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As Crônicas do Portoalegrense

Era frio em Porto Alegre. Tirou a mão do bolso e sentiu ela gelada ao
coçar sua barba. Ele apressa o passo pois precisa chegar a tempo para jogar
xadrez com seus comparças. Os pequenos prazeres são muito importantes
pra ele. Perdeu a noção de tempo antes de sorver o último gole de sua xícara
de café. Seu passo apressado gera uma pequena ofegância, ou seja, é hora de
fumar um cigarro. Queimando a brasa, cada passo o deixa mais próximo de
seu destino. Agora basta virar a esquina e mais uma vez seus camaradas já
esquentaram o seu banco.

- E aí seu Garcia? – ele diz. – Perdendo pro paieiro?

- E a mãe... Vai bem? – devolve seu Garcia sem tirar os olhos do


paieiro, o qual apóia em sua barriga que de tão grande serve como mesa.
Suas mãos largas não foram feitas para trabalhos delicados. O suor de sua
camisa é testemunha de sua dedicação. Apesar do frio ela continua aberta até
o terceiro botão ostentando seus pelos grisalhos.

- bom dia sr jaime – se dirige ao sr sentado de pernas cruzadas fitando-


sod com olhos cansados porem satisfeitos . tinha a pele enrugada pela vida
curtida pelo sol seu tom marrom entregava a sua origem mestiça. Seria
cigano ou negro

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