Embora muitos afirmem que o avanço do aquecimento global não é um
fenômeno real, os números mostram que tal acontecimento vem evoluindo e causando grande impacto no mundo, principalmente no âmbito econômico. Este trabalho trata-se de uma breve análise da evolução do aquecimento global ao redor do planeta, de como os países são afetados e da relação da referida elevação de temperatura com o desenvolvimento econômico. O avanço do aquecimento global e da economia parecem ser diretamente proporcionais e muito interligados. Esta precisa necessariamente se utilizar de recursos naturais para ganhar força, já que a base da cadeia econômica vem da extração de matéria prima. Todas as atividades, desde as mais rudimentares (como a mineração) até as mais tecnológicas (como a produção de software) dependem da retirada e da transformação dos recursos naturais, mesmo que de forma indireta. No sistema capitalista, a importância dada à produtividade é desproporcionalmente maior do que em relação à manutenção dos recursos naturais, gerando muitos resíduos, incluindo gasosos, e culminando no aquecimento global. De acordo um relatório publicado em 2012 pelo Dara e pelo Fórum de Vulnerabilidade Climática, as mudanças climáticas estão custando, por ano, uma drástica redução de 1,6% do PIB global, o equivalente a US$ 1,2 trilhão, e essa quantia deve dobrar a partir de 2030. Isto é claramente exemplificado no caso da Ásia; tal continente teve um aumento de 1,8 graus celsius na média da temperatura desde 1901 como possível consequência de sua alta atividade industrial e agropecuária e do baixo cuidado dispensado ao meio ambiente e à criação de leis ambientais. Contudo, neste período, houve aquecimento climático em todos os continentes, e a temperatura mundial média aumentou em 1,3 grau, o que explicita o fato de que o aumento da temperatura ocorre em escala global. Isto provavelmente ocorre porque todas as regiões do mundo ampliaram sua produção industrial e pecuária no último século, expandindo o desmatamento e a emissão de gases estufa. Tal relação entre produção industrial, emissão de gases estufa e aquecimento global, todavia, só poderá ser comprovada com a coleta de dados sobre o histórico de CO2 na atmosfera terrestre, com foco em um possível aumento da concentração do gás após a Revolução Industrial, e sobre a variação da temperatura global nos séculos XVIII e XIX. Caso a hipótese aqui levantada se confirme, será observado um aumento contínuo na temperatura global, acompanhado do crescimento dos índices de concentração de dióxido de carbono na aerosfera a partir do fim do século XVIII até os dias de hoje.