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O GUIA COMPLETO DA

OUTORGA DO USO DE ÁGUA


EM MINAS GERAIS
SUMÁRIO

Introdução 4

Legislação 8

Começando 17

Procedimentos 21

Documentos 25

Formulários Técnicos 30

Relatório Técnico 32

Recomendações Finais 35
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TEXTO TEXTO E DESIGN REVISÃO

PAULA DIAS GABRIEL KOYRO ADELMO JÚNIOR


Estagiária de Marketing Analista de Marketing Fundador e CEO

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INSTRUÇÕES PARA LEITURA COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Este e-Book foi feito pelo Instituto G4 com informações obtidas em órgãos
ambientais, manuais liberados pelo governo, sites oficiais e na legislação.

Compilamos todas as informações para garantir o melhor aprendizado para o


Profissional de Meio Ambiente, resumindo, comentando leis e oferecendo uma
síntese bem didática para que tudo seja compreendido da melhor forma
possível.

A partir de agora você terá uma experiência diferenciada pois este e-Book é um
PDF interativo. Ao decorrer do texto, foram adicionados links e botões com
mais informações para você se aprofundar no assunto desejado. Você também
vai encontrar um índice clicável e botões de redes sociais para você
compartilhar esse conteúdo com seus amigos.

Esperamos que absorva e aproveite ao máximo essa construção interativa.

Boa leitura!

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INTRODUÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

A Água como Recurso Hídrico

Já é de conhecimento público que a água é um elemento indispensável à vida.


Este recurso está presente nos processo físicos e biológicos que compõem a
biosfera onde vivemos e que mantêm a vida no nosso planeta.

Outra coisa que sabemos muito bem é que a água potável está se tornando
cada vez mais escassa. Em alguns lugares mais acentuadamente do que em
outros. Isso acontece principalmente por causa do impacto de atividades
humanas que alteram a disponibilidade hídrica local de forma direta ou
indireta.

Dessa forma, se faz necessária a intervenção jurídica e atuação efetiva do


poder executivo para mitigar a degradação desenfreada dos recursos naturais
disponíveis para a todos. Além disso, dada a importância dos recursos hídricos
para a população, a legislação brasileira considera que a água é um recurso
natural limitado, dotado de valor econômico e um bem de domínio público.

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INTRODUÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Para tanto, criou-se a Política Nacional de Recursos Hídricos em 1997, que


nada mais é do que o conjunto de diretrizes que o Brasil começou a tomar
para proteger os Recursos Hídricos e garantir o acesso de todos os brasileiros à
água, para os mais diversos usos.

E um dos instrumentos instituídos para garantir essa proteção é a Outorga dos


Direitos de Uso de Recursos Hídricos, ou, simplesmente Outorga do Uso de
Água. Criada para assegurar o controle dos usos deste recurso e efetivar o
exercício dos direitos de acesso à água.

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INTRODUÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Então, o que é a Outorga do Uso de Água?

A palavra outorga é o ato de consentir, dar permissão ou concessão. Portanto,


outorga do uso de água é a permissão dada pelo órgão responsável (existem
diversos, que veremos mais à frente) para a utilização do recurso hídrico de
diversas formas e para diversos fins.

A outorga de direito de uso dos recursos hídricos deve ser solicitada para
qualquer uso futuro ou recorrente de água, para captação de água superficial
ou subterrânea, para lançamento de efluentes, para qualquer ação que altere o
regime de um curso de água ou para uso do potencial hidroelétrico.

Uma vez deferido o processo, após todos os procedimentos e entrega dos


documentos corretos, a outorga é concedida em forma de um certificado com
validade variável. Isso depende de cada caso, mas comumente a validade é
entre 5 e 10 anos.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

As leis mais importantes que regem a Outorga de Água

A legislação que rege a outorga do direito de uso de recursos hídricos ainda


que detalhada, é complexa. Desse modo, pode ser um pouco confusa para o
usuário leigo ou iniciante.

Por isso trazemos aqui as principais leis, portarias e resoluções conjuntas que
definem toda a Política Nacional de Recursos Hídricos na qual está inclusa a
outorga do direito de uso de recursos hídricos como um de seus instrumentos.

Aqui vem a parte “chata”...   Mas você já parou para pensar


que todo o processo de outorga (aliás, todos os
procedimentos ambientais) é regulado pela legislação? E que
sem ela ou não haveria a outorga e o uso regulado de
recursos hídricos, ou seria um processo bagunçado sem
qualquer critério? Ainda bem que existe a legislação!   Aqui
separamos tudo o que você precisa saber sobre a legislação.
Não é necessário decorar, mas tenha todas as leis sempre em
mãos ao fazer uma outorga.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Federal - Lei Federal no 9.433 de 1997

1.
A legislação principal, que define e dá diretrizes para o
gerenciamento de recursos hídricos no Brasil é a Lei Federal
no 9.433 de 1997, que institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH) e cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.

A lei 9.433 define a água como um bem de domínio público, recurso


natural limitado e dotado de valor econômico. E para tanto, são definidos
o conjunto de diretrizes, metas, programas que constituem a PNRH e
formam as ferramentas com as quais se faz a gestão das águas no Brasil.

Para a outorga do direito de uso de recursos hídricos, é justificada sua


instituição para assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos
da água, além dos direitos de acesso.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Federal - Lei Federal no 9.984 de 2000

2.
A Lei Federal no 9.984 de 2000, cria a Agência Nacional das
águas – ANA, entidade federal de implementação do Plano
Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.

A ANA é uma autarquia com autonomia administrativa e


financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente que é
responsável por executar a Política Nacional de Recursos
Hídricos, sendo integrante do Sistema Nacional de Recursos
Hídricos.

A partir dessa lei, a ANA pode delegar ou atribuir a agências de


água, de bacia hidrográfica ou a órgãos estaduais ambientais a
execução de atividades que outrora seriam de sua competência.

Ficou definido que, para corpos d'água de domínio da União


(aqueles que cruzam fronteiras estaduais ou nacionais), cabe à
ANA a competência de outorgar qualquer uso de água. Para
corpos hídricos de domínio estadual, a competência de outorgar
cabe ao órgão gestor estadual de recursos hídricos.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Estadual

Como, através da Lei 9.433 de 1997, a ANA possui o poder de delegar a órgãos
estaduais ambientais a competência de outorgar o direito de uso de recursos
hídricos, e isso acontece para captações em águas superficiais de domínio que
não seja da União.

Em Minas Gerais, foi criada a Política Estadual dos Recursos Hídricos para
regular o gerenciamento dos recursos hídricos no estado, onde se inclui a
outorga de direito do uso de recursos hídricos.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Estadual

1.
A principal lei que rege a gestão de recursos hídricos em
Minas Gerais é a Lei Estadual 13.199 de 1999, que fala
sobre a Política Estadual dos Recursos Hídricos, visando
assegurar o controle de água de qualidade para atuais e
futuros usuários no estado. Por meio dela, tem-se os
regulamentos que tratam sobre a outorga, cobranças pelo
uso dos recursos hídricos, bem como os planos estaduais
que envolvem esse processo.

Mais especificamente, ela define os empreendimentos que


estão sujeitos à outorga pelo poder público, por fazer algum
uso que altere o regime, a quantidade ou a qualidade da
água. Define também quando o uso de alguma parcela de
água não precisa de outorga. E, por fim, estabelece quando a
outorga pode ser suspensa, parcial ou totalmente, em
definitivo ou por prazo determinado.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Estadual

2.
DN CERH – MG no 07 de 2002: classifica os
empreendimentos sujeitos a outorga de acordo com seu
potencial poluidor, que podem ser de pequeno, médio ou
grande porte e variam basicamente de acordo com os
impactos e mudanças que podem causar e onde serão
instalados.

3.
DN CERH – MG no 09 de 2004: determina quais são os usos
considerados insignificantes dentro das bacias hidrográficas
do estado e quais situações não se encaixam nesse perfil.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Estadual

4.
Portaria IGAM no 49 de 2010: define os procedimentos
para regularização de uso dos recursos hídricos,
classificando-os de acordo com duas modalidades:
concessão e autorização. Isso varia basicamente de acordo
com quem desenvolverá a regularização, se é uma
instituição pública ou privada.

Além disso, determina quais procedimentos devem ser


feitos de acordo com o modo de uso e a finalidade do
empreendimento, tal como os prazos de validade.

Resolução Conjunta SEMAD-IGAM no 1.548 de 2012: para

5. fazer o cálculo da disponibilidade hídrica superficial das


bacias hidrográficas, existem diversos fatores envolvidos.
Um deles é a vazão de referência, na qual se determina seu
valor mínimo e máximo de acordo com o empreendimento e
uso.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Estadual

Resolução Conjunta SEMAD-IGAM no 2.302 de 2015: A

6. SEMAD e o IGAM são os principais responsáveis pelos


processos de outorga em Minas Gerais. Para exercer esse
controle, a resolução estabelece critérios para a implantação
do sistema de medição para que haja o monitoramento dos
usos dos recursos hídricos.

Dessa forma, ela define quais são as chamadas intervenções


consuntivas, o que é o barramento com regularização de
vazão e quais são os sistemas de medição adequados para
águas superficiais e para águas subterrâneas. Além disso,
estabelece principalmente como e quando deve haver o
monitoramento e quais os dados devem ser apresentados
para que ele ocorra, juntamente com a definição dos prazos
em que devem ocorrer.

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LEGISLAÇÃO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Âmbito Estadual

Embora seja muito bem explicitado na legislação mineira que o


IGAM é o órgão responsável pelo gerenciamento das outorgas
de uso de água, na prática isso não ocorre inteiramente. Os
pedidos de outorga devem ser protocolados juntos às
Superintendências Regionais de Regularização Ambiental
(SUPRAMs), segundo a Lei Estadual no 21.972/2016. O artigo 36
estatui que tal medida é transitória, até que sejam
estabelecidas regras, fluxos e procedimentos aplicáveis à
outorga. Para reforçar a medida, foi criado o Decreto Estadual
no 46.967/2016 explicitando que o requerimento e a
concessão das outorgas do direito de uso de água competem
transitoriamente às SUPRAMs.

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COMEÇANDO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Preciso de uma Outorga de Água? A quem recorrer?

Para começar um pedido de outorga, antes deve-se fazer uma série de


perguntas para saber como agir em cada etapa do processo. É necessário
também saber com qual legislação contar ou quais decretos ou deliberações
normativas regem etapas singulares de todo o procedimento.

As perguntas para tornar o pedido de outorga mais eficiente são:

A outorga é realmente necessária?

Se for necessário utilizar alguma quantidade de água, deve-se


verificar se já há fornecimento pelo sistema de abastecimento público.
Somente se não houver ou não for utilizada água do abastecimento
público deverá ser iniciado o pedido de outorga.

Se a outorga for para despejo de efluente, deve-se verificar se há rede


pública de esgotamento sanitário. Se houver, deve-se verificar a
legislação municipal para o lançamento. Se não houver, é aí que se faz
necessária a outorga de lançamento de efluentes.

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COMEÇANDO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Qual o modo de uso?

Existem 16 modos de uso de água, segundo a Portaria IGAM no


49/2010:
1. Captação ou derivação em corpo de 9. Lançamento de efluente em corpo
água; de água;
2. Explotação de água subterrânea; 10. Retificação, canalização ou obras de
drenagem;
3. Construção de barramento ou
açude; 11. Transposição de bacias;
4. Construção de dique ou desvio em 12. Aproveitamento de potencial
corpo de água; hidroelétrico;
5. Rebaixamento de nível de água; 13. Sistema de remediação para águas
subterrâneas contaminadas;
6. Construção de estrutura de
transposição de nível; 14. Dragagem de cava aluvionar;
7. Construção de travessia rodo- 15. Dragagem em corpo de água para
ferroviária; fins de exploração mineral;
8. Dragagem, desassoreamento e 16. Outras intervenções que alterem
limpeza de corpo de água; regime, quantidade ou qualidade
dos corpos de água.

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COMEÇANDO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Onde irei captar, intervir ou despejar?

Dependendo do domínio das águas que irão ser captadas ou onde se


irá intervir, é necessário iniciar o processo na esfera Federal ou na
Estadual. Conforme a Lei no 9.948 de 2000, as águas de domínio da
União estão sob a jurisdição da ANA e, portanto, é nesse órgão que se
deve iniciar o pedido de outorga.

Para rios estaduais, seu domínio é do órgão estadual responsável pela


gestão de recursos hídricos. Portanto, qualquer pedido de outorga
deve-se iniciar em seu devido órgão estadual, seguindo os passos
definidos pela legislação estadual.

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COMEÇANDO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Qual o volume da minha captação?

O próximo passo é averiguar o volume de água necessário para o


empreendimento. Se o volume a ser captado for inferior a 1,0 L/s ou
3,6 m³/h, o uso se enquadra no Cadastro de Uso Insignificante, exceto
para regiões onde o CNRH, por meio de deliberações, restringiu o
cadastro para volumes menores de águas. Isso ocorre com frequência
em regiões com baixa disponibilidade hídrica, como o Sudeste
brasileiro. O Cadastro de Uso Insignificante obedece ao domínio das
águas e, portanto, pode ser feito junto à ANA ou ao órgão estadual de
recursos hídricos.

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PROCEDIMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Os passos para se obter a Outorga de Água

Já sabe o que fazer e onde fazer então, certo? Agora vamos ver como solicitar
uma outorga.

Os procedimentos podem variar de estado para estado, podendo ser feito


inteiramente de forma presencial, nos balcões de atendimento ou inteiramente
online nas páginas de cada órgão. Ainda assim, as informações solicitadas são
as mesmas e seguem a mesma ordem.

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PROCEDIMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Pedido de Outorga

1. Definir a necessidade, a localização da captação ou intervenção e definir


o órgão responsável pela outorga;
2. Reunir todos os dados iniciais do empreendimento e do tipo de outorga
e preencher o formulário de solicitação (FCE - Formulário de Caracterização
do Empreendimento);
3. Receber a resposta (FOB - Formulário de Orientação Básica) do órgão
responsável contendo os documentos e informações necessárias para
formalizar o processo de pedido de outorga;
4. Reunir todos os documentos e suas vias, com as devidas procurações
registradas e assinaturas corretamente;
5. Preencher o formulário técnico referente à outorga específica com os
dados de vazão, uso, vazão do corpo d'água no ponto de captação;
6. Reunir dados, informações e cálculos que devem compor o Relatório
Técnico. Na seção específica do Relatório explicamos o que deve conter
nele;
7. Escrever o Relatório Técnico precisamente;
8. Reunir tudo e protocolar.

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PROCEDIMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Renovação de Outorga

Para pedidos de renovação de outorga protocolados até 60 dias do


vencimento da primeira outorga, basta trazer preenchido o pedido de
renovação.

Processo Indeferido

Se o processo for indeferido ou se o pedido de renovação for entregue até


depois de 60 dias do vencimento da outorga, o processo deve ser reiniciado
do estágio inicial.

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PROCEDIMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Cadastro de Uso Insignificante

Para o Cadastro de Uso Insignificante, uma vez verificado que a vazão


de captação é menor ou igual ao limite da vazão máxima que pode ser
captada para ser considerado uso insignificante, o processo é
diferente e mais simples, por ser online. Quem define o procedimento
o
é a Portaria IGAM n 28/2017.

Basta criar um cadastro pessoal ou jurídico no SISEMAnet, iniciar o


procedimento e seguir as orientações do sistema para preencher o
formulário.

Para ver o passo a passo de como cadastrar uma captação de Uso


Insignificante na nova plataforma, clique aqui.

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DOCUMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Confira aqui os documentos necessários

Processo sem documento não é processo, certo? Então, com o FOB em mãos,
vamos aos documentos necessários para solicitar uma outorga.

1. Requerimento de Outorga de Direito de Uso das Águas.

Assinado pelo requerente ou procurador, juntamente com a


procuração. O modelo de requerimento se encontra no site do
IGAM.

2. Formulário técnico (modelos fornecidos pelo IGAM) referente aos


usos dos recursos hídricos.

Existem 4 tipos de formulários técnicos: para águas superficiais,


para águas subterrâneas, para lançamento de efluentes
sanitários e para lançamento de efluentes industriais. Ir para o
capítulo de Formulário Técnico.

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DOCUMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

3. Relatório técnico conforme orientações do IGAM.

Para cada modo de uso de recurso hídrico podem ser exigidas


diferentes informações. Ir para o capítulo de Relatório Técnico.

4. Comprovante de pagamento dos valores relativos aos custos de


análise e publicações. Abaixo alguns exemplos de valores.

Valor Análise/ Valor


Uso Recurso Hídrico
Publicação Insignificante
Captação em corpos de água (rios, lagoas naturais, etc.) R$ 1.029,86 R$ 35,11

Captação em barramento em curso de água, sem regularização de vazão R$ 1.360,50 R$ 35,11

Captação em barramento em curso de água, com regularização de vazão R$ 2.353,55 R$ 35,11


(Área máxima inundada menor ou igual a 5,00 HA)

Captação de água subterrânea por meio de poço tubular já existente R$ 1.029,86 R$ 35,11

Confira a íntegra da tabela acima aqui.

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DOCUMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

5. Cópias do CPF e Carteira de Identidade do requerente ou


procurador (em caso de pessoa física).

6. Cópia do CNPJ do requerente (em caso de pessoa jurídica).

Pode ser baixado no site da Receita Federal.

7. Cópias do CPF e Carteira de Identidade do representante legal do


requerente ou procurador (em caso de pessoa jurídica).

8. Cópia do contrato ou estatuto social do requerente (em caso de


pessoa jurídica).

9. Cópia do termo de posse do representante legal do requerente, se


houver (em caso de pessoa jurídica).

10. Cópia do registro de imóvel onde será feita a intervenção no corpo


hídrico.

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DOCUMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

11. Manifestação Anuência do Proprietário do Imóvel, onde dará a


intervenção, caso o proprietário não seja o requerente.

12. Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do responsável


técnico pela elaboração do processo de outorga, recolhimento na
jurisdição do conselho de classe.

Retire a sua ART no site do seu conselho de classe com a


descrição do serviço a ser realizado - Outorga de Direito do Uso
de Recursos Hídricos, detalhando nas observações a modalidade
e o uso da água (se é captação superficial, subterrânea,
intervenção em corpo d’água etc.).

13. Comprovante de pagamento do valor da taxa da ART.

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DOCUMENTOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

14. Documento emitido pelo Comitê de Bacias contendo as


prioridades de uso, caso existente.

Em bacias hidrográficas caracterizadas como situação de uso de


água conflitante, geralmente em regiões mais áridas, os comitês
de bacia podem intervir, regularizar e definir melhor as
prioridades para o uso de água na bacia, levando em conta as
características (físicas, sociais e econômicas) da região. Para isso,
os comitês criam O Plano de Recursos Hídricos da Bacia onde são
definidas também as prioridades para outorga de direito de uso
da água.

15. Outros documentos diversos que podem ser solicitados pelo FOB.

Dependendo do tipo de intervenção, podem ser solicitados


outros documentos complementares, que estarão descritos no
FOB.

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FORMULÁRIOS TÉCNICOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Como preencher cada formulário para cada uso

Os formulários técnicos podem parecer complicados à primeira vista, mas com


as tabelas de apoio fica fácil preenchê-los. Além do mais, os formulários
técnicos servem como uma maneira simples de protocolar e cadastrar uma
outorga de água para tal localidade e, dessa forma, manter o controle e
assegurar a gestão dos recursos hídricos na abrangência da sua região.

Existe um formulário técnico para cada tipo de uso de água. Entretanto, os mais
utilizados e protocolados são os seguintes:

1. Captação superficial;
2. Barramento com captação, sem regularização de vazão;
3. Barramento sem captação;
4. Autorização para perfuração de poço tubular;
5. Captação em poço tubular;
6. Captação em poço manual ou cisterna;
7. Captação em surgência.

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FORMULÁRIOS TÉCNICOS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Os formulários devem ser preenchidos com extrema precisão e acurácia.


Qualquer informação cadastrada que não condiz com o empreendimento,
leituras a campo falsas ou cálculos sub ou superestimados poderão fazer com
que o processo inteiro seja indeferido, além da possibilidade do responsável
técnico poder ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais sob prestação de
informação falsa ou enganosa (Lei 9.605/1998).

Para preencher os formulários, é necessário enquadrar o empreendimento e o


uso da água em diversas classificações previstas em lei. Segundo a Portaria
o
IGAM n 49 de 2010, uma outorga pode ser classificada conforme a modalidade
de Concessão (para pessoa jurídica de direito público) ou de Autorização (para
pessoa física ou jurídica de direito privado), conforme os modos de uso
(mencionados anteriormente) e conforme as finalidades do uso.

Assim, quando for completar as informações necessárias, o mais importante é


detectar qual o tipo de uso de água, já que para cada um desses, há um
formulário específico. Em seguida, os demais dados são adicionados com
exatidão, com intuito de evitar erros e consequências. No mais, partiremos para
a próxima etapa.

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RELATÓRIO TÉCNICO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

O que é necessário conter no relatório

O relatório técnico é o estudo ambiental em si e é o documento mais complexo


que deve conter num processo de outorga de água. Nele constam as
características da região, do empreendimento, dos usos de recursos hídricos
empregados e da outorga a ser solicitada. É um estudo que traz todas essas
informações como uma justificativa para a intervenção ambiental e a ressalva
de que o uso da água não trará prejuízos para o meio ambiente de qualquer
natureza.

Para cada classificação de uso de água, são exigidas informações ligeiramente


diferentes no Relatório Técnico. Por isso é sempre bom ter em mãos o guia de
cada uso disponível no site da SEMAD, encontrados no menu “Outorga”, em
“Formulários”.

32
RELATÓRIO TÉCNICO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Os dados mais básicos necessários, retirados das Instruções para


Preenchimento de Formulário e Elaboração de Relatório Técnico de captação
em curso d'água são:

1. Caracterização e descrição geral do empreendimento;


2. Finalidade do uso da água no empreendimento;
3. Demanda diária de água do empreendimento e quais as formas de abastecimento;
4. Tipos de consumo (irrigação, consumo humano, consumo industrial etc.);
5. Balanço do uso da água no empreendimento (vazões utilizadas para cada finalidade
de uso especificando suas fontes de abastecimento);
6. Condições de reservação e métodos de tratamento de água aplicados, se for o caso;
7. Descrição do sistema de recirculação de água, quando for o caso, apresentando os
valores e o percentual de aproveitamento;
8. Justificativa da vazão requerida frente às necessidades do empreendimento. No caso
de irrigação apresentar o projeto básico de irrigação contendo pelo menos: área
irrigada e lâmina bruta diárias, turno de regra, manejo de setores irrigados e vazão
necessária ao projeto;
9. Apresentar o cálculo da vazão legalmente disponível, considerando os limites
o
definidos na Portaria IGAM n 010/98 e, quando for o caso, os usuários de água a
montante e a jusante do ponto de captação. Recomenda-se a referência: Deflúvios
Superficiais no Estado de Minas Gerais, Copasa / Hidrosistemas, 1993.

33
RELATÓRIO TÉCNICO COMPARTILHE ESTE EBOOK!

Em relação às demais especificações de uso de água, apesar de distintas, o


processo de preenchimento e informações necessárias nos relatórios, se
assemelham às citadas acima.

Dessa forma, o relatório técnico é utilizado com intuito de apresentar ao órgão


ambiental, as informações do empreendimento para regularização ambiental.
E, vale ressaltar que este relatório preparado pelo requerente, deve conter
todas as informações exigidas nas instruções para a elaboração de processo de
outorga, para cada tipo de captação ou intervenção e que estão disponíveis no
site do IGAM.

Agora é organizar os documentos em PDF, gravar em um CD


e também imprimir tudo. Por fim, basta protocolar seu
processo na SUPRAM da região do empreendimento.
Atente-se para qual região irá protocolar e se é necessário
agendar visita ou não.

34
RECOMENDAÇÕES FINAIS COMPARTILHE ESTE EBOOK!

É “só” isso?

Se você leu tudo até aqui com atenção e relacionou as informações com o seu
conhecimento prévio, acreditamos que tenha compreendido todo o procedimento
que é necessário ser feito para ter um pedido de outorga deferido.

Acreditamos também que, após esse e-book, tenha achado a outorga um processo
relativamente simples de ser feito e que, com algumas horas de trabalho, poucas idas
a campo e alguns cálculos, pode ser concluído com maestria.

Os próximos passos, então, são você começar a divulgar sua carta de serviços, onde,
obrigatoriamente deve conter “Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos”,
conseguir um projeto e colocar seus conhecimentos à prática!

Outra coisa que recomendamos fortemente é estar sempre atento à legislação


ambiental, tanto federal quanto mineira, pois muitos procedimentos estão mudando,
principalmente da interface física, nos balcões, para a interface virtual, que facilitará
muito tanto para os órgãos regulatórios quanto para o empreendedor. Entretanto,
apesar de relativamente mais fácil, irá requerer certa adaptação dos procedimentos e
documentos para a nova situação. Portanto, cobre sempre dos poderes legislativo e
executivo melhorias na área de meio ambiente no que tange os procedimentos
ambientais, comunicação com o público e fiscalização. Somente dessa forma
alcançaremos o verdadeiro desenvolvimento sustentável, com crescimento
econômico e preservação do meio ambiente.

35
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E-BOOK?
Conheça o nosso curso de Outorga do Uso
de Água voltado para o Profissional de Meio
Ambiente.
É a sua chance de dominar um processo que
pode complementar a sua renda e o seu
currículo!

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OUTORGA DO USO DE ÁGUA
O INSTITUTO G4
O Instituto G4 é a empresa líder em capacitação em Meio Ambiente
em Minas Gerais. Nós ajudamos o Profissional de Meio Ambiente a
ampliar e renovar seus conhecimentos e experiência em seu campo
de atuação.

Acreditamos que a área do Meio Ambiente no Brasil ainda precisa de


muito trabalho para alcançar um patamar realmente sustentável e
somente atingiremos isso quando houver cooperação de todas as
partes que movem nosso país. Começando desde as esferas dos três
poderes, até o empreendedor e o consultor que o auxilia, passando
pela sociedade brasileira.

Dessa forma, trazemos conhecimento de qualidade para todos os


envolvidos, alinhando teoria e prática. E assim, acreditamos que
contribuímos para uma formação ampla, contemplando as
exigências do mercado e suprindo as necessidades de cada
profissional.

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