 relativos à Para um tempo de vida útil de 100 anos, os
deterioração do próprio betão pelo gelo/degelo (XF) ou requisitos dos Quadros 6 a 9 devem ter as seguintes
por ataque químico (XA) e 1 grupo (XO) para quando alterações:
não há risco de corrosão de metais ou de ataque ao
- nos betões armados ou pré-esforçados sujeitos
betão.
à acção do dióxido de carbono ou dos cloretos,
Estes grupos (com excepção de XO) estão divididos
o valor do recobrimento nominal dos Quadros 6
em classes de exposição, que são apresentadas na
e 7 é aumentado de 10 mm, mantendo-se os
NP EN 206-1 através da descrição sumária do ambiente e
requisitos exigidos ao betão nestes Quadros;
de exemplos informativos, com excepção das classes XA.
- nos betões sujeitos à acção do gelo-degelo ou
Repete-se nos Quadros 1 a 5 esta organização,
ao ataque químico, Quadros 8 e 9, a máxima ra-
acrescentando mais exemplos informativos. Não se
zão água/cimento é diminuída de 0,05, a mínima
incluem as classes XF3 e XF4, por não serem aplicáveis
dosagem de cimento é aumentada de 20 kg/m3
em Portugal, e as classes XA por se manter sem
e a classe de resistência à compressão simples
qualquer alteração o estabelecido na NP EN 206-1.
dos betões é aumentada de 2 classes.
Sempre que nas classes XA 1 ou XA2 houver riscos
de acumulação de sulfatos devido a ciclos de secagem
e molhagem ou de absorção capilar, devem satisfazer-se
5.3 - Prescrições gerais
os requisitos da classe superior.
O ataque por bactérias, nomeadamente as anaeróbias
Para a classe XO deve aplicar-se o estabelecido no
que se encontram, p.e., nos esgotos e produzem ácidos
Quadro F.1 da NP EN 206-1, independentemente da
sulfúrico e nítrico, é um ataque químico fortemente
agressivo (classe XA3). vida útil da estrutura, podendo usar-se qualquer cimento
(excepto 11fTe II/W) ou mistura.
As dosagens de cimento (ou da correspondente
mistura), C, indicadas nos Quadros 6 a 9 respeitam
5 - PRESCRiÇÕES QUANTO À COMPOSiÇÃO E
CLASSE DE RESISTÊNCIA DO BETÃO PARA a betões com máxima dimensão do agregado mais
CONSIDERAR A DURABILIDADE grosso, 0ma>.' igualou maior que 20 mm. Para betões
com menores valores de 0ma>. as dosagens devem ser
Estabelecem-se a seguir prescrições específicas as seguintes:
para que as estruturas de betão tenham uma vida útil
para 20 mm > 0ma>. ~ 12,5 mm: C20/12,5 = 1,10 C
de projecto de 50 ou de 100 anos e prescrições gerais,
qualquer que seja a vida útil. para 12,5 mm > 0max> 4 mm : CI2,5/4 = 1,23 C.
I
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QUADRO 1
Sem risco de corrosão ou ataque
Descrição do ambiente Exemplos informativos
QUADRO 2
Corrosão induzida por carbonatação
Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos
Betão armado no interior de edifícios ou estruturas, com excepção das áreas com humidade
XC1 Seco ou permanentemente húmido elevada.
Betão armado permanentemente submerso em água não agressiva.
QUADRO 3
Corrosão induzida por cloretos não provenientes da água do mar
Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos
Betão armado em partes de pontes afastadas da acção directa dos sais descongelantes, mas
XD1 Moderadamente húmido
expostas a cloretos transportados pelo ar.
XD2 Húmido, raramente seco Betão armado completamente imerso em água contendo cloretos; piscinas.
Betão armado directamente afectado pelos sais descongelantes ou pelos salpicos de água
contendo cloretos(I).
XD3 Ciclicamente húmido e seco Betão armado em que uma das superfícies está imersa em água contendo cloretos e a outra
exposta ao ar (v.g., algumas piscinas ou partes delas). Lajes de parques de estacionamento
de automóveis(2) e outros pavimentos expostos a sais contendo cloretos.
(') No nosso país estas situações deverão ser consideradas na classe XD1.
(2) Idem, se relevante.
QUADRO 4
Corrosão induzida por cloretos da água do mar
Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos
Ar transportando sais marinhos mas Betão armado em ambiente marítimo saturado de sais.
XS1 sem contacto directo com água do Betão armado em áreas costeiras perto do mar, directamente exposto e a menos de 200 m do
mar mar; esta distância pode ser aumentada até 1 km nas costas planas e foz de rios.
Betão armado sujeito às marés ou aos sal picos, desde 10 m acima do nível superior das marés
(5 m na costa Sul de Portugal Continental) até 1 m abaixo do nível inferior das marés.
XS3 Zona de marés, de rebentação e de
Betão armado em que uma das superfícies está imersa em água do mar e a outra exposta ao
-•
salpicos
ar (v.g., túneis submersos ou abertos em rocha ou solos permeáveis no mar ou em estuário de
rios). Esta exposição exigirá muito provavelmente medidas de protecção suplementares.
QUADRO 5
Ataque pelo gelo/degelo
Descrição do ambiente Exemplos informativos
Moderado número de ciclos de gelo/ Betão em superfícies verticais expostas à chuva e ao gelo.
degelo, sem produtos descongelantes Betão em superfícies não verticais mas expostas à chuva ou gelo .
Moderado número de ciclos de gelo/ Betão, tal como nas pontes, classificável como XF1, mas exposto aos sais descongelantes
degelo, com produtos descongelantes directa ou indirectamente.
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QUADRO 6
Limites da composição e da classe de resistência do betão sob acção
do dióxido de carbono, para uma vida útil de 50 anos
Tipo de cimento CEM I (Referência); CEM II/A!I) CEM 11/8(1);CEM III/A!'); CEM IV!'); CEM V/A(2)
Classe de exposição XC1 XC2 XC3 XC4 XC1 XC2 XC3 XC4
Mínimo recobrimento
25 35 35 40 25 35 35 40
nominal (mm)"
Máxima razão água/cimento 0,65 0,65 0,60 0,60 0,65 0,65 0,55 0,55
Mínima dosagem de
240 240 280 280 260 260 300 300
cimento, C (kglm3)
QUADRO 7
QUADRO 8
Limites da composição e da classe de resistência do betão sob acção
do gelo/degelo, para uma vida útil de 50 anos
Tipo de cimento CEM fI/8U1; CEM UI/AI'); CEM IV!'); CEM V/AI')
CEM I (Referência); CEM lI/A!') I
Classe de exposição
-
(') Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer porfland, em massa.
QUADRO 9
Limites da composição e da classe de resistência à compressão do betão
sob ataque químico, para uma vida útil de 50 anos
• Ver Anexo B .
•
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(') Aplicável também aos cimentos CEM li/A-L. II/A-LL e II/A-M. QUADRO 11
(') Só aplicável aos cimentos CEM li/S. IIID. II/P e IIIV.
(') Só exigível aos cimentos CEM III/A. IV/A e V/A.
Combinações de classes de exposição
cujo pH seja inferior a 4, pelo que têm que ser protegidos XS1
do contacto com estes meios através dum revestimento XD3
por pintura satisfazendo os requisitos previstos na
XS3 + ataque da água do mar (XA 1)
NP EN 1504-2 para o Princípio P6 - Resistência aos
XC4 com: XA1, XA2 ou XA3
produtos químicos.
Esta protecção deve também existir sempre que
o teor de qualquer dos elementos agressivos referidos Em cada combinação de classes de exposição
no Quadro 2 da NP EN 206-1 seja superior ao limite ambiental devem ser satisfeitas, para o cimento (ou
indicado para a classe XA3. para a correspondente mistura) a utilizar e como
Finalmente, para garantir a durabilidade duma requisitos da combinação, os valores prescritivos mais
estrutura de betão, seleccionada a classe de exposição exigentes da mínima dosagem de cimento, da máxima
apropriada, devem ainda ser satisfeitos, no seu projecto razão água/cimento (e do teor de ar se for o caso) e
e execução, os requisitos de colocação em obra, da classe de resistência entre os valores de cada uma
de protecção e cura do betão e demais requisitos das classes de exposição ambiental da combinação. No
estabelecidos na NP ENV 13670-1 e a manutenção caso do cimento não ser comum às diferentes classes
prevista, como estipula a NP EN 206-1 em 5.3.2. de exposição prevalece aquele que satisfizer a classe
com os requisitos mais exigentes.
•••
Quadros,
ou se: Propriedades a Número e tipo de
...
b) se pretender utilizar outros cimentos que não
os indicados nos Quadros 6 e 7 (ou outras
. ", ... determinar
150
150
32
••••••
12390-3
xprovete
E150
EE
xprovetes
150
1provetes
3150;
100;
Carbonatação
4>
4> h =463
xLNEC
LNEC
391
NPLNEC
392 xEN
50150
600
de
provetes (mm)
•••
Quadros,
ou se: Propriedades a Número e tipo de
...
b) se pretender utilizar outros cimentos que não
os indicados nos Quadros 6 e 7 (ou outras
. ", ... determinar
150
150
32
••••••
12390-3
xprovete
E150
EE
xprovetes
150
1provetes
3150;
100;
Carbonatação
4>
4> h =463
xLNEC
LNEC
391
NPLNEC
392 xEN
50150
600
de
provetes (mm)
ANEXO A
MISTURAS DE CIMENTOS E ADiÇÕES. METODOLOGIA EXEMPLlFICATIVA
I I restantes
cSi J+CSia1txO,05
0,95
(4)
DL = ( fn-' restantes
CSi ) + CSia1t+ CMmist
(14)
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Exemplos
Exemplo 1 Exemplo 2
Considere-se a seguinte mistura: Considere-se a seguinte mistura:
300 kg/m' de cimento CEM II/A-L 42,5 R com 70 kg/m' 200 kg/m3 de cimento CEM I 42,5 R com 80 kg/m3 de
de cinzas volantes e 130 kg/m' de escória granulada de cinzas volantes e 140 kg/m' de escória granulada de
alto-forno. Tem-se Do = 500 kg/m'. alto-forno. Tem-se Do = 420 kg/m'.
A.1 Os componentes da mistura e respectivos teores serão: A.1 Os componentes da mistura e respectivos teores serão:
Clínquer - CS, = 0,80 x 300 = 240 kg/m': 48,0% de Do Clínquer- CS, = 0,95 x 200 = 190 kg/m': 45,2% de Do,
(considerou-se a dosagem mínima). Componentes minoritários- CSm = 0,05 x 200 = 10 kg/m':
Calcá rio - CS, = 0,20 x 300 = 60 kg/m': 12,0% de Do, 2,4% de Do,
Componentes minoritários - CSm = considera-se que Cinzas volantes - CS, = 80 kg/m': 19,0% de Do,
estão incluídos no calcário. Escórias- CS, = 140 kg/m3: 33,3% de Do,
Cinzas volantes - CS, = 70 kg/m': 14,0% de Do,
Esta mistura não corresponde a nenhum cimento do
Escórias - CS, = 130 kg/m': 26,0% de Do,
Quadro 1 da NP EN 197-1 pelo que a composição do
Esta mistura não corresponde a nenhum cimento do ligante tem de ser recalculada.
Quadro 1 da NP EN 197-1 pelo que a composição do
A.2 Selecciona-se o CEM VIA, tendo em conta que a mistura
ligante tem de ser recalculada.
tem grande quantidade de cinzas e de escórias.
A.2 Selecciona-se o CEM VIA, tendo em conta que a mistura
A.3 Para cada componente CSo_m,,'tem-se:
tem grande quantidade de cinzas e de escórias, excluindo
assim o calcá rio. a. Clínquer - 0ma._,= 190 I 0,40 = 475,0 kg/m'
0mo"_,= 190 I 0,64 = 296,9 kg/m3
A.3 Para cada componente CSo_m,,'tem-se:
b. Cinzas - 0ma._,= 80 I 0,18 = 444,4 kg/m3
a. Clínquer - 0ma.' = 240 I 0,40 = 600,0 kg/m' 0mo",= 80 I 0,30 = 266,7 kg/m'
0mo", = 240 I 0,64 = 375,0 kg/m' c. Escórias - 0mau = 140 I 0,18 = 777,8 kg/m'
b. Cinzas - 0ma., = 70 I 0,18 = 388,9 kg/m' 0mo"_,= 140 I 0,30 = 466,7 kg/m3
0mo"_,= 70 I 0,30 = 233,3 kg/m'
Tem-se que OLp = mín(Oma.) = 0ma._,= 444,4 kg/m3 > Do,
c. Escórias - 0ma._,= 130 I 0,18 = 722,2 kg/m'
0mi"_' = 130 I 0,30 = 433,3 kg/m' AA Verifica-se que para as escórias 0mo"_,> Do, ou seja a
dosagem deste componente tem de ser alterada. Assim,
segundo (6) e (7)
AA Não se aplica.
CS,_al1= mín [0,30'(190 + 80)/(0,95 - 0,30) ; 0,30'420] =
= mín [ 124,6; 126,0] = 124,6 kg/m3.
A.5 Verifica-se que para as escórias 0mo"_,> OLp' ou seja
a dosagem deste componente tem de ser alterada. Por conseguinte a dosagem de componentes minoritários
Tomando o limite superior para as escórias e segundo éo maior valor que verifique as condições (4) e (5), pelo
(8) tem-se CS,_al1= 388,9 x 0,30 = 116,7 kg/m'. Como se que CMm", = 20,8 kg/m'.
verifica a condição (9) (240 + 70) + 116,7 ~ 388,9 kg/m'
tem-se que OL = OLp e não há lugar a componentes A.5 Não se aplica.
minoritários, tendo-se, segundo (10), que CS,_al1 A.6 A dosagem do ligante a considerar como equivalente
= 388,9 - (240 + 70) = 78,9 kg/m'. ao cimento CEM VIA é de 415,4 kg/m3, com a seguinte
A.6 A dosagem do ligante a considerar como equivalente composição:
ao cimento CEM VIA é de 388,9 kg/m', com a seguinte Clínquer - 190,0 kg/m3: 45,7%.
composição: Cinzas volantes - 80,0 kg/m': 19,3%.
Clínquer- 240,0 kg/m': 61,7%. Escórias - 124,6 kg/m3: 30,0%.
Cinzas volantes - 70,0 kg/m': 18,0%. Componentes minoritários - 20,8 kg/m': 5,0%.
Escórias - 78,9 kg/m': 20,3%.
Assim, 4,6 kg/m' da mistura inicial não puderam ser
Assim, 111,1 kg/m3 da mistura inicial não puderam ser considerados como ligante, considerando-se 10,8 kg/m' das
considerados como ligante. escórias como parte de componentes minoritários.
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2 - Formulação de misturas
Considere-se que se pretende formular uma mistura a percentagem mínima de clínquer para esse cimento,
com massa Do' pK, prevista na N P EN 197-1 ou a declarada pelo
Existindo inúmeras possibilidades para formular a fabricante, conforme a seguinte equação:
composição duma mistura, apresenta-se o procedimento
em que se limita a priori a quantidade de clínquer. Assim, 1 OO-pK X Dk (3)
devem executar-se os seguintes passos: Dcc = pK
A.1 Selecciona-se do Quadro 1 da NP EN 197-1 o
A.S A dosagem total de adições a utilizar, Da' obtém-
cimento que se pretende equivaler. -se pela diferença entre a massa da mistura Do e a do
A.2 Selecciona-se a percentagem que se pretende cimento, De calculada por (3) na secção anterior.
na mistura, pKm, limitada ao intervalo previsto na NP
D=D-D
a o e (4)
EN 197-1 ou nesta Especificação para o cimento a
equivaler.
No entanto, se o cimento seleccionado em A. 1
A.3 Calcula-se a dosagem de clínquer, Dk'
não incluir um ou mais constituintes do cimento a
pKm utilizar, então deverá ser subtraída a De a quantidade
Dk=--xDo (1)
100
correspondente a esses constituintes, a não ser que
A.4 Determina-se a quantidade de cimento a se pretenda considerá-los como minoritários, até 5%
utilizar, De' conforme da mistura.
Caso se disponha de mais que uma adição, estas
serão incorporadas na mistura em partes que respeitem
onde Dee é a dosagem global dos restantes constituintes, os intervalos previstos na NP EN 197-1 para o cimento
incluindo os minoritários, do cimento a utilizar, admitindo que se pretende equivaler.
Exemplo
Considere-se que se dispõe de um cimento CEM II/A-L existe calcário como constituinte principal, pelo que em De
e cinzas volantes para formular uma mistura para um betão exposto não se pode incluir a totalidade deste material. Segundo
à classe ambiental XC2. Para esta classe a dosagem mínima (4) a máxima quantidade de cinzas volantes a incorporar
de ligante exigida é de 260 kg/m3, considerando-se este valor na mistura seria:
como Do'
Da = 260 - (162,5 - 32,5) = 130 kg/m3
A.1 Tendo em conta os materiais disponíveis, selecciona-se
Porém, como se pode considerar até 5% de constituintes
o CEM IV/B como o cimento que se pretende equivaler
na formulação da mistura. minoritários é possível optar por uma menor dosagem
de cinzas volantes, recorrendo a parte do calcá rio
A.2 Para o cálculo da dosagem de clínquer e considerando excluído:
o mínimo exigido para aquela classe de exposição no
CMm", = 260 x 0,05 = 13 kg/m3
Quadro 6 da presente Especificação selecciona-se um
pKm = 50%. Da = 260 - (162,5 - 32,5) -13 = 117 kg/m3
A.3 Assim, tem-se que a dosagem de clínquer na mistura Assim, a composição de 260 kg/m3 de ligante a considerar
será de 50'260/100 = 130 kg/m3. como equivalente ao cimento CEM IV/B poderia ser a
seguinte:
AA Considerando que o cimento CEM II/A-L contém 80% de
clínquer, a dosagem de outros constituintes no cimento CEM /IIA-L - 162.5 kg/m3;
a utilizar será de: com 130 kg/m3 de clínquer: 50%.
Componentes minoritários-13,0 kg/m3: 5.0%.
Dcc = 100-80 x 130 = 32,5 kg/m3 Cinzas volantes - 117,0 kg/m3: 45%.
80
ou, em alternativa, não considerando constituintes
A quantidade de cimento CEM II/A-L a empregar na mistura minoritários:
será de De = 162,5 kg/m3 conforme (2).
CEM /IIA-L - 162,5 kg/m3;
A.5 A dosagem de cinzas volantes a utilizar terá que ter em com 130 kg/m3 de clínquer: 50%.
consideração que no cimento equivalente CEM IV/B não Cinzas volantes - 130.0 kg/m3: 50%.
E 464
12
Lista de símbolos
1 - Verificação da composição de misturas
2 - Formulação de misturas
ANEXO B
armaduras,
estipula:
1 - que
na secção 4.4 da EN 1992-1-1, princípios e
regras de aplicação no que respeita ao recobrimento
adoptados
superfície
o
por esta Especificação.
recobrimento é a distância
do aço (qualquer que ele seja, v.g.,
Assim,
entre
das
a
•••••
_
_
cmin.dur.' no betão armado
10
10
10
10
Classe de exposição ambiental
10
15
15
20
20
25
25
30
35
30
35
40
.
••••••••
utilizador<2), com espaçadores - é a soma do
cmin,dur"'no betão pré-esforçado
recobrimento mínimo, c.mm, com uma parcela
Classe de exposição ambiental
tJ.cdev de valor especificado na norma de
execução, função do tipo de estruturas:
_ 10 15 20 25 30 35 40
valor igual ao das exigências da aderência aço-betão, P1 - Protecção contra o ingresso. Para as classes
desde que: de exposição XS ou XD o revestimento por
- a classe de resistência do betão seja 2:: C25/30; pintura deve satisfazer a Especificação LNEC
- a exposição da superfície do betão ao ambiente E 468. Para certas aplicações, o projecto da
exterior < 28 dias; obra deve identificar as propriedades relevantes
a interface esteja rugosa. adicionais cujos requisitos devem também ser
satisfeitos pelo revestimento.
Se a superfície de acabamento do betão for irre-
gular (p.e., com agregados à vista) o recobrimento
QUADRO 8.3
mínimo, cmin' deve ser aumentado de, pelo menos,
5 mm. Classes de resistência dos betões que
No caso do betão ser colocado sobre superfícies permitem diminuir o recobrimento cmin.dur
irregulares, os valores do recobrimento mínimo, cm;n'
XCOI XC2I XC4 XD11 XD31
devem ter em conta a irregularidade da superfície, e ter,
XC1 XC3 XD2I XS2I
pelo menos, os seguintes valores: XS1 XS3
cm;n= 65 mm (v.g., betão armado em estacas
betonadas contra o terreno);
~C40/50 ~C45/55
~C30/37 ~C35/45 ~C40/50
cm;n= 40 mm (v.g., betão colocado sobre betão ~C50/60· ~C60/75·
de limpeza ou sobre terreno previamente preparado) . • Quando o cimento utilizado for CEM I ou li/A.