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Disciplina: Cozinha Contemporânea

Professor: Warison Carlos dos Santos

Massimo Bottura

Aline Leonardi
Carlos Vasconcelos
Daniela Santos
Maria Teresa Duda
Quetson Raniery
Natal – RN
2019
BIOGRAFIA E CURIOSIDADES:

A história de vida de Massimo Boturra, nascido em 30 de setembro de 1962 em


Módena, cidade dos fast cars e da slow food, é a prova que a persistência,
genialidade e que o apoio incondicional da pessoa amada é fundamental para
o sucesso. Progressivo, futurista, sonhador, tradicional. Bottura tem um pouco
de tudo, e ao mesmo tempo não se encaixa em nenhum estilo… Uma história
pessoal repleta de persistência pela busca do melhor. Na juventude,
enfrentando o pai, com quem ficou de relações cortadas, largou a faculdade de
direito, abandonando o trabalho na empresa da família, para dedicar-se à arte
da cozinha. Ná época, com 24 anos, aventurou-se abrindo um restaurante em
Nonantola, cidade próxima a Módena, o Trattoria del Campazzo. Foi uma
vizinha, Lidia Cristoni, que bateu à sua porta para oferecer ajuda e o ensinou a
preparar alguns pratos tradicionais.
Fez um estágio com George Cogny até 1991. Nesse mesmo ano, a Trattoria
del Campazzo é reconhecida com o prêmio "Excelente Cozinha" pela
Academia Italiana de Culinária. Uma visita inesperada de Alain Ducasse ao
Trattoria veio seguida de um convite para um período de experiência em seu
restaurante Louis XV em Monte Carlo, onde Bottura esteve em 1994. Em suas
andanças, conheceu Paris e lá, no Caffè di Nona, onde foi trabalhar na
cozinha, encontrou quem seria sua esposa, Lara Gilmore, com quem teve dois
filhos, Alexa e Charlie. De volta à Itália nesse mesmo ano, resolveu fechar a
Trattoria del Campazzo, abrindo na tarde de 19 de março de 1995, a Osteria
Francescana. Lara Gilmore estava nos Estados Unidos porque seu pai acabara
de ser operado. Bottura telefonou para ela antes de abrir o restaurante para
pedi-la em casamento. Sua resposta foi: "Deixe-me tomar meu café primeiro",
porque eram oito da manhã por causa no fuso horário. Depois de tomar seu
café, ela disse que sim. Bottura foi contra a corrente da culinária clássica
italiana no centro da tradicional cidade medieval de Módena quando abriu a
Osteria Francescana, que estava prestes a fechar por falta de clientela.
Ninguém entendia o que ele estava tentando fazer e as críticas eram duras,
fazendo-o em alguns momentos pensar em desistir. Tudo isso por um simples
motivo: o chef transformou a forma como os pratos mais tradicionais da
cozinha italiana eram feitos. Os primeiros anos da Osteria Francescana foram
difíceis e desestimulantes, alvo de críticas severas, inclusive, de trair a tradição
da culinária italiana. O chef só não desistiu porque a esposa insistiu para que
ele continuasse e vencesse os desafios. Ademais, Recebeu uma crítica da
Revista Gambero Rosso que mais uma vez quase o fez desistir de tudo. A
crítica dizia: “Se você não olhar a pintura feia do Ferrari vermelho, a decoração
é aceitável. Mas se começarmos a falar da comida... Massimo estava muito
ávido em ser original a todo custo. Não existe alma em sua comida. Onde
estava a cozinha italiana?”. Mas em abril de 2001, tudo mudou em sua vida! O
mais importante crítico de alimentos da Itália, que viajava de carro de Milão a
Florença, parou na cidade depois de encontrar um grande engarrafamento
devido a um acidente. Ele jantou no restaurante e, dois dias depois, o Expresso
publicou sua resenha, na qual colocou o estabelecimento nas nuvens. Em
2000, o chef recebe a visita de Ferran Adrià em seu restaurante e, na
despedida, o espanhol o convida a integrar seu time de chefs visitantes no El
Bulli. Os laboratórios do restaurante do catalão e a liberdade de expressão em
sua cozinha deram a Bottura o último empurrão necessário para sua cozinha
autoral. Após alguns meses com Ferran, o chef volta a seu restaurante e sua
cozinha nunca mais foi a mesma. “Ferran me mostrou que tudo é possível. Ele
me abriu a mente para coisas que estavam na minha frente e que eu não via.
Percebi que as possibilidades eram ilimitadas e, finalmente, tive coragem de
voar.” Bottura precisou ousar, misturar as raízes e história italianas à
modernidade de um chef que não tinha medo de transformar a cozinha italiana
através do seu olhar. O chef diz ainda que energia e alma são a chave para
fazer pratos bons e que o respeito às tradições e à bagagem cultural de um
lugar são extremamente necessários para um chef de cozinha. Bottura ensina
para o mundo todo que os ingredientes e suas características tem um papel
importantíssimo na construção de um prato e que o respeito à textura, aos
sabores, às cores transforma cada receita em algo especial e único. Entre as
panelas, Bottura fez fama com releituras dos clássicos de sua terra natal. Aos
poucos, dando prioridade aos sabores da região, a Emilia-Romagna, e a
produtos locais, conquistou os mais conservadores. Suas criações são
instigantes e têm nomes divertidos, como a sua já clássica sobremesa que
nasceu em seu estágio com o Chef Alain Ducasse, “Ops! I dropped the lemon
tart”, em que a torta de limão vai desmoronada num prato que parece
trincado. Ele conseguiu o que parecia impossível: unir a tradição e a
vanguarda em uma só cozinha. Na Itália, a gastronomia é considerada como
cultura, ao lado das artes plásticas, da literatura, música e arquitetura. Por isso,
o Comune de Modena conferiu ao chef a medalha de ouro por ser um dos
grandes embaixadores da cultura modenense no mundo. O gosto pela cozinha
do chef Massimo nasceu no tempo de menino quando, invariavelmente,
escondia-se sob a mesa da cozinha, fugindo de seus irmãos mais velhos, e
observa a avó preparando as famosas comidas italianas. “Foi aí que a minha
paixão pela comida começou, aos pés da minha avó, debaixo de cascatas de
farinha e de queijo parmesão ralado”. Massimo diz ser cozinheiro, mas não ter
nascido cozinheiro. Ao contrário, afirma que trabalhou duro, com paixão e
humildade, aprendendo valiosas lições com outras personalidades e arremata
dizendo que é preciso ter muita energia e muita alma para fazer pratos bons,
saudáveis e inteligentes. A eleição como melhor restaurante do mundo não
veio sem o enfrentamento de grandes dificuldades. Massimo mantinha uma
rebeldia natural, o que lhe permitiu ser celebrado por nomes importantes da
gastronomia. A Osteria Francescana conquistou três Estrelas Michelin e desde
2013 figurava entre os três melhores do mundo, terceiro lugar em 2013 e
2014, segundo lugar em 2015 e 2017 e finalmente, em 2016, assumiu a
posição mais alta do pódio. O restaurante foi novamente classificado como
numero 1 entre os 50 melhores restaurantes do mundo em 2018. A vitória de
Massimo Bottura é decorrente de sua personalidade territorialista, mas
desconstrutiva, onde trabalha com pratos tradicionais, com versões
particulares. Incompreendido e criticado, tornou-se vencedor pelas
combinações centenárias de sabores e técnicas que se propôs a incorporar
nos pratos tradicionais. Como os produtos da região, a filosofia do chef segue o
mesmo princípio qualitativo. Seu comprometimento com o terroir o transformou
em um dos maiores representantes internacionais da Emilia Romagna. Suas
palavras no Identità London em 2010, ilustram bem sua relação com a sua
terra: “Sou um homem da Emilia-Romagna com os músculos fortes como o
parmigiano reggiano, com vinagre balsâmico correndo em minhas veias e com
uma mente borbulhante feita de Lambrusco”.
PRÊMIOS:

1991 – A Trattoria del Campazzo recebe o prêmio EXCELENTE COZINHA pela


Academia Italiana de Culinária.

2002 – Prêmio do Espresso Guide de MELHOR DESEMPENHO.

Prêmio MELHOR CHEF, JOVEM CHEF DA ITÁLIA.

2002 – Primeira Estrela Michelin

2006 – Segunda Estrela Michelin

2012 - Terceira Estrela Michelin

2013 e 2014 - A OSTERIA FRANCESCANA fica em 3° lugar entre os


melhores do mundo.

2015 e 2017 – A OSTERIA FRANCESCANA fica em 2° lugar entre os melhores


do mundo.

2015 - A Netflix lhe dedicou um Episódio da Série CHEF’S TABLE.

https://www.netflix.com/watch/80007951?trackId=14277283&tctx=0%2C0%2Ce
2e89d9e-3767-4a29-b895-f8887b1ecd75-34052681%2C%2C

2016 e 2018 – A OSTERIA FRANCESCANA fica em 1° lugar entre os melhores


do mundo.

A Comunidade de Módena lhe confere MEDALHA DE OURO por ser um dos


Embaixadores da Cultura Modenense no mundo.

MEDALHA DE OURO para seu projeto social REFETTO RIO


GASTROMOTIVA.
LIVROS:

Aceto Balsamico (2005)

Mostra o vinagre em sua forma líquida, em gelatina, com combinações doces e


salgadas. “Uma gota e tudo é transformado”.

Parmigiano Reggiano (2006)

Um livro que fala do principal ingrediente da cozinha italiana, oferecendo


receitas que destacam todas as características desse queijo, oferecendo um
parmesão crocante, transformado em bolachas, com consistência cremosa,
transformado em molhos e recheios salgados e doces.
PRO. Attraverso Tradizione e Innovazione (2006)

Um livro que fala de tradições e inovações, que vai desde a indicação de


vinhos até trilha sonora para acompanhar o menu.

Pasta (2011)

Todas as variações das massas italianas.


Never Trust a Skinny Italian Chef (2014)

É uma homenagem à carreira de vinte e cinco anos de Bottura e à evolução da


Osteria Francescana. Receitas que explicam a inspiração, os ingredientes e as
técnicas de Bottura.

Bread is Gold (2017)

Um livro sobre o desperdício de alimentos. Apresentando receitas dos


melhores chefs do mundo, incluindo Daniel Humm, Mario Batali, René Redzepi,
Alain Ducasse, Joan Roca, Enrique olvera, Ferran & Adriá e Virgilio Martínez.
Mais de 150 receitas que transformam ingredientes do dia a dia em pratos
inspiradores, deciliosos, econômicos e fáceis de fazer.
Taste of Success (2017)

Você aprenderá como 22 chefs do mundo construíram e desenvolveram seus


negócios do zero. Nesses esclarecimentos eles falarão abertamente sobre
desafios inesperados e dolorosos contratempos. Ao final de cada capítulo você
encontrará uma receita exclusiva compartilhada pelo chef em destaque.

Le Pain Est D’or: Ingrédients Ordinaires Pour Repas Extraordinaires


(2018)

Edição do Bread is Gold em francês.


RESTAURANTES:

Trattoria Del Campazzo (1986)

Aos 24 anos abriu o primeiro restaurante em Nonantola. Com cozinha italiana,


frutos do mar e internacional.

Osteria Francescana (1995)

Pequena e discreta, com apenas 12 mesas e com um toque retrô, a casa


apresenta uma proposta diferente, combinando elementos tradicionais da
gastronomia italiana a técnicas contemporâneas.
Considerado duas vezes o melhor restaurante do mundo. Nele nasceram as
principais obras de arte de Bottura.

Recebeu 3 Estrelas Michelin. A primeira em 2002, a segunda em 2006 e a


terceira em 2012.
Franceschetta 58 (2011)

Um cardápio italiano criativo, regional, com preço moderado e atmosfera


informal. Serve lanches e jantares, comandado por Marta Pulini.
Ristorante Italia Di Massimo Bottura (2014)

Seu primeiro restaurante fora da Itália, em Istanbul, Turquia. Com matérias


primas trazidas da Itália e selecionadas também da Turquia, liderado por
Bernardo Paladini.
Refettorio Ambrosiano (2015)

Restaurante que funcionou durante a Expo Milão em 2015, servindo às


pessoas carentes uma boa comida, atendendo a 96 comensais por dia. Bottura
convidou designers e artistas para ajudar a transformar um velho teatro
abandonado em um lugar caloroso e amigável. 50 dos maiores chefs do mundo
foram convidados por Bottura durante a exposição para criar e cozinhar um
cardápio a partir das sobras de ingredientes.

Reffetorio Gastromotiva (2016)

Uma iniciativa trazida para o Brasil pelos chefs Massimo Bottura e David Hertz
(Food for Soul) e pela jornalista Ale Forbes, com o objetivo de contribuir na luta
contra o desperdício de alimentos, a má nutrição e a exclusão social. O projeto
foi lançado durante as Olimpíadas e se tornou um legado para a cidade do Rio
de Janeiro. Além do seu caráter social, o Refettorio é um espaço repleto de
arte que conta com a curadoria artística de Vik Muniz, mobiliário dos Irmãos
Campana e iluminação projetada por Maneco Quinderé. Durante os jogos
olímpicos e paraolímpicos, mais de 80 chefs e sous chefs do mundo inteiro,
reconhecidos por suas estrelas Michelin ou pela atuação social, passaram pela
cozinha do Refettorio Gastromotiva para servir 90 convidados diariamente com
comida, cultura e dignidade.
Gucci Osteria Da Massimo Bottura (2018)

Florence, Itália. Situada dentro do Palazzo Della Mercanzia, com 50 lugares e


influências do Peru ao Japão, passando por clássicos italianos como o tortellini
parmigiano reggiano e o risoto de cogumelos. Comandado por Ana Karime
Lopez Kondo.
CRIAÇÕES:

Uma das primeiras criações de Bottura foi colocar seis tortellini na fila em
um prato. A clientela local, acostumada à quantidade abundante de
massas, não acreditou e fez críticas devastadoras.

Ops! Derrubei a torta de limão. A tal famosa tarte de limão, cítrica e doce,
que parece ter caído ao chão. Até o prato parece estar estilhaçado.
Uma homenagem de Massimo Bottua à imperfeição.
Ricordo di um panino alla mortadella (Lembranças de um sanduíche de
mortadela).

Conchiglie of monkfish. Conchas de tamboril.


A batata que sonhava em ser Trufa: Suflê de batata com espuma de
baunilha e lascas de trufa

No recente congresso belga Flemish Primitives, criou em segundos uma


esfera imperfeita de glúten crocante cravejada de caviar como uma joia,
injetada com uma emulsão de caviar defumado. A imperfeição das
superfícies e a essência escondida se revelando no final compõem sua
assinatura. “Precisamos das imperfeições”, diz Massimo.
O emblemático Cinco Etapas de Parmigiano Reggiano, em que o queijo
parmesão da região é servido com formas e texturas inusitadas. Uma
criação absolutamente genial. Para muitos, a obra-prima de Massimo
Bottura! É inacreditável como um prato com o sabor de um
único ingrediente, o queijo Parmesão, consegue ser tão intenso, tão
profundo, tão complexo, tão estimulante. Massimo apresenta
unicamente o queijo Parmigiano Reggiano em cinco diferentes momentos
de maturação, cada um deles com sua textura e com sua temperatura e
com o seu sabor. Na base, um creme de Parmigiano Reggiano de 24
meses, à direita um demi-soufflé de Parmigiano Reggiano com 30 meses
de cura, à esquerda uma espuma de Parmigiano Reggiano com 36 meses
de maturação, ao centro uma bolacha crocante de queijo Parmigiano
Reggiano com 40 meses de cura, e por fim, no topo, um ar de Parmigiano
Reggiano com inacreditáveis 50 meses de maturação. Só com este prato
Massimo Bottura já mereceria ser considerado o melhor do mundo.
The crunchy part of the lasagna. Um prato emocional representando o
sonho de qualquer criança italiana de comer os cantos crocantes da
lasagna, os quais Massimo também disputava arduamente com os
irmãos. Sendo uma saborosíssima lasagna construída em três partes: Na
base carne de porco e de vaca com tutano, por cima extremamente
cremoso, com um molho béchamel feito com Parmigiano Reggiano e no
topo a pasta tricolor, qual bandeira de Itália, incrivelmente estaladiça.
Absolutamente inesquecível! Depois disto, uma lasagna nunca mais será
a mesma.

Sometimes mallard, sometimes partridge and even bollito. Às vezes


mallard, às vezes perdiz e até bollito. Um cozido misto. neste caso com
cacau Criollo, especiarias e pimentas; um sedoso creme de ovos, salgado
e muito leve, com uma textura de pudim, para o qual Bottura também
utiliza um caldo de carne feito com os ossos das peças da caça, leite e
ainda diversos elementos alusivos à época do ano em que esteja. A tosta
sobre a qual assenta a trufa negra (e que serve para apanhar o molho à
mão) é feita com pão da véspera. Nada é desperdiçado na Osteria
Francescana.
Croccantino of foie gras with balsâmico heart. Uma clássica ligação do
foie gras da cozinha francesa com o tradicional vinagre balsâmico de
Modena, cravejado de amêndoas e nozes caramelizadas.

Tiramizucca. Com os sabores do outono a surgirem num original e


delicioso tiramisù de abóbora.
Pop corn. São apenas pipocas, mas trabalhadas em diversas texturas e
temperaturas. Geladas, salgadas, caramelizadas, em espuma, em
merengue e em pó.

Carne grelhada...Não grelhada


Pão, creme de açúcar e sorvete de caramelo salgado.

Crocante de fava de chocolate, café e parmigiano reggiano.


O Vitelo psicodélico. Criou em homenagem ao quadro de Damien Hirst.

Fish & Chips. Base crocante com um peixe local de rio e um gelado
(salgado) de Carpione, uma tradicional marinada avinagrada italiana feita
com cebola, vinagre, sal e açúcar.
Lentils are better than caviar. Numa caixa de caviar, pequenas lentilhas
negras, também chamadas “beluga” por fazerem lembrar as ovas de
esturjão, cozinhadas num caldo de enguias que escondem por baixo um
creme feito com beterraba e com as famosas cebolas roxas italianas e um
creme de endro. Incrivelmente delicioso.

Monkfish ravioli with monkfish liver and rabbit a la cacciatora filtered


sauces. Três ravioli com recheio de fígado de tamboril, molho de Coelho à
Caçador e farrapos de pão torrado para dar uma textura crocante.
Três Snacks. Uma levíssima almofada de bacalhau e tomate, um macaron
de coelho, cujo recheio é uma deliciosa mousse de “Coelho à Caçador”e
um generoso chip de Parmigiano Reggiano.

Mediterranean sole. A Osteria Francescana também é feita de lendas.


Contam os empregados que Massimo Bottura não conseguia decidir qual
a melhor forma de cozinhar o linguado. Então resolveu juntar num único
prato às quatro maneiras de o fazer: “A la munière”, em papelote, ao sal e
grelhado. Tendo depois por cima, um papel comestível que na verdade é
água do mar desidratada.
Tribute to Normandy. É o primeiro momento do menu de degustação mais
longo da Osteria Francescana e é também mais um jogo de Massimo
Bottura! Olhamos e vemos uma ostra e pensamos que vamos comer uma
ostra. Mas, quando efetivamente a provamos, verificamos que é afinal…
um tártaro de cordeiro! A ostra está antes, na emulsão! Existindo ainda
um granizado de maçã-verde, algas marinhas, ervas aromáticas e umas
gotas de menta.

As lantejoulas douradas de pinocchio


Autumn ceviche in modena. O prato é anunciado como sendo um ceviche,
um ceviche preparado com aquilo que Modena tem no outono. Mas, como
Modena fica no interior e não tem mar nem peixe, o chef italiano faz um
ceviche marinando num caldo frio de lima, coentros e pimenta, produtos
da estação como cogumelos secos, arruda, abrótano, abóbora,
tupinambo e castanhas assadas, juntando depois um creme de
cogumelos e cobrindo tudo com um ar de ceviche autêntico e verdadeiro.
Spring caesar salad.

Bollito non bollito. Cozido ou não cozido. Vitelo, cabeça de vaca,


bochecha de porco, gelatina, compota de cebola, mostarda de maçã.
Hambúrguer shake shack. Carne misturada com Parmigiano Reggiano,
salsa verde, uma maionese balsâmica e um pouco de cotechino.

Vinagre balsâmico. “O vinagre balsâmico é a maior herança que posso


deixar para minha filha. É um grande orgulho para um modenense ter
o próprio vinagre de família”.
Lagostin

Talharim com ragú cortado à mão


Pequena torta de alho poró

Les papotages de Nana. Caranguejo cru, cozido e em pó, casca de chips


de polenta e um pouco de consommé de milho e pipoca.
Macaron tra dolce e salato: Foie gras, polvere di radici e tartufo. Macaron
entre doce e salgado, foie gras, pó de raiz e trufa.

Bolinhos de berinjela como uma nuvem, caldo picante e fatias de lula.


Criando um novo tipo de peixe: camarão, salmonete e sopa de peixe.

Ravióli de lentilha, avelã e chocolate, servido com lentilhas rasgadas e um


creme suave e ácido de Clementine.
A pequena sopa fresca antes da sobremesa: Uma redução de frutas
vermelhas, bolas de beterraba, pastinaca e rabanete, sorvete de iogurte
inteiro.
CONCLUSÃO:

Massimo Bottura nasceu em Módena, uma cidade super tradicional da Itália, e


desde pequeno acompanhava sua avó na cozinha, observando-a enquanto
embaixo da mesa sob cascatas de farinha e queijo parmesão. Confrontou o pai
quando abandonou a faculdade de direito para seguir um árduo caminho na
gastronomia e aos 24 anos, em 1994, abriu seu primeiro restaurante, o
Trattoria del Campazzo, onde colocou em prática receitas clássicas da culinária
italiana. Em 1995, dá início a uma nova jornada, abrindo o Osteria
Francescana, restaurante que lhe conferiu vários prêmios, dentre eles o de
Melhor Restaurante do Mundo e recebeu três Estrela Michelin.

Estagiou com os Chefs Alain Ducasse e Ferran Adriá, que o fizeram expandir
suas idéias, inspirações e enfrentar desafios, mostrando ao mundo uma
culinária italiana com tradição, mas banhada de contemporaneidade e
possibilidades de apresentar diferentes texturas, sabores e cores com uma
pitada da gastronomia molecular.

Bottura mostrou ao mundo que “Pão é Ouro”, que nada se perde na cozinha.
Tudo pode ser transformado sem perder a qualidade. Com isso, foi
protagonista de dois projetos sociais, com a montagem de dois Refeitórios. O
primeiro na Expo de Milão 2015, Refettorio Ambrosiano, e em seguida, em
2016, nas Olimpíadas no Rio de Janeiro, o Refettorio Gastromotiva,
alimentando pessoas de rua com uma boa comida, nascida de restos de
ingredientes que apesar de estarem em bom estado, seriam descartados.

Com o passar do tempo, enfrentando duras críticas, conseguiu conquistar o


público mais conservador, mostrando as infinitas possibilidades de reproduzir
uma gastronomia italiana raiz, através de uma apresentação totalmente nova.

“Sou um homem da Emilia-Romagna com os músculos fortes como o


parmigiano reggiano, com vinagre balsâmico correndo em minhas veias e com
uma mente borbulhante feita de Lambrusco”, afirma Massimo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://prazeresdamesa.uol.com.br/reportagens/um-homem-da-terra/

https://www.huffingtonpost.es/2016/06/14/osteria-francescana_n_10451752.html

http://www.cocineando.com/03-gastronomia/Chefs-REstaurantes/Massimo-Bottura-y-
el-restaurante-Osteria-Francescana.html

http://villasegolfe.com/pt/articles/info/763/

https://paladar.estadao.com.br/noticias/restaurante-e-bares,osteria-francescana-e-o-
melhor-restaurante-do-mundo,10000057034

https://expresso.pt/sociedade/2017-12-23-Chef-com-estrelas-Michelin-abre-
restaurantes-para-pobres#gs.CIb7jX3D

http://www.prazercomida.com.br/bottura-maxima-inspiracao-na-cozinha/

https://www.thriftbooks.com/a/massimo-bottura/466112/

https://casavogue.globo.com/LazerCultura/noticia/2018/01/massimo-bottura-abre-
restaurante-no-novo-espaco-da-gucci-em-florenca.html

https://www1.folha.uol.com.br/comida/2018/06/restaurante-osteria-francescana-e-
eleito-o-melhor-do-mundo-pela-segunda-vez.shtml

https://mesa-do-chef.blogs.sapo.pt/na-osteria-francescana-com-massimo-473472

https://www.revistamenu.com.br/2016/06/17/como-e-jantar-no-melhor-restaurante-do-
mundo/

http://aleblanco.vogue.globo.com/2008/04/28/jantar-de-massimo-bottura/

https://www.pinterest.es/dias1801/massimo-bottura/

http://luxo.ig.com.br/altagastronomia/minhas-receitas-sao-respostas-as-inumeras-
perguntas-que-me-faco/n1596865036213.html

https://www.youtube.com/watch?time_continue=84&v=BxvBVVseyls

https://www.vanityfair.it/vanityfood/ricette/2017/11/21/massimo-bottura-ricetta-pane-e-
oro-il-dolce-per-tutti

https://reportergourmet.com/scheda_ricetta/bollito-non-bollito-massimo-bottura

https://www.finedininglovers.com/blog/news-trends/massimo-bottura-shake-shack-
burger/

http://www.lespapotagesdenana.com/2015/02/jai-teste-losteria-francescana/

https://casaclaudia.abril.com.br/ambientes/osteria-francescana-conheca-o-segundo-
melhor-restaurante-do-mundo/

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