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Curso Nova Roma Registro Imobiliário 052016
Curso Nova Roma Registro Imobiliário 052016
Registro Imobiliário
Constituição Federal
- Art. 22, XXV – Competência legislativa da União em
matéria de registros públicos.
- Art. 24, IV – Competência concorrente da União e
Estados para legislar sobre custas e emolumentos.
- Art. 236 – Delegação dos serviços notariais e
registrais pelo Poder Público, para exercício em
regime privado.
Código Civil de 2002
Lei 6.015/1973
Lei 8.935/1994
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Função e finalidade legal do
Registro de Imóveis
Lei 6.015/73
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Lei 8.935/94
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Conceito de registro imobiliário
“O registro imobiliário é o poder legal de
agentes do ofício público, para efetuar todas as
operações relativas a bens imóveis e a direitos a
ele condizentes, promovendo atos de
escrituração, assegurando aos requerentes a
aquisição de exercício do direito de propriedade
e a instituição de ônus reais de fruição, garantia
ou de aquisição”
(Maria Helena Diniz)
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Sistemas de registro imobiliário
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5) Princípio da legitimação registral - Todo
registro constante no ofício de imóveis competente
possui uma presunção de legitimidade, e “o
registro, enquanto não cancelado, produz todos os
efeitos legais ainda que, por outra maneira, se
prove que o título está desfeito, anulado, extinto
ou rescindido (Lei 6015/73, art. 252).
6) Princípio da instância - É aquele que atribui
competência privativa aos oficiais de registro de
imóveis para a prática dos atos registrais,
relativamente aos imóveis situados na respectiva
circunscrição, sendo inválido e ineficaz o ato de
registro ou averbação realizado por cartório sem
competência legal (Lei 8935/94 art. 13, inciso II).
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7) Princípio da prioridade – A ordem de
apresentação do título no cartório de registro de
imóveis assegura a precedência do direito,
seja em caráter de graduação, relativo a títulos
compatíveis, seja em caráter de exclusão,
quando se tratar de títulos incompatíveis entre si
(Lei 6015/73, art. 186).
8) Princípio da publicidade – A publicidade tem
como finalidade tornar o registro e os direitos
reais incidentes sobre o imóvel do conhecimento
público e assim oponível a terceiros (Lei
6015/73, arts. 16/17).
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Fases do registro imobiliário
• Registro Geral
Inscrição e Transcrição (Lei 1.237/1864)
• Matrícula do imóvel
Registro e Averbação (Lei 6.015/1973)
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Natureza do Registro
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Efeitos do registro
(Lei 6.015/73)
Livros de escrituração
(Lei 6015/73, art. 173)
Livro nº 1 - Protocolo
Livro nº 2 - Registro Geral
Livro nº 3 - Registro Auxiliar
Livro nº 4 - Indicador Real
Livro nº 5 - Indicador Pessoal
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LIVRO Nº 1 – Protocolo
(Lei 6015/73, art. 174).
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LIVRO Nº 2 – Registro geral
(Lei 6015/73, art. 176)
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LIVRO Nº 3 – Registro auxiliar
(Lei 6015/73, art. 177)
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Assentamentos no registro auxiliar
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LIVRO Nº 4 – Indicador Real – É o repositório
de todos os imóveis que figurarem nos demais
livros, devendo conter sua identificação, referência
aos números de ordem dos outros livros e
anotações necessárias (art. 179).
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Atos de registro e averbação
Registro: Compreende os atos relativos à
transmissão da propriedade e de constituição de
direitos reais sobre imóveis, correspondendo aos
antigos procedimentos da transcrição e inscrição.
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Obrigatoriedade do registro
Regra geral:
“Art. 169. Todos os atos enumerados no art.
167 são obrigatórios e efetuar-se-ão no Cartório
da situação do imóvel”
Hipóteses específicas:
• Registro do projeto de loteamento: 180 dias (Lei
6.766/79, art. 18).
• Registro do contrato de compra e venda do SFH:
15 dias (Lei 4.380/64, art. 61, § 7º).
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A matrícula
IMPORTÂNCIA DA MATRÍCULA:
Representa o cadastro individual de cada
imóvel (folio real), no qual são lançados
todos os assentamentos referentes à
propriedade e oneração, com seus caracteres
próprios e distintivos, sendo o modo pelo qual
o imóvel ingressa no registro imobiliário.
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Atos sujeitos a registro
(art. 167, I)
1) compra e venda;
2) doação;
3) permuta;
4) dação em pagamento;
5) enfiteuse;
6) anticrese;
7) usufruto e uso sobre imóveis e da habitação.
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8) servidões em geral;
9) loteamentos urbanos e rurais;
10) contratos de compromisso de compra e venda,
de cessão e de promessa de cessão de imóveis
não loteados;
11) contratos de promessa de compra e venda de
terrenos loteados e respectiva cessão e
promessa de cessão;
12) incorporações, instituições e convenções de
condomínio;
13) contratos de promessa de venda, cessão ou
promessa de cessão de unidades autônomas
condominiais (Lei nº 4.591/64).
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14) constituição do direito de superfície de imóvel
urbano;
15) sentenças declaratórias de usucapião;
16) julgados e atos jurídicos entre vivos que
dividirem imóveis ou os demarcarem inclusive
nos casos de incorporação que resultarem em
constituição de condomínio e atribuírem uma ou
mais unidades aos incorporadores;
17) sentenças que nos inventários, arrolamentos e
partilhas, adjudicarem bens de raiz em
pagamento das dívidas da herança;
18) penhoras, arrestos e seqüestros de imóveis;
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19) citações de ações reais ou pessoais
reipersecutórias, relativas a imóveis;
20) atos de entrega de legados de imóveis, dos
formais de partilha e das sentenças de adjudicação
em inventário ou arrolamento quando não houver
partilha;
21) desapropriação amigável e das sentenças que, em
processo de desapropriação, fixarem o valor da
indenização;
22) termos administrativos ou das sentenças
declaratórias da concessão de uso especial para fins
de moradia;
23) arrematação e adjudicação em hasta pública;
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24) hipotecas legais, judiciais e convencionais;
25) alienação fiduciária em garantia de coisa
imóvel.
26) transferência de imóvel a sociedade;
27) penhor de máquinas industriais;
28) cédulas de crédito rural;
29) cédulas de crédito, industrial;
30) contratos de penhor rural;
31) empréstimos por obrigações ao portador ou
debêntures, inclusive as conversíveis em ações;
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32) contratos de locação de prédios, com cláusula
de vigência da coisa locada;
33) convenções antenupciais;
34) dote;
35) instituição de bem de família;
36) rendas constituídas sobre imóveis ou a eles
vinculadas por disposição de última vontade.
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Atos sujeitos a averbação
(art. 167, II)
1) convenções antenupciais e do regime de bens
diverso do legal, nos registros referentes a
imóveis ou a direitos reais pertencentes a
qualquer dos cônjuges, inclusive os adquiridos
posteriormente ao casamento;
2) alteração do nome por casamento ou por
divórcio, ou de outras circunstâncias que
tenham influência no registro ou nas pessoas
nele interessadas;
3) sentenças de separação de dote;
4) restabelecimento da sociedade conjugal;
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5) sentenças de separação judicial, de divórcio e
de nulidade ou anulação de casamento, quando
nas respectivas partilhas existirem imóveis ou
direitos reais sujeitos a registro;
6) mudança de denominação e de numeração dos
prédios, da edificação, da reconstrução, da
demolição, do desmembramento e do
loteamento de imóveis;
7) " ex offício ", dos nomes dos logradouros,
decretados pelo poder público.
8) cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade
e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem
como da constituição de fideicomisso;
9) cédulas hipotecárias;
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10) caução e cessão fiduciária de direitos relativos a
imóveis;
11) termo de securitização de créditos imobiliários,
quando submetidos a regime fiduciário.
12) notificação para parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios de imóvel urbano;
13) extinção da concessão de uso especial para fins
de moradia;
14) extinção do direito de superfície do imóvel
urbano
15) por cancelamento, da extinção dos ônus e
direitos reais;
16) decisões, recursos e seus efeitos, que tenham
por objeto atos ou títulos registrados ou
averbados;
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17) rerratificação do contrato de mútuo com pacto
adjeto de hipoteca em favor de entidade
integrante do SFH;
18) contrato de locação, para os fins de exercício
de direito de preferência.
19) atos pertinentes a unidades autônomas
condominiais sob regime da Lei 4.591/64,
quando a incorporação tiver sido formalizada
anteriormente à vigência da Lei 6.015/73;
20) contratos de promessa de compra e venda,
das cessões e das promessas de cessão
regidas pelo Decreto-lei 58/1937, quando o
loteamento se tiver formalizado anteriormente
à vigência da Lei 6.015/73.
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21) da cessão de crédito imobiliário.
22) da reserva legal;
23) da servidão ambiental;
24) do destaque de imóvel de gleba pública
originária;
25) do auto de demarcação urbanística;
26) da extinção da legitimação de posse;
27) da extinção da concessão de uso especial para
fins de moradia;
28) da extinção da concessão de direito real de
uso;
29) da sub-rogação de dívida, da respectiva
garantia fiduciária ou hipotecária e da
alteração das condições contratuais,
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Atos não registráveis
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Regimes imobiliários
especiais
Etapas do processo
1) Protocolo
2) Prenotação
3) Exame
4) Formulação de exigências
5) Suscitação de dúvida
6) Registro
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Regras gerais do procedimento
• Todos os títulos tomarão, no Protocolo, o
número de ordem que lhes competir em razão
da seqüência rigorosa de sua apresentação
(art. 182).
• Será reproduzido, em cada título, o número de
ordem respectivo e a data de sua prenotação
(art. 183).
• O número de ordem determinará a prioridade
do título, e esta a preferência dos direitos
reais, ainda que apresentados pela mesma
pessoa mais de um título simultaneamente (art.
186).
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• Protocolizado o título, o registro deverá ser
realizado pelo oficial dentro do prazo de 30
dias (art. 188).
• Não serão registrados, no mesmo dia, títulos
pelos quais se constituam direitos reais
contraditórios sobre o mesmo imóvel (art.
190).
• Prevalecerão, para efeito de prioridade de
registro, quando apresentados no mesmo dia, os
títulos prenotados no Protocolo sob
número de ordem mais baixo, protelando-se
o registro dos apresentados posteriormente,
pelo prazo correspondente a, pelo menos, um
dia útil. (art. 191).
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Prenotação
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Prazo da prenotação
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Exame do título
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Efeitos do registro
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A Matrícula
REGRA DE EXCEÇÃO
• O art. 169, II, prevê que os registros relativos a
imóveis rurais situados em comarcas limítrofes
serão feitos em todas elas. Nesse caso, o imóvel
todo (não seccionado pelos limites territoriais) será
matriculado em ambas (ou mais) circunscrições.
• Nenhum lote (de loteamento) pode situar-se em
mais de uma circunscrição imobiliária.
Código de Normas da CGJ/PE
I - Imóveis urbanos:
a) as características básicas definidoras do imóvel, se
de natureza residencial, comercial ou industrial; a sua
individualização como casa, unidade imobiliária
autônoma, apartamento, sala, loja, terreno ou tipo de
construção, se averbada a licença de habite-se;
b) o número de identificação do imóvel no logradouro,
quando se tratar de prédio, ou o número da unidade
imobiliária autônoma, com o nome do respectivo
edifício, conjunto ou empreendimento;
c) o endereço completo do imóvel, com o nome do
logradouro, bairro, código de endereçamento postal
(CEP) e município;
d) a descrição dos cômodos, sua divisão interna, área
construída, área exclusiva, área comum e fração ideal
de terreno, neste caso em se tratando de condomínio
edilício;
e) sendo terreno sem construção, a descrição na
matrícula deverá indicar se fica do lado par ou ímpar
do logradouro, em que quadra e a que distância
métrica da edificação ou da esquina mais próxima, ou
número do lote e da quadra, se houver;
f) a situação jurídica do terreno, se alodial ou próprio,
enfitêutico ou terreno de marinha ou acrescido, e
respectivo regime, de ocupação ou aforamento;
• Memorial de Incorporação;
• Cancelamento
a) por decisão judicial, em virtude de abertura
inválida (art. 223, I);
b) por alienação parcial do imóvel desmembrável
(art. 223, II);
c) por fusão de matrículas de imóveis
remembrados (art. 223, III).
Abertura da matrícula
(Lei 6.015/1973)