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Aula 6 - Exames Complementares II
Aula 6 - Exames Complementares II
Acima, nos dois cortes superiores estão as imagens do miocárdio. (ele explica que: seta azul é o septo IV, seta vermelha
é a parede anterior do VE, seta amarela é a parede lateral do VE e a seta clara é a parede inferior do VE), na cintilografia
se tem imagens como essas.
No primeiro dia, se faz a cintilografia associada ao estresse físico ou farmacológico e no segundo dia tem a cintilografia
de repouso, quanto à imagem (não consegui), dá pra notar que há uma diferença entre as cintilografias do 1 e 2 dia,
você tem uma diminuição da captação do radioisótopo, o radioisótopo, uma substancia radioativa captada pelo
miocárdio é o que você na imagem com um tom amarelado, laranjado, então significa que durante o esforço para tal
paciente não captou substancia radioativa na parede anterior e na parede inferior.
Figura 1. Essa é uma imagem da internet mas parece com a que o professor falou pois com o estresse, pode ser notado que a parede anterior do
VE não captou a substancia radioativa e por isso não ficou com um tom alaranjado, diferente de quando em repouso.
O que essa diferença significa? Que em repouso, a parede anterior do VE desse paciente consegue captar a radiação
normalmente porque a circulação em repouso é suficiente, quando ele faz atividade física, a parede anterior e inferior
que provavelmente são irrigadas por artérias obstruídas, durante o esforço essas paredes estão isquêmicas, portanto
não captam a radiação de uma forma normal. E é dessa maneira que fazemos o diagnóstico de doença coronária.
A cintilografia é superior ao teste ergométrico? Sim, superior quanto? Sensibilidade: 90%, especificidade também em
torno de 90%, então de cada 100 doentes, ele detecta 90, de 100 saudáveis, vai identificar 90. Naturalmente, se é um
teste superior ao teste ergométrico, é mais caro, enquanto o teste ergométrico custa em torno de 200 reais, a
cintilografia custa em torno de 1000 reais.
TOMOGRAFIA CARDÍACA
É um exame mais novo que o teste ergométrico e a cintilografia e é um teste para dar diagnóstico também de doença
coronariana sem você fazer cateterismo, é um teste não invasivo. É uma tomografia de multiplos detectores,
helicoidal, em que um tubo de Rx gira sobre o tórax do paciente em alta velocidade (330ms), a radiação incide sobre
uma fileira de 64 detectores gerando 180 imagens por segundo, quanto mais detectores você tiver no tomógrafo, mais
sensível e mais precisa vai ser a imagem das coronárias, e a tomografia é sincronizada com o ECG.
Componentes do exame:
Primeiro é feito uma tomografia cardíaca sem contraste iodado, você tem uma imagem da calcificação das artérias
coronárias e o índice da calcificação pode dar uma noção de probabilidade de obstrução coronariana, associação pra
mim, é o que precisa, ** hemodinamicista além de ser cardiologista, a gente vê que tem muita artéria calcificada, você
faz um cateterismo mas a artéria não tem uma obstrução significativa, enquanto que tem outras artérias que não tem
uma quantidade de cálcio grande e que estão obstruídas no cateterismo, mas existe uma certa correlação entre a
quantidade de cálcio nas coronárias verificado na tomografia e a chance de obstrução coronariana no cateterismo. Aí
você faz a primeira fase do exame sem o contraste, e então você administra 70 a 100 ml de contraste e com essa
injeção de contraste você pode avaliar as câmaras cardíacas e também as coronárias, o interior das artérias coronárias.
(Slide: tempo de 15 min; Exposição aos Rx < 70seg).
• Avaliação de estruturas vasculares extracardíacas, como a aorta e a artéria pulmonar e os ramos da artéria
pulmonar (?).
• Doenças da aorta, como a coarctação da aorta, aneurisma de aorta, dissecção de aorta
• Persistência do canal arterial
Estudo de pericardiopatias
E na doença coronária? A tomografia sendo realizada no intuito de avaliar o interior das artérias coronárias e avaliar
as estenoses coronarianas começou a ser realizada de 10 anos para cá, então é um exame relativamente novo nessa
área. É um exame não invasivo de escolha para definir anatomia coronária, por que? Porque um exame invasivo de
escolha pra definir a anatomia coronária é o cateterismo cardíaco. Quanto a epidemiologia, o VPP= 88%, VPN= 96%,
Sensibilidade= 92%, Especificidade= 87%
Essa é a tomografia sem contraste, agora veremos a tomografia com contraste, efetivamente as artérias coronárias:
Figura 4. À esquerda na dissecção de aorta, podemos ver dois lúmens, o verdadeiro e o falso. À direita, na coarctação de aorta, podemos ver a
diminuição do calibre da artéria aorta comparada a outras porções.
Figura 5. Aqui se tem a artéria descendente anterior correndo no sulco IV anterior. Na imagem à direita, pode ser visto o enxerto safeno, sendo
anastomosada a aorta com a artéria descendente anterior, no sulco interventricular anterior.
Ainda que a tomografia não permita uma avaliação tão precisa no interior dos Stents, temos nessa imagem:
Figura 6. Aqui um stent coronário na DA, com a radiação refletida fica essa imagem
branca que atrapalha a visualização do interior do Stent pra saber se ele está
obstruído ou não. À esquerda, tem-se o cateterismo cardíaco que é um exame
invasivo, nesta você tem a DA que está com seu calibre diminuído, confirmando a
obstrução vista na TC.
O cateterismo é o padrão ouro do diagnóstico de doença coronária, permite a avaliação das pressões tanto nas
câmaras direitas como nas câmaras esquerdas, então a gente consegue ver se o paciente tem hipertensão pulmonar
ou não, a gente vai com um cateter lá na artéria e mede a pressão na ponta do cateter, coloca o cateter dentro do
VE, e dá pra saber qual a pressão diastólica final, pode avaliar a quantificação do gradiente de pressão das estenoses,
pode quantificar as insuficiências valvares, a gente injeta por exemplo contraste na aorta e vê o quanto de contraste
volta no VE, pra ter uma noção do grau da insuficiência aórtica, ou colocamos o cateter dentro do VE, injetamos o
contraste e o contraste tem que sair do VE para a aorta, em paciente com insuficiência aórtica, o contraste volta da
aorta pro VE, pela quantidade de contraste que volta, conseguimos ter uma noção do grau da insuficiência. O
cateterismo também permite a avaliação funcional do VE, de qualquer maneira, o cateterismo é um exame que no
fim, se o paciente tem doença coronária, vai acabar fazendo para confirmar as obstruções e planejar o tratamento,
em obstruções acima de 70%, geralmente se faz a angioplastia, as vezes cirurgia porque as vezes o paciente tem
múltiplas obstruções e no paciente que não tem obstrução grave, as vezes é necessário você fazer um exame que te
mostre se há isquemia ou não como os que falamos na aula e o eco de estresse.