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O ÉTER MAXWELLIANO E SUA QUEDA,

ACERCA DO ENTENDIMENTO
EPISTEMOLÓGICO DE THOMAS KUHN.
Thomas Kuhn

Iniciou sua carreira como físico teórico, e mais tarde,
interessou-se por história da ciência.

Se deu conta de que a concepção de ciência tradicional
não se ajustava ao modo pelo qual a ciência real nasce
e se desenvolve ao longo do tempo.

A visão principal na concepção kuhniana de ciência
consiste na tese de que o desenvolvimento típico de
uma disciplina científca se dá ao longo de passos.

fase pré-paradigmática→ciência
normal→crise→revolução→nova ciência normal→nova
crise→nova revolução
Fases na visão de Kuhn

Período no qual reina uma ampla divergência entre
os pesquisadores. Existem debates sobre métodos,
regras, objetivos, instrumentação, validação.
Enquanto este estado de incerteza perdura, as
disciplina ainda não possui status de ciência
genuína.

Ciência normal ou paradigma fornece, pois, os
fundamentos sobre os quais a comunidade
científca desenvolve suas atividades. Uma
atividade de resolução de “quebra-cabeças”
(puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve
segundo regras relativamente bem defnidas.

Quando quebra-cabeças sem solução a que Kuhn
denomina anomalias se multiplicam, resistem por
longos períodos aos melhores esforços dos melhores
cientistas, e incidem sobre áreas vitais da teoria
paradigmática, chegou o tempo de considerar a
substituição do próprio paradigma.

Nestas situações de crise, membros mais ousados e
criativos da comunidade científica propõem
alternativas de paradigmas.

Quando um novo paradigma vem a substituir o antigo,
ocorre aquilo que Kuhn chama de revolução científica.
O éter de Maxwell

Maxwell, profundamente infuenciado pelas
idéias newtonianas (mecanicistas) acreditava
que um meio hipotético deveria existir para a
propagação das ondas eletromagnéticas.

Este meio de propagação deveria manter todas
as características de movimento e velocidade a
respeito de um observador privilegiado em
repouso, por exemplo. Em hipótese, mantinha-
se válido para referenciais inerciais em todos os
aspectos de interesse.

Para Maxwell (mecanicista), era admissível a
hipótese de um meio dielétrico (éter), no
entanto, para Newton, a existência de um meio
que possuísse matéria comprometia a teoria da
gravitação dos planetas em torno do sol, ou
seja, deveria haver ausência de matéria entre
os planetas, e não a existência dela.

O éter maxwelliano, portanto, precisava
constantemente de retifcações em suas
dinâmicas de interação.

Se existe um meio de propagação tão
específco, como encontrá-lo?

Em 1880, a existência do éter elétrico de
Maxwell (que agora se fundia com o luminífco)
era bem aceita pelo meio científco.

Diversos cientistas renomados elaboravam
experimento para a comprovação da existência
do tal éter.

No entanto, a cada vez mais consagrada teoria
ondulatória da luz, trazia um paradoxo cada vez
mais presente, o de que o meio de propagação
da luz (onda transversal), teria características
elásticas de sólido, e ao mesmo tempo ser
extremamente permeável aos corpos.

Citar exemplo do barco fantasma e da
velocidade da luz.

Experimento de Albert Michelson e E. Morley,
proposto em 1881, e aperfeiçoado até 1887,
mostrou que a velocidade da luz era sempre a
mesma, fosse na direção que fosse, ela sempre
se moveria na mesma velocidade.

Lorentz, defensor do éter, propos novas teorias
para explicar este fenômeno, como a contração
dos corpos ao se moverem pelo éter. Fitzgerald
propôs teoria quase idêntica que fcou
conhecida como contração de Lorentz-
Fitzgerald.

Em 1889, Jules Henri Poincaré afrmou que "...
não temos intuição direta sobre a igualdade de
dois intervalos de tempo", já apontando na
direção da Relatividade Restrita, onde a
constância de velocidade da luz é explicada
sem a necessidade de contrações de tamanho.
O mesmo Poincaré, em 1900, questionou a
existência do éter, e, em 1904, sugeriu que,
considerando-se que não existe repouso
absoluto nem movimento absoluto, diferentes
observadores em diferentes situações poderiam
ter relógios que marquem diferentes tempos.

E em 1905, Einstein foi categórico em sua
teoria da relatividade restrita, em afrmar que a
velocidade adicional de uma fonte luminosa não
interfere na velocidade da luz, sendo esta,
constante para qualquer observador.

<
http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/
structure-sintese.htm
>, Acesso em 30/11/2018 às 10h05.

http://www.ghtc.usp.br/Biografias/Maxwell/Max
wellelm2.html

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